Lótus escrita por Quish


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Bom, bom, bom,como prometido o segundo capitulo da fic Lótus :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/315410/chapter/2

.

.

.

Lótus

.

.

.

ha.. ha ha ha ha..ha ha ha! – a reação da mulher a sua frente não estava prevista entre as quais ele achava que esta deveria apresentar, não mesmo, esperava que esta se jogasse ao chão e lhe pedisse perdão pelo fato ocorrido e que lhe tivesse misericórdia poupando a vida. Mas não fora isso o que ocorreu, seus olhos se estreitaram perigosamente, a mulher estava realmente gargalhando na sua cara e isto o estava deixando profundamente irritado. A bandeja que esta segurava tremulava nas mãos delicadas seguindo o ritmo forte se duas risadas.

O que acha que estas fazendo humana? – perguntou enquanto descia as garras do queixo delicado para o fino pescoço da jovem. Se esta não parasse com aquelas malditas gargalhadas ele teria o imenso prazer de ajudar-lhe, pensou. Envolveu a região acima do colo com os longos dedos e em sinal de simples e puro aviso aplicou-lhe certa pressão, o que não tardaria a aumentar se ela continuasse naquele ritmo.

O que achas meu senhor? – provocou-o com outra pergunta, a ironia encobria suas palavras e um sorriso zombeteiro tomou-lhe os lábios. Em puro desafio observou atenta o belo rosto, sim, este ainda continuava impassível, mas podia destacar-lhe a fúria que inundava naquele exato momento os magníficos olhos dourados. Fechou os orbes chocolates e concentrou-se nas próximas palavras a serem ditas. - Se ainda não o percebeu, estou apenas rindo.– Soltou um leve suspiro de impaciência, enquanto sentia a garganta apertar-se ainda mais devido à mão forte que a contornava decidida e em prazo de segundos o ar começara a não mais se fazer presente, é, realmente estava brincando com a sorte, sorriu amarga.

Humana inconseqüente. – rosnou, apesar de irado com a mulher, Sesshoumaru estava espantosamente se divertindo, iria entrar no jogo dela, mas primeiramente faria o seu e ao seu modo. – Deveria ter posto um fim á sua vida horas atrás para poupar-me de suas infâmias.

Azar o seu, meu senhor. – ouviu-a sussurrar quase sem voz. De onde essa mulher tirava toda aquela coragem, pelos deuses, não via que estava diante da morte?. Sentiu algo quente acariciar a pele de suas pernas, a bandeja que antes permanecia tão firme ás mãos do pequeno ser agora se fazia espalhada aos seus pés, agraciando o chão com um baque surdo e morno, observou então que as faces antes tão rosadas da menina agora se mostravam imensamente pálidas. Afrouxou os dedos, soltando por completo o pescoço da jovem.

Desta vez fora por pouco, pensou o youkai e se esta continuasse a atentá-lo não sabia se conseguiria parar ou matá-la de vez. Sesshoumaru então virou as costas para a jovem se movendo elegantemente para próximo às portas da grandiosa sacada, observou pelos cantos dos olhos o corpo feminino após a liberdade caiu meio tonto ao chão. Rin levou as mãos ao local, acariciando-o e sentindo o ar encher-lhe as narinas, ah, como era bom voltar a respirar novamente.

Porque não terminou logo com isso meu senhor? – perguntou-lhe desafiadoramente enquanto ajeitava o pequeno corpo no chão.

Não me tente humana. – os olhos dourados se encontravam perigosamente estreitados a encará-la. Rin sentiu um arrepio frio a percorrer-lhe a espinha, deveria calar-se enquanto ainda tinha tempo.

Está certo. – Rin levantou-se meio cambaleante, fez uma mesura ao seu senhor o que o fez levantar uma das sobrancelhas e abaixou-se para recolher a bandeja e o que sobrara das xícaras. – Ainda quer o chá, Lorde Sesshoumaru?- gracejou irônica.

Sesshoumaru observava-a atento, deslizando os orbes dourados pelo sinuoso corpo da humana, esta serva era um belo espécime da raça, os cabelos longos e castanhos, mãos pequeninas e delicadas, o kimono não deixava ver muito por debaixo, mas o que era distinguível era de grande deleite aos olhos e ao corpo, rosnou baixinho, mesmo que não quisesse admitir a jovem fêmea era agradável ao seu olfato aguçado, sua fragrância lembrava as flores de cerejeiras a desabrocharem em plena primavera com um leve toque frio do outono.

