A Vespa e o Dragão de Gelo escrita por Pauline_soifon_


Capítulo 5
5ª noite: Black Cat. O despertar do perigo.




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- Oque você esta fazendo aqui, senhora Soifon?

Olhei em direção à porta com um olhar de espanto.

- HITSUGAYA?? Oque você tá fazendo aqui? -gritei eu.

- Vim te buscar, oras. Você some sem avisar, como acha que fiquei?

- Perdoe-me mas, vim fazer o bem pra você, e a paz e o amor também. -mostrava sinalzinho de piece and love.

- Vocês deram alguma bebida pra ela?

- Nadinha Toushiro... -disse Alicia.

- Ah! Vejo que conheceu as irmãs Rosaline, Alicia e Catherine, do clã Kamellot, não é?!

- Você as conhece?

- Perfeitamente... eram muito amigas de meu avô. Ele me falava muito sobre elas, sempre as admirei.

Ciuminho batendo...

- M-mas, e a Yukuro? Ela deve estar nos ouvindo! Não gritem!!

- Haha, calma coleguinha. Ela saiu, hehe.

- Como sabe que ela saiu, Alicia?

- Você dormiu menina! estava parecendo uma presidiária semi-morta à procura de luz e ar na janela, caham...

" Presidiária semi-morta à procura de luz e ar na janela" ... isso foi tão baixo que prefiro nem comentar.

- Hm. Eu estava apenas admirando a neve. Só a vi algumas vezes...

- Noffa amiga, que triste. -comentou Catherine. Ao julgar pelas piadinhas sem-graça dela, e pelos seus olhares de meter medo, em minha direção... Diria que ela não foi com a minha cara.

- Bem. Porque esta procurando um emprego, gracinha? -ele parecia bravo comigo... medo.

- Erm, estou me sentindo uma inútil não te ajudando em nada, e resolvi tomar vergonha na cara e procurar um emprego... Foi isso, amor.

- Affe! Deixa de ser boba, amor. Oque você quer com trabalho?

- Grana, oras. Oque mais eu ganho com trabalho além do estress, das rugas, e do suor?

- Bem, vamos embora querida.

- Não! Não mesmo! Eu estou trabalhando aqui, huh. Não posso abandonar um emprego assim, sem mais nem menos.

- Não faz nem um dia que você "trabalha" aqui.

- Por intervenção sua! Se você deixasse eu trabalhar, tenho certeza que jah teria feito um dia e até mais!

- Ah, então perdoe-me Soifon-sama, taichou da 2ª divisão, que deseja trabalhar como uma mera garçonete neko. Peço mil desculpas, pode ficar aí se quiser, enquanto vou para casa arrumar minhas malas e ir para outra cidade. Preciso ouvir as proportas do meu chefe às vezes, não é mesmo?

- Oque? -eu estava chocada- Como é que é?

- M.e.u. c.h.e.e.f.e...

- Oque tem ele? E, não precisa soletrar que eu entendo muito bem, aff.

- Ele me fez uma proposta...

- arg! Desembuxa logo, oque tem a proposta?

- Vou para Shimane, e receberei o dobro. Já que Shimane é uma cidade pequena.

- Oh... -eu não conseguia falar nada... estava pasma demais...

- Iiih! segura ela senão ela capota!

Rosaline me pegou por trás, antes que eu matesse a cabeça no chão. Não... ele não pode... não pode me deixar assim. Ele é um vício meu, não consigo deixá-lo...

- N-não! espera!!

- Oh. Ele já foi embora, querida... -Rose me confortava.- Se quiser alcançá-lo, é melhor ser tão rápida como ele.

Virei para trás para olhá-la nos olhos. Um pouco de esperança ainda existia em mim...

- Oque esta esperando??! Se eu fosse você já estaria correndo. -Catherine me ajudou a recuperar as forças.

- Arg! Aquele idiota. Meninas, já volto. -Dei um pulo do colo de Rosaline, e sai porta afora para alcançar Hitsugaya.

