The Final Plan - TINP escrita por Abbs


Capítulo 29
The Final Plan - Capítulo 1 – Mudança de Planos.




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Capítulo 1 – Mudança de Planos.                 

Daniel sentiu seu braço esquerdo queimar e arder, logo em seguida aparatou, aparecendo na frente dos portões da Mansão Turner. Abriu e atravessou o extenso jardim abrindo a porta a tempo de ver o elfo doméstico vindo desajeitadamente em sua direção. Entregou o casaco ao elfo que fez uma referencia apressada.

O garoto estava preocupado, já que sempre que o pai lhe chamava era apenas por um motivo. Anne. A garota estava presa em um dos quartos de hospedes da casa, sendo vigiada por cinco Comensais da Morte, no quarto era restrito uso de qualquer tipo de magia. Por algum motivo, se lembrou do aviso que Turner deu depois de capturar a fênix.

- Acabou – declarou – Nós vencemos e qualquer um que for tolo o suficiente será morto, assim como a fênix. Vou relevar os acontecimentos dessa noite. Recolham os corpos de familiares e voltem para suas casas. Amanhã no Profeta Diário sairá um artigo de capa. As aulas de Hogwarts estão suspensas até segunda ordem.

Bateu na porta do escritório, ouvindo um “entre” ríspido vindo do ambiente. Entrou encarando o pai, que agora estava sentado em uma cadeira, atrás da enorme mesa de mogno. Assim que o garoto entrou, Turner colocou a pena que usava para escrever em um dos pergaminhos de lado e se arrumou na cadeira, olhando diretamente para Daniel.

- Fico grato que não tenha demorado – Turner falou indicando a poltrona vazia na frente para a mesa – Sei os seus motivos para se tornar leal a mim, mas não ache que eu ficarei admirado por isso ou que eu confie em você – se levantou, alisando o queixo com uma expressão pensativa no rosto – Estive revendo meus planos e acho que devo fazer uma pequena mudança neles.

- Que mudanças? – perguntou temeroso.

- Eu tenho me perguntando bastante o porquê disso tudo. Voldemort me ensinou tudo o que era necessário para governar a comunidade bruxa e, agora que você finalmente está fazendo o que eu quero que faça, não vejo motivos para matar a fênix para trazer Voldemort de volta e ser o seu... Hum... Subordinado. Ao invés de usar a fênix contra mim, a usarei ao meu favor. Para isso, preciso de sua ajuda.

- O que vai fazer com ela?

- Não há lealdade maior para com um pai amado.

- Não! – Daniel exclamou.

- Silêncio! Eu tirarei toda e qualquer memória referente aos Carter e a Hogwarts. Implantarei memórias falsas. Ela será sua irmã, as memórias confirmaram isso. Assim como a Marca Negra em seu braço.

- Você acha que os Carter e os Potter vão deixa-la acreditar nisso?

- Você se esqueceu de um detalhe, Daniel. Eu tenho o Ministério e Hogwarts sobre controle. Eu fiz um acordo com William Carter. Eles não vão tentar nada e se tentarem, estão mortos.

- Posso vê-la?

- Antes você tem que me falar se vai ajudar ou não.

- Eu não tenho escolha, tenho?

- Tem. Mas se você não me ajudar você irá mata-la e em seguida eu mato você.

Daniel encarou o pai com raiva. Não estava surpreso, de fato, mas ainda não conseguia entender como ele poderia ter chegado a esse ponto. Hoje, cinco meses depois de a fênix ter sido capturada, Turner ainda não havia descansado em relação as seus planos.

- Aceito – falou vencido.

- Ótimo, irei colocar meu plano em prática ainda hoje, afinal, os alunos estão retornando para mais um ano letivo em Hogwarts hoje.

- Você vai mandar ela para Hogwarts?

- Sim. Você e ela.

- Eric perdeu a mãe e o irmão, como você acha que ele ficaria vendo a irmã tratando o homem que causou tudo isso como pai?

- Eu não me importo.

- Eu te ajudo. Mas quero conversar com ela. A sós.

- Só não demore.

