Schyler escrita por Gi Carlesso


Capítulo 17
Primeiro treino


Notas iniciais do capítulo

HAAAALLLO!! Alguém vivo ai?? Prontos para mais um cap de Schyler???
UOL, parece que gostaram mesmo do trailer que eu fiz dessa fic, pena que ninguém curte :c #Chateada
Posso ser um pouquinho chata? Sinto falta de recomendações... não só aqui, como na outra fic tmb.... odeio dizer isso, acho q vcs devem pensar que eu sou um saco :c
Mas espero que gostem desse cap :)



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- Gabriel, isso não é engraçado!! – berrei ouvindo sua risada ecoar por todo o campo. Ele praticamente sentou no chão para rir de mim enquanto eu encarava para a parte queimada do capim logo a minha frente. Havia um círculo perfeito ali, porém queimado.

Estávamos em uma fazenda abandonada bem longe de New York. Havia uma pequena e humilde casa de madeira abandonada no final da fazenda, assim como dois cavalos que ficaram para trás, os quais já aparentavam certa magreza por não comer há muito tempo. Sinceramente, eu estava com muita vontade de cuidar deles, mas na primeira tentativa minha de tentar chegar perto deles, um dos cavalos avançou e eu cai na lama.

E o que Gabriel fez? É, ele riu.

Aquele estava sendo meu primeiro treino para me defender caso os demônios voltassem a atacar ou qualquer anjo tentasse me entregar. Tristan estava ali até pouco tempo atrás, mas disse que aquela fazenda trazia uma energia negativa, então foi embora, deixando-me ali com Gabriel. Mas. Digamos que isso foi um erro, porque tentei me defender de chamas e acabei colocando fogo num canto onde havia o campo de capim. E claro, algumas espigas de milho ao lado daquele campo saíram voando sabe-se lá para onde.

- Por que ainda está rindo?! – irritada, joguei uma espiga de milho queimada nele, fazendo parar de rir para me encarar. Claro, acabei esquecendo que ele é um ex-arcanjo e muito mais forte que eu.

E rápido.

Em segundos, ele estava bem a minha frente com um sorriso de orelha a orelha encarando-me fundo nos olhos. Não sorri, na verdade, fingi ainda estar irritada com ele, afinal, não sou nenhum anjo ou coisa anormal, então tenho meus direitos de ser imperfeita. Bom, exceto pelo fato de que meu pai era um anjo caído e isso me faz uma...

Mestiça.

- Não é minha culpa você ser engraçada quando fica brava. – ele colocou as mãos nos bolsos da jaqueta de couro sem tirar os olhos de mim nenhum segundo.

- Claro que é sua culpa. Não se ri da desgraça dos outros, Caleb. – ele riu ao ouvir seu nome falso, enquanto eu andava em torno do capim queimado em forma de círculo.

Gabriel sorriu indo logo atrás de mim, seguindo meus passos de forma perfeita. Mas, quando percebi, acabei trombando com ele ao contornar o círculo e mais uma vez, ficamos cara a cara.

Não sei se isso é real, se estou ficando mais louca do que o normal, porém havia alguma coisa nele que me atraia de uma forma quase que sobrenatural. Gabriel deve ter percebido isso, pois deixou com que eu me aproximasse naturalmente.

Entretanto, quando nossos lábios estavam a ponto de se tocar, ele se afastou desviando lentamente o rosto para o lado.

- Viemos aqui para... treinar. – disse sério.

Ao perceber minha expressão desconcertada, Gabriel suspirou e me beijou a testa de forma carinhosa antes de me puxar para um abraço. Pelo menos eu não era a única que podia ter a clara certeza de que havia mesmo uma conecção muito forte entre nós.

- Desculpe. – murmurou com o rosto sobre o topo de minha cabeça. – Preciso prepara-la para o que está por vir. Os demônios são só o começo, aqueles ainda eram os mais fracos. Existem coisas piores, e além disso, são anjos, muitos deles estão do lado de Aliha e concordariam em tentar me matar e a você.

