Invisível escrita por Carolina Fernandes


Capítulo 9
Confusão


Notas iniciais do capítulo

Eu sou da madrugaada >.
Cansei. Voltei de São Paulo e fui escrever porque eu sou muito Diva./sqnf
tudo porque eu amo meus leitores *-*
Esse capítulo está hot! Até eu arrepiei. uuuuuuuol!
Aproveitem e me amem depois, muhahaha"
Enjoy:}



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O clima havia ficado um pouco tenso entre os irmãos Uchiha. Sasuke não sabia o que falar, mesmo que fosse sobre o assunto mais banal possível. Não demoraram em chegar a uma mesa onde estava sentada apenas uma bela mulher de vestido preto. O olhar de Mikoto estava perdido na banda e seus pensamentos dançavam de acordo com a melodia. Foi tirada do transe pela voz de seu filho mais novo.

-Mãe? – a voz do jovem fez seu coração acelerar de felicidade. Sentira tanta saudade de seu pequeno. Voltou-se para Sasuke com lágrimas nos olhos e o abraçou com ternura, deixando-o um pouco surpreendido.

-Sasuke... – apertou os braços ao redor do filho.

-Oi, mãe. – o moreno correspondeu o abraço, também sentira falta de sua mãe atenciosa e amorosa, sempre preocupada com sua felicidade.

A mulher soltou-se do abraçou e encarou os olhos ônix do Uchiha.

-Uchiha Sasuke, como pôde ficar tanto tempo sem ver sua mãe? – Mikoto tentou entoar a voz para uma bronca, mas era gentil demais para tal façanha. Sasuke apenas sorriu.

-Desculpe-me, mãe, mas você sabe que a pessoa quem eu não quero ver...

-Sou eu. – a voz firme e severa de Fugaku interrompeu a frase do filho. O homem continuava com o ar sério e austero, a única diferença era o cabelo, cortado curto.

A criança rebelde apenas revirou os olhos e fez o pai, quem detestava tais atitudes grosseiras, torcer o nariz. Sasuke deu um beijo na bochecha de Mikoto e virou as costas para o chefe da família Uchiha.

-Criança, não me dê às costas! – a tom de voz acabou se elevando devido à irritação.

-Já dei uma vez, nada me impede de dar uma segunda. – o moreno disse sem nem ao menos se virar para encarar o pai. Continuou andando por mais alguns passos, mas parou novamente. – Ah, Itachi, você estava errado. Ele não mudou nada.

Então sumiu da vista de sua família. Mikoto olhou receosa para Fugaku, seus olhos ainda estavam marejados. Queria correr atrás de sua cria, fazer milhares de perguntas, averiguar se sua saúde estava intacta, tentar convencê-lo a arranjar uma namorada, contudo sabia que se o fizesse poderia deixar seu marido irritado com ela por mais de meses. Interrompeu abruptamente essa linha de pensamento. Até quando se privaria de realizar seus desejos pela felicidade do marido? Indagou-se. Decidiu que seguiria as ordens de seu coração, ao menos uma vez, e em passos decididos tomou a mesma direção que o filho havia seguido.

-Mikoto! Onde pensa que vai? Volte e sente-se! – Fugaku já estava uma pilha de nervos. Sasuke sempre conseguia irritá-lo até além do máximo.

-Não. Eu vou aproveitar o tempo com meu filho, afinal não tenho um cachorro nessa briga de vocês. – ainda que sua voz estivesse suave como o de usual, possuía um tom extremamente decidido, cheio de força de vontade. Por fim, deixou o marido para trás, de queixo caído.

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-Hinata-chan, desculpe-me pela minha mãe! – o loiro ria embaraçado. Ambos ainda ficavam vermelhos toda vez que se olhavam. Também, Kushina já havia até começado a pensar nos detalhes do casamento e nos nomes de seus futuros netos.

-Não tem problema, Naruto-kun. – a azulada batia os indicadores no nível da barriga e olhava para todos os lugares, menos para Naruto.

-Ei, quer dançar? – o jovem Uzumaki estava tentando de tudo, mas a pequena continuava estranha com ele. Assim não dava. Ele queria deixá-la mais a vontade. Divertir-se com ela. Quem sabe adquiriria mais coragem e confiança para fazer o que queria. Do jeito que estava só conseguia ficar ainda mais nervoso e receoso.

-Não sou muito de dançar... Acho que vou procurar o Sasuke, está tarde. – a voz da Hyuuga estava desanimada. O problema era: toda vez que olhava para Naruto se lembrava da cena na qual ele e a ex-namorada se beijavam no jardim. E toda vez que se lembrava disso seu coração era apunhalado com força. Só queria ir embora para chorar no colo de Sasuke.

