Agente escrita por Ao Kiri Day


Capítulo 10
Act10: My Sister


Notas iniciais do capítulo

Ouu! Capítulo 10! Tô mandando bem! Eu acho que essa não vai chegar ao capítulo 30, mas espero que dê uma boa história.
Lu-kun, se estiver ruim alguma coisa me avise!



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O sábado foi o dia dos terrores para Lass, mesmo que não tivesse ocorrido nenhum desmaio. Seus shows tomaram conta desde cedo, sua cara era de um zumbi maquiado de tanto sono.

_Ahhh... Aoki, por favor, gelo...

O albino choramingava sentindo a dor de cabeça, e, bem... No corpo inteiro. Mari estava ao seu lado lhe atribuindo uma massagem nos ombros.

_Você está começando a ficar mimado demais. Mari, pare de fazer tudo pra ele. –Aoki apontando o saco de gelo, em sua outra mão cum grande copo de suco.

_Apesar de eu estar gostando muito dessa atenção, eu ainda estou quebrado e dolorido. Então por favor, sintam pena da minha pessoa.

Sieghart esticado em cima da mesa da empresária estava lendo os contratos. Ele não gostava de assinar as coisas sem ter certeza do que seria obrigado a fazer.

Mari lhe apertou um ponto que o fez gemer.

_Ui, Lass... Se eu tivesse uma câmera agora. –comentou a secretária loira que invadiu a sala pra entregar alguns papéis.

_Lire, faça o favor. Seu trabalho está acumulado e o telefone já tá tocando. Anda logo antes que eu te demita.

A loira mostrou a língua e saiu com pressa. A morena estava brava por servir de capacho para o cantor.

_Lass, a premiação está chegando. Você não lançou nenhum hit novo. –Aoki.

O Idol bufou. Repensava em voltar para o Japão. Tinha feito sucesso em dois anos, estava podre de rico, o que mais poderia querer?

_Esse bobão não entende o amor das fãs. Se nós abandonarmos tudo isso, como elas vão se sentir? –Sieghart se sentando e sorrindo.

_Como se você ligasse. –Aoki resmungando.

Aquela tarde estava quente como nos dias anteriores. Tudo o que Lass queria estava um pouco longe e ele não conseguia tirar sua conversa com Luka da cabeça.

Mari estava quase normal. Mas ainda expressava levemente suas emoções.

_ “Eu vou ter que conversar com o Lupus”.

_Ei, Isolet-sama, no que está pensando? –Mari  puxando os ombros de Lass o encostando em seu corpo.

Lass ficou de branco pra vermelho. Conseguia sentir.

O rapaz não conseguiu ouvir nenhuma palavra que veio depois, apenas um berro da morena que correu ao seu encontro.

_LASS!

Lass acordou, parecia ter sido apenas um segundo, mas sentia uma forte dor no rosto e no braço.

_Itee. O que foi? Suas loucas... Porque fizeram isso? –Lass olhava a marca da injeção no braço e parecia que havia levado um tapa na cara.

Mari estava ao seu lado o olhando com a mesma cara de sempre e Aoki estava com cara de aliviada. Sieghart estava rindo.

_Seu nariz tá sangrando.

Lass tocou a cartilagem e viu o líquido vermelho em seu indicador. Porque sangrou do nada?

_Você é muito besta... –Sieghart limpava as lágrimas batendo no ombro do amigo.

Lass ficou em dúvida, se lembrando do último segundo a sensação macia dos seios de Mari tocando suas costas.

Um arrepio correu sua espinha, fazendo-o sorrir um pouco e abraçar o próprio corpo.

Aoki riu também.

_Não acredito nisso. Como você é bobo Lass... –riu a morena saindo da sala.

Mari estendeu um lenço branco para o chefe. Lass aceitou e limpou o nariz. Teria que dar um jeito de conquistá-la, de saber como ela se sentia, mas antes, teria que falar seriamente com seu irmão.

A morena piscou quando chegou na sala de espera. Lupus estava tomando um cappuccino com as sobrancelhas meio franzidas, mostrando que não estava com o melhor humor, ao seu lado uma menina de cabelos brancos compridos cortados reto, a franja cortada de um jeito que deixava seu rosto mais bonito, olhos azuis muito brilhantes.

A garota olhou para Aoki, ela piscou uma vez com lentidão, parecia uma menina quieta e em transe. Ela olhou para Lupus lentamente e entreabriu o lábio.

_Nii-san.

Lupus a fitou e apertou sua mão, olhando em seguida para a companheira de trabalho.

_Ah, Aoki. Eu queria falar com o Lass aqui, sabe? Sozinhos.

Aoki desviou os olhos castanhos novamente para a menina. Parecia mais velha que Lass, mas tinha a pele ainda mais clara, uma expressão triste e olhos inocentes.

