Invisível escrita por Carolina Fernandes


Capítulo 20
Reações


Notas iniciais do capítulo

EAAAAAAEEE! :p
Todo mundo bem? maravilha u.u
Eu estou ótima!
Mangá, mangá, mangá... Não preciso de outra razão!
O shodaime é muito engraçado, o Nidaime é um bostinha, Sandaime é café com leite e o Minato é o homem mais sexy do Anime, só compete com o Itachi-lindo-e-gostoso/ falar nisso, vê-lo novamente no anime foi ... Nem tenho palavras para descrever u.u Sasuke entendendo o sentido da vida é foda xD Ai Ai, tio Kishi deve ter sido abençoado por Deus ou algo do tipo, só pode.
Esse cap é o que eu chamo de cap de transição, é no prox que a coisa fica maneira :}
de qualquer forma...
ENJOY :}



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Chacoalhava o namorado enquanto chamava-lhe pelo nome. Não conseguia conter as lágrimas ou os soluços. Aproximava os ouvidos repetidas vezes até o peito do loiro para confirmar se o coração ainda batia. Pressionava o ferimento com suas mãos machucadas tentando conter o sangramento. Sasuke saiu de transe e pediu por paramédicos a um dos oficiais. O moreno não sabia muito bem o que fazer, não sabia se devia se aproximar de Hinata e confortá-la ou se deveria continuar com a distância. Às vezes vacilava um passo para frente, mas desistia e voltava ao mesmo lugar.

Os paramédicos foram rápidos, só não venceram os repórteres. A azulada continuava com o amado nos braços, segurando a cabeça dele com uma das mãos.

-Vamos, Neko-chan, volta para mim... – dizia em voz chorosa. – Por favor, não me deixe... Naruto, acorde!

Então Naruto abriu os olhos vagarosamente, parecia incomodado com a luz. Ver aqueles dois oceanos ganhando vida novamente fez o corpo da Hyuuga aquecer. Ela suspirou aliviada e sorriu para o seu namorado. Beijou-o várias vazes. Fungou e enxugou as lágrimas.

-Graças a Deus... – murmurou.

-Hina-chan... Você... Não vai se... Livrar de mim... Tão rápido... – o Uzumaki falava com dificuldade. A dor em suas cosas estava intensa e incômoda. Além disso, ele se sentia fraco devido ao sangue perdido, contudo sorria.

-Nunca mais me assuste desse jeito! – Hinata o abraçou, gesto que o fez gemer um pouco de dor, fazendo com que a morena o soltasse com rapidez toda preocupada. Os paramédicos se aproximaram do casal e começaram a tratar do loiro, mandando a pequena se afastar por alguns momentos. Ela foi até perto de Sasuke e, após olhá-lo por alguns instantes, abraçou-o com força.

-Saki-chan!

O Uchiha correspondeu ao enlaço com mesma força e intensidade. Estava extremamente aliviado por vê-la salva e por saber que não teria de ser quem recolheria os pedaços do coração da vizinha, caso o loiro oxigenado tivesse morrido. Até conseguiu voltar a respiração ao normal e relaxar um pouco o corpo.

-Pelo amor de Deus, Hinata! Como você pode deixar te sequestrarem? – a morena olhou para a cara do amigo com uma sobrancelha arqueada e logo depois riu.

-Pode deixar, da próxima vez eu escuto o Jason. – Sasuke fez uma cara de quem não havia entendido nada, mas a azulada apenas abraçou-o de novo. Estava extremamente feliz por saber que, não apenas uma, mas duas pessoas extremamente importantes para ela haviam arriscado suas vidas para salvá-la. Por mais que ela desejasse o não acontecimento de tudo aquilo, a felicidade de se sentir como algo valioso e importante era impagável. E não poderia querer uma prova de amor maior de Naruto. Tomar um tiro por outra pessoa não é algo que qualquer um possa fazer.

Soltou do abraço e sorriu para o moreno, quem deu um leve tapa em sua testa. Era o jeito dele de dizer que estava bravo, porque a amava muito e teve medo de perdê-la.  Então os ônix perceberam as mãos de Hinata, Sasuke pegou-as com cuidado observando os machucados. Percebeu que o dedão direito estava deslocado. A azulada analisava cada movimento dele e ele sabia que a jovem estava decidida a deixar aquilo passar por estar com medo da dor de colocar um osso novamente no lugar. Arqueou uma sobrancelha e um sorriso maroto quase imperceptível brotou no canto de seus lábios.