Sim, e o quanto antes possível. – a voz fria saiu e adentrou prazerosamente os ouvidos de Rin. – E como lhe disse momentos atrás humana, sua vida agora me pertence. seu senhor – fez uma pequena pausa vendo-a fitá-lo com aqueles grandes olhos chocolates meio furiosa o que o deu mais prazer em continuar a provocá-la – não interferiu em meus planos para tê-la como minha serva. - um meio sorriso sarcástico roubou-lhe os lábios.

Oh! Como é honrado o meu senhor, ele me entregou a você? Creio que nem o tinha percebido que era sua serva ainda Lorde! – o tom cínico enfeitava suas palavras. Levantou-se e fez uma pequena mesura afastando enquanto respondia-o. – Logo estarei de volta com seu chá, senhor. – saiu logo em seguida não esperando a resposta ou ação do seu senhor, o temível príncipe Sesshoumaru.

Sesshoumaru cerrou os punhos, as garras adentravam a carne macia arrancando sangue, que agora escorria docemente por entre os nós dos dedos. Rosnou, essa mulher teria o que merecia quando voltasse, sorriu maliciosamente.

Rin desceu as escadas rapidamente, a respiração acelerada, o nervosismo tomando conta de seu ser.

Deus então seu senhor era ele! Como? O que tinha feito para merecer isso? Sim, saia escondido de Kaede-san para ver o pôr-do-sol, alimentava os bichanos do vilarejo com o leite da cozinha do castelo e recolhia as sobras de comida e doava aos mais necessitados, além que corria atrás das pobres galinhas para serem servidas nos banquetes que eram ofertados aos oficiais do exercito, não mais que isso, sempre fora uma boa menina, sorriu desgostosa, mas como sabia, a vida não era tão justa como queria, prepararia o chá do brusco inverno lá encima e voltaria ao campo de batalha, sim, suspirou, não domara seu gênio forte e tinha o irritado antes de sair porta fora.

Soltou uma leve gargalhada, ao se lembrar que quase morrera duas vezes no mesmo dia e pelo mesmo ser, estava com sorte hoje, mas seu instinto dizia para se por em seu lugar, tomaria mais cuidado com as palavras de agora em diante, pelo menos se o diabinho que vivia dentro dela não ousasse interferir, apelaria para o seu bom gênio em todas as hipóteses possíveis. Rin rumou para cozinha para preparar o chá e uma maligna idéia assolou sua mente fértil, talvez o chá um pouquinho mais doce desse um jeito naquela cara azeda de seu senhor, sorriu traquinas.

O chá mais parecia um melado ao sair do fogo e a menina já misturara a erva para que o lorde não visse como estava densa a bebida fumegante. Preparou novamente a bandeja e se dirigiu rapidamente para o quarto do jovem youkai. Mesmo que não quisesse admitir, aquele ser era extremamente belo e mexera com seus sentidos, o toque daquela pele fria em seu pescoço mesmo que o aperto tenha sido doloroso proporcionara certo arrepio por todo seu corpo, balançou a cabeça bruscamente para afastar os pensamentos, não podia seguir com isso.

Chegou à porta e lhe informou sua chegada. Adentrou lentamente o recinto e fez uma mesura.

Aqui está o chá meu lorde. – o tom calmo e manso intrigou-o, alguma coisa ali não estava certa, a menina aprontara ou aprontaria alguma coisa, seu gênio forte não seria domado assim tão rapidamente.

Sirva. – um arrepio subiu pela espinha ao ouvi-lo. "Rin contenha-se!" pensou a morena enquanto depositava a bandeja em uma mesa próxima e serviu o chá. Sesshoumaru vislumbrava cada gesto da fêmea a sua frente, tão frágil e ao mesmo tempo tão ousada, o forte aroma do chá inundara suas narinas, pelo que sentia estava fortemente adoçado, sorriu de lado, aquela garota realmente não temia a morte e isso o divertia mais do que gostaria.

