Cartas De Um Fantasma: Alma Perdida escrita por Jaíne Bedin


Capítulo 6
Capitulo 5


Notas iniciais do capítulo

(oi, finalmente estou de volta, esse cap dedico a minha linda leitora que me deu essa ideia sobre fazer um cap para recapitular os caps publicados muito tempo atras. Espero que gostem... ha no aviso que eu havia postado aqui eu disse que tinha a fic em folhas de caderno em uma pasta preta... consegui a pasta preta de volta, mas para minha frustração as folhas não estavam la... devem ter se perdido na mudança. estou triste pela perda das folhas... mas faze o que né.. agora vou escrever tudo de novo. tenho dois caps prontos. QUE MILAGRE NÉ? kkkkkkkkkk pois é. serão postados com um intervalo um pouco longuinhos... mas serão postados... o tempo é pra mim conseguir escrever mais caps.. quem sabe o tempo diminua para postar. )
Recapitulando:



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Sou um fantasma há algum tempo estou nessa casa abandonada, sozinha apenas escrevendo cartas para me distrair e ficar me amargurando. E quando eu achei que ia ficar para sempre sozinha naquela casa, um carro parou na frente desta e dele saiu um garoto e uma mulher mais velha. Foi ai que meu mundinho particular, a casa, mudou por completo.

Brad o garoto alto meio magro e de cabelos pretos e olhos incrivelmente sinceros apareceu. Nosso primeiro contato foi completamente assustador, um dia que ja mais vou esquecer. Ele estava olhando a casa e eu o seguindo como um rabinho atras. Meu quarto foi o último comodo que ele foi olhar.

"Quando Brad se dirigiu para a porta do quarto me adiantei, e mesmo sabendo que seria inútil, segurei firme a maçaneta. Não queria que ele entra se, na verdade foi meio que sem pensar meu gesto, por que eles iriam se mudar para a casa e iriam abrir aquela porta de qualquer jeito.

Mesmo assim continuei firme, segurando. Brad colocou uma das mãos na maçaneta, em cima e através da minha e abriu a porta ao passar para dentro do quarto atravessou-me. Vi seus pelos da nuca se arrepiarem e seus ombros ficarem tensos. Prendi a respiração por reflexo.

Brad se sacudiu e caminhou pelo quarto, abril as janelas. Quando estava voltando para porta tropeçou, sem querer comecei a rir. Logo parei pois Brad olhou para onde eu estava e pareceu procurar algo.

Fiquei uma estatua na porta com a esperança crescendo e o desespero também. Não era possível ele me ver ou ouvir por que ele olhava intensamente a porta e esperava que alguém aparece se.

–Mãe?- ele perguntou hesitante.

O silencio se prolongou.

–Alguém ai?"

Uma risada divertida fez ele me escutar. Aquele garoto era muito estranho, ele não tinha medo, ele tinha esperanças que eu nunca tive, uma imaginação tão divertida e delirante ao mesmo tempo. Depois que ele e a mãe, Nina, mudaram para a casa o Sr. Gato/Rudolf resolveu dar boas vindas e contou um pouco sobre o antigo morador.

"– É que o Sr. Rudolf avisou que ela, a Sra. Betty sempre da boas vindas a algum morador e mais um bolo de cenoura, no fim do dia. Independentemente de que horas o morador se mude. Ele disse que o antigo morador daqui, é uma das últimas visita da Sra. Betty, quase a expulsara aos tiros, o homem era um policial aposentado com uma filha que ninguém viu – eu e Brad prestamos mais atenção – o homem pareceu ficar assustado quando a Sra. Betty quis forçar entrada na casa e dar oi para a filha dele. Ele ficará furioso com ela, a mandando sair, empurrará coitada para fora. O Sr. Rudolf veio ajuda-la pois ela havia se desequilibrado e caído na estradinha de pedra. O cara era misterioso – ela largou as flores com o vaso de vidro em cima da mesinha de centro – não saia de casa nem a filha, que na verdade só a viram entrar na casa no dia da mudança, toda encasacada e com o capuz cobrindo toda a cabeça, era um inverno rigoroso. E ela nunca saiu ou pelo menos ele não viu ela sair o dia que o homem se mudou, dois meses depois.

Nina estava sentada na poltrona distraída enquanto falava, eu e Brad encarando ela, pelo rosto dele eu via que ele pensava a mesma coisa, talvez eu sou a filha misteriosa."

Bem, era o que pensávamos.

Depois de delirar com a ideia havíamos decidido ir a casa do Sr. Rudolf para sabermos mais. Mas durante aquele dia apenas conversamos. Ele teve a ideia mais mirabolante que um ser humano podia ter.

"– É frustrante não vê-la. - Murmurou os olhos negros tentando me achar.

– Por quê?

