Invisível escrita por Carolina Fernandes


Capítulo 19
Resgates


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiiiiii Gente! Eu voltei! demorei né? hahah'
Poois é, em março vou para a faculdade. Engenharia de bioprocessos :o
Então em março a frequência dos posts vai diminuir. quase certeza T^T
Maas nunca pararei de escrever, se não enlouqueço u.u Então não se preocupem. O capítulo de hoje está cheeeio de ação. .-. Deu muito trabalho para escrever esse cap, mas eu consegui! UHU.
Então vamos parar de tagarelar e cair de cara na ação :}
Enjoy:}



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Continuava sozinha naquela sala de concreto. Estava com sede e com fome. Sua boca estava rachada e ressecada. Depois de fazer a ligação para Naruto, Obito não aparecera novamente, na verdade, ninguém havia aparecido, haviam simplesmente deixado ela presa como se fosse um cachorro, não dando a mínima para suas necessidades fisiológicas. Estava quase se livrando das algemas. Sua mão direita sangrava um pouco e seus dedos já estavam dormentes. Imaginava já ter expressado os mais diferentes tipos de caretas. Então as algemas finalmente passaram por suas mãos, contudo ela continuou na mesma posição, segurando aquelas amarras de metal como se ainda estivesse presa. Não seria burra de se aventurar porta fora sem saber se poderiam vê-la e pondo tudo a perder, apenas continuaria parada lá, afinal poderia haver câmeras.

A única razão para ter sofrido para se desprender foi só para possuir a segurança de não estar indefesa caso apontarem uma arma para sua cabeça e também para facilitar as coisas caso a polícia aparecesse. Já havia sido inútil o suficiente por uma vida, era o que pensava.

Tentava criar saliva para umedecer a boca, mas estava com tanta sede que nem isso conseguia. Queria chorar, mas também não tinha água no corpo para isso. Sua mão doía, latejava, parecia prestes a explodir. Devia ter deslocado o dedão, mas não se importava.

Seu pensamento foi até o namorado. Não queria nem imaginá-lo considerando suicídio para salvá-la. Tinha certeza que ele não seria assim tão estúpido. Ou seria? Balançou a cabeça. Iria acreditar no loiro, pois sabia que ele só parecia idiota, mas na verdade havia mais coisas naquela cabeça do que espaços vazios e música de elevador. Suspirou. Só queria que tudo acabasse o mais rápido possível e da melhor forma possível.

Uns dois meses atrás, a única preocupação de Hinata era dar comida para Jason e se livrar dos casos de Sasuke. Agora, a azulada tinha que se preocupar com assassinos, inimigos e sequestradores. Devia não ter desejado a vida cheia de ação que via nos filmes. Pelo menos, se morresse, não morreria virgem. Refletiu.

Exalou o ar de forma pesada e deixou a cabeça despencar, então Jason veio até sua mente a fazendo levantar a cabeça novamente, de olhos arregalados e boca aberta. Poderia seu gato ter pressentido toda a confusão? Essa devia ser a única resposta sensata para o comportamento dele pela manhã. Entrou em choque. Sempre ouvira que gatos podiam sentir quando uma pessoa estava prestes a morrer, mas sempre acreditara que tudo era a mais pura bobagem. Começou a hiperventilar. Seu gato a avisou de sua morte? Enterrou a cabeça nas coxas e começou a orar. Ainda tinha muitas coisas para ajeitar em sua vida, não poderia morrer cedo. Respirou fundo e voltou para a posição de prisioneira entediada.

Não se desesperaria, não naquele momento. Ficaria calma e enfrentaria o que a vida colocasse em seu caminho. Acreditaria em Naruto. Acreditaria em si própria.

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Correu para dentro da casa abandonada. Os gritos e gemidos de dor que ouvia eram como facadas em seu coração. Ela era culpada e repetia isso inúmeras vezes em pensamento. Chegou a uma porta e teve visão da cena. Até seus olhos tremeram ao ver o que Hiruzen fazia a Itachi. Cada corte nele era um corte nela, mas, por mais que quisesse fazer alguma coisa, suas pernas travaram e criaram raízes no chão. Não conseguiria enfrentar aquele homem terrível. Era fraca demais. Tinha certeza disso. Sempre que tentara algo havia sido subjugada e se tornado ainda mais submissa. Seu medo era incontrolável.

