LEIAM AS NOTAS INICIAIS E FINAIS, MUITA COISA VAI SER ESCLARECIDA

POV Autora

Camila já estava em casa, porém com algumas restrições, por exemplo, não pegar peso, não fazer muito esforço etc...
A mesma sempre tentava falar com Juan, mas o mesmo não atendia.
Juan estava indo, conversava frequentemente com Milena mas tinha pesadelos envolvendo Guilherme e Camila, se casando, se beijando e coisas do gênero.
Karolaine? Tirava satisfações todos os dias na escola, o que irritava ao máximo Juan.

POV Juan

– E aí, ela desistiu? - Karolaine perguntou
– Não, mas eu que editei o vídeo dela, e tá horrível. - menti e saí, para evitar conversa

Fui rumo à minha sala de aula de Biologia, que seria a aula agora.

– Olá, dorminhoco. - falou Mi - Te liguei e quem atendeu foi sua mãe, falando que você tava dormindo, ela perguntou se eu era sua namorada! Consegue imaginar o mico?
– Desculpa se eu não acordo antes do Sol raiar. - falei rindo
– Não tá desculpado não. - Milena falou entrando na minha frente e fazendo bico, aproveitei e apertei a bocecha dela - Ai! Vagabundo.
Dei língua pra ela e entramos na sala, nos deparando com Camila, que olhou e desviou

– Acha que deveríamos falar com ela? - Milena sussurrou
– Não... - falei - Ainda não.

"Mas você ta aí sofrendo seu burro" To, to mesmo, mas ela tá errada, ela me machucou e machuca ainda, então não vou dar o braço a torcer, tão cedo.

POP Camila

Juan e Milena tem me ignorado desde o hospital, e Guilherme está começando a agir diferente comigo desde o hospital, será que ele acha que aquele beijo significou algo? Que agora, somos namorados?
Como sempre, Juan e Milena me evitaram até o final das aulas, e quando estava saindo Guilherme me puxou violentamente.

– Está me evitando? - ele disse beijando meu pescoço
– Guilherme... - falei tentando afastá- lo - GUILHERME! - gritei e ele se afastou
– Que que há, gata? - falou - Tá na TPM?
– Tô, como adivinhou? Agora preciso ir para casa, sabe como é, né... - menti
– Te busco as oito, e nada de atraso, ein? - falou roçando seus lábios nos meus
– Que? - perguntei confusa, tinha alguma festa, alguma coisa e eu não sabia?
– Meu amigo descolou dois ingressos na "Party Time" para a gente. - ele falou colocando os braços no meu ombro
– A balada mais popular da cidade? - falei incrédula saindo dos braços dele
– Sim, então, vá bem linda, ein? - falou - Largue o jeans e vá para o... skinny - ele sussurrou no meu ouvido e saiu na sua moto, enquanto eu ia a pé para casa

POP Milena

Eu e Juan estávamos saindo, quando nos deparamos no casal de quinta categoria, ou devo dizer o Guilherme e Camila. Camila estava sempre se mantendo em distância (ou tentando) o que fazia Juan sorrir discretamente.

– Acha que há alguma coisa ai? - perguntou
– Nada demais... - ele falou fingindo não se importar

POV Camila

Fui para casa com aquilo martelando em minha cabeça, porque essa aproximação tão repentina? E porque o amigo dele apareceria com dois ingressos, e não só um?

Entrei em casa e falei com minha mãe sobre isso, falei que tinha uma festa pra ir e que não sabia a hora que ia voltar, já que ia com um "amigo" (deveria chamá- lo assim? quero dizer, amigos não tratam os outros assim, tratam?)
Tomei um banho e coloquei uma simples roupa, uma blusa cinza lisa com um short branco jeans curto com um chinelo preto de caveiras, fiquei tweetando e no facebook mas logo minha mãe chamou para podermos almoçar.

