Break Even escrita por Simjangeum, Shiro


Capítulo 8
Algumas noites, eu fico descontando em minha má sorte


Notas iniciais do capítulo

*se desviando das pedras, e ao mesmo tempo rindo escandalosamente* NAO CONSIGO ACREDITAR QUE DEMOREI QUASE QUATRO MESES PARA POSTAR UM CAPÍTULO! Mas tudo bem, gente, aconteceu tanta coisa nesse meio tempo. Não foi nada de tão importante, mas como eu sou uma pessoa que dá muita importância para pequenos detalhes, eu achei esse espaço de tempo bem movimentado.
Enfim, me deixando de lado e falando da fanfic. Dia oito de janeiro BE fez um ano, he! Não acredito que já faz um ano, parece que foi ontem que BE surgiu aos poucos na minha mente. Então, que tal, assim, vocês deixarem recomendações pelo aniversário da fanfic? Sei que eu não tô merecendo, mas é pela fanfic! Sem pressão, só dei uma sugestão... Eu gostei desse capítulo até, e acreditem se quiser eu passei quatro meses escrevendo ele. Uma demora quase eterna. Bem, boa leitura!

P.S: O capítulo está bem grande, então, não fui tão má assim!
P.P.S: Leiam as notas finais. Estão grande, mas prometo é bem esclarecedor!



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O dia seguinte pareceu mais colorido pra mim.

Emily estava com uma intoxicação alimentar ─ a culpa era da torta, que ao que parece estava vencida ─, uma costela fraturada ─ culpa do momento “vamos pular” em cima da mesa ─, escoriações pelos braços ─ culpa dos copos quebrados ─, e um tornozelo quebrado ─ culpa do “vamos pular” também.

Depois de ela ter vomitado na tentativa de me agredir, a levamos ao hospital e Carly ligou para os pais de Emily virem busca-la. A família toda dela era italiana, então chegaram pouco tempo depois da ligação.

Enquanto Carly conversava com os Sanders no quarto de Emily, eu, Gibby, Spencer e Freddie ficamos esperando em um banco na recepção do hospital.

─ Tomara que ela melhore ─ Freddie murmurou, olhando com cansaço para a parede branca à nossa frente. ─ A Webcon é daqui a dois dias.

Dei um pequeno espasmo de sobressalto, me dando conta de que meu tempo na Itália estava acabando. Eu tinha dito que ficaria até um dia depois da Webcon e depois voltaria para os E.U.A., de volta para Michael e Cat, de volta para a minha antiga vida na Califórnia.

Aquilo me deixou um pouco deprimida mas eu culpei a minha idiotice e deixei pra lá. Observei Carly andar em nossa direção e sua expressão mostrava que ela estava cansada.

─ Más notícias ─ ela anunciou assim que nos alcançou. ─ Emily vai pra casa. Ao que parece, ela não vai se recuperar a tempo da Webcon e os pais dela acharam melhor levar ela com eles.

─ Que chato ─ Spencer comentou.

─ Pois é ─ Carly deu de ombros, parecendo um pouco chateada.

─ E o que Emily achou disso? ─ indaguei, curiosa.

Quando estávamos na pizzaria ela tinha olhado pra mim e dito “é tudo culpa sua”. Eu não sabia se ela estava falando sobre a torta ou não, mas algo me dizia que o motivo não era só sobre o que aconteceu naquela noite.

─ Ela ficou uma fera e ameaçou fugir do hospital ─ minha amiga respondeu com uma careta. ─ Mas é melhor pra ela não ir, de qualquer forma. Acho que ela entende isso.

Eu não me importava nem um pouco com Emily Sanders, só não queria que ela chegasse perto novamente dos meus amigos ou de Freddie. Ela não era uma garota que merecia isso.

Alguns minutos depois fomos para o hotel. Era quase uma da madrugada e o dia seguinte ia ser cheio.