-Hina... Acho que eles perderam o Naruto... – o Uchiha disse tais palavras do modo mais mortificado possível. No momento em que sua amiga, já hiperventilando, virou o rosto na direção dos paramédicos, ele colocou seu dedão no lugar. O estralo foi consideravelmente alto.

-AI! – A morena gritou, mas depois entortou a boca e adquiriu uma feição confusa – Ai? Não doeu tanto assim...

-É porque você não estava esperando pela dor. – Sasuke sorriu travesso e levou um murro no braço.

-Eu devia te punir para cada maldade sua para comigo! – mostrou a língua ao rapaz, limpando o sangue de suas mãos na camiseta preta dele só para fazer pirraça. Recebeu uma revirada monstruosa de olhos em resposta.

-Sério mesmo, Hinata? – encarou o pedaço de pano agora ensanguentado. A azulada fingia estar distraída assobiando. – E, para comigo? Quem fala assim? Seu fóssil!

-Vai catar coquinho, Saki-chan! – a pequena apertou a bochechas do moreno e depois deu um sanduiche tapa nelas. Mostrou a língua novamente e foi para perto de seu namorado, quem já estava sendo carregado em uma maca. Quase assaltou um paramédico ao ver que ele tinha uma garrafa de água, bebendo todo o líquido em uns três goles.

O Uchiha acompanhou todos em direção ao exterior do prédio. A polícia já havia descido com Madara e, no momento, alguns policiais cuidavam do corpo de Obito. Quase todos os capangas, que mais pareciam um grupo de internos de um hospício, haviam morrido quando a cavalaria havia chego. Foi tiro no corredor, socos, e cacetadas na cabeça. Uma loucura. Sasuke e Naruto acabaram apanhando também, mas conseguiram se esgueirar da confusão sem muitos danos. O moreno, ao se lembrar, até tinha vontade de rir, pois o momento 007 dos dois não havia sido nem um pouco glamoroso. Sem falar que Kakashi e Gai haviam desaparecido, Deus sabe lá por que.

- Sasuke Uchiha? – um oficial chamou a atenção do jovem, tirando-o de devaneios.

-Pois não?

-Só queria dizer que você e seu amigo não deveriam ter sido tão precipitados. Uma catástrofe poderia ter acontecido, além disso, poderíamos prendê-los por porte de arma, mas como não chegaram realmente a usá-las, estamos deixando passar dessa vez. Só vim pedir para que deixe esses assuntos para a polícia da próxima vez. – o homem estava sério e desejava uma confirmação.

-Pode deixar e peço desculpas pelo nosso comportamento imaturo. Não vai acontecer de novo. – o homem despediu-se do moreno com uma aceno de cabeça ao receber a confirmação de entendimento que desejava.

Sasuke revirou os olhos e seguiu seu caminho. Pegou o telefone do bolso da calça e viu três chamadas perdidas da Sakura. Amaldiçoou-se em pensamento. Havia esquecido completamente da rosada, mas não queria conversar com ela por telefone. Depois passaria no apartamento da Haruno. Voltou a guardar o aparelho no bolso. Parecia que quando ele queria um tempo para si tudo resolvia acontecer. Sem contar que continuava a adiar a inevitável conversa com Itachi. Exalou pesadamente. Os problemas pareciam não acabar.

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Estava sentado em uma maca na área de emergência do hospital. Havia se separado de Ayame quando o médico apareceu. Estava muito preocupado com a pequena, não conseguia parar de pensar nela e relembrar cada momento da incrível luta que tivera com Hiruzen, contraia-se com as memórias. Soro com analgésico estava sendo aplicado em sua veia e uma enfermeira muito bonita tratava de seus ferimentos. Toda vez que o olhar do moreno encontrava com o dela, a moça corava. Itachi até evitava olhá-la para não confundi-la, fazendo-a pensar que ele estaria interessado.

-Está sentindo alguma dor, Itachi-san? – a mulher perguntou um pouco acanhada e levemente corada.

-Não, a dor está bem melhor... – a voz do Uchiha já estava completamente renovada.

-O doutor receitou essa pomada e esse analgésico. – entregou duas caixas de remédio para o moreno. – Passe a pomada três vezes ao dia e tome o analgésico de doze em doze horas.

