The Final Plan - TINP escrita por Abbs


Capítulo 16
That is not possible – E o Ministério cai.


Notas iniciais do capítulo

Oie catitos.

Capítulo dedicado a:

Luisa Machado e a todos os meus perfeitos que comentaram.



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Alvo entregou o pacote a ela, que sorriu corada com o gesto dele, mas abriu o pacote revelando três presilhas para o cabelo.

– Obrigada, Alvo. Eu gostei mesmo. Foi tão doce de sua parte me dar um presente. Mas eu sinto muito, esqueci-me de comprar um para você. Desculpe-me.

– Tudo bem, Anne – o Potter sorriu e se aproximou mais da garota – Eu gostei de saber que vamos passar as férias de Natal juntos.

Ela retribuiu o sorriso e ele se aproximou ainda mais, segurou seu rosto com as duas mãos e roçou seus lábios nos dela.

Capítulo 15 – E o Ministério cai.

Alvo sorriu com os lábios colados aos de Anne. Ela não havia recusado o beijo e isso o incentivou a aprofundar o beijo. Segurou o rosto dela.

Tiago deu por falta da sua “loira” na sala onde todas – menos Anne e Alvo – estavam conversando. Ele estava tão perdido na conversa com Eric que apenas se deu conta de que o irmão e a garota não estavam ali, quando Eric mencionou o nome da irmã em uma conversa.

Pedindo licença ao Carter, Tiago se retirou a fim de procurar a loira. O ultimo lugar que decidiu ir, foi à sala em que ficava o piano. Lembrava-se do dia em que tinha mostrado aquele cômodo a ela e a reação ao ver o lindo piano na sala.

Entrou na sala com um sorriso no rosto ao imagina-la tocando, mas se surpreendeu ao ver o seu irmão beijando a garota que ele amava. Naquela cena, o que mais tinha o magoado, era o fato de que ela retribuía o beijo.

Era ele quem deveria estar ali. Era ele quem ela deveria estar beijando. Não Alvo. Não seu irmão. Sentiu algo inexplicável ao presenciar aquela cena. Traição, era isso. Era seu próprio irmão beijando a garota que ele amava. Que Tiago namorava até a algumas semanas. Até ela vir querendo terminar, pois estava com duvida sobre os sentimentos que sentia por ele e por outro.

Esse “outro” será que era Alvo? Tiago tentou mascarar a dor em sua voz antes de falar, mas foi algo que não conseguiu evitar totalmente.

– É ele? – perguntou em voz alta, fazendo Alvo e Anne se separarem.

A primeira reação de Anne foi choque, que mais tarde deu lugar a culpa. A ultima coisa que queria era magoar Tiago que tinha sido tão bom para ela, mas as coisas com Alvo eram diferentes. Não sabia o que dizer e Alvo olhava para os dois confuso com a reação do irmão.

– Tiago...

– Me responda – falou – É por ele que você esta apaixonada? É por causa dele que você me deixou?

– Não é assim, Tiago – ela tentou dizer, mas de novo o Potter a interrompeu, dessa vez se dirigindo a Alvo.

– E você? Sabia disso o tempo todo? Desde quando estão juntos?

– Tiago, me escuta – a loira pediu.

– Eu te escutei. Te ajudei. Te entendi. Para que? Você beijar meu irmão?

– As coisas não são assim, Tiago. Só aconteceu.

– Do que vocês estão falando? – Alvo finalmente verbalizou o pensamento que o incomodava tanto.

– Ela não te contou? Ela namorava comigo! Então simplesmente apareceu dizendo que não sabia como se sentia.

– Você namorava meu irmão? – Alvo perguntou a ela – Como ninguém sabe disso?

– Namorávamos escondido – Tiago esclareceu – Pelo jeito ela tinha vergonha de admitir que estava namorando comigo ou estava apenas me usando.

Anne olhou para Tiago com uma expressão de choque. Ele nunca tinha falado dela assim e assim que as palavras saíram da boca dele, ela se sentiu magoada. Ele não poderia vê-la dessa forma.

– Você não sabe de nada! – ela gritou para o Potter – Não sabe como eu me sinto! Não sabe sobre nada!

Depois de gritar as palavras que todos os presentes na casa puderam ouvir, saiu correndo dali quando a primeira lágrima caiu. A secou rapidamente e saiu pela porta de frente sem se importar em conhecer aquela parte de Londres.

Anne sabia que os seus pais deviam estar preocupados, mas agora ela não conseguiria voltar para casa e ter que encarar o olhar magoado e ao mesmo tempo acusatório de Tiago e nem pensar no que ele e Alvo contariam aos outros por causa dos gritos. A única coisa que queria era ficar o mais longe possível daquela casa.

