Depois do Fim escrita por Agatha Lovato


Capítulo 3
Capítulo 3 - Blame it on the rain


Notas iniciais do capítulo

Yo Minna! Voltando aqui com mais um capítulo como prometido... Bem, estou postando esse com um sorriso no rosto, o porquê? recebi uma r-e-c-o-m-e-n-d-a-ç-ã-o. Éwilla, você fez uma pessoa muito feliz, sério. Me deixou muito motivada, é gratificante fazer algo e as pessoas reconhecerem, é sinal de que está ficando bom... E não é só a recomendação, mas também os comentários que são INCRÍVEIS, muito fofos e mais pessoas favoritaram. Obrigada por lerem!!!!!!! Não desistam de mim, por favor! Farei o mesmo, rs. Ps: Desculpem qualquer erro e pelo capítulo ter ficado MUITO confuso, tipo muito mesmo.



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(POV Freddie)

Já tinha começado a arrumar as coisas para o trabalho. Era uma pesquisa de história que valia ponto pra mais umas duas matérias. Preparei o jantar rápido e já tinha bacon pra quando a Sam chegasse. De alguma forma eu queria saber o porquê dela está me tratando como me tratava antigamente, eu sinceramente não entendi.

Mulheres...

Sentei no sofá e comecei a pesquisa, esperando a Puckett chegar. Olhei pro relógio... 20h40min.

– Benson? – Sam perguntava do corredor.

– Entra! – Disse e continuei olhando pro computador. – Tem Bacon na mesa. – Apontei e voltei a mesma mão pro mouse do notebook.

– Ótimo. - Ela pegou o prato e se sentou ao meu lado jogando a mochila na poltrona. – A Luta livre começa às 22 horas e antes passa o festival da Vaquinha. – Ela disse pegando o controle.

– Não, não! Sam! – Eu falei e puxei o controle da mão dela – Depois que terminar o trabalho.

Ela revirou os olhos... – Estraga Prazeres... É sobre o quê?

Expliquei tudo detalhado e continuamos a pesquisa. Eu explicava e ela fazia umas anotações no seu caderno. Já disse que ela fica linda escrevendo? Quer dizer, já disse que a Sam é linda de qualquer jeito?

Ela colocou os cabelos que atrapalhavam a visão atrás da orelha. Por um momento eu não conseguia parar de olhar.

– Nerd? – Ela me fitou. – O que você tá olhando? – Perguntou desconfiada.

– Você... – Eu comecei a sussurrar mas me auto-interrompi. Ela franziu a testa. – Quer dizer, você escrevendo, quer dizer, pode continuar. – E ela continuou me encarando, depois estreitou os olhos e deu um sorriso de lado, voltando a escrever.

***


Mais tarde, na sala do Benson

Depois de uns 30 minutos já tínhamos terminado. Ela ligou a tv e colocou no canal da luta livre.

– Quero pipoca, vai fazer.

– Não, vai você. – Eu disse.

– Não, você vai fazer. – Ela repetiu jogando uma almofada em mim.

– Não, eu não quero.

– Faz a pipoca ou eu digo pra todo mundo que você beija mal.

– Eu beijo mal? – Perguntei.

– Vai fazer a pipoca agora, tô com fome. Por favor. – Ela disse as palavra mágicas de um jeito totalmente robótico.

Bufei e fui fazer a pipoca. Não poderia ignorar que ela se esforçou para ser educada... em parte.

“Eu digo pra todo mundo que você beija mal”. O que? Garota chata. Bem que você gostava quando eu te beijava...

– Freddward, já vai começar, dá pra adiantar o processo? – Ela gritou.

– Toma. – Coloquei a pipoca no colo dela e sentei ao seu lado. – A Shelby vai ganhar... – Disse o óbvio.

– Contra o Canny? Dessa vez tenho que discordar. – Ela dizia já jogando algumas pipocas na boca e eu também comia.

– Canny? Até você derrotaria ele.

– Como assim “Até”? Claro que eu derrotaria. Na verdade, até com a Shelby.

– Pensando bem... Uma luta entre você e a Marx não seria mal. – Eu disse e ela sorriu.

– Seria épica. – Ela olhou para trás, em direção dos quartos - Oe, Freddie, cadê sua mãe? E o T-bo?