Aqui. – viu-a levantar-lhe a xícara e mirar em sua direção para que a tomasse dos delicados dedos e bebesse seu conteúdo. Mirou-a e viu em seu olhar um leve brilho de divertimento, "Tola".

Beba. – pronunciou calmamente vendo-a estatelar os olhos em duas grandes esferas marrons.

Não posso, o chá é para vós mi lorde. – a voz de Rin saiu falha. " Droga! O plano falhara e agora ela receberia a conseqüência por suas ações, teria que tomar o meladinho que fizera para seu querido senhor"

Beba. – disse firme, era uma ordem, a garota percebeu e se quisesse continuar com vida em seu pequeno corpo deveria obedecê-la. Suspirou, o feitiço caíra sobre o feiticeiro.

Mas..

Agora. – viu-a titubear e levar a fina xícara aos lábios rosados e bem delineados. A mulher fechou os olhos e tomou o conteúdo lentamente. " Ask, está muito doce!"

Enquanto degustava a bebida não muito gostosa, sentiu o jovem senhor se aproximar sorrateiro de seu corpo, o calor que aquela gigantesca massa de músculo exalava, agora a rodeava por completo, tomando-lhe o ar. A mão grande afastou à da humana com a xícara para baixo, para longe daquela boca tentadora que ele cobiçara desde o inicio daquela noite. Um dos braços do homem enroscou em sua cintura puxando a fortemente contra o corpo rijo. Rin arfou meio surpresa pelo repentino contato, "Caramba o homem era maior de perto!". Com o susto a xícara soltou-se da mão da menina e rolou suavemente pelo chão, e estas espalmaram o peito largo que se encontrava desejoso pelo toque a sua frente. Sesshoumaru sentiu os dedos delicados tocarem sua pele por cima do tecido fino da túnica branca, trêmulos, surpresos, gemeu baixinho, não sabia por que ele, Sesshoumaru Taisho, estava agindo desta maneira com a mulher que a pouco quase matara, mas simplesmente não pudera evitar ao vê-la fechar os olhos e deliciar-se com aquele chá fortemente adoçado, parecia uma feiticeira a tomar-lhe a alma ao invés da bebida quente, suspirou, colocou em sua mente que era sua pequena vingança pela ousadia da moça, nada mais, mas agora, o que estava fazendo colado a ela, sentindo-lhe a respiração sôfrega tão parecida com a sua nesse momento, não sabia, mas estava gostando da sensação que o assolava.

Rin curiosamente ergueu o belo rosto para fitar o youkai que a mantinha presa em seus fortes braços, e que estava deixando-a tonta pela proximidade, queria livrar-se dele e aquietar essas sensações estranhas que lhe queimavam o corpo como fogo a correr por suas veias, tornando cinzas tudo que encontrava pela frente. Mas antes ela não ter feito isso, o movimento custou-lhe o resto de sanidade que ainda possuía para afastar-se dele. Rin flagrou-lhe a observá-la com um brilho diferente nos olhos, algo quente, perigoso que estimulava todos os pelos do seu corpo, não sabia dizer o que era, mas era realmente estimulante.

Agora é a minha vez de degustar o adoçado chá, criança. – sussurrou rouco.

Rin apenas o olhava perplexa pelas palavras do jovem lorde, mas parou de raciocinar ao perceber a intenção do youkai. Sesshoumaru enfiou os dedos por entre as longas madeixas castanhas e puxou o rosto da morena para mais próximo ao seu e lhe tomou os lábios em um beijo casto a principio, um toque singelo, que atiçou seus instintos, relutante afastou bruscamente seus lábios finos dos da morena. Os olhos da humana arregalaram pelo contato intimo inesperado, pelos deuses! Não tinha a minha noção do porque disto ter ocorrido! A surpresa pelo toque fez com esta tentasse loucamente se afastar, mas a força do youkai nem se comparava com a dela e a força que ainda possuía esvaiu-se ao sentir a boca cálida colar-se novamente à sua e em um beijo nada parecido com o anterior.

Sesshoumaru não sabia como era macia e quente a boca da humana ao tomá-la na sua, não esperava sentir-se tão necessitado a continuar quando se afastou dela bruscamente, o que estava acontecendo? Não sabia responder ou raciocinar como em suas lutas contra seus inimigos, mas de uma coisa tinha certeza, queria novamente e de um modo um pouco diferente. Selou novamente sua boca à dela, agora seria melhor que antes.