Já na antiga mansão Black, Elizabeth estava sentada na sala, com Dylan aos seus pés enquanto Gina a servia um copo de chá. Harry, William e Eric tinham saído para procurar Anne e já fazia mais de uma hora que ela tinha saído de casa.

Tiago estava em seu quarto. Por um lado se sentia culpado, pois fora ele quem falara aquelas coisas que a fizeram sair de casa naquele estado, mas assim que fechava os olhos conseguia visualizar seu irmão e ela se beijando, era ai que a culpa ia embora e ficava apenas o sentimento de traição.

Alvo teria seguido Anne, mas Gina o parou. Dizendo que era melhor apenas deixar a família ir, mas Harry disse que não era seguro apenas William e Eric irem sozinhos, por isso, foi junto com eles.

Eles estavam há mais de uma hora procurando pela a garota. Os três achavam que ela não iria muito longe pelo simples motivo de estar tarde e ela ter saído sem casaco e o frio da noite de véspera de Natal estava realmente congelante.

Anne estava sentada em um parque, onde era não fazia ideia, apenas sabia que estava longe o bastante de casa para não saber como voltar. Não conseguia explicar a raiva que tinha sentido de Tiago naquela hora, mas agora, longe de todos sabia que tinha sido uma reação muito exagerada.

– Você está perdida? – alguém próximo a ela perguntou.

Ela não respondeu. Tinha aprendido que não se devia falar com as pessoas que mal conhecia, ainda mais oferecer informações tão uteis como aquela para pessoas mal intencionadas. Então, apenas se deu o trabalho de continuar olhando para o mesmo lugar como se não tivesse ouvido o que o garoto falara;

Daniel Evans era o nome do garoto que estava esperando a resposta da garota sentada em um dos bancos de um parque em Londres na – praticamente – madrugada de Natal. Viu que a garota tinha chorado recentemente e que com toda certeza não iria respondê-lo.

– Está frio – afirmou ele.

Anne sentiu vontade de revirar os olhos diante de tal afirmação. Era obvio que estava frio. Era Londres e ainda por cima era época de Natal.

– Você não vai me responder, não é? – ele perguntou – Tudo bem, eu gosto de falar sozinho mesmo.

A garota segurou uma risada, mas continuou quieta e olhando para o mesmo lugar.

– Olha, minha mãe me ensinou que é educado responder as pessoas e também a ser um cavalheiro, então tome – tirou o casaco e entregou a garota.

Finalmente a garota parou de olhar para o nada e se virou para olha-lo. Constatou que ele era alto, até mesmo estando sentado, poderia, facilmente ser muito mais alto que ela. Tinha os cabelos ruivos e os olhos cinza. Tinha uma cicatriz, como um corte na bochecha o que o deixava mais charmoso.

Anne pegou o casaco e passou pelos ombros, de modo que pudesse se aquecer sem usar totalmente o casaco do estranho.

– Obrigada – disse sorrindo.

– Você me respondeu! – ela riu.

– Minha mãe também me ensinou que é educado responder as pessoas, assim como também não se deve falar com estranhos.

– Então não seremos mais estranhos. Sou Daniel, mas pode me chamar de Dan e você?

– Anne.

– Porque você estava chorando?

– Problemas. E o que uma pessoa faz na rua na véspera de Natal?

– Minha mãe morreu e meu pai não liga para mim – disse rindo.

– Sinto muito.

– Eu também. Não por causa do meu pai e sim pela minha mãe.

– Você não gosta do seu pai?

– Não mesmo – riu e passou a mão pelos fios ruivos – Meu pai é o ser mais desprezível que eu conheço. Eu moro com a minha tia materna só durante as férias. Enfim, você parece perdida, quer que eu te leve para casa?

A garota sorriu e assentiu. Eles levantaram e Anne passou disse um lugar próximo a casa dos Potter em que Daniel, pudesse deixa-la.

William, Eric e Harry tinham voltado para casa há algum tempo na esperança de que Anne já tivesse aparecido, mas não. Não demorou muito para a garota Carter entrar em casa com um casaco preto por cima dos ombros. Não havia se dado conta de que tinha ficado com o casaco de Daniel.

Mal pisou dentro da casa e William já foi correndo a abraçar. Mas ela estancou e ficou com o olhar vago por alguns segundos. Harry já tinha visto aquele olhar, por isso, pediu que William a segurasse para evitar que a garota se machucasse.

– O Ministério caiu – ela anunciou – O ministro foi morto.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?

Antes que pensem merda, não, o Dan não vai se apaixonar por ela, mas vai ser muito importante para a fic.

Beijos.