─ A produção da Webcon quer que tiremos algumas fotos para o evento ─ anunciou Carly. ─ Amanhã, três horas em frente ao Coliseu, então acho melhor todos nós irmos dormir agora.

Então nos dispersamos, cada um tomando seu rumo. Freddie foi para o quarto dele, Gibby e Spencer foram para o deles e, eu e Carly, fomos para o nosso.

Assim que deitei minha cabeça no travesseiro senti como se o mundo tivesse saído das minhas costas e com esse pensamento mergulhei em um sono sem sonhos.

.

─ Olha, todos juntos agora ─ anunciou o fotógrafo, dando tapinhas na câmera. ─ Um, dois, e…

Agarrei o braço de Carly e dei o meu melhor sorriso. Eu, ela e Freddie estávamos parados em frente ao Coliseu, com um vento incessante batendo contra os nossos rostos. Eu até já tinha comido milhares de fios de cabelo.

Freddie estava com o braço em volta dos ombros de Carly, que estava no meio e me abraçava pela cintura enquanto eu me apoiava nela. O fotógrafo então disse que já estava bom o bastante de fotos do trio.

─ Um pouco de Creddie, hein? ─ ele sugeriu, ajeitando seu cavalete.

Afastei-me educadamente e fui pegar uma maçã no balcão de comidas improvisado. Não me senti estranha pelo pedido do fotógrafo, era como se a ideia de Carly e Freddie tendo um romance fosse uma ideia velha, algo ultrapassado.

Enquanto eu comia minha maçã e pegava um prato cheio de sanduíches pra mim, senti meu celular vibrar no bolso do jeans. A maçã escapou da minha mão direita quando vi quem estava ligando.

Era Cat.

─ Oi, Sam, oi! ─ ela exclamou, com sua voz melodiosa acentuada mais do que o normal.

Por um momento não respondi nada, apenas senti a voz familiar dela ecoar na minha cabeça. A voz de Cat me trouxe um lembrete que eu inconscientemente não queria lembrar.

Minha vida não era aquela da Itália, com meus antigos amigos de Seattle. Era uma farsa e todo dia eu acordava pensando como seria a volta para Seattle. Mas não haveria uma.

Eu pertenço à Cat agora. E a Michael. E à Califórnia. E ao negócio de babás. Eu estava esse tempo todo querendo minha vida de adolescente de volta, esquecendo que agora eu sou adulta e por tanto eu precisava viver a minha vida de verdade, que não era a da Sam antiga.

─ E aí Matchstick, como vão as coisa? ─ finalmente perguntei, controlando bem meu tom de voz.

─ Tudo bem. A Nona está de volta, e ela trouxe vestidos! Eu peguei o mais bonito e deixei o outro pra você ─ ela contou e deu um risada. ─ Ai, eu não consigo ter controle sobre mim mesma. Ei, Michael andou perguntando por você. Disse que sente sua falta.

─ Eu… também sinto falta dele ─ murmurei, sem sorrir. ─ Diga isso a Mike.

Eu não estava sendo educada tão pouco mentirosa. Eu realmente sentia falta de Mike, e do modo como ele fazia tudo ficar bem só ao me abraçar. Mas eu seria extremamente egoísta se ficasse com ele só para usá-lo como uma anestesia. Ele sempre iria querer mais de mim, mas eu nunca poderia dar a ele meu coração sendo que esse já pertencia a outro.

─ Ei! ─ Cat gritou, arrancando-me dos meus pensamentos. ─ Nossas férias acabam daqui à quinze dias. E adivinhe? Não precisa, eu mesma posso te dizer, a Nona terminou a reforma na casa dela então a gente pode voltar a morar lá de novo.

─ Ah, que ótimo, só porque eu realmente gostava daquele hotel ─ reclamei, soltando um suspiro. ─ Bem, a casa da Nona não é tão ruim assim. Em uma semana eu estou de volta.

