Memórias escrita por Arthur C


Capítulo 20
Parte III: O Fim - O Desafio Entre Irmãos Collins


Notas iniciais do capítulo

Demorou... Mas chegou! Espero que gostem (:



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MEMÓRIAS

CAPÍTULO VINTE:

  A notícia levou-a aos prantos. Será que eles poderiam descobrir quem realmente assassinou aquela técnica? Em alguma solução eles iriam chegar. Concreta e correta ela seria. Apenas dependia da Sra. Salvatore. Será que ela se arriscaria pela filha? Ainda haviam os Collins... Tudo a perturbava nesse instante. Pobre Julia.

- E então Julia, o que você pretende fazer? – Perguntava o capitão.

Levantou-se da cama.

- Eu não tenho ideia. – Respondeu. – Mas eu irei organizar a minha vida. Eu já deveria ter feito isso há tempos, Jack.

  O capitão ficou calado, porém balançou a cabeça em concordância, e, em seguida saiu. Julia estava disposta a descobrir tudo sobre Barnabas. A descobrir quem é o pai do seu filho. A descobrir que males Angelique poderia ter feito aos Collins. A descobrir e organizar tudo o que demonstrava ser para ela curioso e importante, perturbador e alternativo.

  Vestiu-se apropriadamente e foi até a prefeitura. Lá era onde se podia ligar para outra cidade sem problemas, já que na casa do Capitão não havia telefone.

- Será que eu poderia fazer uma ligação para Lichfield? – Julia perguntou à pálida secretária.

- Claro. – Respondeu. – Venha comigo.

A mulher encaminhou Julia até o espaço de telefonemas corretamente e saiu. Começou a discar o número.

- Dave? – Perguntava.

- É ele. Quem é?

- Aqui é Julia... Hoffman. – Respondeu.

- Como você descobriu...?

- Eu não sei. – Continuou, cortando-o. – Escute, e não ouse desligar. Eu estou grávida e há a possibilidade de você ser o pai desta criança. Caso for, você terá de assumi-la, porquê se não, você terá de enfrentar um processo judicial.

- Mas... – Dizia.

Não houve tempo. Julia bateu o telefone em seguida.

- Muito obrigada. – Disse Julia à secretária, enquanto deixava a prefeitura rapidamente.

  Não esperou. Foi ao negócio dos Collins. Queria e talvez, tinha certeza, de que falaria com Elizabeth. Era tudo o que a interessava. Esclarecer sua relação com Roger e descobrir – se pudesse – alguma coisa de Barnabas. Parecia tranquiliza-la. Era tudo.

- Boa tarde, eu preciso falar com Elizabeth Collins. É de extrema importância. – Disse Julia.

A porta abria-se.

- Julia? – Dizia Elizabeth, como quem ainda estivesse tentando observar direito quem era. – O que faz aqui?

- Elizabeth eu preciso falar com você – Elizabeth balançou a cabeça em concordância. -, em particular.

Mal podia saber o que dizer à Elizabeth. Com certeza não iria chegar e bem em sua frente dizer “tive um caso com o seu irmão”. Claro que não, isso traria apenas consequências, consequências das quais quanto mais afastadas fossem, melhor. A porta fechou-se enquanto Julia ia em direção ao seu assento.

- E então Julia, você voltou... O que procura aqui? Emprego? – Perguntava Elizabeth, admirada.

- Sem querer ser ignorante Elizabeth, partirei direto ao ponto. – Suspirou. – Eu tive um caso com o seu irmão, Roger.

- E o que eu tenho haver com os seus problemas? – Elizabeth mantinha-se contra. Poderia estar a cansar-se, afinal, sabe lá quantos casos Roger já teve com mulheres diferentes...

- Bom... Trata-se de um sobrinho. – Disse Julia, de cabeça erguida e abrangendo uma espécie de sorriso... Bem estranho por sinal. – Entenda, eu não quero o seu dinheiro ou o do Roger, quero apenas que ele assuma a criança. Isso se for dele...