Seus olhos se encheram de lágrimas ao ver o sangue que escorria do Uchiha. Considerava-se uma pessoa horrível por deixar algo do tipo acontecer com alguém tão maravilhoso. Então viu o modo como Hiruzen encarava a chama de seu isqueiro. O maldito iria colocar fogo em seu moreno. Notar o que aquele homem sagaz iria fazer trouxe força e coragem para Ayame de lugares longínquos. Seu sangue borbulhou. Ela apenas respirou fundo, fechou os olhos e enfrentou o que deveria ter enfrentado há muito tempo. Não se permitiria mais ter medo do monstro dentro do guarda-roupa.

Correu e, segundos antes do sequestrador jogar o fogo na pele alva do Uchiha, a pé de Ayame atingiu sua mão mandando o isqueiro para a lua. O animal ficou surpreso com a reviravolta e encarou a pequena com olhos furiosos, mas também intrigados, contudo logo começou a rir sarcasticamente.

-Ah! Ayame, você deve realmente amar esse verme para fazer isso, garota estúpida! – sua voz cavernosa quase assassinou a coragem da morena, mas ela se manteve firme.

Não iria perder tempo, não iria conversar. Enfiou a mão no bolso da jaqueta e tirou uma seringa. Com rapidez destravou o êmbolo e desferiu um golpe mirando o peito de Hiruzen, porém o homem foi mais rápido e agarrou o fino pulso da jovem com força. O aperto foi tão forte que Kurumizawa perdeu a força nos dedos, deixando a seringa cair no chão. Ele esmagou o objeto. Ela sentiu o coração acelerar. Não poderia ficar nervosa, tinha que manter a calma, só assim conseguiria salvar seu patrão.

-Esse truque de novo? Sabe que não deu muito certo da última vez. – sorriu com escárnio.

-Vai se foder! – Ayame encaixou um golpe de palma na garganta do monstro com força, o que o fez engasgar e vacilar um passo.

Sem perder tempo pisou com violência em seu pé direito e deu uma joelhada em sua barriga, contudo, quando ia colocar um chute em sua cabeça, ele se recompôs e segurou sua perna. Seu olhar transmitia inferno e suas narinas expandiam-se de fúria.

-Olha como você fala comigo, criança estúpida!

Hiruzen torceu a perna de Ayame fazendo-a rodopiar no ar e cair de cara no chão. A pequena gemeu com o forte impacto e também pelo fato da outra seringa em seu bolso tê-la machucado. Enfiou a mão para pegá-la, entretanto o animal não a deixou nem ao menos destravar o êmbolo, pisoteando sua pequena mão e chutando o compartimento de vidro para longe. Ele ria, como quem se diverte ao ver alguém se esforçando por algo inútil.

Pegou-a pelos cabelos e erguendo-a arremessou-a contra uma pilastra de madeira. A jovem bateu as costas com força e depois bateu o peito e o rosto mais uma vez no chão. Cuspiu sangue. Itachi chamou por seu nome sem força. Não queria vê-la levando uma surra por sua causa. Odiava estar fraco e impossibilitado. Geralmente, em histórias, são os homens quem salvam as amadas do perigo. O famoso orgulho Uchiha ainda era vivo dentro dele e o fazia se sentir envergonhado por ser quem deveria ser salvo, por ser a donzela indefesa. Mais uma vez chamou por ela, mas a garota não podia ouvi-lo.

A morena tentava se levantar com custo. O animal se aproximou dela em passos lentos, levantou-a e pressionou-a contra a pilastra, enforcando-a. A pequena começou a ficar azulada, engasgando-se com o próprio sangue.

-Ah, criança, você realmente não deveria ter me irritado. – o homem mostrava os dentes e fazia barulhos com a língua, mostrando sua decepção.