Itachi apenas confirmou ter entendido com a cabeça. A enfermeira deixou o local um pouco relutante, evidentemente querendo achar uma desculpa para desfazer os curativos do homem só para refazê-los. O Uchiha vestiu o agasalho de seu moletom cobrindo seu tronco e braços enfaixados. Só precisou levar alguns pontos no corte em seu peito, os outros não estavam profundos. Suspirou. Seus machucados não eram nada se comparados com os da namorada. Enterrou a cabeça entre as mãos.

Por que não conseguia ser mais útil para a pequena? Por que parecia causá-la mais dor e sofrimento, quando, na verdade, queria livrá-la de tudo isso? Por que não conseguia ser o príncipe em um cavalo branco, que a salvaria dos problemas? Por que parecia não conseguir fazê-la entender o quanto ele a amava? Sua cabeça era uma bagunça de porquês.

Do nada, no meio de toda sua angústia, uma ideia surgiu em sua mente, como a última gota de esperança. Contudo, antes que conseguisse começar a amadurecer a ideia, foi interrompido por uma voz.

- Itachi Uchiha? – o médico perguntou enquanto analisava uma prancheta.

-Sou eu.

-Por acaso você é alguma coisa de Ayame Kurumizawa? –voltou a perguntar, mas agora encarava o paciente.

-Sim, ela é minha namorada. – ouvir o nome da empregada trouxe seus nervos à flor da pele. Ficou ansioso e preocupado.

-Você tem uma baita de uma namorada, rapaz! Sinceramente, nunca vi uma mulher tão forte como ela, uma costela quebrada perfurando o estômago teria feito a grande maioria desmaiar na mesma hora. Não desperdice essa, porque ela tem fibra! – o médico ria, mas Itachi não compartilhava seu entusiasmo. – Enfim, ela saiu de cirurgia e está perfeitamente bem. Havia algumas hemorragias internas, porém nada muito grave. Ela terá que passar a noite em observação e de manhã terá alta, contudo não poderá se movimentar muito. – o veredito do doutor fez o Uchiha suspirar aliviado. – Pode ir vê-la se quiser. O quarto é 409.

Então o homem sorriu e saiu para cumprir mais obrigações. Itachi não esperou nem um segundo para ir até o quarto de Kurumizawa. No caminho começou a pensar como explicaria a situação para seus pais, que chegariam no dia seguinte. Poderia dizer que haviam sido assaltados, a mesma desculpa utilizada no hospital. Todavia, do jeito que Fugaku era, faria um inferno na polícia para capturar criminosos que não existiam. Talvez dissesse que Ayame rolou pelas escadas. Agora para ele era mais difícil. Vários cortes espalhados não é algo fácil de explicar. Bufou. Não era como se pudesse dizer que se cortou com a Gilette. Balançou a cabeça para se livrar dos pensamentos ao chegar à porta do quarto 409. Acharia alguma desculpa esfarrapada.

Abriu a porta lentamente e pode ver a morena deitada na cama encarando a grande janela com vista para a cidade. O céu ainda estava azul, mas o fim de tarde não demoraria a chegar. Ele sabia que ela notara sua presença, mas a jovem não tinha coragem de encarar o patrão, sem contar que estava com medo de todo o pesadelo ainda não ter acabado. O moreno se aproximou e repousou a mão sobre a mão ralada dela. A jovem continuou não olhando para ele.

-Ayame... Olha para mim, Ayame. – Ele quase implorava. Podia ver as lágrimas quentes correndo pela bochecha da namorada, quem se escondia entre os cabelos. – Por favor, Ayame. Eu não estou bravo, magoado ou te culpando. Quando amamos uma pessoa, amamos por completo...

-Você não conhece nem metade do que eu sou, Itachi... – ela o interrompeu, fungando ao final. Ainda não conseguia encarar as pérolas negras.

-Mas eu quero conhecer. Me deixe te conhecer, Ayame. Eu quero te proteger, te ajudar... Olha para mim. – ele pegou o queixo dela com delicadeza e a fez encará-lo. Os olhos tristes dela estavam nebulosos.

Ayame não queria contar, pois não queria nem ao menos se lembrar do próprio passado. Também estava com medo da rejeição dele, do nojo que poderia sentir dela e do abandono, após ter ficado extremamente dependente de sua pessoa. Tentou parar as lágrimas, mas não conseguia. Mordeu o lábio inferior e tentou desviar o olhar, contudo o Uchiha não permitiu. Ao encará-lo, viu a pureza de seus sentimentos. O moreno merecia saber, ele merecia poder escolher se queria estar ao lado dela sabendo toda a verdade. Ela não conseguiria, não poderia, mais enganá-lo. Repirou fundo e apertou as mãos dele em seu rosto.