Rin sentiu algo aveludado sondar-lhe a abertura dos lábios deslizando com cadencia, mas aflito à procura de uma entrada para o interior úmido, espantada Rin inconscientemente entreabriu levemente a boca dando passagem ao que contornava a linha destes, ao senti-lo mover-se em seu interior desvendando cada centímetro, soltou um leve grito de surpresa, ao perceber que o objeto aveludado, quente e doce era nada mais nada menos que a língua de Sesshoumaru.

Sesshoumaru sentia o sabor adocicado da boca da humana, e como era doce, não sabia se era natural ou se o chá tinha ajudado na proeza de levá-lo a loucura com aquele beijo.

A mulher a qual tomava a boca na sua, se mostrava inexperiente em seus braços e não correspondia ao seu toque, mas ela o faria, ah sim, ele a instigaria a fazê-lo. Sesshoumaru então deslizou as mãos pelo corpo da jovem contornando cada curva do corpo perfeito, arrancando da jovem, gemidos roucos entre os lábios dele e qual não foi sua surpresa ao sentir que a humana agora correspondia, urrou de prazer.

Mas com a retribuição da mulher veio o inesperado, não se sabia de onde tinha vindo tanta força, ou se o youkai estava tão envolvido com os lábios da morena que não impôs resistência, Rin o empurrou com tudo que podia livrando-se do abraço e do beijo possessivo do youkai, mesmo que tenha correspondido a inicio sua mente voltara a funcionar, a razão inundara seu corpo inteiro mostrando a besteira que estava acontecendo.

Não! – gritou ofegante, o rosto corado e o corpo todo trêmulo de raiva e desejo contido. – Isso não pode acontecer! Nunca! Te odeio, odeio-o de todo o coração! Não se aproxime! Nunca mais se aproxime senhor ou terei o prazer de matá-lo ou de pelo menos de tentá-lo!

Os olhos dourados se estreitaram para a humana.

Como? – rosnou irritado. " Como ousavas afrontá-lo desse modo? Principalmente após tê-lo parado algo que tanto desejava continuar?" pensou frustrado pelo desejo que sentia pela jovem e pelo cheiro de excitação que inundava seu recinto. Fechou os olhos e concentrou-se no aroma almiscarado da fêmea que bradava com ele que se mesclava ingenuamente ao seu e também ao cheiro salgado das lágrimas. "A humana estava chorando? Pela suas ações?"

Creio que tenha ouvido senhor! – agora era a menina que rosnava em meio ao mar salgado que escorria sorrateiro pelo rosto.

Você me pertence humana. – bradou com a morena. – Tenho todo direito de me aproximar e de tocá-la como bem quiser. É minha e sempre será. – a calma de suas palavras não demonstrava o que se passava em seu interior.

Não! Isso nunca! – a voz saia desesperada, desesperada pelas novas sensações que invadiram seu corpo e que ainda a atormentava, desesperada por ter se arrependido de ter se afastado do corpo másculo e desesperada por ele ser o seu senhor e ter total domínio sobre sua vontade. – Sou sua serva não sua concubina! – já não respondia por seus atos a raiva agora eram quem os comandava, atacou-o com socos e tudo o que tinha aprendido para se defender, estapeava-o com as delicadas mãos e Sesshoumaru apenas observava a tentativa débil da humana de causar-lhe algum dano, impaciente por ter que aturar tal atitude de um ser tão fraco, agarrou-a pelos braços e levantou o pequeno corpo até que o rosto da morena alcançasse seu campo de visão, olhos nos olhos.

Encarou-a repreensivo, a menina se debatia tentando se soltar da forte mão que a segurava e para mantê-la quieta o youkai enlaçou a cintura da mulher com o braço livre e fixou-a junto ao seu corpo, sentiu sua respiração falhar e um rosado mais forte enfeitar a pele alva da fêmea.