– Então, de quem é a festa? - minha mãe perguntou e eu gelei
– É do... - falei e pensei rápido - Do garoto novo, ele quis convidar todos para, você sabe, se enturmar mais.
– E qual é o nome dele? - minha mãe perguntou
– É... Como é mesmo? - pensei e olhei pra geladeira - É Geraldo, estranho né?
– Era o nome do seu avô. - minha mãe disse séria e fiquei quieta - Precisa sair para comprar algo?
– Não, eu tenho a roupa aqui. - falei e coloquei o prato na pia - Com licença, mãe, já estou indo.

Entrei no computador, coloquei uma música da minha banda favorita e conectei no twitter. Fiquei vendo as notícias dos meus ídolos até receber uma mensagem no celular:

"Juan:
precisamos conversar, camila"

"sim, nós precisamos. só que agora não da, juan, tem que ser amanhã" respondi

"ok, mas não na escola. eu vou aí amanhã de tarde"

"ok"

O que ele queria conversar? Será que ele quer explicações? Será que...

– Camila? - era minha mãe batendo na porta
– Oi? -
– Vou passar no mercado, então, se você for e eu não estiver aqui, deixa um bilhete antes de sair, escutou? - minha mãe falou, encostando na porta
– Sim. - falei e dei play na música

A música acabou e decidi arrumar minha roupa, então resolvi dar uma cochilada e coloquei um despertador para seis horas, assim daria tempo para me arrumar sem pressa.

"Sarah smiles like Sarah doesn't care..."
'Sarah Smiles - Panic At The Disc"

Acordei e logo fui para o banho, sequei os cabelos com um secador e os deixei solto.

Roupa da Camila (IGNOREM O CABELO)

Passei um pó e um blush só para afinar o rosto, e usei a tática do "olho tudo, boca nada": passei um delineador preto e bastante rímel, e coloquei um batom bem nude cor da pele.

Para quem não quer ir, até que me arrumei aceitavelmente bem.

Fiz um lanche básico e tratei de escovar os dentes, passei um perfume não muito doce e coloquei algumas pulseiras que combinavam com o vestido.

– Filha, seu amigo já está na porta! - minha mãe gritou

Dei uma última olhada em mim, peguei minha bolsa e saí descendo as escadas.

– Tchau mãe. - me despedi
– Tchau filha, se cuida! - minha mãe falou mandando beijo e abri a porta

– Olá, Guilherme e... - falei e olhei para ele - VOCÊ TÁ FUMANDO?
– Fala baixo, garota! - falou - Ninguém precisa saber.
– Não sabia que você fumava. - falei receosa ao entrar no carro
– Ninguém sabe, só os meus amigos e... você. - falou dando mais uma tragada

Ele começou a dirigir e logo depois de dez, quinze minutos chegamos na balada.

– A propósito, você tá gata demais. - falou jogando o cigarro no chão
– Obrigada. - falei sem animação

Guilherme deu nossos ingressos e entramos, a música estava alta demais, o cheiro de drogas (sim, drogas!), cerveja e vômito invadiram minhas narinas de uma vez só, o que me fez passar mal e quase vomitar.
Todos que comprimentaram Guilherme tinham aparência de bêbados e drogados, o que é estranho pois não achei que Guilherme se envolvia com pessoas desse tipo, e podia sentir o bafo de ceverja dos conhecidos dele de longe.

– Você conhece eles? - perguntei
– Meus amigos. - ele respondeu

Se eu tava estranhando tudo aquilo? Sim, óbvio que estava, mas não entendia, Guilherme não era daquele tipo... Se bem que, ele estava muito mudado desde o hospital...

Guilherme e eu fomos no bar que tinha lá e ele pediu duas vodkas e eu pedi apenas uma coca-cola.