-Eu vou te contar tudo, mas acho melhor você se sentar. É uma longa história...

Os olhares dos dois se mantiveram conectados por alguns minutos. O dele com uma mistura de curiosidade, ansiedade, tristeza e compaixão, o dela com uma mistura de medo, aflição e nervosismo. O único sentimento em comum era o amor de um para com o outro.

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“Estamos aqui em frente ao prédio onde Hinata Hyuuga estaria sendo feita de refém por Uchiha Obito e Uchiha Madara. Acredita-se que os dois a sequestraram para atingir a Minato Namikaze e seu filho, Naruto. O primeiro teria sido o responsável por arruinar os planos de extorsão dos Uchihas enquanto o segundo teria descoberto todo o plano da dupla. Por sorte, a polícia conseguiu render os homens, Madara foi preso, já Obito foi morto por tentar assassinar a jovem Hyuuga. Quem levou o tiro foi o Naruto Uzamaki, porém ele se encontra bem e sem ferimentos graves. Fomos informados de que Sasuke Uchiha, junto ao jovem Uzumaki, teria tentado resgatar Hinata por conta própria. Os dois tiveram uma atitude irresponsável, mas que demonstrou extrema coragem e heroísmo...”.

Ao ouvir o que a repórter falava na televisão, deixou o prato que enxugava cair no chão. Paralisou olhando para o aparelho. Seus pensamentos entraram em parafuso. Tremia levemente e sentiu as pernas bambearem, tendo que escorar no balcão para se manter de pé. Hanabi, quem ouviu o som de algo quebrando, desceu as escadas correndo e voou até a cozinha, ficando ofegante ao chegar.

-O que aconteceu, mãe? Você está passando mal? – perguntava afobada. Entre os dedos de seus pés havia espumas e algumas unhas estavam pintadas enquanto outras estavam borradas.

-Não, Hana... É a sua irmã... – Harumi falou ainda meio abalada, meio em choque.

-O que tem a Hina? Ela está doente? – a única reposta que a jovem recebeu foi o indicador de sua mãe apontando para a televisão. – Ai. Meu. Deus. – o queixo da morena caiu. Poderia ter imaginado qualquer pessoa sendo sequestrada e tendo um resgate de filme, menos sua irmã. O mundo realmente dava voltas.

A repórter tentava, no momento, entrevistar Hinata. A jovem parecia assustada e confusa com tantos microfones e tantas perguntas. Naruto ao seu lado gemia e reclamava do barulho. A pequena não sabia o que ouvia e para quem dava atenção.

“Como era seu cativeiro?”. “Você sentiu medo?”. “Como se sentiu quando seu namorado tomou o tiro em seu lugar?”. “A experiência foi traumatizante?” Essas eram umas das milhares de perguntas óbvias atiradas contra a azulada, que já estava quase roxa de frustração e nervosismo. Sasuke apareceu na frente das câmeras extremamente irritado.

-Já chega! Ela não precisa responder essas perguntas, porque de tão óbvias até eu posso respondê-las! Eles estão feridos e acabaram de passar por muito nervosismo, por isso parem de serem inconvenientes! – o acesso de fúria do Uchiha não foi suficiente para os repórteres, pois estes haviam transferido a atenção para o moreno. – Eu já disse, ninguém vai responder nada! SUMAM! – então ele entrou na ambulância, empurrando as pernas de Hinata para dentro e fechando as portas na cara de todo mundo.

-Um porre com sempre esse Uchiha. – Hanabi deu de ombros ao ver a reportagem. – Que coisa, ein! A Hina passando por esse perigo e a gente nem sabia! – encarou a mãe, visivelmente abalada. Aproximou-se da mulher a abraçou-a. – Acalme-se, mãe! Ela está bem!

-Não é essa a questão, filha... Eu nem tive que me preocupar com segurança dela. Que mãe não se preocupa quando uma filha é sequestrada? – Harumi indagava.

-Aquelas que não sabem que as filhas foram sequestradas? – a caçula estava confusa quanto ao que a mãe falava. Fazia uma careta e coçava a nuca. A mulher apenas suspirou.

-Deixa para lá. – A Hyuuga estava mortificada por não fazer parte da vida da filha. Ela se sentia como uma estranha e tudo por culpa do marido. Ela deveria ser para onde Hinata correria procurando por proteção e conforto, mas a criança corria para o jovem Uchiha e para o jovem Uzumaki. Ela parecia ter apenas uma cria e não duas. O sonho de Hiashi finalmente havia tornado realidade.