Kurumizawa não estava disposta a deixar Itachi morrer, salvá-lo-ia, por isso lutando contra suas dores e fraquezas, depositou uma cabeçada monstruosa no nariz de Hiruzen, quebrando-o. O animal rugiu. A jovem deu um golpe de mãos nos braços que a enforcavam, fazendo os membros soltarem-se de seu pescoço. Desferiu mais um soco no nariz do homem, intensificando sua dor. Chutou-o nos joelhos e, quando ele ajoelhou-se, chutou-o no estômago. Mas o sequestrador não pararia de lutar com tanta rapidez, pegando o pé de Ayame e puxando-o, levando a garota ao chão. Esta por sua vez, lutou contra a imobilização dele, esperneando-se e tentado acertar algum golpe, porém estava em desvantagem quanto à força bruta.

-Eu não vou te matar, Ayame. Na verdade, vou te fazer assistir eu tirar o couro do seu namorado. Você vai ouvi-lo gritar e vai vê-lo sangrar e vai saber que tudo é culpa sua! – ele dizia perto do rosto da pequena, esquentando a orelha dela com seu hálito de dragão. O sorriso sádico não abandonava os lábios do animal.

A morena em fúria não pensou duas vezes para morder a orelha dele e arrancá-la a sangue frio, sujando seus lábios e queixo com o líquido vermelho. Hiruzen berrou de dor e colocou a mão no local antes pertencente a sua orelha, mas que agora sangrava insistentemente.

-SUA VADIA! – ele vociferou. Seus olhos queimavam de ódio pela mulher.

Os olhos negros de Ayame se arregalaram e ela rapidamente tentou se arrastar até a seringa, não muito longe, contudo o homem agarrou seus pés e voltou a puxá-la para trás. Ela deu-lhe um chute no rosto e desfez-se de suas mãos, correndo até sua única chance, mas o sequestrador foi mais rápido, atingindo-a com uma voadora na cintura. A pequena gritou e seus olhos encheram-se de lágrimas enquanto ia de encontro ao chão. Havia quebrado uma costela.

Sua respiração ficou pesada. Seu osso devia ter perfurado algum órgão, pois a dor era insuportável. Ela gemia e de dor acabou mordendo o lábio com muita força, sentindo o gosto metálico do próprio sangue. Hiruzen se aproximou devagar e depositou a grande e pesada mão na área que havia chutado fazendo Kurumizawa gritar com intensidade.

-Vejo que minha habilidade de quebrar coisas ainda está intacta. – ele disse com ironia. Itachi trincava os dentes sem muita força. Não estava mais aguentando ver aquilo. – Como está a dor? Insuportável, eu imagino. – ele riu. – Agora, vou cuidar do seu namorado, não desmaie.  - O animal deu umas batidinhas na bochecha de Ayame e voltou sua atenção para o Uchiha. – Então, onde estávamos? – perguntou com sarcasmo, socando o estômago do moreno com força fazendo-o cuspir mais sangue em seguida.

A empregada trincou os dentes de raiva, dor, culpa, ódio. Começou a arrastar-se discretamente até a seringa. A dor já havia adormecido seu corpo, todavia ela não pararia de lutar, não enquanto estivesse viva. Itachi era a última coisa que havia sobrado para ela pela qual valia a pena lutar. O monstro estava tão entretido ferindo seu namorado e sentindo prazer com o sofrimento que causava que não percebera os movimentos rastejantes da pequena.

Ayame pegou a seringa e destravou o êmbolo. Teria uma única chance. Tentou se levantar com custo,pois seus músculos estavam todos dormentes e fracos, a dor a deixava zonza, mas ela ultrapassou isso e se pôs de pé. Arrastou seu andar até Hiruzen. Segurava sua cintura com uma das mãos para amenizar a dor. Tentava não respirar para não revelar sua localização, contudo, quando estava bem atrás do homem, a dor que sentia era muita e não a permitiu segurar a respiração gemida. O animal virou o corpo rapidamente, mas, ao perceber, a jovem já havia injetado o líquido em seu peito.

Ele olhou do rosto de Kurumizawa para a seringa que atravessava sua pele e no, momento que tentou levantar a mão para golpear a mulher, seus olhos rodaram, ficaram brancos e, em questões de segundos, ele despencou no chão do mesmo modo que uma montanha desaba.

Ayame soltou a respiração que prendia devido ao nervosismo e cheia de vergonha e de culpa encarou Itachi. As lágrimas rolaram com facilidade. Pegou a faca do chão, sentindo uma pontada na cintura devido ao movimento, e cortou as cordas que prendiam o moreno. O Uchiha caiu ao chão, pois a empregada não tinha forças para mantê-lo em pé, por mais que quisesse.

