Amaldiçoada escrita por Morta viva


Capítulo 2
Capítulo 2




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/315352/chapter/2

Sabe quando você acorda de um sonho mega bizarro, e fica feliz por ter sido só um sonho?  

“PRIM” o relógio tocou. Eu sempre acordo as 4:00 da manhã. Para dar tempo de chegar na escola.

- ARGH – resmunguei - Vamos lá, Melina. Tem prova hoje.

Esfreguei os olhos para tentar manter-me acordada. Arrastei-me para banheiro e tomei o banho mais demorado de minha vida. Troquei de roupa e coloquei meus livros na mochila. Coloquei-a nas costas e desci as escadas, evitando meus pais. Comecei a minha rotineira caminhada para escola. Meus pais são ricos, mas nunca me levaram para escola. Para evitar qualquer conversa que seja, comigo. É isso que eles fizeram a minha vida toda. Quando eu era bem pequena eu ainda os procurava, eu queria conversar, sabe? Não conversar com ninguém te deixa mal de vez em quando. Mas depois de um tempo, eu passei a evita-los tanto quanto me evitam. Quando conversamos, nos só faltamos nos matar. Já me acostumei com isso.

De súbito sinto uma leve pressão no ombro, um homem, vestido com um casaco escuro que cobria todo o corpo, a única parte não coberta era seu rosto. Usava óculos escuros o que me impedia de ver a cor dos seus olhos. Tinha o cabelo castanho escuro, e sua pele era cor de canela. Imediatamente, eu me lembro da noite anterior, lembro do terror que senti. Ele me diz a voz calma e ao mesmo tempo firme e forte:

- Por favor, me escute. Não tenho muito tempo. Você foi amaldiçoada quando nasceu, fui enviado aqui para cuidar de você, o que significa que vou estudar na sua escola (mesmo que não seja obrigado a estudar) Pela amor de Deus, colabore. Se você não colaborar, pode morrer amaldiçoada. Quer isso?

Balancei a cabeça negativamente, meio em transe.

- Então esta bom, você vai fingir que nós somos velhos amigos, ok? – Assenti – Meu nome é Miguel. Miguel Peterson.

O nome dele pareceu me tirar do transe que me encontrava:

- PERAI, QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA ME DIZER O QUE DEVO OU NÃO DEVO FAZER? – A fúria tinha tomado o lugar do transe  - ALIÁS QUEM DIABO É VOCÊ?

- Acalme-se! – Falou ele aproximando nossos rostos e jogando colocando os óculos por cima do cabelo castanho, agora eu podia ver seus olhos, eram lindos – Melina minha querida,  estou aqui apenas para proteger você. Para te trazer um pouco de paz para sua busca. Não para o contrario.

Os olhos dele, eram pretos. Pretos como piche. Assustadoramente lindos. Ele aproximou meu rosto do dele. E eu não conseguir evitar olhar dentro dos olhos dele. Não devia ter feito isso. Primeiro eu não conseguir evitar não olhar pros olhos dele, depois eu não conseguia mais desviar daqueles olhos. Eu me sentia transparente ali, sentia como se ele pudesse ler qualquer coisa que eu tivesse em mente. Qualquer plano, qualquer pensamento, qualquer tristeza, qualquer felicidade. Enquanto isso, eu não conseguia ver nada nos seus olhos, aquele olhos negros pareciam ver tudo, mas em troca não conseguia ver nada. De repente, a máscara dele caiu, e eu vi uma saudade imensa ali. Mas desapareceu tão rápido que eu achei que estava vendo coisas. O que aquilo quer dizer, eu não sei. Só sei que estávamos fazendo aquela cena constrangedora na porta da escola. Eu tive que ter muita força de vontade para empurra-lo e dizer para ele que tínhamos que entrar na escola. Ele sussurrou no meu ouvido:

- Vou explicar tudo depois. – E saiu andando para a entrada da escola.

- EI, PERA AI – gritei.

Ele virou-se e me olhou.

- Se nós vamos fingir que somos velhos amigos não deveríamos entrar juntos? Em vez de você entrar sozinho e me deixar aqui vegetando?

- Ok, ok, você ta certa. – disse ele se aproximando – Não sou bom nisso, nunca tive amigos.

- Sério? Eu também não. Quer dizer só quando eu tinha 12 anos. Eu tive um melhor amigo, sabe? Mas ele morreu.

Ele pareceu pensativo e triste ao mesmo tempo.

- Ei, você ta bem?

- To sim, to sim – ele parecia ter acordado – Bem, a onde é nossa sala?

- Aqui - falei apontando para uma porta a alguns metros à frente. – Vamos lá?

- Vamos, garota amaldiçoada.

Algumas horas depois

Miguel não me deixou ouvir musica, roubou meu lanche e ainda desarrumou meu cabelo. E pra completar, ele ta adiando pra que contar por que esta ali, e, mas um milhão de perguntas. Mas ela não ia, mas adiar meu interrogatório. Pelo menos não quando chegarmos a minha casa.

Depois de uma longa e silenciosa caminhada com Miguel, nós chegamos a minha casa. Eu o levei para o meu quarto advertindo-o que meu quarto estava bagunçado, mas quando cheguei lá, encontrei tudo limpo, perfeito e organizado, ate o espelho que antes estava quebrado agora estava novinho em folha. Havia apenas um bilhete na cama “Você não está segura, podemos entrar e sair daqui a hora que quisermos”.

A letra era impecável. E o papel, tinha uma coloração amarelada. Eu escondi rapidamente o papel no bolso e olhei para Miguel. Ele me encarava de volta.

- Bem, quando você vai começar a explicar?

- Agora. – Começou ele – Bom, como eu disse fui mandado aqui pelos meus superiores. Acredite-me, eu não queria vir, seu caso é complicado demais pra mim. E esses seus olhos... Dão-me arrepios.

Olhei para ele, subitamente irritada. Eu estava pronta para dar uma resposta quando ele me mandou calar a boca.

- Caham, continuando.

“ Meus superiores tem uma espécie de ONG, entende? Eles mas não é uma ONG do tipo, “ah, vou doar coisas para os outros e tals” nós ajudamos os que nasceram com A maldição. E você é uma deles. Fomos treinados a vida toda para cuidar de vocês e ate dar a vida por vocês. Mas não podemos interferir em coisas importantes. Você tem de entender sua maldição e transforma-la num dom. O dom que você tem que a ONG vai ajuda-la a controlar. Entendeu?”

- Uhum

- Ta então vai continuar. No dia do aniversario de 15 anos de vocês, é enviado um agente como eu para cuidar de vocês, eu sou o mais novo deles, tenho apenas 17 anos.

“E, sim, hoje é seu aniversario, eu vi como presente. Pode ficar feliz, agora, sério, continuando. Vamos viajar depois do fim das aulas, ok? A viagem é para você dominar sua maldição e a historia dela”.

- Espera, nós vamos viajar?

- Sim, vamos.

- E para onde?

- Para o Nova Iorque, sua cidade natal.

- HEIN? Eu nasci em aqui, você ta louco?

- Aff, muitas coisas pra explicar!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amaldiçoada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.