Mordi os lábios pensando nisso. Afastei-me dele sentindo um estranho desconforto ao lembrar do nome Aliha – a garota que interrogou o garoto na boate, a mesma que possuía os olhos incomuns e violetas de Gabriel. Seria muita coincidência ela estar no assunto mais uma vez, mas... algo me dizia que Aliha estava ainda mais envolvida nisso do que eu imaginava.

- Quem é Aliha? – perguntei percebendo a o quanto sua postura mudou ao ouvir esse nome. Eu sabia, havia alguma coisa ligando ela.

Gabriel voltou a suspirar. O silêncio pairou entre nós, apenas o som do vento contra meu cabelo e o relinchar dos cavalos magros a poucos metros de nós. Não era um silêncio desconfortável e sim, confuso. Ele procurava palavras para explicar quem era Aliha e provavelmente, não era coisa boa.

- Ela é... era minha irmã. Sempre me defendeu, não importavam as circunstâncias, ela era sempre a primeira a dizer que eu estava certo. – ele desviou o olhar. – Porém, quando soube o que fiz na segunda guerra mundial, foi um motivo suficiente para que ela se voltasse contra mim sem mais e sem menos. Não entendo, mas ela nunca mais confiou e... se tornou um anjo mau.

O silêncio voltou, mas eu sabia que ele não havia terminado de falar.

- Existem sim anjos maus... nós, arcanjos, os chamamos de anjos negros, pois se tornaram membros da horda de Lucífer e por isso, suas asas brancas se tornaram tão negras quanto a noite. Aliha... é a segunda líder deles agora, como uma beta numa alcateia de lobos. Ela, por mais que tenha me amado como irmã, está pronta para me matar... e a você.

Engoli um seco.

Eu já havia a visto e poderia jurar que realmente aquele anjo nunca tivera nada em comum com Gabriel, porém, eu estava enganada. Irmã? Como uma irmã se voltaria contra o irmão e se tornaria líder de uma horda para matá-lo?

- Sinto muito. – murmurei.

- Está tudo bem. – ele forçou um sorriso. – Já superei.

Mesmo com o momento nada agradável, Gabriel insistiu que continuássemos com o primeiro treino para minha própria proteção, afinal, eu não seria uma garotinha indefesa. Se um demônio, anjo negro ou sei lá o que viesse atrás de mim, eu estaria pronta para matar.

E realmente estou surpresa com o quão corajoso isso soou.

Depois de algum tempo, acabei por fugir dos ataques falsos de Gabriel até o celeiro perto de onde os dois cavalos estavam. Sabe aquela brincadeira de pega-pega que geralmente se brinca quando criança? Bom,, foi mais ou menos isso.

Mas, acabamos rindo mais do que correndo, pois quando dei a volta no celeiro olhando para trás tentando me proteger, acabei dando de cara com Gabriel e juntos, caímos numa poça de lama muito nojenta.

- E ai, o que eu perdi? – levantei a cabeça cheia de lama ao ouvir uma voz, e acabei encontrando os olhos azuis e brilhantes de Tristan, quem ria muito com aquela cena.

[...]

Deve existir TPM masculina, certo? Essa é uma das minhas maiores teorias para quando Bob está a fim de me encher de trabalho duro e ainda me culpar de o balcão estar com uma mancha de café. Droga, sinto mesmo a falta de Jannete.

Terminei tarde da noite mal sentindo meus pés de tanta dor. Havia trabalhado demais naquele dia e não via a hora de minhas férias chegarem, exceto pelo fato de que estava sendo perseguida por um bando de demônios.

Ah, mas isso é apenas um detalhe.

E sim, eu fui bem sarcástica.

Troquei minhas roupas colocando as do uniforme em meu armário velho e poeirento nem ligando muito pelo fato de que apenas o meu era usado. Coloquei um casaco marrom, jeans claros e um tênis all star preto, arrumei meu cabelo em uma trança para trás e saí.