-Ayame, pare... – ele tentava falar.

-Você precisa por o agasalho, Itachi... Vai doer, mas precisa colocar. – ela arrastava o passo até o canto onde a parte de cima do moletom do jovem estava. Pegou a peça e voltou para o lado dele. Ignorou a dor em sua cintura quando vestiu o patrão.

-Ayame, pare, está tudo bem... – ele levantou uma das mãos para tocar a bochecha ensanguentada dela. A pequena estava tão roxa e machucada quanto ele.

-Precisamos sair daqui, te levar a um hospital...

-Ayame, eu não te culpo por nada disso... – ele interrompeu-a, mas estava fraco demais para falar tudo o que queria.

-Não fale, Itachi... Vamos sair daqui. – as lágrimas ainda escorriam. A jovem estava mortificada. Toda vez que olhava para Itachi seu coração se despedaçava mais um pouco. Sua dor física não era nada comparada a dor em seu coração e alma.

Envolveu a cintura do Uchiha com cuidado e passou um dos braços dele por seu ombro. Os dois se arrastaram em passos para fora daquela construção abandonada e então até a rua. Ayame não sabia como ainda estava aguentando aquela dor absurda. Na verdade sabia, ela aguentava por causa dele. Sabia que nunca teria enfrentado Hiruzen se não fosse pelo amor dele por ela e dela por ele. Não teria força o suficiente.

Itachi a olhava de canto de olho. As palavras formavam-se em sua mente, mas travavam em sua garganta, pois não possuía força para mover os lábios ou a língua. Só queria livrá-la do sofrimento. Dizer a ela que era absurdamente forte e corajosa. Por Cristo! Ela estava com uma costela quebrada e ainda era aquela quem o estava ajudando a andar. Era até humilhante. Ele pensava.

Eles ficaram em silêncio enquanto se arrastavam, enquanto estavam no táxi e enquanto eram tratados no hospital. Cada um martirizando-se com os próprios pensamentos. Trocavam olhares cheios de sentimentos misturados e difíceis de serem identificados, porém um era bem óbvio: a culpa.

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Já estavam na esquina mais próxima do local rastreado por Sasuke. Era noite e a rua estreita e mal iluminada fazia tudo e todos parecerem sombrios e assustadores. Os prédios eram mal pintados e estavam caindo aos pedaços. Haviam demorado em sair de casa, pois precisaram decidir um plano de ação e repeti-lo milhares de vezes para que Naruto gravasse cada etapa. Além disso, tiveram que entender o funcionamento das armas que usariam. Minato e Kushina não ficaram felizes com o uso de revólveres, contudo Kakashi conseguiu convencê-los que era melhor proteção que eles poderiam ter.

O investigador observava cada pessoa da rua, cada detalhe, até o gato que andava pelos parapeitos dos prédios.

-Por que estamos parados? – perguntou o loiro impaciente.

-Precisamos descobrir quem está de vigia. – respondeu Kakashi com paciência.

-Então ande logo com isso! – a voz do Uzumaki se elevou um pouco e Sasuke desferiu-lhe um cascudo. – Ai, Teme!

-Cala a boca! – sussurrou nervoso.

Naruto fez bico e cruzou os braços. Só queria salvar Hinata, queria saber que ela estava segura junto dele. Não aguentaria mais um segundo com aquela preocupação. O Uchiha também se sentia assim, porém ele sabia que qualquer erro poderia colocar tudo a perder e arriscar a vida de sua irmãzinha.

-Achei. – o homem dos cabelos prateados sussurrou apontando para três homens que bebiam cerveja encostados à parede de um prédio. – O número do prédio confere, Sasuke? – o moreno cerrou os olhos para enxergar o pequeno número desenhado perto da porta.

-Confere.

-Ótimo. Agora, nós ligamos para policia. Vamos ter uns dez minutos para executar nosso plano. Vocês têm que resgatar a Hinata antes dos policiais apontarem as armas para entrada, porque vai ser nesse momento que Obito irá procurá-la para utilizar como refém ou coisa pior. – Kakashi repassava as informações. Naruto engoliu em seco, estava com medo, mas mandaria o sentimento para Júpiter, afinal não podia se permitir errar. – Tudo certo?

