Schyler escrita por Gi Carlesso


Capítulo 12
Ataque de fúrias


Notas iniciais do capítulo

Olá!!! Aqui estou eu de volta kkkkkkkkkkkkkkkk
Geeeente do céu, não falo nada, mas eu to TÃAAAAAAO HAPPY ♥ Aumento uma recomendação em duas fics minhas!!
Para agradecer, esse capítulo é de presente para a leitora Sasa rifa que foi a primeira a recomendar "Schyler"!! SASA, VC FOI TAO FOFA!! Me comparar a Lauren Kate e Becca Fritzpatrick é uma coisa de doido, porque eu sou mega fã das duas E ME SENTI HONRADA!!
Oh God, obrigada de novo!! ♥



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Ao passarmos entrada de portas duplas, pude ter a ampla visão do que era usado como esconderijo dos mundanos. O prédio consistia em cada andar, apenas uma sala ampla e aberta, com colunas, porém nenhuma parede sem ser as que delimitavam o prédio antigo. As... “coisas” andavam livremente por aquela sala, Gabriel me disse que aquele era apenas um dos andares e que nos outros haviam mais.

Alguns dos monstros eu reconheci como as “fúrias” da mitologia grega, criaturas muito parecidas com demônios, com asas e corpos deformados assim como o demônios que me atacara no mercado. Mas, ao contrário do que me atacou, aqueles pareciam achar normal minha presença, não fizeram absolutamente nada para mim, apenas me observavam. Pareciam que existiam pessoas comuns como eu ali dentro, mas logo eles revelavam ser diferentes.

- O que... eles são, exatamente? – perguntei sem apontar para nenhum deles.

- Não são nem anjos e muito menos demônios, são criaturas que vivem entre os dois mundos, separados dos humanos por possuir capacidades diferentes ou... aparência incomum. – ele sorriu para um homem que passou ao nosso lado, o qual possuía um grande par de asas acinzentadas em suas costas. – Esse era um anjo caído assim como eu. A diferente entre o anjo que ainda pode subir e o caído, é que aquele que está salvo possui asas brancas como as de Tristan. As minhas são acinzentadas como aquela.

Olhei de rabo de olho para Gabriel e senti um pontinho de desapontamento. Ainda não conseguia ver suas asas e ele me dissera que quando eu pudesse enxergar por debaixo da barreira, poderia vê-las.

- Já as fúrias, são demônios. – ele desviou de uma fúria que passou voando por cima de nossas cabeças.  – Seres repugnantes e que sinceramente, me odeiam.

Enquanto andávamos entre as criaturas, muitas delas, inclusive as próprias fúrias, encaravam Gabriel com um olhar duvidoso e como se estivessem tentando evita-lo. Cheguei a pensar que fosse por minha causa, mas então lembrei de que ele havia libertado os demônios no passado e agora, estavam sendo presos. Apenas alguns ali gostavam dele, o resto, poderia mata-lo sem pensar duas vezes.

- Tem certeza que é seguro? – perguntei ficando mais próxima dele para permitir a passagem de uma mulher com asas de morcego muito parecidas com as do demônio que me atacou.

- Não. – disse simplesmente. Encarei-o de uma forma assustada. – Não importa, eu posso protege-la. Sou um anjo caído, mas ainda tenho alguns... dons.

Não sei se eu deveria me sentir bem com aquela afirmação, ainda mais pelo fato de que aquelas coisas poderiam ter um ataque de fúria de repente e nos atacar a qualquer segundo. E eu amo viver e não pretendo morrer naquele prédio, não enquanto souber tudo em que fui envolvida.

- Ora, ora, ora. – ouvimos uma voz soar alta atrás de nós, entre o corredor que as criaturas fizeram. – Veja só quem aparece depois de tantos anos. – me virei lentamente, seguida de Gabriel, quem não parecia nada surpreso ao ouvir tal voz. – O que é isso, agora anda com mundanas, Gabriel? Não acha que já existem mestiços o suficiente?

Era um homem de mais ou menos a minha idade, deveria ter uns vinte anos no máximo. Possuía um rosto com traços muito bem definidos, um cabelo estranhamente negro como a noite e olhos da cor incomum de Gabriel – uma mistura de violeta com o verde.