─ Maravilha, Sam! ─ ela aprovou, rindo. ─ Ei, eu te contei sobre o meu irmão? Ele vai…

─ Nem ligo ─ a interrompi, desligando na cara dela.

Revirei os olhos e guardei meu celular no bolso traseiro do jeans. Cat tinha essa mania irritante de sempre falar sobre o irmão dela, Jack, que ao que parecia se envolvia em problemas com mais frequência do que eu (o que pra mim era quase um recorde inigualável). Mas como eu conhecia bem Cat ela provavelmente não iria se importar de eu ter desligado o celular na cara dela, porque ela não era tão irritável (exceto quando eu tentava roubar um de seus Bibbles).

─ Quem é Matchstick e Mike? ─ perguntou uma voz atrás de mim.

Virei-me enquanto colocava meu celular no bolso do jeans. Freddie estava ali, parado e me encarando com as sobrancelhas arqueadas.

─ Não é da sua conta, Benson ─ resmunguei, indo até a mesa de comidas. ─ O que você queria ouvindo a minha conversa?

─ Eu ouvi sem querer ─ ele se defendeu. ─ Quem são?

─ Cat Valentine e Michael Fercue. Meus amigos da Califórnia ─ respondi, pegando uma maçã. ─ E por que você veio até aqui?

─ Porque o fotógrafo quer algumas fotos Seddie ─ ele explicou dando um meio sorriso. ─ E então eu vim te chamar.

Fotos Seddie, aha! Era só o que me faltava, precisar tirar fotos românticas com Fredward Benson.

Revirei os olhos e o segui. O ajudante do fotógrafo entregou pra mim um saco preto e uma caixa, o figuro que eu deveria usar no ensaio. Eu já estava maquiada e com o cabelo arrumado em uma trança de lado, então só precisava ir até o vestiário improvisado.

Os vestiários eram basicamente dois trailers da empresa da Webcon, quase ao lado da mesa de comidas. Enquanto Freddie foi para um, eu fui para o do lado.

Coloquei o vestido de chiffon florido em tons pastéis de rosa, azul e roxo, calcei os sapatos de salto bege e me olhei no espelho. Eu estava estupidamente similar a uma boneca.

Sai do trailer e desconfortávelmente fui até onde o fotógrafo e Freddie estavam.

─ Eu odeio vestir essas coisas ─ resmunguei, fazendo uma careta. ─ Vamos acabar com isso de uma vez.

─ Vamos até aquele chafariz ─ avisou o fotógrafo, saindo na frente. ─ As fotos vão ficar ótimas.

Era um chafariz bem normal, mas o Coliseu aparecia perfeitamente dali, então acho que era por isso que as fotos não seriam em outro lugar.

Dei uma olhada em Freddie, que estava ao meu lado. Ele estava usando um blazer marinho, jeans e sapatos sociais. Parecíamos um casal de avós.

Aquilo não era uma coisa boa.

─ Bem, Fredward segure a senhorita pela cintura ─ ordenou o fotógrafo. ─ Qual o seu nome, loirinha?

─ Samantha, e se você me chamar de loirinha mais uma vez eu vou nocautear a sua cara ─ respondi, mau humorada.

─ Okay, tanto faz ─ ele resmungou. ─ Okay, Fredward abrace Samantha pela cintura e sorriam pra mim como se estivessem vendo um pote de ouro.

Respirei fundo para não transparecer nenhum tipo de reação, mas quando a mão de Freddie encostou em mim e seu braço ficou em volta da minha cintura eu simplesmente não consegui. Meu corpo todo enrijeceu e era como se a mão dele me queimasse. Era tão… tão ridículo!

─ Samantha, sorria, faça alguma coisa ─ mandou o fotógrafo. ─ Só não fique com cara de quem acabou de levar um choque, as fotos ficarão péssimas.