Todos afirmaram com a cabeça. Gai pegou o celular e discou, explicando a situação para a mulher que atendeu. A ligação não demorou muito, afinal o nome Uchiha acelerou um pouco as coisas.

-A cavalaria já foi chamada. – o sobrancelhudo disse olhando com firmeza para o amigo.

-Certo. Vamos, Gai, temos trabalho a fazer.

Os dois investigadores começaram a caminhar pela rua, como quem não queria nada e estava só passando pelo local. Naruto e Sasuke esperaram, olhando cada ação com atenção, esperando pela deixa deles. Kakashi e Gai se aproximaram dos homens que tomavam cerveja e começaram a conversar, em alguns instantes, os brutamontes estavam irritados e queriam visivelmente partir para a briga.

O moreno e o loiro viram o momento pelo qual esperavam e começaram a se esgueirar pelas sombras dos prédios. Quando os investigadores atraíram os capangas para longe da porta, os dois entraram no prédio rapidamente. Olharam para a escadaria iluminada por uma luz amarelada e fraca e aguçaram a audição, ao confirmar a não existência de ruídos, começaram a subir pelos degraus em silêncio. Seguravam os revólveres em punho para atirar em qualquer coisa que se movesse. Podiam não demonstrar, mas estavam apavorados. A situação não era tão glamorosa quanto parecia em filmes.

Chegando ao final das escadas, verificaram o corredor, nada também. O prédio tinha dois andares e eles precisavam encontrar o apartamento onde a azulada estava presa. Sasuke encarou Naruto, quem acenou em afirmação com a cabeça. Eles continuaram andando, pisando com cuidado e encostando os ouvidos nas portas a procura de ruídos suspeitos.

O primeiro andar parecia limpo. Seguiram para o segundo e logo que Sasuke colocou a cabeça para fora do corredor das escadas voltou rapidamente, grudando Naruto junto à parede como ele fizera. O loiro o olhou preocupado e o amigo apenas mostrou os cinco dedos da mão. O Uzumaki fez uma careta de primeira, não entendendo, mas após alguns segundos, sua expressão suavizou. Havia cinco homens tomando conta do corredor.

-O que vamos fazer? – não falou, apenas moveu os lábios.

Quando Sasuke ia abrir a boca, a sirene da polícia cortou o silêncio. Ambos paralisaram e praguejaram em pensamento. A cavalaria havia chegado rápido demais. Cinco minutos. Por que quando se precisa de lerdeza, tudo acontece com rapidez? Sasuke se indagava. Os homens no corredor começaram a ficar agitados.

-Polícia? É aqui? – um perguntava.

-Não sei, pode ser um caso de drogas... – outro disse.

-Não seja estúpido! Tem muitas sirenes para ser uma simples limpeza! –vociferou outro enquanto esmurrava uma porta. – Obito, você ouviu a polícia?

-Sim, não se precipitem. Não queremos nos revelar. – foi tudo o que a voz maléfica do Uchiha disse. Naruto cerrou os punhos e trincou os dentes ao ouvir a voz do homem.

No momento em que o loiro furioso ia para o corredor atirar em todo mundo em uma atitude suicida, eles ouviram a porta da frente ser arrombada.

-Polícia! Vocês estão cercados! – os berros amplificados pelo megafone atingiram os ouvidos de todos no segundo andar. Os passos pesados dos oficiais ficavam cada vez mais altos na escada.

Sasuke estava quase tendo um ataque, olhava para cima e para baixo, enquanto Naruto havia paralisado. Tudo o que os dois conseguiam pensar é que morreriam no meio do fogo cruzado.

-MOVAM-SE VERMES IMBECIS! E            U TENHO UMA REFÉM PARA PEGAR! – Obito berrou e essas palavras gritadas foram as únicas coisas necessárias para descongelar o jovem Uzumaki.

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Ouviu as sirenes da polícia e já ficou preparada. Poderia ser a qualquer momento. Encarava a porta de aço enquanto respirava lentamente. Repentinamente, seu sequestrador explodiu pela porta, que bateu com força contra a parede de concreto. Ele estava furioso e possuía uma arma em mãos.