-Que isso, Hinata-chan! A noite é uma criança! – o loiro estava prestes a ter um ataque nervoso e começar a suar frio. Não sabia mais o que fazia.

Os dois andavam pelo salão em direção ao jardim quando uma voz paralisou o corpo e a mente de Hinata. Uma voz frágil e simpática chamou por seu nome com dúvida. Uma voz a qual a morena imaginara nunca mais poder ouvir mais uma vez. Seus olhos perolados encheram de lágrimas e suas mãos começaram a tremer. Tentou fazer seus pés virarem seu corpo, porém não conseguia, suas pernas estavam bambas. Desequilibrou-se e quase caiu, contudo Naruto foi mais rápido e segurou-a pela cintura. Sua força só foi suficiente para virar a cabeça.

Exalou o ar assim que viu a frágil mulher, que a olhava com um misto de saudade, surpresa, admiração e amor. Ela estava sentada em uma mesa não muito distante da azulada. Os cabelos possuíam um tom mais azul e os olhos eram menores, todavia, ao tirar esses detalhes, a semelhança com a jovem Hyuuga era imensa.

-Hinata? É você, filha? – a mãe se levantou e caminhou lentamente à filha, que estava muito feliz e emotiva para dizer ou fazer qualquer coisa. – Você está tão linda!

As mãos trêmulas da Hyuuga mais velha atingiram o cabelo da mais nova, depositando ali um singelo carinho. Hinata usou o restante de suas forças para se jogar em sua mãe, abraçando-a com tanto amor, que era possível sentir pelos poros do corpo.

Harumi possuía uma saúde frágil e com frequência ficava doente. Resfriados se transformavam em pneumonias, desnutrição se transformava em anemia, infecções a levavam a beira da morte. Mas mesmo com seu corpo debilitado, a mãe de Hinata não deixava nem por um instante de ser mãe, amiga, esposa e dona de casa.

-Minha querida, eu oro a Deus todos os dias para que te proteja e para que te faça encontrar a felicidade... – também já chorava como sua cria. – Senti tanto a sua falta, minha pequena! – Harumi desenterrou a cabeça de Hinata de seus ombros, olhou para os olhos da filha, secou as lágrimas que por eles caíam e depositou um beijo terno em sua testa. – Hanabi me fala sobre você sempre que consegue... Queria tanto te ver!

-Mãe! – a morena recuperava a fala com custo – Sinto tanto a sua falta! Eu preciso tanto de você...

-Não, querida, você só pensa que precisa... – Hinata apoiara a cabeça no peito de sua mãe e se concentrava nas batidas do coração da mesma.

A conversa emocionada não chamava a atenção de ninguém no recinto. Ambas as vozes eram muitos suaves para sequer interromper a música.

-Não, eu não sou forte como a Hanabi... Não sei como...

-Hinata Hyuuga. – Harumi interrompeu a fala da pequena. – Você é mais forte que a sua irmã, só não descobriu ainda. Você sempre ultrapassa as minhas expectativas. Eu não poderia ser uma mãe mais orgulhosa. - A mãe apertou mais o abraço.

-Mãe... Eu te amo tanto! – a azulada soluçava. Só queria ficar abraçada a sua mãe para sempre, naqueles braços tão protetores, aconchegantes, quentes.

-Eu sei, meu amor... Mamãe também te ama, muito!

Os olhos de Naruto estavam até marejados por presenciar o reencontro de mãe e filha. Sorria feito um bobo. Estava feliz por Hinata. Tudo o que queria era ver a mulher de sua vida sorrindo como não houvesse o amanhã.

-Hina? Ai meu Deus! É a Hina! – Hanabi, que havia saído da balada para comer alguma coisa, viu a irmã à distância e correu para o abraço, agarrando a cintura da azulada por trás.  Hinata se assustou de imediato, porém depois de perceber quem era, soltou da mãe rindo e deu um abraço de urso na caçula.

-Hana!

-Meu Deus! Hina, você tá muito gostosa! Quando deixou de usar roupas de freiras? – a mais nova em um segundo conseguiu deixar a mais velha toda corada.

-Eu preferia as roupas de freiras. – as três mulheres se voltaram para a direção de onde vinha a voz grossa e rouca.