– Ei, Guilherme! - falou um rapaz que trazia dois sacos na mão e no outro, um copo de cerveja - Vai uma hoje?
– Hey, Brad! Como vai, cara? - falou Guilherme - Hoje não, ela não pode saber. - falou apontando para mim e rindo
– O que é isso? - perguntei
– Nada. - falou e completou - Que você precise saber... Quer um pouco? - falou apontando pro copo
– Não... - falei me encolhendo
– Qualé, só um gole! - falou e, para que parasse de encher o saco, bebi somente um gole e comecei a sentir tontura, logo de cara
– Eu vou no banheiro, já volto. - falei

Fiquei no banheiro por pouco tempo, já que o cheiro de lá não era tão enjoativo, e finalmente voltei, porém assim que voltei, vi uma cena chocante: Vi Guilherme e mais aquele tal amigo fumando, o pior: não era cigarro!

Assim que me viu, tratou de devolver aquilo e chegou para mim, me oferecendo mais daquela vodka (lê- se: me forçando a abrir, já que o cheiro de vodka me irritava)

– O que tem nessa vodka? - perguntei, já no terceiro copo
– Uma coisa aí... - falou

O que será que tinha? Eu odiava vodka e não passava do primeiro gole, o que me fez estar no terceiro? Temia que era algo em que eu pudesse me viciar...

– Experimenta esse... bombom. - falou praticamente enfiando goela a baixo

Tinha algo nesse bombom, se tinha...
Quando vi, já estava rindo que nem uma idiota e mal conseguia ficar em pé, realmente hoje estava bem, bem ruim.

– Moço, pode me falar o recheio disso? - falei para o barman rindo que nem uma retardada
– É tipo uma droga, uma mordida e já tá viciada. - falou

Gelei apavorada, aquilo tinha algo viciante!? Eu estava, como podemos dizer, bêbada mas ainda tinha noção das coisas,

Fiz a única coisa que me veio à cabeça: Saí correndo mas logo fui cercada por Guilherme e aquele amigo estranho dele.

– Vem, eu sei que gostou. - falou Guilherme logo enfiando, novamente, o "doce" goela a baixo.
– Por que está fazendo isso? - perguntei chorosa
– Não chora, coma mais disso que ficará feliz! - falou

No final de tudo, já estava completamente bêbada e, com certeza, drogada.

– Aí... - falei assim que acordei
– Apareceu a margarida! - falou uma voz conhecida
– O que estou fazendo aqui? - perguntei
– Digamos que você... comeu demais e acabou desmaiando. - falou Guilherme
– Você me drogou, não foi? - falei com raiva
– Não droguei, só te dei algo que te fez viciar só por uma noite. - falou normal
– Eu quero ir para casa. Eu preciso ir para casa! - falei
– Calma, vou te deixar em casa, só tome um banho. - falou Guilherme se levantando
– Não precisa, obrigada. - tentei ser o mais agradável possível para sair logo - Mas não posso demorar muito, e já que dormi fora, preciso urgentemente estar em casa, tipo... Agora.

– Por acaso você, tem mais daquilo? - perguntei e logo já devorava vários daquilo

POV Autora

Camila já estava drogada e Guilherme se divertia com a situação, já que Camila o procuraria mais vezes para comer daquilo. A questão é: Aquilo era uma coisa tipo droga, mas viciante, e Guilherme mentiu para Camila.

– Chegamos. - falou Guilherme
– Obrigada. - Camila falou e Guilherme entregou uma caixa
– O... bombom. - ele falou, Camila agradeceu e saiu

Camila abriu a porta e... 3 caras muito irritadas a encararam: Juan, Milena e minha mãe.

"Como eu to ferrada" pensou Camila

– Por onde deve começar, Camila?! - minha mãe perguntou

E depois, ouvi passos apressados e tudo ficou escuro, mas a única coisa que eu ouvi foi:

– São drogas!? -

ESCLARECIMENTOS

Então gente, vocês podem estar confusos sobre o capítulo anterior, então vou explicar certas coisas:

Eu não queria deixar a Camila muito bêbada/drogada, porque isso não é do tipo dela, então ela não fez tantas loucuras já que não estava TÃO bêbada/drogada, mas ela estava.

Como ela bebeu muito, ela se esqueceu de partes de ontem, ou seja, ela acha que a bebida que continha a droga, não o tal doce, entenderam?