Vestia um vestido branco e preto muito lindo e estiloso, ressaltando sua beleza.

_Ahn... Tudo bem, eu vou pedir pra ninguém incomodá-los. A moça está com você? –perguntou apontando a albina.

Lupus piscou seus olhos vinho, e assentiu com a cabeça sorrindo pequeno. Aoki entendeu o silêncio: Lupus não queria dizer nada desnecessário, isso queria dizer que era pessoal.

A morena sorriu para a garota e acenou um tchau. Quando saiu, fechou a porta e voltou ao escritório com rapidez.

Pra Lupus estar sério, era porque alguma coisa tinha acontecido de errado.

_LASS!

Todos na sala olharam assustados para a morena. Aoki era normalmente escandalosa, mas quando chegava berrando toda preocupada era sempre um bom motivo pra levá-la a sério.

_O Lupus quer falar com você na sala de espera. SOZINHO, ouviu? Sieghart, nem pense em ir atrás. –Aoki apontando o moreno esticado ainda em sua mesa.

_AHH!

_O que será agora?... Talvez ele venha me dar um sermão por causa das minhas notas de biologia. –resmungou o albino.

Ele se arrastou pra fora, deixando Mari e os outros dois. Ele precisava mesmo dar uma palavrinha com o irmão, então não tinha nada a perder.

_Que é, Lupus? Acabou a compra em cas-...

Lass perdeu a fala ao entrar no cômodo. Seus olhos se arregalaram, e a pessoa que acompanhava Lupus sorriu timidamente andando devagar em direção ao Idol.

O albino engoliu em seco e abriu os braços, envolvendo o corpo da irmã mais velha nos braços. Lin Agnecia, sua irmã que tinha um indício de sua doença, mas muito mais forte. Ela foi internada no Japão e ficou sob a supervisão de seus pais.

Lass sentia muita falta dela. Lupus estava sério.

_Otouto.

Lass apertou os olhos, meio emocionado. Ele tinha deixado claro desde criança que amava Lin, mas odiava Lupus. Foi assim, até que ela fosse internada quando suas emoções ficaram abaladas e ela se demonstrava uma bipolar estranha. Começaram a chamá-la de louca, e só Lass a defendia.

Os braços o apertaram com pouca força. Lass sabia que ela era pelo menos dez vezes mais frágil que si próprio, era uma bola de cristal sua irmã.

_Como vai indo, Lin? Porque fez essa viagem gigantesca? Você tinha que descansar.

_Estava com muita saudade... Muita saudade, Lass.

Lin fez uma carinha triste e apertou o corpo de Lass novamente. Lupus abaixou um pouco os olhos.

_Ela ligou pra mim perguntando se eu podia recebê-la em casa. –a voz do moreno era pacífica e contida.

Lin sorriu para Lupus, deixando-o sem graça. Lupus quando era criança, odiava a menina.

_E-Então eu quis trazê-la pra te ver no trabalho.

Lass olhou para o moreno, não sabia o que tinha dado no irmão. Ele tinha mania de sempre fazer maldades com a albina por causa de Lass gostar muito dela, mas isso só fez com que Lass o repudiasse cada vez mais.

_Nii-san, otouto, quando vamos voltar pra casa?

_Casa? No Japão? –perguntou o mais novo sorrindo gentilmente.

_Não, para sua casa aqui.

_Ah, eu já estava indo. Eu queria falar com o Lupus mesmo, Lin.

Lupus levantou os olhos. Que será que Lass queria falar com ele? Era verdade ou era uma desculpa pra voltarem mais rápido?

_Okay, vamos indo! –sorru Lass segurando as duas mãos da mais velha, puxando-a pra fora.

Lin era uma mulher completa, mas com a mente de uma criança, adorável, fofa. Mas Lass olhava friamente pra todos que lançassem olhares tortos ou esfomeados para sua irmã, ele tinha prometido cuidar dela.

 Lupus seguiu-os alguns passos atrás, mas sendo parado por alguém. Seus olhos afilados e incomodados encararam Sieghart e Aoki.

_Oi.

_Hm, aquela que é a sua irmã então. Aquela que você falou. –Sieghart comentou.

_É. Mas agora eu preciso ir. –falou tentando manter sua paciência.

_Lupus.

O moreno se deteve mais uma vez, olhando a empresária. Aoki estava séria, muito séria.

_Eu não gosto de me intrometer, mas se continuar guardando seus arrependimentos vai chegar o momento que você vai quebrar. É um aviso.

Lupus apertou os olhos. Ela não precisava dizer o óbvio não é? Mas quem disse que era fácil pedir perdão?

Continua


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Notas finais do capítulo

Tah ai! Como ficou minna-san?



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