Neji entrou afobado pela porta, estava mais branco que a parede. Até suava. Aquele estado era raridade, principalmente pelo fato de estar descabelado, tanto que Hanabi tirou o celular do bolso e bateu uma foto sem a menor pachorra.

-Essa vai para o instagram. – disse com uma expressão neutra. O primo apenas revirou os olhos e bufou.

-Vocês viram a notícia? – perguntou o cabeludo ainda com a respiração descompassada.

-Acabamos de ver. – respondeu a prima, sem muita paciência.

-O que a Hinata está pensando?

-Sei lá, tenho cara de Edward? – Hanabi continuou implicando com o jovem, era seu passatempo favorito afinal. Dessa vez, os dois Hyuugas mais velhos no recinto reviraram os olhos.

-Vou me trocar, temos que ir vê-la. – a mãe disse decidida, já tomando o rumo do quarto, todavia o marido surgiu em sua frente, impedindo o caminho. Ele ia falar alguma coisa, mas a mulher não deixou. – Se você não a quer como filha, que seja, mas ela ainda é a minha filha e eu cansei de ouvir você latir e nem ao menos rosnar! Chega, Hiashi. Eu vou recuperar a minha filha e se você não estiver feliz com isso, sinta-se a vontade para pedir o divórcio!

 Harumi não conseguia elevar muito a voz, devido sua condição médica, mas ela nunca havia ficado tão estressada. O queixo de Neji e Hanabi caiu e ambos trocaram olhares nervosos. Hiashi ficou surpreso e até abriu caminho para esposa, quem subiu ao quarto sem olhar para trás. Os jovens saíram sorrateiramente da cozinha e foram se arrumar também. O Hyuuga ficou sozinho no local ponderando certos pensamentos por alguns minutos. Franziu o cenho e depois exalou o ar pesadamente. Já era hora de se abrir com a filha e colocar tudo em pratos limpos.

-Eu vou junto! – gritou.

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Kushina já havia cortado todos os vegetais e legumes existentes na casa. Por pouco não cortara um dedo junto. Minato não parava quieto em lugar nenhum, passava os canais da televisão para ver se encontrava qualquer notícia. Apertava o celular na mão com força, como se isso fosse fazer o aparelho tocar. Então, quando eles ouviram uma repórter informando os acontecimentos, correram para frente da televisão, quase vidrando os olhos nos aparelhos. No momento em que a ruiva ouviu sobre seu filho ter levado um tiro, cravou as unhas roídas no braço do marido, fazendo com que ele fizesse uma careta.

-Ai, Kushina!

-Desculpa! – afrouxou o aperto. – Graças a Deus ele está bem...

Os olhos da mãe lacrimejavam e ela enterrou a cabeça no peito do marido, que a abraçou com força. O loiro respirava aliviado. Iria brigar com Kakashi, sem dúvidas sobre isso, a respeito de Naruto ter sido baleado. O investigador iria sofrer em sua mão, mas, tirando isso, havia conseguido se acalmar finalmente. Não precisaria mais se preocupar com os dois Uchihas problemáticos e poderia aproveitar sua família. Retornar ao estado de felicidade e risadas. Suspirou enquanto acariciava os cabelos vermelhos que tanto amava.

-Melhorou? – perguntou para a mulher. Ela acenou com a cabeça, fungando e limpando as lágrimas.

-Querido, você está bem? Sabe, você está sempre firme, segurando as pontas e me amparando... Sei lá, às vezes acho que devia fazer coisas do tipo para você também... – Kushina fez bico e desviou o olhar, ainda envolvia a cintura de seu amado. Minato riu.

-Esse é meu papel, amor. Eu cuido de você e do Naruto. Minha vida é fazer vocês felizes... – ele colocou uma mecha do cabelo dela atrás da orelha, acariciando então sua bochecha. Mesmo depois de tanto tempo de casados, ela ainda corava e isso só o fazia amá-la ainda mais. – E quem disse que você não faz nada por mim? Ver você cortando aqueles legumes realmente me ajudou. – zoou com a ruiva, quem respondeu dando um peteleco em sua orelha.

-Engraçadinho! – deu-lhe um selinho. – Agora ligue para o Sasuke ou para o Naruto e descubra para qual hospital temos que ir. – ela disse, indo para o quarto se arrumar.