– A minha mãe tá de plantão hoje à noite, e o T-bo... Ele disse que só voltaria quarta-feira, foi visitar um sobrinho da Jamaica que chegou de viagem.

Ela só murmurou “Hum” e continuamos assistindo e, sim, a Shelby ganhou. Acho que nunca a vi perder.

– Ela é incrível. – Disse sorrindo. – Eu sabia que ela ia ganhar.

– Touché. – Ela disse bagunçando meu cabelo.

– Ei!

– Me dá o controle. – Ela puxou da minha mão.

Mudou de canal e nada passando. Mudou de novo. E de novo. E acho que vi uns elefantes. E de novo! Acho que vi um mágico e botando fogo numa cartola. Ela, enfim, deixou num filme de suspense. Na cena havia um casal nas preliminares. Olhei para a Sam e ela tava completamente vermelha.

– Eu acho que erraram o gênero... – Eu disse e ela mudou de canal novamente. Dessa vez era uma reportagem sobre balões.

– Eu vou indo. – Ela disse e se levantou pegando a mochila.

– Já? - Perguntei confuso.

– São 23h40... Tá tarde.

– Ah... É... Passou rápido. – Sorri de lado. – Quer que eu te leve em casa?

– Não – Ela levantou a sobrancelha –, tudo bem. Vou dormir na casa do Spencer.

– Huh? Por que? – Perguntei confuso.

– Porque a mamãe foi pra uma casa de praia e levou minhas chaves, daí ela pediu para o Spencer para eu dormir no quarto da Carly por hoje.

– Huh, entendi. Até amanhã, então.

– Infelizmente. – Ela disse e eu revirei os olhos.

Ela saiu do meu apartamento e logo depois eu voltei a jogar um game que eu tava viciado.

(POV Sam)

Sai do apartamento do Freddie, fechei a porta e comecei a bater na porta do Spencer. O apartamento estava estranhamente trancado. Nem sabia que ele tinha tranca.

Liguei pro Spencer, chamou bastante e nada.

“Merda, merda, merda, e agora?”

Desci as escadas do Bushwell e fui até o Lewbert que cochilava na bancada.

"Cada vez que vejo essa verruga ela tá maior, se é que é possível."

Joguei o sino na cabeça dele.

Em questão de segundos ele caiu da cadeira e gritou jogando o sino de volta.

Desviei, óbvio.

– O Spencer saiu?

Lewbert gritou: – Ele viajou hoje de manhã! Foi visitar o avô em Yakima!

– Quando ele volta?

– E como vou saber, garota? Se soubesse de tudo, eu não estaria aqui. Teria arrumado um jeito melhor de fugir da... – Fez cara de nojo – Marta... – Olhou pra mim – Agora sai daqui, tá sujando meu chão! – Ele falava histérico.
Psicopata.

Dei língua e sai pela porta da frente do prédio e sentei no meio fio com a mochila.

O que eu faço agora? Se meu celular estivesse carregado, bem que poderia ligar pra Pam e pedir uma explicação. Não adianta, ela nunca vai ser uma boa mãe, ou uma mãe decente, ou nem algo que se aproxime disso. Pergunto se ela se importa mesmo comigo, porque por mais que ela diga isso mais frequentemente desde que fomos ao terapeuta juntas... Não vejo colocando em prática.

Olhei para o céu, não havia uma estrela aparente, estava todo e completamente vinho, com cara de que ia chover.

Não demorou muito e já sentia gotas em mim.

Permaneci no mesmo lugar. Mas logo a chuva começou a cair de verdade.

Era só o que me faltava...

Me levantei e andei pela calçada sem rumo, atravessei a rua, indo para um beco escuro.

Era o único lugar que não chovia.

Não, eu não voltaria pro Bushwell. Seria muita humilhação.

Minha sorte é imensa. Preciso mesmo listar as merdas que aconteceram e estão acontecendo? Bem, para começo de tudo minha melhor amiga decide ir embora, o iCarly acaba, depois eu pego ela e meu ex se beijando, depois o meu ex fica com o armário dela e agora isso. Mãe desnaturada sempre tive, mas ficar sem casa ou lugar para dormir, é a primeira vez.

A chuva ficava cada vez mais forte.

Okay, ótimo, agora até o único lugar que eu poderia ficar, também chovia.

Minha bolsa, e provavelmente minhas coisas, estavam molhadas, minha roupa, e meu cabelo e... tudo.

