Paixão Viking escrita por Liz


Capítulo 2
Capítulo 2 - Paixão incontrolável


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! Boa leitura :B



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No capítulo anterior...

– Quantos anos tens?

– Tenho 18. - Senti-me aliviado.

– Ainda bem que é ao menos maior de idade!

– Ao menos? Quer dizer que sou um problema?

– É sim. - Ela abaixou a cabeça. Toquei seu queixo e olhei no fundo de seus olhos pretos. - Mas eu gosto deste problema. - Ela sorriu.

POV Safira

Não queria iludi-lo, mas não queria me apaixonar. Eu não queria sentir-me feliz novamente para depois ser esquecida. Não gosto de pensar sobre o que houve. Aquele miserável.

- Safira, está tudo bem?

- Sim, capitão. - Acordei com o doce som de sua voz. Pare de pensar assim, Safira! Pare!

- Estava a pensar em algo?

- Besteira. - Eu disse, querendo mudar de assunto.

- Pode contar o que quiser para mim. - Ele segurou minhas mãos.

- É... Vou trocar de roupa, já que me descobriu. - Soltei suas mãos e saí dali, sem graça.

POV Rupert

Aquele mistério ainda me deixava mais atraído. Nunca tinha me apaixonado assim. Aliás, nunca havia me apaixonado dessa forma. Apenas me relacionei sexualmente com várias mulheres, nada a mais do que isso. Mas esta menina... Sua audácia de vir até o navio para ver o mar, seu sorriso, seu olhar. Ah!

- Capitão? - O marinheiro, Harold, disse. 

- Pois sim? - Me levantei. Eu estava sentado em um pequeno barril.

- Nada demais, apenas queria lhe avisar que está tudo sob controle e que a viagem será tranquila.

- Isto é, se não houverem inimigos ao longo do caminho ou na ilha, mesmo.

- Acho que não, capitão. E mesmo que sim, somos destemidos, certo?

- Por isso gosto de você, Harold! - Sorri e esfreguei seu cabelo.

Harold era um garoto jovem. Tinha a idade de Safira. Era bonito, cabelos claros, cacheados. Ela já me acompanhava em outras viagens de navio. Era um dos melhores marinheiros. 

Nem acredito que o rei me escolheu para ser capitão. Quem diria que eu, apenas o duque, seria escolhido o capitão desta viagem! Bem, se o rei tivesse filhos com certeza escolheria algum deles, mas não tem! Andei um pouco pelo navio, até que avistei Safira vestida afeminadamente. Ela havia feito uma trança, que ia até sua cintura. Ela estava com um espartilho preto sobre seu vestido marrom feito de pele de algum animal. Ela estava usando uma bota preta de sola reta que ia até o joelho. Estava como uma verdadeira viking. Todos os outros marinheiros pararam para olhá-la. Eu tinha concorrentes.

- Vejo que se vestiu corretamente. - Me aproximei dela e a induzi a um lugar longe dos olhares curiosos deles e, ainda sim, não pararam de olhar. Eu lancei um olhar de reprovação e, somente assim, eles voltaram a fazer o que estavam fazendo.

- Não tem que se preocupar comigo, capitão. Não sou nada sua. - Ela se afastou de mim.

- Qual é o problema?

- Como? - Ela disse, sem entender.

- Por que está me impedindo de abraçá-la?

- Porque devo lhe respeitar como capitão.

- Mas estou te dando a deixa que estou interessado em dormir com você. 

- Dormir comigo? - Ela arregalou os olhos.

- Não quer? - Lhe lancei um olhar malicioso.

- Acha que sou como algumas mulheres do reino? Não sou uma mulher que apenas dorme com algum cara!

- Sou o capitão, deve fazer o que eu digo. - Eu lhe disse, indo em direção ao seu pescoço para sentir seu cheiro, mas ela se afastou.

- Devo fazer o que você diz em relação a viagem e a escavação. Você está abusando da sua autoridade. - Ela não me queria? Como assim? Todas as mulheres que tive vontade de ter em minha cama, eu tive. Como ela pode resistir a mim?

- Está me testando?

- Capitão, as coisas não funcionam assim. Lhe conheci há pouquíssimo tempo e não perderei tempo com besteiras.

- Besteiras?

- Com licença. - Ela saiu da minha frente.

Eu estava indignado. Como ela não queria nada comigo? Sou um rapaz atraente, sei disso. E ainda sim, o encanto daquele olhar não saía de mim. Eu precisava tê-la a qualquer custo. 

***

Todos estavam dormindo. Safira havia pedido um lugar diferente para dormir para evitar que algum rapaz abusasse dela. Eu o fiz. Mandei construir duas paredes e uma porta com trinco no canto do subsolo do návio. Eu faria tudo o que ela me pedisse. Estava enfeitiçado.

POV Safira

Preparei-me para dormir. Eu havia trazido algumas de minhas roupas porque sabia que algum dia seria descoberta. Não consigo fingir absolutamente nada. Coloquei uma camisola de seda rosa que ia até um pouco abaixo do joelho. Meus pais conseguiam comprar roupas boas e bonitas para mim. Eles faziam questão de me dar do bom e do melhor. Talvez eu deveria ser um pouco mais agradecida.

Deitei-me no colchão. O quarto improvisado que o capitão fez para mim foi muito útil. Ele era muito gentil comigo. Gentil até demais. Não dou um dia para que tente algo a mais comigo. 

Finalmente, depois de pensar em tantas coisas, adormeci. 

Eu estava sentindo um corpo se movendo atrás de mim. Depois, senti outra mão me abraçando. Só podia estar sonhando. Tentei abrir os olhos, mas não consegui. Senti mãos quentes e fortes me virando para o outro lado. Tentei abrir os olhos novamente e consegui. Dei um grito e o capitão tampou minha boca.

- Não grite! - Ele sussurrou. Comecei a me debater.

POV Rupert

Ela era teimosa. Será que a minha presença a incomodava tanto assim? 

- Vou tirar minha mão da sua boca. Promete não gritar? - Ela assentiu. Tirei minha mão de lá.

- O que faz aqui? 

- Vim te fazer feliz.

- O quê? Como conseguiu chegar aqui? - Ela estava indignada e confusa.

- Tenho um segredo para abrir este quarto.

- Saia daqui! Imediatamente!

- Não... Você precisa saber como é amar alguém de corpo de alma. - Eu a abracei e a puxei mais para perto de mim. 

POV Safira

Eu podia sentir seu peito musculoso. O capitão tinha inteções comigo, pois estava apenas com suas calças.

- Não quero fazer nada com você!

- E por que não?

- Porque não!

- Safira, deve haver algum motivo.

- Eu ainda não estou preparada!

- Preparada? Preparada para quê? - Ele parecia confuso. Acho que estou trazendo meu passado para o presente, novamente. - Pode falar, Safira.

- Não é nada, capitão! Mas não quero fazer nada demais com você!

- Está bem. Está bem. - Ele parecia rendido e compreensivo. - Não vou fazer nada. Mas te peço uma coisa: deixe-me sentir seu corpo por essa noite. Deixe-me dormir ao seu lado. 

- Mas isso não lhe dará prazer algum. - O olhei, estranhando.

- Trará-me o prazer de ficar perto de você, minha donzela.


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Notas finais do capítulo

Não se esqueçam de deixar comentários!! Obrigada mesmo por ter lido!



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