Acenei com a cabeça e pus minha mão no ombro de Freddie, forçando meu melhor sorriso. Ouvi os cliques da câmera e fiquei parada enquanto as fotos eram tiradas.

─ Agora, pegue ela no colo, por favor ─ pediu o fotógrafo. ─ Uma foto engraçada vai ser ótimo.

Por um momento pensei que Freddie iria rir daquilo e sugerir outra coisa, mas quando senti meus pés deixarem o chão eu já estava nos braços do Benson.

─ Me solta! ─ mandei, esperneando feito uma criancinha. ─ Isso é ridículo, me coloca no chão, Freddie, ou eu vou fazer você cuspir todos os seus dentes fora.

─ Sam! Sam! ─ Freddie chamou, tentando me parar. ─ É só uma foto, será que dá pra você parar só um segundo?

Parei de me debater e olhei para ele, furiosa. Por que ele tinha que estar tão perto de mim? Por que seus olhos precisavam percorrer cada detalhe do meu rosto? Por que seus braços tinham que me segurar do jeito certo, nem fraco e nem muito forte?

Eu odiava me sentir daquele jeito. Odiava saber o quanto Freddie Benson tinha efeito sobre mim e o quão isso não era recíproco.

─ Uma gracinha sua e eu faço você engolir o meu punho ─ ameacei pausadamente.

Ele piscou e assentiu, provando que mesmo que o tempo tivesse passado ele ainda sentia medo de mim como antes.

─ Diga alguma coisa engraçada pra ela ─ mandou o fotógrafo. ─ Todo mundo ama fotos espontâneas.

─ Não há nada que esse nerd possa me dizer pode ser engraçado ─ avisei.

Ouvi a risada de Freddie perto do meu ouvido e tentei ao máximo não ligar para o arrepio que passou pelo meu corpo

─ Não deve ser tão difícil, Puckett ─ ele provocou e eu o encarei. ─ Vamos ver se não consigo dizer nada engraçado que valha sua preciosa risada.

Sua boca encostou em minha orelha e eu automaticamente prendi a respiração. Não pense em nada, tentei mentalizar, não pense em nada, não pense em nada…

─ Okay, imagine… um sofá. Você está sentada nele e eu estou ao seu lado. Uma de suas pernas está no meu colo e eu estou fazendo carinho na sua coxa enquanto eu te beijo.

Virei meu rosto em sua direção de sobressalto. Seus olhos castanhos pareciam perfurarem os meus e eu não sabia exatamente o porque daquilo.

─ O que…? ─ tentei perguntar.

─ E nós estamos assim porque é legal beijar quem você gosta ─ ele me interrompeu e posso jurar que sua voz tinha falhado no final. ─ E… Ah, bem, Gibby apareceu do nosso lado vestindo uma frauda e tentou me beijar e você disse “esta é sua noiva!”.

Antes que eu pudesse evitar, uma risada escapou entre meus lábios e olhei para Freddie, que estava rindo também.

O resto da sessão de fotos aconteceu normalmente e eu agradeci por aquilo. Queria acabar com aquilo o mais depressa possível e ir para o meu quarto, ficar sozinha. Talvez eu, no máximo, levasse um balde de frango comigo.

Assim que o fotógrafo irritante nos dispensou agarrei Freddie pelo colarinho de seu terno e o encarei de uma forma meio psicótica.

─ Por que me disse aquelas coisas? ─ questionei rispidamente.

─ Porque sei que não sou engraçado e que você só ri por dois motivos: quando algo é engraçado ou quando você está nervosa.

Fiquei espantada, pois não esperava que ele fosse responder assim tão rápido. Soltei o colarinho dele e com o impulso o empurrei, fazendo ele cambalear.

─ Você não me conhece ─ murmurei, dando as costas para ele.

.

Eu estava com muita raiva de Freddie. Como ele ousava brincar com meus sentimentos? Como ele podia ter feito aquilo comigo?