Escutei alguma delas falar "GOOD LUCK, BLACK CAT" Creio que tenha sido Catherine, minha fã, caham.

Era hilário... Como se um gato preto tivesse sorte. Ele deve ter tanto azar que isso transborda de dentro dele, e acaba passando para outros... Comecei a rir sozinha.

- Sua imbecil, não é hora para rir! -falava comigo mesma.

Eu olhei o jornal, contrafazendo tudo aquilo que eu lera para chegar ao café, tentando achar o caminho de volta para o apê. fechei os olhos e acelerei o passo, ao decorar o mapa e estar prestes a chegar em casa.

O elevador demorava, e muito... resolvi subir as escadarias. Não foi boa idéia subir todos aqueles degraus com um vestido. Nem o shunpo ajudava! Acabei tropeçando no vestido, caindo de cara no chão e ralando meu joelho.

- Arg, droga! -apenas exclamei, franzindo as sombrancelhas de raiva e continuando meu caminho.

- HISTUGAYAAA!! -invadi o apartamento, quase arrebentando a porta.

Entrei em nosso quarto... Lá estava ele, fazendo as malas.

- Ué?! Não vai trabalhar?

- Arr, seu idiota. Oque pensa que tá fazendo? Quer me matar?

- Olha Soi... -ele segurava meus ombros, olhando em meus olhos com uma expressão calma, que consequentemente me acalmava.

- Vai ser melhor assim, acredite. -continuou ele.- Você é uma grande e poderosa taichou, pode cuidar dos hollows aqui de Tóquio, que são muitos... E eu vou pra Shimane, cuidar dos de lá. Dois taichous numa cidade só não dá, isso desequilibra as coisas.

- Resumindo: você está me dando o fora? Só queria se aproveitar de mim... e depois me jogar fora como lixo, não é?!

- Para com isso Soi!! É claro que não, e nem brinque com uma coisa dessas! Você sabe muito bem que eu te amo, que eu te quero. Agora... você virou tudo pra mim. É a minha felicidade, é tudo o que eu sempre procurei!

Seus olhos se encheram de lágrimas. Ele sentou-se ao meu lado e me abraçou... Eu apertei os olhos, tentando ser forte e segurar as lágrimas junto ao meu orgulho, e o abracei bem forte. Havia um ar de despedida nesse abraço.. eu não gostava disso.

- Eu te ajudo com as malas. -disse eu, num tom de conforto.

- Obrigada meu amor... -ele selou meus lábios num doce beijo.- Eu te amo, e muito. Se eu te perder... ficarei louco.

- E não perderá. Vou te esperar.

- Promete? -ele me fitava duvidosamente.

- Prometo. -levantei meu dedo mindinho, e cruzei com o dele, num ato de promessa.

Ajudei ele a terminar de arrumar suas coisas, e a colocar no carro.

Não conseguia desgrudar meu olhar dele, não podia deixar de olhá-lo... Ah, como seria bom se o dia fosse mais longo... seria tão bom se o tempo parasse! Bem... Não vamos nos separar para sempre... Nossos sentimentos.. Não vão se separar assim!

- Promete que vai voltar? -perguntei, anciosa pela resposta.

- Farei de tudo... o possível, e o impossível. Vou voltar, sim! -ele estava bem seguro de si.

Ele me abraçou forte, arrancando-me um beijo. Eu estava adorando sentir sua boca mais uma vez, mas... ele tinha que partir...

- Eu te amo! Muito, muito, muito. -disse ele, com um sorriso tão belo quanto o mesmo enquanto fazia carícias em meu rosto.

Eu dei um sorriso tímido e o dei mais um beijo.

- Me liga quando chegar, te amo.

Ele segurou minha mão e foi se distanciando em direção ao trem. Eu só via as formas de seu corpo em meio ao pouco foco de luz que a lua exercia.

Dizem que a separação amadurece as pessoas... Mas isso é mentira!


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Notas finais do capítulo

Oque acharam desse capítulo? >.
Preciso da opinião, idéias, críticas de vocês.
Até a próxima nooite. *3*