Nem me despedi de Bob, passei reto por ele até encontrar a porta da frente e correr em direção a rua. Bom, estava mais para direção da liberdade.

Mas, quando ultrapassei a porta dupla, tive uma surpresa além do frio avassalador. Havia um carro escuro estacionado bem a frente do café e encostado a porta, lá estava ele. As mãos nos bolsos da jaqueta esportiva e o cabelo escuro completamente despenteado de uma forma quase que sexy.

- Ual, então vou ganhar uma carona? – brinquei indo em direção a ele sem conseguir controlar o sorriso.

- Depende, se eu ganhar algo em troca... – um sorriso malicioso escapou de seus lábios e em resposta, apenas consegui pensar em colocar seus lábios contra os meus de forma urgente.

Eu sabia muito bem que Bob estava assistindo de camarote, mas quem liga para Bob? Eu tinha Gabriel bem a minha frente, os olhos violeta sorridentes em minha direção e a competição de beijos.

Se você quer saber, quem é Bob mesmo?

[...]

- Tristan, isso é roubar, sabia? – resmunguei jogando uma carta e fazendo-o sorrir ao perceber que ganhara.

Estávamos no apartamento de Gabriel, eu sentada numa almofada no chão e os dois fazendo o mesmo, ficando praticamente da mesma altura que eu. Tristan já estava aqui quando cheguei, o que indicava que havia acontecido alguma coisa lá em cima e por isso, ele preferiu passar o dia com Gabriel e um baralho de cartas.

- Roubar é uma palavra muito forte, eu prefiro a definição como “sou mais esperto e por isso ganhei”. – ele sorriu de forma sugestiva em minha direção, tendo como resposta uma almofada voando em sua cara.

- Certo, nada de guerra de almofadas, crianças. – reclamou Gabriel, mas eu e Tristan fizemos questão de jogar as duas almofadas nele, causando muitos risos.

Deixei minhas cartas sobre a mesa enquanto terminava de responder às mensagens de Carrie sobre eu nunca mais ter ligado. Ela andava diferente, geralmente Carrie me liga algumas centenas de vezes por dia e ultimamente, nem uma vez sequer. Provavelmente, nosso pai a estava proibindo de falar comigo e não duvido nada.

- Mas e então, qual é o veredito do namoradinho mortal de Schyler? – perguntou Tristan de forma debochada, entretanto, acabou deixando um clima tenso no ar.

Eu e Gabriel nos entreolhamos sérios.

- Jonny não é um problema.

- Não tente defende-lo, Schy. – interrompeu Gabriel sério.

- Não estou defendendo, apenas dizendo que não tem prova nenhuma contra Jonny, e muito menos se é verdade tudo que pensa dele. Pode ser apenas uma “perseguição” sua.

Gabriel riu de forma sarcástica.

- Perseguição? – ele balançou a cabeça de forma negativa. – Sua criatividade é mais aguçada que isso, Schyler, você sabe muito bem o porquê de eu desconfiar dele.

Tristan apenas acompanhava a discussão com o olhar do mesmo jeito que fizera no meu primeiro treino. Ouvi-o resmungar algumas vezes algo como não se pode se meter em briga de marido e mulher ou coisa parecida.

- Apenas porque acha que conhece ele. – ri com sarcasmo.

- Se é isso que você quer então, é o que vai ter. – Gabriel jogou as cartas sobre a mesa de forma irritada. – Vou fazer o que devo para ter certeza. Coitado dele, mas a idéia foi sua. Amanhã, irei testar o garoto e provar que tem algo errado com ele.

E assim, se encerrou o jogo de cartas.


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Notas finais do capítulo

Ai ai, o amor é lindo *-* kkkkkkkkkkkkkkkkkk agora vou indo escrever minha comédia, espero que preste né, quem sabe kkkk
Reclamações para @gigicarlesso ou http://ask.fm/GiovanaCarlesso



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