-Neji-nii-san! – Hinata surpreendeu-se por poder reaver seu primo também. Ele não havia mudado nada. Continuava com as roupas discretas e sérias, o longo cabelo castanho amarrado nas pontas e o olhar preocupado e um pouco esnobe. O primo aproximou-se de sua protegida e puxou-lhe a bochecha.

-Primeiro, quem te deu o direito de sumir por tanto tempo? Segundo, que roupas são essas? – a azulada apenas riu.

-É bom te ver... – então abraçou Neji com força, o moreno não teve opção se não corresponder, afinal sentia tanta saudade quanto Hinata.

O clima estava maravilhoso, cheio de felicidade e alegria. A azulada ria de modo como quase nunca ria. Hanabi já contava histórias de vida, enquanto Neji repreendia a prima mais nova por sua pouca vergonha. Hinata estava envolvendo a mãe pela cintura e perguntava a respeito de sua saúde. Foi quando, com rapidez, um homem, após esbarrar bruscamente em Naruto, que só observava tudo animado, separou a Hyuuga da mãe com violência. Ele segurava o pulso da azulada com força e, antes que a pequena pudesse se localizar, já havia levado uma tapa tão forte que fez sua cabeça virar e deixou sua maçã do rosto vermelha e latejante.

Hinata repousou a mão na bochecha e retornou o rosto para frente com lentidão. Todos no salão estavam estáticos e com os olhos arregalados perante a cena. Hiashi fuzilava os olhos perolados da filha com fúria.

-O que pensa que está fazendo? Quer terminar de matar sua mãe de desgosto? Eu disse que se você saísse pela porta não deveria se considerar mais uma Hyuuga! – a voz do pai estava alterada, irritadiça e extremamente intensa.

-P-perdão... – a morena voltara a chorar. Seu rosto estava queimando, porém dessa vez, de dor.

-Você não merece nem um tipo de perdão dessa família! Desapareça de uma vez e poupe minha frágil esposa de ter que se preocupar com tal estorvo!

Harumi e Hanabi estavam boquiabertas. A primeira não podia acreditar no que seu marido estava fazendo, envergonhando sua pobre filha e toda a família. Queria ter forças para impor-se contra o homem.

-E-eu... N-não tive intenção...

-Poupe-me de suas explicações. Suma, Hinata. Você não passa de um fracasso.

Naruto, que antes estava muito surpreso para tomar alguma atitude, sentiu seu sangue ferver e subir até o último fio de seu cabelo. O que aquele homem pensava que estava fazendo? Não se importava se o cara era o pai de Hinata ou o imperador, ele simplesmente não possuía o direito de humilhar uma pessoa de tal forma. Não aturaria aquela situação nem por mais um segundo. Ninguém faria a pequena chorar enquanto ele estivesse por perto. Com rapidez aproximou-se dos dois e batendo na mão de Hiashi com força o fez retirá-la do pulso da azulada, que já se encontrava incrivelmente vermelho. Posicionou-se na frente da jovem em uma atitude incrivelmente protetora.

-O que pensa que está fazendo, rapaz? – O chefe dos Hyuugas não havia gostado nada da atitude do loiro, franzira a testa e torcera o nariz. – Não me interessa se está com amnésia...

-Cale a boca! – o grito do Uzumaki fez um arrepio percorrer a espinha de todos os presentes. Os olhos do pai de Hinata soltavam faíscas.

Um pouco distante da cena, Minato e Kushina perceberam o que ocorria.

-Kushina, devemos fazer alguma coisa? – o marido perguntou já preparado para entrar em ação, mas a ruiva envolveu o braço de seu amante e balançou a cabeça em negação.

-Ele só está protegendo a mulher que ama... Você costumava fazer muito isso quando jovem. – sorriu para seu loiro, que retribuiu. Eles não deveriam interferir e sabiam disso.

Voltando ao centro das atenções.

-Você e nem ninguém tem direito de falar com a Hinata desse jeito! – os olhos do Uzumaki queimavam de ódio. – Sua filha é a pessoa mais bondosa, gentil, inteligente, caridosa, amável, simpática e dedicada que poderia existir neste planeta! Ela é tão boa que aturou essa sua atitude detestável por dezoito anos! E se quer saber, qualquer pessoa teria razão em abandonar a casa se fosse tratada do modo como você a tratava! – o ar até faltou aos pulmões de Naruto de tanto que ele gritara.

-Ora, garoto! O quanto você acha que conhece nossa família para fazer tais acusações?