O garoto saiu da sala indo para a porta ao lado, entrando na mesma sem bater. O quarto onde Anne estava, apesar de tudo, era muito bonito. A cama de solteiro no centro do quarto com dois travesseiros e uma colcha verde e em cima da colcha uma bandeja repleta de alimentos, todos intocados. Havia apenas duas janelas no quarto por onde passava uma boa quantidade de luz.

Comensais se espalhavam pelo quarto, alguns com os olhos fixos em Daniel e outros olhando para Anne, que estava de costas para todos, olhando pela janela, sem expressão alguma. Qualquer um que visse a garota notaria facilmente as mudanças pelas quais ela passou nos últimos meses. Estava mais magra, já que se recusava a comer qualquer comida que algum Comensal trazia para ela, resultando em Daniel sendo chamado todos os dias para trazer algo para ela. O rosto estava mais pálido, os cabelos continuavam loiros e cacheados, porém mais compridos. Tinha mudado radicalmente, as feições, antes meigas e um pouco infantis, agora estavam mais de adolescente. Os olhos foram a principal mudança. Antes castanhos escuros agora tinham um tom de azul estranho, absurdamente claros que chamava a atenção de todos. Eles tinham ficado assim logo após ela se entregar.

- Meu pai me deixou conversar com ela a sós – Daniel falou para os Comensais.

Mesmo contra a vontade, eles saíram, deixando os dois jovens sozinhos. Anne não se virou para olhar para Daniel.

- Anne.

- Estou ouvindo.

- Precisamos conversar.

- Estou ouvindo – repetiu.

- Ele não quer mais te matar.

- Suspeitei disso depois de dois meses trancada nesse lugar.

- Ele tem outros planos.

- Imagino.

- E me obrigou a ajuda-lo.

- Ele te deu opções.

- Eu não farei o que ele quer.

- É o que eu quero. Você só teria vantagens fazendo isso.

- Mas eu perderia você.

- E poderia trazer sua mãe de volta – disse se virando para olha-lo.

A frieza que encontrou nos olhos azuis o desarmou. O que tinha acontecido com aquela Anne de antes?

- Como você acha que eu ficaria ao voltar para Hogwarts como filha dele? Ele matou minha mãe e meu irmão! – gritou – Eu não conseguiria olhar para Tiago ou Eric!

- Você não se lembrará disso.

- Eu me lembrarei – sussurrou – Você sabe as falhas no plano, já notou isso e acredita que essa será a saída. Mas pode ter um jeito dessas falhas não influenciarem, mas eu te entendo. Se estivesse em seu lugar faria a mesma coisa. Mas eu quero te pedir uma coisa.

- Peça.

- Leve uma mensagem para meu pai e para Tiago.

- Eu me tornei um Comensal agora, eles não confiam em mim.

- Conte a verdade para Ordem, somente para eles. Eles não têm espiões dessa vez e precisarão de você quando eu me tornar tão má quanto Turner.

- Tiago será capaz de me atacar. Eu faria o mesmo, afinal, você apenas se entregou porque Turner iria me matar.

- Ele terá que entender. Foram as minhas escolhas. Não me arrependo delas. Eu amo você, Dan. Muito. Não suportaria te perder.

- Sabe, quando eu perdi minha mãe foi o pior momento da minha vida. Eu a amava de todo coração, ela era a pessoa mais importante para mim. Ensinou-me o certo e o errado, passou por cima do meu pai para me proteger, sempre. Eu jurei que vingaria a morte dela, foi por esse motivo que eu não segui com o plano naquele dia. Por ela. Por mais que ela o amasse e eu não consigo ver o porquê. Eu apenas consigo ver o homem que transformou de todos em um inferno. Inclusive a sua vida – as lágrimas no rosto dele desarmaram Anne completamente e mais rápido do que fosse possível a garota estava na frente dele, com as mãos na face do garoto, secando as lágrimas que ainda caiam.

- Calma, Dan. Nós teremos a nossa vingança. Sabe a vantagem de tudo isso?

- Qual?

- Você estará lá cuidando de mim. Meu irmão. Evite que eu faça besteira, sim? Diga para o Tiago que eu o amo muito e peça perdão por todas as minhas atitudes. O mesmo ao meu pai e diga que eu sinto muito. 


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