- Como assim, se for dele?

- Bom... – Julia pensou por um instante, ainda formando uma ideia de como dizer aquilo. – Nesta época, eu não tive um caso apenas com o Roger... É, podemos dizer assim.

- Muito bem Sra. Hoffman, eu estou muito atarefada agora – Percebia-se que Elizabeth estava a implodir -, portanto, eu posso lhe pegar em sua casa para melhor conversarmos.

- Tudo bem então. – Julia levantou-se e deu um aperto de mão com Elizabeth. – A propósito, estou na casa do capitão Jack.

  Elizabeth acompanhou Julia até a saída da fábrica. De lá, pagara um táxi. Julia estava de volta para casa. Não podia parar de pensar sobre a conversa que mais tarde iria ter. Qual seria sua reação? O que iria fazer ou dizer? Qual decisão seria a de Elizabeth? As perguntas ecoavam em sua mente, como sempre. Chegara. O capitão Jack estava a sua espera. Assim como Kadhi. Não deu papo. Acenou, simplesmente. Como se nada tivesse acontecido. Jogou-se sobre a cama. Pegou o colar dos Collins. O que tinha o rubi. Tornou a girá-lo. Adormeceu.

- Julia! – Exclamava. – Julia!

- Quem está ai? – Julia perguntava, sussurrando.

Silêncio. Uma mulher com aparência sofrida agora aparecia em sua frente.

- Tia Elena?! – Exclamou.

- Por favor, querida, silêncio!

Como pudera? Tia Elena chamando-a de querida, como assim? O que aconteceu?

- Tia Elena... – Suspirou. – O que houve?

Tia Elena acenou com os dedos como se quisesse chamar Julia para um lugar mais privado da Collinwood e, pois é ela estava lá. Motivos... Inexistentes.

- Sabe aquelas cartas que você encontrou em meu sótão assim que chegou em minha casa lá em Lichfield? Aquelas cartas do Barnabas? – Perguntava ela.

- Sim... E?

- Bom... Eu era apaixonada pelo Barnabas... Mesmo, sem nunca ver uma foto ou pintura sua. Continuei apaixonada. – Abaixou a cabeça e sorriu, saudavelmente, como se pudesse relembrar dos bons tempos. – Eu comecei a sonhar desde então... E desde que fui perdida no oceano junto com todos os outros Hoffmans, vim parar aqui. O problema é que esses sonhos mantiveram-me presa aqui e agora olhe bem para mim, sou uma escrava. Uma escrava de Barnabas.

Julia estava abismada. Será que aquilo poderia ser um sinal? Um sinal de que ela parasse de pensar em Barnabas?

- Mas tia...

- Garota, eu sei que não fui um modelo exemplar de tia durante toda a vida, mas escute-me, fuja daqui... O mais rápido possível! – Gritava e esperneava. A voz sumira aos poucos.

Voltou-se. Havia alguém a cutuca-la. Era Elizabeth.

- E então? Malas prontas?

- Como assim... Malas prontas? – Mantinha-se em dúvida.

Elizabeth abriu um imenso sorriso, estranho e convincente.

- Roger mandou-lhe uma carta. – Disse. – Leia, logo, irá entender.

“Querida Julia, não sei se mais posso te chamar assim, mas de qualquer forma, estou disposto a assumir este filho ao qual você nem sabe a que pai pertence... Caso for meu, eu assumo com total responsabilidade. Apenas gostaria que escondesse um pouco de minha mulher, Laura. Até breve e fique bem”.

Era tudo.

Julia não pôde entender muito bem. Mas Elizabeth voltou-se a ela e então respondeu:

- Resolvi desafiar o meu irmão. – Disse ela, sorrindo. – Na carta diz claramente que ele assumirá este filho, desde que você o esconda de Laura... Então...

- E como você pretende desafiá-lo com isso? – Perguntou Julia.

- Simples... Você irá morar na Collinwood.

ARTHUR C.


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Notas finais do capítulo

A história continua... (:



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