-Ele pode não conhecer o suficiente, mas eu conheço! – Sasuke não deixaria aquela barato, tinha coisas entaladas em sua garganta há anos e aproveitaria a oportunidade criada pelo loiro oxigenado. Deixou a posição ao lado da mãe e se reposicionou ao lado de Naruto, também a frente de Hinata. – E nada do que Naruto disse é mentira! Há anos eu presencio o sofrimento de Hinata, toda a saudade que ela sente da família, toda a infelicidade que insiste em sugar para dentro de si em uma tentativa de pagar por pecados que ela nem possui e acima de tudo a culpa que ela nutre por ter desapontado um homem como você, que nem ao menos sabe o significado da palavra pai!

As palavras do Uchiha atingiram o espírito de Hiashi como mil pedradas. Fugaku estava quase se escondendo em baixo da mesa de tanta vergonha da atitude do filho.

-Esse assunto não lhes faz interesse! – o Hyuuga apelou por faltas de argumentos.

-Faz, por que ela é a minha irmãzinha!

-E a mulher que salvou minha vida!

Naruto e Sasuke encararam o pai da azulada com tanta fúria que o mesmo encolheu-se sutilmente.

-E minha filha não é um fracasso! Ela seria um fracasso se tivesse ouvido o pai que tem! – Harumi gritou com todo o pouco fôlego que tinha, surpreendendo a todos, principalmente o marido, quem nunca imaginara uma atitude como aquela da esposa. O chão do homem sumiu, as palavras de sua mulher haviam despedaçado sua alma em milhões de pedaços.

-Naruto, leve Hinata a um lugar mais tranquilo para ela se acalmar...  – o moreno sussurrou para o amigo, que confirmou com um aceno de cabeça. Em segundos o loiro já havia guiado a azulada para longe.

-O show acabou pessoal! Voltem a comer! – Sasuke berrou e todos obedeceram, afinal, quem não obedece a um Uchiha?

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-Já está causando confusão... Creio que essa amnésia não vai ser de muita ajuda. – dois homens elegantes sentados em uma mesa afastada conversavam.

-Ele ainda não se lembrou do que viu...

-Calado. – interrompeu um, o outro não gostou nada da atitude. – Ele se lembra de um pouco a cada dia... As lembranças podem explodir quando menos esperarmos. Temos que apagá-lo.

-Acidente?

-Não, da última vez que tentamos fazer parecer um acidente deu essa merda. Vamos fazer parecer um suicídio.

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Estava quase terminando seu serviço e poderia dormir por fim. Como estava cansada. A cama parecia chamá-la a metros de distância. Contudo, quando estava prestes a sair da cozinha e ir para o quarto, ouviu um barulho no lado de fora. Chegou silenciosa até uma janela e espiou o exterior. Parecia não haver nada na escuridão. Destrancou a fechadura da porta dos fundos e abriu-a vagarosamente.

Tudo estava calmo. Viu um chinelo jogado na varanda e saiu para pegá-lo, mas antes que seus dedos o atingissem alguém a puxou com força para cima e abafou seu grito com as mãos.

-Oi, Ayame... Você achou mesmo que eu não fosse te encontrar? –os olhos da morena estavam tão brancos quanto sua face. Seu corpo começou a tremer. – O que fez foi muito feio, querida. Denúncia para policia, drogas na minha cerveja e fuga no meio da noite... Partiu meu coração.

O homem possuía duas vezes o tamanho de Ayame. Era musculoso. Tinha um cabelo loiro palha na altura dos ombros, olhos cinzentos e uma imensa cicatriz cortava o lado direito de seu rosto, passando rente ao olho. Ele tinha uma aura assustadora.

Tirou a mão da boca da empregada e deu tapinhas na bochecha da mesma.

-Então, quais são suas últimas palavras?

O coração de Ayame parecia querer parar. Como ela odiava ser tão fraca em relação àquele homem.

-Anda, querida, não tenho a noite inteira... – suspirou pesadamente. – Você só dá trabalho. O que sua mãe, que Deus a tenha, deve pensar? Primeiro o exército, agora isso? – fez ruído de desapontamento com a boca.

-Eu posso te dar dinheiro... – as palavras saíam apertadas pela garganta. – Essa família paga bem, eu vou te sustentar... Hiruzen.

O homem abriu um sorriso de psicopata e começou a bater palmas.

-Muito bom... Escolheu as palavras certas.

-Mas... Você tem que me deixar em paz... – tentava ser forte e firme, mas era quase impossível perante aquele monstro.

-Claro, doçura, eu só aparecerei uma vez por mês para pegar a grana. – Hiruzen estava prestes a ir embora quando resolveu adicionar mais uma oração. – Mas não arranje um namorado... Você é minha e de mais ninguém. Lembre-se disso, ou você e o verme que te comer vão juntos pro inferno.