Gabriel segurou meu braço com força, mostrando o quão tenso ficara com aquela presença. O homem usava uma jaqueta longa de coro até os joelhos e logo atrás dele, um par de asas muito brancas, as quais ocupavam um grande espaço. Aquele era um anjo assim como Tristan.

- Miguel. – disse Gabriel soltando a respiração de forma lenta. – O que você está fazendo aqui?

- Nosso “chefe” não está contente, Gabriel. – não podia ser verdade, aquele bem a nossa frente era o arcanjo Miguel. As coisas não poderiam estar mais estranhas, porém, vi que os monstros começavam a se distanciar, mostrando que coisa boa não aconteceria ali. – Os demônios querem a garota, sabe que não irá conseguir protege-la por muito tempo, não é? São muitos contra você, não há ninguém que poderá ajuda-lo. Aliha está com seu único amigo, Hoan é fraco e fora ele quem o entregou. Deveria escolher melhor seus amigos.

Gabriel ficou ainda mais tenso.

- Hoan não é tão fraco quanto pensa. – disse ele segurando com força meu braço. – Se ele me entregou, foi porque Aliha está sendo persistente demais, como sempre. Eu a treinei, sei bem como ela age.

- Não importa. – bravejou o arcanjo. Seus olhos partiram de Gabriel até que me encontraram presa contra ele. – Então essa é a mestiça causadora de toda essa bagunça. Posso saber qual o seu nome, jovem?

Eu tentei, mas acabei gaguejando antes mesmo de conseguir formar palavras. Estava com medo daquele anjo, com medo de que ele fizesse o que muitos queriam – me entregar aos demônios como pagamento pelos atos de Gabriel.

- Schyler. – respondi finalmente conseguindo juntar palavras. – Schyler Jackson.

- É uma pena que uma jovem tão bonita quanto você irá ser entregue a aqueles monstros infernais. – Miguel imitou o que poderia ser uma face de dó. Me senti estranha vendo aquilo.

- Você não ousaria. – disse Gabriel quase que num rosnado. – Não vou entregar Schyler aos demônios. É minha culpa e eu que fiz o que não deveria, então, não farei o que você e Aliha estão tramando, Miguel.

Isso foi como um tiro no pé do arcanjo, pois ficou muito bem visível em sua expressão de que não havia gostado nem um pouco do que Gabriel disso. Era uma afronta contra os que os anjos planejavam e mesmo Gabriel tendo já sido um grande arcanjo como ele, ainda estava contra à aqueles planos e não me entregaria. Eu deveria... agradecer a ele sobre isso? Sim, mais tarde eu com certeza faria alguma coisa, precisava mostrar a ele de que me importava com meu anjo da guarda.

- Já se rebelou uma vez, Gabriel, não é aconselhável que faça isso novamente. – bravejou o arcanjo de forma mais grossa. – É para o seu próprio bem.

- Já estou na lista negra, Miguel, eu sei muito bem que mesmo que eu pague minhas contas com o céu e inferno, ainda tenho grandes chances de ser recusado nos dois. Então, qualquer coisa que eu faça, continuará na mesma.

O arcanjo fez um gesto que indicou fúria e tudo que tive tempo de fazer antes de Gabriel me empurrasse para longe, foi vê-lo quase sendo atingido por uma espada com a lâmina torcida e o cabo de ouro.

Os monstros a nossa volta pareceram infelizes com a briga, mas a maioria se escondia com medo da fúria dos dois anjos. As asas de Miguel formaram uma espécie de escudo quando Gabriel jogou contra o arcanjo uma tábua em que um dos monstros usava. O arcanjo, em resposta, passou a tentar atingir Gabriel com a lâmina, mas o anjo foi capaz de desviar, caindo sobre algumas peças de roupas estiradas entre os monstros. Meu anjo da guarda tentou se levantar, mas Miguel colocou a lâmina na direção de seu pescoço, impossibilitando tal ato.

