Paixão Viking escrita por Liz


Capítulo 4
Capítulo 4 - O que o conflito entre inimigos gera


Notas iniciais do capítulo

Não se esqueça de comentar!! Boa leitura :B



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/315878/chapter/4

No capítulo anterior...

– É que é uma longa história.

– Eu tenho tempo.

– Está bem.

Olhei em seus olhos novamente, mas logo abaixei meu rosto. Estava pronta para compartilhar isto com alguém.


POV Safira


– Só vou lhe dar um aviso antes: - respirei fundo. - se eu começar a chorar, não ligue.

– Está bem. - Ele sorriu. Ele parecia estar atento a tudo o que eu dizia.

– Há um tempo atrás...

– Há quanto tempo?

– Há três anos.

– Tinha quantos anos?

– 15. Deixe-me continuar. - Nós rimos. - Apaixonei-me de verdade. Mas era amor. E antes que você diga algo, a diferença entre paixão e amor é: o que o capitão sente por mim é paixão. O que eu sentia por William era amor.

– Não, Safira, ele te ama.

– Harold. - Ele silenciou. - Paixão é o desejo. O capitão Rupert mal me conhece pra me amar. - Ele abaixou a cabeça.

– Ainda não concordo, mas continue.

– William me fez acreditar que o que sentia por mim era amor também. Ele tinha 25 anos e eu acreditei que ele gostava de mim. Nós fizemos amor muitas vezes, mas eu nunca senti prazer. Eu me sentia obrigada a fazer o que ele queria. - Lágrimas começaram a cair do meu rosto. - Até que meu pai teve uma conversa com ele e disse que estava mais do que na hora de nos casarmos. - Comecei a chorar mais, tanto que minha voz saiu mais rouca. - E no dia, ele me... Ele me deixou. - Com os braços fazendo uma espécie de travesseiro, coloquei meu rosto nestes e comecei a chorar mais.

– Safira, não é porque ele fez isso com você que todos os próximos que aparecerem para você serão assim. - Levantei meu rosto.

– Não, Harold. O capitão apenas queria fazer sexo comigo. Ele mesmo disse.

– Ele me disse que queria apenas dormir com você no início, mas, depois, ele apenas queria ficar ao seu lado, sem fazer nada demais.

– Ele quer que eu caia nesse assunto dele! Eu não vou ser uma idiota de novo! - Joguei meu prato no chão e corri para o meu quarto.

– Safira! Espera!


POV Rupert


Estava andando pelo navio. Ajudando aos marinheiros no que precisavam, observando a paisagem. Pelo visto, a conversa de Safira e Harold estava boa. Passava-se muito tempo e nada. Resolvi tentar observar o que estava acontecendo. Veja só, hum! Um cara de 25 anos observando conversas como uma criança!

– Safira! Abra! Eu sei que não vai acontecer de novo! Foi um erro! Vamos conversar!

Eu não havia entendido nada. Saí dali para tentar raciocinar. O que não vai acontecer de novo? O que foi um erro? E por que ele queria conversar com Safira? Não! Não pode ser! Harold a beijou!

Andei desesperadamente pelo navio. Mas cheguei a conclusão que é melhor esperar que Harold revele que tem interesse em Safira. Vejamos até onde ele tem coragem de mentir. Ora, essa! Eu estava prestes a explodir.

De repente, pude ouvir vários barulhos quase ensurdecedores. Eram bolas de canhão.

– Atirem! - Eu gritei e corri para pilotar o timão do navio para tentar desviar dos inimigos.

Vários marinheiros correram para o subsolo e outros começaram a atirar. Eu precisava ver como estavam os canhões porque, graças a mim, não estávamos sendo acertados. Mas os inimigos também não. Precisavamos atirar pelo menos no fundo do navio para afundá-los, do contrário, não ficaríamos em paz e acabaríamos mortos por eles. Avistei Harold. Como este era a única pessoa que eu tinha confiança profissional...