-Seu namorado foi estúpido, eu disse, sem polícia. Agora, vou te matar e fugir daqui. – ele sorriu cinicamente e malignamente apontando o revólver para a cabeça de Hinata. A azulada não pensou duas vezes, soltou as algemas e correu para a porta aberta atrás de Obito. O homem não esperava por aquele movimento, ficando confuso por alguns minutos.

A Hyuuga suava frio. Sabia que o que estava fazendo era totalmente arriscado e imprudente, quase suicida, mas correu de todo modo. Logo que saiu do corredor para a saleta, assustou-se com Naruto entrando pela porta, suando, arfando e com algumas escoriações. Madara, quem estava na local, apontou uma arma para o loiro, porém Sasuke apareceu apontando o revólver para o outro Uchiha, forçando o homem a se render. Ele soltou o que segurava e ergueu as mãos.

Hinata e Naruto não podiam estar mais aliviados e felizes por ver um ao outro. O Uzumaki correu para sua namorada, que também corria para ele, entretanto, quando estava quase com a pequena em seus braços viu Obito saindo de uma porta no final do corredor, com olhos sedentos e mirando um tiro nas costas da azulada.

A polícia entrava pela porta no momento e tudo parecia se desenrolar em câmera lenta. O namorado pode sentir o sangue gelar, não aguentaria ver sua amada desfalecer em sua frente, não depois de estar tão próximo de salvá-la. Um policial percebeu a mira do Uchiha e mirou no homem, avisando-o para se render, contudo, ao perceber que o sequestrador não estava nem aí para isso, atirou. O som de seu tiro uniu-se ao som do tiro de Obito.

Naruto abraçou Hinata e virou o corpo, trocando as posições, ficando ele de costas para o causador de seus problemas e sofrimentos. Quando a morena pode ter uma visão do corredor, tudo o que viu foi Obito indo ao chão com uma bala bem no meio dos olhos. Nunca imaginou sorrir por ver alguém morrer, mas sorriu de satisfação com o que seus olhos presenciaram.

Alguns oficiais já algemavam Madara. Sasuke observava o que estava acontecendo de olhos arregalados. A Hyuuga sentiu que o namorado estava jogando o peso para cima de seu corpo. Fraca como estava, foi ao chão com o loiro. Percebeu que ele estava desmaiado. Estranhou e então sentiu algo molhar sua mão, levantando-a para observar. Ao ver sua pele tingida de vermelho começou a tremer e olhou para as costas de Naruto.

Viu que a camiseta cinza que ele usava começava a se ensopar de sangue. Hinata sentiu sua respiração descompassar e seu coração reduzir a velocidade das batidas. Segurou o rosto do jovem com suas mãos ensanguentadas, dando leves batidas, tentando fazê-lo retornar à consciência. Não podia perdê-lo. Não podia perdê-lo. Repetia em pensamentos. O vizinho da azulada ainda estava estático, os braços caídos ao longo do corpo, a face sem reação. Não queria imaginar que o loiro oxigenado irritante e escandaloso havia morrido.

A pequena chorava e cada vez mais chacoalhava o amado. Não conseguia parar de tremer, de suar frio, de sentir medo. Do fundo de seus pulmões retirou ar e, desesperada, gritou a toda voz:

-NARUTO!


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Notas finais do capítulo

EU DEVO SER A PIOR PESSOA DA FACE DA TERRA NÉ? hahahahahahahahahah'. Vish, será que eu matei o Narutchenho? >3 MUHAHA' Só vão saber no próximo. /fogedepedra,paulada,cuspes,laranjas,tomates,melancias...
E aí, gostaram do jeito que eu escrevi as cenas de ação? podem ser sinceros, amo críticas construtivas. u.u
Hinata super ativa, NÃO DEIXOU PARA NINGUÉM! haha'
E a Ayame então? Aquela é guerreira ein u.u
Será que o Hiruzen morreu? Bem eu dei as dicas, então...
Naruto e Sasuke/ Gai e Kakashi - as duplas dinâmicas. xD
é isso. Estou aqui, com a bunda achatada depois de 1.200km de viagem, então até a prox, porque eu preciso calibrá-la para a fazer voltar ao normal .-.
Prox cap, TCHAM TCHAM TCHAM "Reações"
:O
haha' Reviewem-me seus lindos e gostosos!
XOXO



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