-Seu desejo é uma ordem. – o loiro sorriu e pegou o celular.

A verdade era que ele nunca conseguiria ser tão forte se não fosse por Kushina. Ela sabia quando exatamente abraçá-lo, oferecê-lo um sorriso radiante, beijá-lo com amor, ficar em silêncio ou brigar. Ela o sustentava sem perceber. Nunca poderia ter sido feliz sem sua ruiva. Às vezes, até o nervosismo exagerado dela o ajudava a se acalmar. Suspirou. Tudo iria melhorar, era só nisso que queria acreditar.

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-Fugaku, venha aqui! – Mikoto chamou da sala da suíte na qual estavam hospedados.

O homem veio do quarto, com o celular grudado na orelha e por milagre não estava nervoso, mas sim com uma feição estupidamente feliz. Olhou para a direção apontada pela esposa, olhando assim para uma notícia que passava na televisão. Seus olhos arregalaram.

-Só um instante, posse te ligar em uns dez minutos? Ah, ok. – desligou o celular e se sentou no sofá ao lado da mulher, ainda de queixo caído.

-Madara preso e Obito morto? – ele não conseguia acreditar no que via, muito menos Mikoto, quem apenas acenava a cabeça em afirmação, completamente atordoada. – Quer dizer que vamos reaver nosso dinheiro?

-Parece que sim...

Nesse momento, a repórter falou o nome de Sasuke e o casal quase grudou os olhos na tela. Seus queixos não tinham como cair mais.

-O Sasuke ajudou? – Fugaku estava com uma feição de quem chupou limão e não gostou.

-Faz sentido, ele é bem apegado à menina Hyuuga...

O silêncio reinou na suíte do hotel até o fim da reportagem. O Uchiha torceu o nariz ao ver o pequeno show de seu filho para com os repórteres. Já a esposa estava orgulhosa de sua cria, mas também puxaria sua orelha por ter se arriscado de tal maneira. Quando o noticiário mudou de assunto, o casal se entreolhou.

-Acho que você deve uns agradecimentos ao Sasuke... – ela disse.

-Até parece, ele não fez nada disso por mim... Não, pelo contrário, ele não fez nada. Já Itachi conseguiu um contrato maravilhoso com esse tal de Yamato, motivo pelo qual estamos agora nos Estados Unidos. – Mikoto suspirou.

-É, mas se Sasuke não tivesse saído de casa e se tornado amigo da Hyuuga, consequentemente você poderia não estar faturando o dobro nesse momento. – tentava argumentar.

-Nem tente jogar essas ideias absurdas de destino e forças da natureza para cima de mim, Mikoto. – o homem torcia ainda mais o nariz. Não havia Uchiha mais cabeça dura que ele. Não, na verdade, Sasuke deveria competir nesse quesito. Dois bicudos não se bicam.

-Pare com isso, Fugaku. Você sabe que aquela criança te admira! Deixe de ser orgulhoso e vá reatar relações com seu filho! Sabe quanto um programador poderia ser útil na empresa? – ainda tentava.

-Bobagem! – ele se levantou e pegou o celular novamente.

-EU DESISTO! – a morena levantou os braços para o ar, levantou do sofá e passou pelo marido dando-lhe um tapa na cabeça. Foi para o quarto e fechou a porta. Só podia amar aquele traste para aturar suas teimosias infinitas.

O Uchiha começou a se mover de um lado para o outro. Não queria demonstrar, mas as palavras da esposa o haviam afetado. Aproximou-se da janela e observou a movimentação frenética de Nova York. Uma guerra mental se iniciou: conversava ou não com o filho?


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Notas finais do capítulo

OIIIIIIIÁAAA' Eu não matei o Naruto! :OOO /palmas para mim
Momento de tensão entre Aychi e eu parei na melhor parte de novo, haha. u.u /nãomebatam.euaindaestoupostandorápido.
De qualquer forma, como o título disse, só mostrei as reações de todo mundo, Fugaku e Mikoto, Kushina e Minato, família da Hinata.... Toda ação tem uma reação sabe, mas para mim toda reação tem uma consequência(toma essa Newton) u.u E o prox cap são as consequencias uia. :O
Tcham Tcham "De Revelações a Conciliações" CARACA MEW. hahaha'
Agora vou-me embora, ver o gostoso e tesudo do Jensen como Dean em supernatural. /baba. -sim, eusouapessoamaissafadadoplaneta,
Até o proximo :}
XOXO



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