Eu fiquei ao lado dela o tempo inteiro segurando sua mão, apesar de quando ela acordasse eu sabia que ela ia me bater ou chingar mas eu não me importava. Ela começou a soar frio, o ar- condicionado já estava no máximo e ela soava como uma chaleira, comecei a ficar preocupado. Os olhos de Annabeth se revirava por trás das palpébras, a boca dela ficou branca. Annabeth ficou pálida.
 - Porfavor Annie, resista.
 - Percy...- Falou com dificuldade ainda com os olhos fechados, deduzi que estava delirando.
 - Estou aqui! - Apertei a mão dela.
 - Eu te amo, nunca dúvide disso.- Falou com a respiração pesada
 - Eu também te amo, me perdoe por tudo, me sinto um lixo por isso. Eu te amo e daria minha vida por você.- Falei baixinho para que ela pudesse ouvir.
 - Eu também daria. - E ficou quetinha, sua boca voltou a cor normal e ficou soando e soando, os cabelos dela estava pingando de suor.
 - Ana, porfavor! - Chamei e ela veio. - Annabeth está soando muito, é normal isso?
 - Não sei Percy, Talvez o veneno esteja saindo ou não. Vamos dar um pouco de néctar para ela.
 Ana preparou e colocou em um copinho.
 - Tão pouco assim? - Falei
 - Se der alguma reação daremos mais. Só não vamo exagerar.
 Annabeth tomou e sua aparencia já apareceu melhor.
 - Ela teve alguma alucinação ou coisa assim. - Falei
 - Como? - Perguntou Ana
 - Ela disse que me amava e que daria sua vida por mim também.- Falei olhando para Annabeth.
 - Nossa, que lindo isso. - Sorriu. 
 - Você acha que ela vai me perdoar ?
 - Eu tenho certeza, só dê um espaço para ela.- Acho que ela esta precisando.
 Annabeth começou a se mexer freneticamente.
 - Annabeth! - Tentei falar com ela.
 - Percy, não faça isso! Eu amo você.- Disse e lagrimas caíram dos seus olhos que estavam ainda lacrados.
 - Não, não meu amor. Eu estou aqui agora, não vou fazer mais nada de errado me perdoe. Eu amo você. - Falei
 Ela parou de se mexer quando eu terminei de falar.
 - Não me deixe. - Falou chorando.
 - Eu nunca vou fazer isso.
 Ela se acalmou.
 - Ela dormiu. - Disse Ana.- Acho que isso faz parte do veneno, alucinações e mil coisas.
 - Ela ficará bem, não vai? - Perguntei.
 - Sim, ela vai. Creio que daqui a pouco ela acorde, se quiser ir para seu assento... Você sabe, ela pode se aborrecer. - Aconselhou.
 - Não, não vou deixa-la sozinha. Não mais.
 - Você que sabe.
 Ana voltou ao seu assento, Obum e Grover destribuiram sanduiches para nós e lanchamos, já esta anoitecendo. Estavamos esgotados. Leo deitou sua cadeira e dormiu e Ana percebeu que ele estava com frio e cobriu com uma coberta que carregava na mochila, automaticamente Leo se encolheu e ela deu um beijo na testa dele e foi descançar também.
 Eu estava exausto queria dormir, mas não ia deixar Annabeth, não mesmo.
 Depois de alguma horas, Annabeth ficou se movendo e abriu os olhos e apertou minha mão, quando se deu conta que era minha mão que estava segurando soltou automaticamente.
 - O que está fazendo aqui? - Annabeth falou, queria soar com raiva mas não conseguiu.
 - Eu não ia deixar você sozinha, sabendo que ainda esta doente. - Falei.
 - Estou melhor, agora pode ir embora. - Falou ríspida.
 - Me desculpe, Annabeth. Eu faço tudo por o seu perdão.- Olhei em seus olhos cinzentos.
 - Tá certo. Agora volte. - Abaixou a cabeça.
 - Você quando estava desarcordada, chamou meu nome. - Inssisti e ela levantou a cabeça e me olhou nos olhos.- Disse que me amava, que daria sua vida por mim e pediu que nunca a deixa-se - Ela ouvia atentamente e decidiu interromper.
 - Eu estava tendo uma alucinação, esta explicado.-Falou fria e maguou meu coração.
 - Então, saiba que eu também daria minha vida por você , que eu também te amo, que eu nunca vou deixar você. Independente de tudo e de todos até de você, eu não vou te deixar. Você não vai se livrar de mim porque eu te amo Annabeth.
 Eu esperei que ela falasse que me amava também, pelo menos isso. 
 Ela abaixou a cabeça e notei que estava chorando.
 - Apenas vá para o seu lugar. Eu não suporto ouvir isso de você.
 - Porque? É a mais pura verdade, acredite em mim.
 - Mas não foi o suficiente de impedir você transar com a Victória. - Falou ainda com as lágrimas caindo.
 - Me perdoe, eu sou metade humano, eu erro. Minha carne é fraca Annabeth. Me entendenda, eu não tive como me destrair eu não tive outra saída. Me perdoe é tudo que eu peço.
 - Porfavor... Eu não estou com cabeça para isso, eu não seria capaz de perdoar você agora, me entenda também.
 - Ta certo - Me levantei e fui em direção ao meu assento.- Saiba que você é tudo para mim e eu te amo. - Esperei a resposta, ela ficou em silêncio.
 Me deitei no meu assento e meus olhos se desmacharam outra vez em lágrimas.
 Adormeci e não tive sonho, meu corpo me fez descansar como uma forma de gentileza.
 (...)
 Acordei com Nico me saculejando.
 - Percy... Percy... 
 - O que foi ?- Acordei assustado. - Annabeth esta bem?