- Nunca mais me afronte, anjo caído. – Miguel apertou a ponta da lâmina contra o pescoço de Gabriel, quem segurou-a com as mãos, as quais se formavam linhas escarlates mostrando o sangue. Me senti mal com aquilo, eu precisava agir. – Somos irmãos, mas está assinando sua pena de morte.

Miguel tentou afundar a lâmina enquanto Gabriel a segurava, os dedos cortando mais e mais fundo. Eu entrei em desespero, então fiz a última coisa que me veio em mente, uma que desafiou meu lado racional.

Peguei um pedaço de carne que uma das fúrias comia e a joguei em Miguel. O monstro rosnou para mim, mas ao ver seu pedaço sobre o arcanjo atormentado, voou até ele, impedindo que Miguel matasse Gabriel.

A fúria atacou o arcanjo, em meio a arranhões e mordidas, impedindo que ele se protegesse com suas asas como fez antes. Gabriel estava atordoado ainda sobre as coisas no chão, fui até ele e o ajudei a se levantar para que pudéssemos sair dali antes que Miguel se livrasse da fúria.

- Obrigada. – murmurou Gabriel contra meu ouvido enquanto o puxava pelo braço para fora dali.

[...]

Eu dirigi com ele até meu apartamento, pois não conseguia lembrar o endereço da casa de Gabriel, se bem que ele poderia dizer, mas não o fez. Havia um corte longo em sua testa e muito arranhões no pescoço, mas de acordo com ele, tudo voltaria ao normal logo.

Quando entramos em minha casa, coloquei-o sentado em uma das cadeiras da mesa da cozinha e disse que voltava já. Fui até o banheiro e peguei uma toalha pequena com a ponta molhada. Mesmo que os ferimentos cicatrizassem, eu queria ajudar em algum ponto, afinal, não sou uma completa inútil que apenas serve café.

Ele me olhou de forma surpresa enquanto eu tirava seu cabelo escuro de cima do ferimento da testa e limpava pelo menos o sangue que escorria. Gabriel nem se mexeu enquanto eu limpava, apenas seus olhos faziam um caminho longo entre meu rosto e minhas mãos. Claro, corei com o fato de que ele me encarava.

- Gostei do que fez com a fúria. – murmurou ele quebrando o silêncio. – Foi uma ótima ideia.

- Não foi nada. – não pude conter um pequeno sorriso ao ouvir isso. – Eu tive que ajudar quando vi que ele poderia... poderia matar você.

Gabriel piscou algumas vezes não parecendo acreditar no que estava ouvindo. Eu disse alguma coisa errada? Ele levantou os olhos negros até a direção exata de meu rosto e gelei ao sentir o contato de seus olhos com os meus.

- Não sabia que você se preocupava comigo. – sussurrou ele. – Sabe... é minha culpa tudo isso.

- Pode ser sua culpa, mas você não quer me entregar a eles. Você está me protegendo, Gabriel, e sei que isso é só parte do seu trabalho como anjo da guarda e tal, mas...

- Não é só parte do trabalho. – me interrompeu ele de forma leve. – Você é uma humana importante... para mim. – ele disse aquelas palavras de forma tão doce que minhas pernas chegaram a tremer. – Se tornou importante.

- Tanto assim? – sussurrei de volta surpresa com aquelas palavras. Eu não esperava nem um pouco que Gabriel me dissesse uma coisa assim.

- Sim. – Gabriel tocou com a ponta dos dedos em meu braço que limpava sua testa, tirando-o dali de leve enquanto seus dedos ainda escorregavam por toda a extensão se meu braço. Eu não fiz nada, apenas observei seus atos.

A outra mão tocou os fios de meu cabelo que queriam escapar de meu coque mal feito e os colocaram atrás de minha orelha. Eu me sentia gelada por dentro, os pensamentos interrompidos por não saber o que pensar.

- Posso? – perguntou ele quando ficou de pé, seus olhos sem se desviar dos meus e a mão tocando gentilmente meu queixo.

Eu assenti pouco antes de sentir seus lábios contra os meus.


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Notas finais do capítulo

OOOOOOOOOOOOOOOWWWNT *--* Primeiro beijo do nosso casal "Schyel" será??
O que acharam do cap??