Ouça bem o que vou lhe dizer, nunca, entendeu, nunca forcei e nem forçarei fêmea alguma a esquentar minha cama. Desconheço o motivo que me levou a aproximar-me de você, não que isso tenha me agradado de alguma forma "Sesshoumaru você é um mentiroso miserável!", mas garanto que isso não voltara a acontecer. Você é minha e aceite isso, não há como mudar o que já está feito, essa é a sua realidade. -Sentiu o corpo feminino acalmar-se, mas a ira que via em seus olhos era até engraçada " Tão pequena e tão corajosa.", com o pensamento deixou que um leve sorriso curvasse seus lábios. – E não chore. Creio que não a tenha machucado com um simples beijo. – disse severo enquanto tirava o braço envolto na cintura dela e aproximava a mão para limpar-lhe os resquícios de lágrimas que ainda residiam em algumas regiões do belo rosto.

Com o toque carinhoso Rin sentiu perder suas ultimas defesas, falara demais, sentia que ele não era como o havia julgado, mas nunca admitiria isso a ele, nem que sua vida dependesse disso.

Está certo, eu entendi, agora da para me soltar, não sinto os meus braços mais já faz algum tempinho.– o tom era debochado o que arrancou um rosnado do youkai. Depois de tudo que ele havia dito isso era tudo que ela tinha para falar, francamente essa mulher não existia.

Rin. – o nome da garota saiu em tom de aviso enquanto a libertava do seu toque morno.

Ouvi-lo pronunciar seu nome ao invés do habitual humana fora um tremendo choque para ela e fez com seu coração batesse disparado e o mundo girasse mais rápido, "Pelos deuses o que era isso que estava sentindo?".

Sim, calei senhor. – massageando os pulsos voltou seus olhos para ele. – Deseja mais alguma coisa lorde Sesshoumaru?

"Desejo você." Era isso que queria dizer à humana, mas isso nunca aconteceria.

Não. Pode se retirar. – virou-se de costas e começou a caminhar em direção as portas da sacada, deixando uma jovem hipnotizada atrás de si que voltou á realidade sacudindo a cabeça e saiu em retirada levando os objetos que presidira o chá.

Com o baque surdo da porta e a fragrância da humana a metros de distancia, limitou-se a saudar o visitante que observava atento o interior do quarto já a algum tempo.

Entre Kagura. – a voz desprovida de qualquer emoção atingiu os tímpanos da youkai que estava sentada sobre a grade da sacada assustando-a. – Veio apreciar o espetáculo ou tem algum outro interesse aqui? – A humana atiçara seus instintos e não colocara um fim neles precisava saciar-se de alguma maneira e nada mais pertinente que a presença daquela fêmea em seu território.

Viu-a lançar-lhe um sorriso malicioso cheio de segundas e terceiras intenções e adentrar a barreira que a impedia de distinguir os belos traços daquele youkai macho a quem fora prometida. Kagura era alta, morena, cabelos castanhos presos em um charmoso coque com uma pena e possuidora de um belíssimo corpo curvilíneo e o que mais lhe chamavam a atenção eram os inusitados olhos vermelhos sangue. A youkai vestia um kimono justíssimo vermelho com detalhes em preto nas mangas e barra deste, algumas flores no mesmo tom adornavam o resto do tecido. Kagura observou-o mais de perto, simplesmente não se cansava de mirá-lo, Sesshoumaru era de uma beleza alucinante, que fêmea na face da terra não o quereria para si.

Tem ainda alguma duvida de minha visita meu lorde? – disse enquanto se aconchegava nos braços do homem. – Ou tenho que dizer ao meu prometido a razão?

Não há necessidade, se me mostrar. – a luxuria assumira o controle de seus movimentos e só desapareceria quando tudo tivesse acabado. Tratou de tomar a boca da youkai em um movimento ávido e ela respondera na mesma intensidade, não se parecia com a humana que despertara seus desejos, mas já valeria de alguma coisa por aquela noite.

Sesshoumaru estava tão envolvido com a youkai que não percebera a aproximação de certo alguém que abrira a porta sem cerimônia para adentrar no recinto e que paralisara por completo os movimentos diante da visão.

Sesshoumaru só notara a presença da humana ao ouvir o tilintar de estilhaços de porcelana a rodopiar no chão junto aos pés delicados da fêmea que tomavam seu pensamento enquanto acariciava a mulher em seus braços.

Rin. – limitou-se a apenas sussurrar o nome da jovem.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Mudei o nome da fic novamente :( hehe