 - Sim, está. Não se preocupe com ela. Recebi uma Mensagem de íris do Quíron.
 - Ele disse oque?
 - Que estavamos indo bem e que reservou um hotel para nós.
 - Nossa que legal! - Falei sem nenhum entusiasmo.
 - Vamos, anime-se é em frente ao mar.
 - Pelo menos isso... - Falei mau-humorado.
 - Estamos em frente a ele e todo mundo já ta hospedado.
 - Hum... - Falei sem ligar para o que ele falou.
 - Os quartos são dividos por casais...
 - Annabeth esta com quem?
 - Bom, todo mundo formou e tal. Sobrou ela e sobrou você... - Falou dando um sorrisinho.
 - Ahh cara! Obrigadão, eu acho.
 - Ela ficou muito irritada, quis trocar com todo mundo. Mas todos recusaram. E acabou aceitando.
 - Vou lá. - Me levantei e peguei minha mochila.
 Talvez fosse a chance de nós nos reconciliarmos, talvez.
 Nico me informou qual era o quarto e eu bati na porta.
 - Quem é? - Annabeth falou por trás da porta.
 - Percy - Respondi.
 - Ah, - Falou seca. - O quarto é seu também entre.
 Abri a porta e ela se levantou da cama e amarrou o cabelo.
 Para minha surpresa havia apenas uma cama... De casal.
 - Quer conversar? - Falei e me sentei na cama.
 - Não. - Saiu do quarto e fechou a porta.
 "Legal" pensei comigo mesmo.
 Tomei um banho longo e vesti um calção de banho. Fazia algum tempo que eu não tinha nadado no mar.
 Desci e não vi ninguém, tudo bem.
 Fui para a praia, quando pisei meus pés tocaram o mar o mar se agitou, como se estivesse feliz por eu estar alí. 
 Mergulhei, minhas forças se revitalizaram e meus pensamentos ficaram mais claros. Vi alguns peixinhos que ficaram me rodando, bem, eu devia voltar. Pois eu já estava em mar aberto. Nadei de volta e me sentei na areia e fiquei encarando o mar.
 Alguns minutos depois, Leo e Ana chegaram para nadar.
 Leo se sentou ao meu lado e Ana foi em direção ao mar.
 - Cara, ela é linda... olha o corpo dela! - Falou babando. 
 - É bonita mesmo.
 - Hey, não é pra olhar.
 Levantei as mãos e fiquei rindo. Ele se levantou e foi nadar com ela.
 Eles ficaram juntos, se beijaram no mar e aproveitaram.
 E eu sentia falta de Annabeth.
 Aquela cena me fazia mau, decidir voltar ao meu quarto, na ida comprei um lanche e comi, quando subi para meu quarto, Annabeth estava sentada no chão com a cabeça afogada nas mãos chorando.
 - Quer conversar agora?
 - Tome banho primeiro.
 Obedeci, Tomei banho e me vesti dentro do banheiro quando sai ela estava sentanda no sofá do quarto. 
 Me sentei ao lado dela, próximo, bem próximo mesmo.
 - Não, fique um pouco mais longe de mim por favor.
 Eu não queria chatear ela, então afastei.
 - Eu te perdoo. - Falou.
 Eu sorri e fui abraçar ela e ela recuou.
 - Mas, você disse que me perdoava!
 - Sim, falei. Mas isso não significa que vamos ser namorados, apenas companheiros de quarto.
  Um buraco se abriu no meu peito.
 - Então diga que não me ama, que não me quer.
 - Não tem para quê eu falar isso. - Falou como se eu fosse um debil
 - Tem sim. Claro que tem! Se você dizer que não me amava eu vou entender porque não quer namorar comigo.
 - Eu consigo falar isso. Eu não te amo. - Jogou essas palavras, não senti-me convencido, ela não olhou nos meus olhos.
 - Olhando nos meus olhos Annabeth.
 Ela me encarou e as palavras não sairam da boca dela.
 - Eu te amo, eu daria minha vida por você, você é minha razão e o motivo de continuar vivendo e tenho medo de perder você. - Falou ofegante as ultimas palavras, abaixou a cabeça e começou a chorar.
 - Você falou a verdade, o que eu queria ouvir. - Me aproximei e ela não falou nada.
 Eu não ia tentar beijar ela, não era o momento. Passei meus braços em volta das costas dela e puxei para perto de mim, ela retribuiu o meu abraço, o que me confortou.
 - Eu não consigo ser forte com você, Eu só consigo ser forte por você.
 - Você é a minha razão Annabeth, eu errei e assumo. Não vou deixar isso acontecer. Eu também tenho medo de te perder.
 Ela ficou calada, mas senti sua lágrimas molhando minha camisa.
 - Eu nunca vou deixar você partir, nunca. - Saiu dos meus braços e ficou me encarando - Me prometa que não fará mais isso. 
 - Nunca, jamais. Não vou errar mais com você. - Falei olhando para ela
 Ficamos um de frente para o outro.
 - Eu não queria fazer isso - Se aproximou de mim. 
 - Fazer oque ? - Falei me aproximando.
 - Meu coração esta mandando eu esquecer tudo, te perdoar e te beijar agora.- Falou. Nossos corpos não podiam se aproximar mais do que estavamos, nossas testas estavam coladas.
 - Então faça o que ela esta mandando. 
 - Eu não posso. - Falou com a respiração pesada.
 - Sim, você pode.
 Ela olhou dentro dos meus olhos e lançou seus braços no meu pescoço e jogou seu corpo sobre mim me beijando como nunca tinha me beijado. Ela beijou meu pescoço e eu mordi sua orelha, nos levantamos e nos jogamos na cama ela sussurrou no meu ouvido " Eu não deveria esta fazendo isso." e eu respondi " Somos escravos dos nossos corações."
(...) CONTINUA