Então o homem sumiu na escuridão. Ayame correu para dentro e trancou a porta. Seus joelhos cederam e ela caiu de bunda no chão. Lágrimas grossas rolavam por seu rosto. Havia tido sorte de todos os Uchihas estarem fora. E ela que pensara ter se livrado de um pesadelo.

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Naruto havia levado Hinata ao seu quarto. A azulada tomava um copo de água sentada na cama do loiro, que estava agachado de frente a ela, ainda preocupado.

-Está melhor, Hinata-chan? – analisava a jovem com afinco.

-Estou bem... N-Naruto-kun....

-Mas ainda está vermelha. – o Uzumaki aproximou o rosto ainda mais do de Hinata.

-É por que você e-e-está muito p-perto!

Naruto se afastou rapidamente e coçou a nuca em embaraço. Riu levemente, mas logo parou. Fitou a morena sentada em sua cama. Não aguentaria segurar seus sentimentos por mais tempo, estava ficando louco. Precisava dizer, gritar, berrar. Necessitava dela. Da companhia, do corpo, dos beijos, dos abraços... Não esperaria mais. Se fosse correspondido, maravilha. Se não fosse, azar, porém ele sobreviveria.

Engoliu em seco e voltou a se aproximar da Hyuuga. Retirou o copo das mãos delicadas e o depositou no criado, logo depois envolveu as mãos de sua amada nas suas. O coração da azulada pulou uma batida.

-Hinata... Eu gosto de você... Não. – cortou a própria linha de pensamento. – Eu te amo. – falou com certeza e convicção olhando bem no fundo dos olhos perolados. Hinata sentiu sua alma ir aos céus ao ouvir aquelas palavras, seus olhos marejavam. – Eu sei que não me lembro de muita coisa e que não posso te garantir que não tenho ex-namoradas loucas, erros dos quais me arrependo ou qualquer coisa do tipo, mas eu não preciso da minha memória para ter a certeza de que nunca senti algo tão forte por uma pessoa antes. Quando eu olho para você, é como ter a visão do paraíso... Eu não posso viver mais um dia sem poder me referir a você como Minha namorada.

Hinata chorava, porém por mais que estivesse feliz, ainda tinha aquela ponta de incerteza. Desviou o olhar e mordeu o lábio. Não sabia como responder àquelas lindas palavras.

-O que foi? Você não sente o mesmo? – o loiro já começava a se desesperar internamente.

-Não, não é isso... – apressou-se a dizer – Eu só... Eu vi você beijando uma menina loira... – sua garganta fechou, não queria lembrar.

-Não, aquilo, eu terminei com ela! Hinata, eu nem tentei me lembrar da garota, só terminei com ela. A louca que me beijou... Eu nem sei se consigo pensar em beijar outra boca que não seja a sua.

-Verdade?

Naruto limpou as lágrimas da morena e beijou-lhe a testa. Enquanto acariciava seu rosto, disse:

-Eu penso em você até mesmo em meus sonhos... – então o loiro encostou sua testa na de Hinata.

Ambos fecharam os olhos e sentiram um ao outro. O calor, a respiração, que pouco a pouco se tornava uma... E inevitavelmente seus lábios se tocaram, lábios que pediam pelo outro com necessidade, que já não podiam ficar separados, que pertenciam juntos. O beijo começou calmo, com delicadeza. Apenas uma apresentação. Naruto sentiu a maciez dos lábios de Hinata enquanto esta arrepiou com o calor e a onda de energia proporcionada por aquele toque.

Depois de se conhecerem, começaram a aprofundar o beijo. Suas línguas exploravam cada canto, experimentavam cada nova sensação e iniciavam uma dançar em sintonia. Naruto aos poucos havia deitado a pequena na cama e suas mãos seguravam sua cintura fina. Esta bagunçava os cabelos loiros e provocava arrepios na nuca do Uzumaki.

O fogo crescia e nenhum dos dois parecia querer reduzir a chama.


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Notas finais do capítulo

E aí. o que vai acontecer?
HAHAHAHAHAHAH
Tipo: OMG porque você parou aí?
Porque não sei se vou deixar rolar ou não.
Vai depender do meu humor. Rezem para que eu acorde caridosa e pervertida. :D
Mas rolou o beijo, não sou tão má. u.u
E ai mulecadas , quem se apaixonou pela declaração do Naruto?/eusim.
Deixem reviews. Amos vcs.
Até o proximo capítulo / quente ou não. muhahahahaha'
Xoxo