Paixão Viking escrita por Liz
Notas iniciais do capítulo
Oi, gente! Tudo bem??
Espero que gostem...
Boa leitura :B
No capítulo anterior...
– Olá! - Eu disse, aproximando-me.
– Olá, Safira. - Harold sorriu.
– Precisam de ajuda?
– Não queremos que Rupert te veja fazendo trabalho pesado.
– Mas estou aqui para isso.
– Ele é o capitão e não gosta, Safira.
– Mas eu quero ajudar.
– De verdade, Safira. - Ele tocou meu rosto. - Não precisamos. - Ele sorriu.
– Então, não há nada entre vocês, não é? - Rupert se aproximou.
POV Safira
– O quê? - Eu disse. Rupert havia entendido tudo errado!
Ele saiu andando com raiva.
– Capitão, volte! - Harold hesitou em ir atrás dele.
– Deixe comigo, Harold. - Eu o impedi e fui atrás dele.
– Ei! - Eu o chamei, mas ele me ignorava.
Corri até ele e segurei seu braço.
– Você viu errado. Harold é um grande amigo. Quase um irmão.
– Não acredito. - Ele tirou minha mão do braço dele.
– Eu queria ajudar a construir um dos barcos, mas Harold me impediu porque sabia das suas preferências. - Eu disse, dando ênfase ao "suas preferências". Ele parou de andar e olhou para mim. - Eu estava sendo inconveniente e Harold foi caridoso para não ser arrogante comigo.
– Isso é desculpa sua.
– Por que é tão difícil de acreditar no que eu digo?
– Porque eu vi vocês dois, Safira.
– Capitão, eu acreditei em você sobre aquela mulher que deixou no reino. Por que não acredita quando digo que, entre Harold e eu, não há nada?
– Confesse. - Ele se aproximou de mim. Estávamos cara a cara, novamente.
– Confessar o quê? - O desafiei.
– Veio nesta viagem apenas para me seduzir, não foi?
– Claro! Vim para lhe seduzir vestida de homem! - Eu disse, sarcasticamente.
Ele parecia ter entendido que perdeu a razão.
– Desculpe-me por isso, Safira. - Ele abaixou a cabeça. - Abrace-me. - Ele estendeu os braços.
Nós nos abraçamos. Eu deitei no ombro dele. Era um momento muito especial aquele. Os braços daquele homem me faziam proteção.
– Bem... - Soltei-me dele. - Não posso ficar aqui o dia todo, pois tenho algumas coisas para fazer. Se bem que eu gostaria... - Sussurrei. - Conseguiu os peixes?
– Consegui.
– Pode fazer fogo para aquecê-los?
– Não é melhor o fazer a noite?
– Você é quem manda! - Brinquei. - Então, vou ajudar com os barcos.
– Nada disso. Vá se arrumar.
– Não tenho outra roupa.
– Faça uma com um pano que temos na casa. Tem alguns que não usamos ainda e que estão limpíssimos.
– Não sei fazer vestidos. - Sorri.
– Mas Harold sabe. - Ele sorriu, vitorioso.
– Como sabe? - Desesperei-me. E se Harold pensasse que saí por aí dizendo isto?
– Vocês não me engaram da última vez. - Ele sorriu.
– Não conte a ninguém, por favor.
– Pode deixar. Vá lá pedir a Harold.
– Mesmo?
– Sim. - Ele piscou e assentiu.
Corri até Harold.
– Harold! - Gritei.
– O que foi, Safira?
– Ele já entendeu.
– Que notícia boa!
– Preciso de um favor seu.
– Não posso agora...
– Ele deixou você sair daí por hoje.
– Sério? - Ele estranhou.
– Pois é. Vem! - O puxei para dentro da casa. - Preciso de sua ajuda para ficar bonita hoje à noite. Faça um vestido com algum dos panos que temos aqui, por favor?
– Mas é claro!
– Consegue até a noite?
– Sim, mas vou fazer um menos sofisticado e mais curto como este que está usando, está bem?
– Está ótimo! - O abracei.
Olhei pela janela e vi Rupert pelo ombro de Harold. Rupert sorriu. Eu sorri de volta, tranquila. Ele demonstrou que confiava em mim. Agora, o que nos faltava, era coragem.
***
Antes de me vestir, fui tomar um banho de mar. Tomei com a roupa que estava mesmo, pois não poderia aparecer nua na frente dos outros. Quando terminei, voltei para a casa. Sequei-me e fui falar com Harold.
– Preciso de seu corpo para montar o vestido.
– Estou ao seu dispor. - Sorri.
***
O vestido ia até meu joelho e eu havia colocado minhas botas, que estavam secas e eu não as colocava desde que chegamos a esta ilha. Harold apenas rasgou e fez nós em meu vestido, mas ficou lindo. Ele conseguia rasgar e deixar o vestido de forma quase impecável. Parecia até que usou-se uma tesoura. Ele ainda fez uma faixa para meus cabelos. Eu fiz um nó e virei-o para a nuca para não aparecer. Eu não podia olhar no espelho porque não tínhamos.
– Como acha que estou? - Fiquei em pé.
– Está linda, Safira. Eu poderia até lhe cortejar, se não tivesse dono. - Nós rimos. - Acho que isso não aconteceria.
– Também acho. Eu lhe estranharia se estivesse falando sério.
Eu o olhei e me aproximei. Segurei suas mãos.
– É um grande amigo, Harold.
– Eu sei disso! - Ele riu e eu também ri. - O capitão disse que vem lhe buscar aqui. Aguarde.
– Está bem.
Fui até meu quarto e olhei para meu diário. Eu o abri na primeira página. Tinha uma pequena pintura minha com meus pais. Meu primo havia feito. Ele foi o primeiro menino que beijei em minha vida. Isso aconteceu quando eu ainda era criança. Mas, um tempo depois, quando me apaixonei por William, eu resolvi contá-lo que eu gostava de outra pessoa e pedi para esquecer o passado. Ele havia me dito que já havia esquecido. E também revelou que gostava apenas de homens. Ele não é do tipo de pessoa que demonstra o que é de verdade, pois, se o fizesse, seria motivo de piada e sofreria muito, infelizmente. Desde então, somos amigos inseparáveis. Quando William me deixou, ele e meus pais foram os que mais me apoiaram. Apenas eu sabia de seu segredo. Lembrei das coisas que aconteceram no reino e ri comigo mesma.
De repente, senti braços fortes rodearem minha cintura. Logo depois, senti beijos em meu pescoço e já sabia quem era.
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Obrigada por ter lido!
Fique com Deus...
Beeeeeeijos :*