Na verdade a grande questão era: por que eu deixei ele fazer aquilo? Eu não podia abaixar a guarda tão facilmente para ele.

Naquela noite resolvemos jantar no restaurante do hotel porque estávamos muito cansados para irmos a outro restaurante.

Assim que saí do meu quarto, devidamente arrumada, vi Spencer e Carly, também arrumados, perto da porta, enquanto Freddie estava no sofá dormindo. Ele ainda tinha o mesmo jeito de dormir, de bruços abraçado com a almofada e uma expressão serena.

─ Ele não vai? ─ perguntei aos sussurros para não acordá-lo.

─ Não, ele disse que estava com muito sono ─ Carly respondeu, abrindo a porta. Ela estava com um vestido dourado e preto que lhe caia muito bem. ─ Ei, Gibby também não vai. Parece que ele conheceu uma italiana no looby e convidou ela pra sair.

Afirmei com um aceno de cabeça. Era muito típico de Gibby deixar os amigos de lado para ficar com garotas.

─ Parece que vamos ser só nós três, então… ─ murmurei, enquanto saía do apartamento.

Spencer lançou um olhar suspeito para Carly e ela fez uma careta pra ele antes de me olhar.

─ Vamos ter uma companhia especial hoje ─ Carly admitiu e ela estava sorrindo feito uma criança boba.

─ Quem? ─ indaguei, tentando pensar em alguém, mas nenhum nome específico me veio a cabeça.

─ Você vai ver.

.

O restaurante do hotel era um enorme salão com pequenas mesas e um teto de vidro. Quando olhei para cima pude ver tão bem o céu que até poderia contar todas as estrelas se eu quisesse.

Havia uma mesa reservada para nós perto da janela, então nos acomodamos rapidamente.

─ Vocês não repararam que o Freddie anda um pouco estranho? ─ indagou Spencer, pegando um dos cardápios espalhados pela mesa.

─ Sim ─ Carly concordou, sem tirar os olhos do cardápio. ─ Mas acho que é porque Emily foi embora.

Então aquilo confirmava minha maior suspeita: Freddie e Emily realmente tinham namorado. Mas algo que não se encaixava era porque eles não demonstravam isso em público? Por que não agiam como namorados?

─ Pensei que ele nunca fosse ceder ─ Spencer comentou.

Carly deu um tapa no braço dele e lhe falou algo por mímica labial. Eu era boa naquilo então entendi perfeitamente que ela quis dizer “não na frente dela”.

Lancei um olhar significativo para Carly, o nosso velho sinal de “você vai explicar mais tarde” porque obviamente estavam escondendo algo de mim.

Pedimos Carpaccio, Bruschetta e Gnocchi para o jantar e até que o prato ficasse pronto degustamos algumas bebidas. Spencer pediu para fazerem para ele especialmente o Agito do Meião (suco de laranja, uma colher de vodka, uma colher de rum e meia colher de licor de limão), enquanto eu e Carly decidimos tomar o bom e velho Bacardi com Coca-Cola.

Um pouco depois que a comida chegou ─ que aliás, parecia estar muito boa ─, um cara se sentou de frente para Carly, ao lado de Spencer. Ele era loiro, alto e eu podia confundi-lo facilmente com um modelo.

─ Desculpem-me pelo atraso ─ ele pediu, um pouco ofegante. ─ Mas eu peguei um transito horrível até aqui, mas juro que tentei chegar mais cedo.

Spencer deu tapinhas no ombro dele, mas não pôde dizer nada porque sua boca estava cheia de macarrão então ele só fez barulhos ilegíveis

─ Quem é você? ─ perguntei para o tal cara, apontando meu garfo em sua direção.

─ O nome dele é Ryan Thomas ─ Carly respondeu, pegando a mão dele. ─ Ou como gosto de chamá-lo, meu namorado!