Tava frio. Tava muito frio.

Eu estava congelando.

Era fim de novembro e quase começo de dezembro, não tinha pior época para se estar nessa situação... Eu sou muito sortuda mesmo.

Os pêlos do meu corpo estavam eriçados e eu assoprava minha mão numa tentativa falha de esquentar.

Senti um vulto passar por mim e as minhas pupilas automaticamente dilataram.

Mesmo eu sendo uma Puckett, estava num estado não-muito-agradável e sem minha meia de manteiga. Totalmente vulnerável e despreparada.

Senti a presença de alguém e uma mão no meio ombro. Tentei, então, não gritar. Meu coração foi a mil.

– Sam! – Freddie alterou a voz. – O que você tá fazendo aqui?

– O que você tá fazendo aqui pergunto eu, né? Quer me matar de susto, seu idiota? – Joguei minha mochila nele.

Ele colocou a mochila no ombro.

Senti uma onda enorme de alívio percorrer das pontas dos pés à cabeça. Foi quase um orgasmo de tão bom. Uma das melhores sensações do mundo.

– Minha mãe ligou e pediu que eu pegasse uma entrega da tia Gabe com o Lewbert e ele comentou que você tinha saído então eu perguntei do Spencer e ele disse que estava em Yakima... Você não podia ter me procurado? O que ia fazer? – Ele perguntou com raiva e esperou uma resposta.

Desviei o olhar em questão de segundos. Não era possível que ele não percebia que seria humilhante e estranho?

– Achar um lugar pra dormir. – Respondi o óbvio.

– E se você fosse estuprada, assaltada ou sequestrada?

– E daí? – Foi a única coisa que eu pensei. – É problema meu, não seu!

O Freddie fez aquela cara de decepção que eu odeio e negou com a cabeça.

Porra, quer bancar de meu pai agora? Que merda, Benson.

Revirei os olhos e cruzei os braços o imitando.

No final, eu sabia que ele estava certo. Só não queria e não podia reconhecer isso.

– Até você arrumar um lugar pra dormir, você vem comigo. Ou eu vou ser obrigado a ficar aqui com você na chuva.

Ele me puxou pelo braço.

Eu só emburrei e o segui de volta para o apartamento.

Subimos devagar sem sermos percebidos pelo Lewbert, que roncava alto. Mas se nos visse ia ser aquele escândalo. Sim, sujamos todo seu precioso chão de lama. E caso ouçam um grito ensurdecedor, foi do Lewbert que quando acordou e viu o indesejável. Aviso dado.

Sentei no seu sofá molhando tudo e o encarando. A Mrs. Benson ia pirar vendo uma cena dessas, seria hilário. As duas coisas que ela mais odeia: sujeira e Sam Puckett no mesmo lugar. Pagaria horrores para assistir a reação dela vendo isso.

– O que tem de seco na sua mochila? – Ele perguntou em pé na minha frente. Abri-a para conferir, e só o que parecia completamente seco era meu sutiã e minha calc... Eu não gosto dessa palavra. Meu caderno estava ensopado, ainda bem que ele tinha copiado o trabalho no caderno dele.

– Meu pijama e meu caderno molharam... – Eu disse.

Olhei para a minha blusa e ela estava transparente e colada.

Esqueci desse detalhe.

Caralho.

O Freddie aparentemente percebeu que eu percebi... Ele corou? Eu soltei um sorriso fraco e ele tentava se manter sério. A barra da minha calça e meu salto estavam cheios de lama... Estado de calamidade pública.

Ele segurou minha mão e me puxou.

Ele definitivamente tinha amado meu estado de vulnerabilidade para usar como desculpa e ficar me arrastando para lá e para cá, porque não é possível.

Chegamos no seu quarto.


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Notas finais do capítulo

E aí, estão gostando? O que acham que vai acontecer no próximo capítulo? Tem algumas coisas que a Sam ainda precisa tirar a limpo, não estão sentindo falta de uma certa conversa? Hmmm... Bem, espero que tenham gostado. Mais uma vez: OBRIGADA POR TUDO, GENTE. Comentem, favoritem e recomendem se acharem necessário... Quer dizer, comentar é sempre necessário. Posto de novo no Sábado à noite ou talvez antes... Quem sabe? UAHAUAH Nhá!