– Você pode fazer qualquer coisa e eu não poderei ver. Tipo o que você fez antes: deu de ombros ou levantou uma sobrancelha, quando entendeu o que falei, ou até as duas coisas.

Dei risada, por ele ter acertado em cheio.

–Quê?

– Você acertou em cheio, fiz as duas coisas.

Brad sorriu um sorriso encantador.

– Nas suas cartas você disse que já tinha aparecido para alguém...- ele parou uns segundos- Não poderia aparecer?

– Não sei como apareci. – me desculpei.

– Eu posso ajuda-la. - falou empolgado.

–Como?

–Pesquisando."

Pois é, Brad delira nas fantasias, mas admito que também me deixei levar por alguns segundos. Admito, eu queria tentar, queria que ele me olha-se nos olhos e não só me procura-se. no fim do dia acabei aceitando a proposta, queria pelo menos tentar. Ele me fez um simples pedido antes de dormir, queria que eu ficasse ali e esperasse ele acordar na manha seguinte, queria ouvir minha voz. Mas nenhum dos dois esperava uma surpresa tão grande quando ele acordou. Assim que ele acordei falei com ele, brinquei com a confusão sonolenta dele e logo me arrependi. Meu mundo caiu.

"-Você não sente nada, está morta. Um dia vai ir para luz e vai me abandona, não sei por que ainda me importo com tudo isso."

Aquilo doeu, uma dor que eu não sabia que podia sentir.

"Abri os olhos lentamente e caminhei para a casa do outro lado da rua, fui até o quarto de Karen do segundo andar. Karen brincava com os ursinhos. Quando ergueu a cabeça de cabelos louros ondulados e compridos, os olhinhos azuis reluziram para mim.

– Kim, Kim, Kim.- chamou com gritinhos estridentes.

– Oi pequena."

A única que podia me ver.

"Sorri para ela e ganhei outro de retribuição, me oferecendo um ursinho branco com olhos de botão e com bochechas grandes. Estendi a mão, mas quando ela largou o ursinho ele passou por minha mão e caiu no tapete, ainda sorridente o ursinho me encaro com seus olhos de botão preto."

A dor ficou mais intensa no peito. Nada jamais poderia me tocar ou sentir. Mesmo com toda aquela dor Karen ainda sorria então engoli a dor para poder falar com ela e sempre era a mesma pergunta "como eu sou?" ela me descreveu como sempre, mas ela jamais havia dando voltas pelo meu corpo e aquele dia ela procurou as assas de anjos.

"Ela se levantou e foi para trás de mim. Não demoro muito e ela gritou, um grito de terror, medo, uma mistura de tudo. Virei-me pra ela e ela estava com os olhinhos arregalados e olhavam fixamente um ponto em mim, e assim que me mexi ela foi junto, aos poucos as lágrimas brotaram e ela começo a chorar e gritar pela mãe. Me assustei e me levantei rápido. A Sra. Ana Chegou correndo socorrer a pequena.

– O que ouve meu amor?

– Arrancaram as assas do meu anjo da guarda - chorava desesperada.

Não intendi aquilo, tentei fala com ela.

– Como assim Karen?

–Mamãe ela ta machucada, cura aquilo mamãe, arrancaram as assas dela. Kim você sabe quem fez essa maldade com você? – chorava e fungava no colo da mãe."

Eram as marcas de minha morte, depois de deixar Karen voltei para a casa de Brad, eu não queria ficar longe dele. Acabou que quase morremos pedindo desculpas um para o outro, claro que doía ficar longe dele e doeu ouvir aquelas palavras dele, mas eu gostava da companhia dele. Então não tinha porque ficar longe ou brava por ele dizer a verdade.

Todo o drama passado foi esquecido Brad queria me ver de qualquer jeito, não contei a ele sobre as marcas nas costas. Ele estava pesquisando formas para eu ficar solida e visível, uma grande baboseira todos os testes, mas mesmo assim fui tentando cada um deles.

No outro dia depois de ficarmos o dia todo de birra um com o outro por causa dos testes, resolvemos ir até a casa do Sr. Rudolf. Mas não foi nada do que esperávamos. Nada concreto, apenas trechos de 3 anos atras quando foi ocupada pela última vez aquela casa por um senhor extremamente estressado e uma garota doente provavelmente já que no último dia deles na casa apenas o homem saiu. A garota deve ter morrido, mas eu apareci apenas uns dois meses atras, ou era eu e eu realmente estava perto da luz e alguma coisa me fez voltar muito tempo depois ou não era eu.

Muita coisa sem sentindo e nada fazia sentindo pra mim, eu estava completamente confuso com um Brad caladão durante aquela noite.


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado.)
próximo cap: na manha seguinte a visita ao Allan, o vizinho gato, Brad estava estranho. um teste feito deu certo e nos deixou mais próximos do que nunca.



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