– Harold! - Ele não havia ouvido. - Harold! - Gritei o mais alto que pude.

– Sim, capitão! - Ele disse.

– Quero que você guie o navio para o norte. - Entreguei minha bússola a ele.

– Mas, capitão...

– Confio em você! - Apesar de não confiar mais como um amigo.

Corri para o subsolo e vi que haviam pelo menos três dos nossos homens em cada canhão. Avistei Safira e um rapaz no canhão. Eles estavam com bastante dificuldade para atirar, mas conseguiam.

– Eu ajudo vocês!

– Não precisamos. - Safira respondeu, em tom baixo.

Eu a ignorei completamente e lhe cerquei por trás para lhe dar mais força para atirar. Confesso que não tive intenções a mais, mas me aproveitei da situação. Depois de muito tentar, os inimigos desistiram, pois viram que não daria em nada fica ali. Nós éramos tão fortes quanto eles. Todos deram um grito, mas estavam cansados.

– Quem desejar, pode descansar. - Todos se sentaram e ficaram assim.

Eu subi para dizer o mesmo a quem estava em cima, mas haviam apenas cinco homens, dentre estes, Harold. Percebi que Safira veio atrás de mim.

– Como eu disse aos outros, quem desejar, pode descansar. - Alguns deles desceram, inclusive Harold.

Avistei Safira sentada na borda do navio, olhando para o mar.

– Gosta mesmo do mar, não é? - Ela olhou para mim, assustada. - Desculpe-me lhe assustar.

– Não, tudo bem. - Ela sorriu.

– Gostaria de senti-lo?

– O mar? - Ela se empolgou.

– Sim. - Eu sorri.

– Mas eu não sei nadar.

– Eu lhe acompanho.

– E se alguém nos ver? Vão pensar coisas erradas.

– Não me importo. E a maioria está dormindo.

– Então, está bem. - Ela sorriu. - Não está muito gelado?

– Não! Até porque o tempo está quente! - Tirei minha blusa e minhas botas. Safira pareceu ficar sem graça ao me ver tirar a blusa. - Vai entrar de roupas?

– Eu não tenho roupas de banho.

– Você vai sentir frio depois que sair com estas depois.

– Não me importo. - Ela disse, sem graça.

– Tire ao menos as botas. - Eu pulei no mar.

Eu não sabia porque estava convidando Safira para ficar mais tempo comigo. Sabia que ela não gostava de mim. Se bem que o suposto beijo foi roubado por Harold.

– Por que não me esperou? - Ela disse, depois de tirar as botas.

– Porque quero que sinta como é cair do mar sozinha! É uma sensação ótima!

Ela desfez a trança de seu cabelo e tirou seu espartilho. Vi sua cintura fina e percebi que ela não precisava usar nada para afiná-la. Seus quadris eram levemente largos.


POV Safira


– Pule, Safira! - Hesitei. - Vamos! Vou lhe segurar!

Eu conseguiria confiar em um homem? Decidi que sim. Desesperei-me ao entrar em contato com o mar.

Como eu podia ter medo se, quando eu o olhava, o admirava?

Senti uma mão de cada lado de minha cintura. Mãos quentes que abrangiam todo o espaço do local em que foram posicionadas.

Quando senti que podia respirar, percebi que estava nos braços do duque.

– Não me solte! - Envolvi seu pescoço com meus braços, desesperadamente.

– Como pode ter medo do mar se o ama tanto?

– É que nunca o toquei e sequer estive nele.

Quando eu olhei em seus olhos, senti meu corpo estremecer. Nossos corpos estavam colados. Eu podia sentir as pernas dele se movendo para manternos em contato com o ar livre. Eu ainda me apoiava nele e ele enlaçava minha cintura com seus musculosos braços. Senti certa imensa vontade de selar nossos lábios. Será que eu poderia suportar a dor de ser abandonada, novamente? Ou será que isso não acontecerá?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada por ter lido!
Espero que tenha gostado ;)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Paixão Viking" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.