Dei uma risadinha e escutei atentamente enquanto eles me contavam como eles se conheceram e se apaixonaram. Ambos tinham se conhecido na faculdade Napole, no curso de Artes Cênicas, eram da mesma turma e logo se tornaram melhores amigos. Mas há um mês atrás acabaram passando o dia dos namorados juntos e perceberam que sua relação tinha algo mais e partiram para o próximo nível.

Carly parecia mesmo gostar dele e Ryan também parecia corresponde-la. Eles tinham uma química invejável e pareciam se dar muito bem, que tinham uma relação bem resolvida.

O resto da noite passou bem rápido, porque Ryan era muito engraçado e durante todo o jantar ele contou histórias engraçadas, a maioria delas envolvendo Carly.

─ Mas o que você está fazendo aqui em Roma? ─ perguntei, enquanto esperávamos que a conta viesse.

Ele trocou um olhar cúmplice com Carly, mas ela apenas acenou para que ele pudesse responder.

─ Eu, bem, Carly me convidou para ir na Webcon, então eu aceitei. E eu… ─ ele hesitou, me olhando como se eu fosse saltar sobre a mesa e rasgar a jugular dele. ─ Eu meio que vou ficar hospedado com vocês.

Fiz uma expressão de confusão. Por que ele tinha feito aquela cara de desculpas? Não é como se eu pudesse proibir ele de entrar no apartamento.

─ Hm, vocês dois ficam aqui e esperam pela conta, quero conversar com a Sam lá fora ─ avisou Carly, me puxando pelo braço. A segui para fora do restaurante, mesmo sem saber o porque.

Ela parou um pouco perto da porta e ficou de frente para mim, com aquela cara de quem precisa dar uma notícia não muito boa.

─ Tem uma coisa que você precisa saber sobre o fato do Ryan ficar hospedado com a gente ─ ela começou, cruzando seus braços em suas costas. ─ E por favor, Sam, não fique brava.

─ Até parece que você não me conhece ─ falei, dando um sorriso torto. ─ É claro que vou ficar brava, então, diz de uma vez.

Carly suspirou e deu algumas olhadas ao redor, franzindo os lábios. Ela era muito indecisa e isso me irritada muito, porque ela não ia direto ao ponto de uma vez?

─ É que, bem, eu adoraria muito passar todo esse tempo com o Ryan, porque a gente quase não se vê e… ─ ela hesitou, mas balançou a cabeça e continuou. ─ E vou dividir o quarto com ele. Isso quer dizer que eu estava pensando e… você vai ter que dividir o quarto com o Freddie.


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Notas finais do capítulo

Algumas coisas que eu queria explicar sobre a fanfic:
* Eu parei para reler alguns capítulos e percebi que as vezes a Sam nem parece a mesma Sam da série, e pensei se eu não estava fugindo da personagem, mas achei uma boa explicação para isso. Por mais que a Sam seja toda durona, acredito que ela seja bastante sentimental, embora seja do tipo que não demonstre isso facilmente. E como a fanfic é em primeira pessoa, acredito que seja normal vermos uma Sam mais "relaxada", afinal ela tem sentimentos, só sabe esconde-lo muito bem. Então, lá vai uma dica para quem também estiver com a mesma dúvida que a minha sobre fugir do personagem: peguem qualquer capítulo da BE e leiam só os diálogos da Sam. Ela não está mais parecida com a da série?? Entendedores entenderão hehe.

** Saiu esses dias o último episódio da primeira temporada de Sam & Cat, e nós pudemos ver que Freddie estava nele! (E ao que tudo indica, ele também aparecerá um pouco na segunda, ou assim esperamos), então para deixar bem claro, essa fanfic foi escrita antes de Sam & Cat ser lançada então o enredo dela não bate com a série. Nessa fanfic vamos "fingir" que Freddie nunca foi visitar a Sam e não falou com ela durante esse tempo em que ela ficou na Califórnia, okay? Okay (I am a granade, Gus).
Até a próxima!



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