Doce Ironia. escrita por Mrs Prongs


Capítulo 68
Promessa é divida.


Notas iniciais do capítulo

* Juro Solenemente que não pretendo fazer nada de bom. *

WASSUP AMORAS?
Bom, bom, bom Eu sei que ultimamente eu to repetindo muito isso e que eu prometi voltar a postar dia sim e dia não, mas tentem entender ok? Ultimamente atolada de trabalho como eu to, eu to tendo sorte de estar conseguindo escrever.
Mas enfim... desculpem. Estou postando o mais rápido que eu posso.
Antes de continuar, quero agradecer pelas RECOMENDAÇÕES perfeitas da:
Mrs Padfoot: Primeiro... muito, muito obrigada. Fico feliz que goste tanto assim da historia e ficar tão ansiosa por um novo capitulo. Obrigada pelos elogios também. Você não faz ideia do quão bom é ouvir isso amora. ♥
Just Me: WOW, primeiramente gostaria de dizer que me sinto honrada de ser a sua primeira recomendação. E mais feliz ainda que gostou tanto da historia a ponto de recomendar. Thanks ♥
srta JacksonPotter: Primeiro... seja bem vinda. Fico feliz que tenha gostado tanto da historia a ponto de recomenda-la tão rápido assim. Muito obrigada mesmo.♥
Esse capitulo é de vocês três amoras ♥
Outra coisa é que... sexta feira é feriado na minha cidade, pois é. Aniversario da padroeira ou algo do tipo, então capitulo só segunda agora porque... Eu vou viajar. HUHUHUHUH. Eu to feliz porque esse fim de semana promete. Pois é;
Ah, eu respondi todos os reviews pendentes. Pois é ;D Mas tipo, eu respondi as paginas 1,2 e 4 do cap passado e ficou a pagina três sem responder, porque a idiota aqui não viu e pulou ela sem querer e t^}o vendo agora. Vou responder nestante ok? Não se preocupem.
Então sem mais enrolação vou deixar vocês lerem o cap. Ta bem grandinho também, e bom... também gostei de escreve-lo. Espero que gostem dele.
Enjoy it.

*Malfeito, feito.*



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“Você sabe que está apaixonado, quando você ama perfeitamente as imperfeições de uma pessoa.”


P.O.V’s Ashley.

– Ok, o que foi aquilo na aula? – uma Audrey quase histérica entrou no nosso dormitório, sendo seguida pela Rose o que me fez erguer as sobrancelhas. – Eu contei pra ela. – falou lendo meus pensamentos.

– Eu também gostaria de saber o que aconteceu. – resmunguei de volta enquanto calçava o meu sapato. Lembrava perfeitamente que eu teria que estar no campo em pouco tempo.

Merlin que me ajude.

– Eu acho que sei. – a Rose falou me fazendo encara-la imediatamente, assim como a Audrey.

– Desembucha senhora Malfoy. – dissemos juntas.

– Senhora... o que?! – ela nos olhou incrédula.

– Ah, por favor... só um idiota não notou que vocês dois estão namorando escondido. Vocês não são mais crianças, deveriam parar com isso. – a Audrey revidou rolando os olhos e nós duas observamos a Rose ficar vermelha como um tomate.

– O Fred não percebeu. – a ruiva revidou tentando desviar do assunto e não notando que se entregou.

– Como eu disse... um idiota. – a fabulosa falou com um sorriso carinhoso nos lábios.

– Por falar em Fred... – franzi a testa e me virei para a minha melhor amiga. – O que ta acontecendo entre vocês dois? Por favor, não me diga que é uma mais daquelas suas ideias brilhantes como foi o “relacionamento aberto”.

– Ah, você sabe... – a Audrey desviou o olhar. – Estamos tentando fazer dar certo.

– Vai dar. – garanti com um sorriso e piscando para ela. Ela sorriu pra mim de volta.

– Mas, voltando ao assunto... – a fabulosa se virou para encarar a Rose. – Estamos esperando a provável resposta inteligente, filosófica e incontestável da senhora Mlafoy para o que aconteceu naquela aula.

– Pelo o que você me disse... – a ruiva ignorou a alfinetada da morena e foi se sentar em uma das nossas camas nos olhando em seguida. – Vocês estudaram o feitiço do patrono sim?

– Correto. – falei tentando saber até onde ela queria chegar.

– Esse feitiço tem uma forma diferente para cada conjurador, acho que vocês devem saber disso. – Rose começou com uma explicação. – Por exemplo, o da Audrey é uma cadela...

– Como ela. – soltei a piadinha e eu e a ruiva começamos a rir enquanto a Audrey me dava um tapa na cabeça.

– Vadia. – esse foi o comentário extremamente carinhoso da minha melhor amiga.

– Continuando... – Rose chamou a nossa atenção. – Acho que o mais interessante é o fato do patrono dela ser o feminino do patrono do Fred. Mas isso não é tão difícil entender sendo que um patrono pode mudar de forma, ou permanecer em uma forma, quando a pessoa sofre um grande baque emocional, indireta e diretamente. Conclusão: a Audrey ama o Fred e vice-versa.

Nós ficamos um tempo em silencio tentando absorver isso. A fabulosa não se pronunciou o que foi uma confirmação muda de que a ruiva estava certa.

– E o meu? – eu estava com medo da resposta.

– O seu com certeza é mais interessante. – Rose me olhou nos olhos. – Tão interessante quando o do James e eu ainda lembro a surpresa que o Tio Harry teve quando ele conjurou seu primeiro patrono e ele se revelou um cervo.

– Porque? – a Audrey perguntou curiosa.

– Porque o patrono do Tio Harry também é um cervo. – a ruiva falou simplesmente. – O patrono do pai do Harry também é. O James Potter original eu digo.

– Serio? – minha boca estava entreaberta.

– Os primogênitos dos Potter, tem algum fetiche com veados? – a fabulosa brincou me fazendo rolar os olhos.

– Achei que cada patrono fosse diferente para cada pessoa. A sua forma no caso. – comentei com a Rose.

– Não propriamente dizendo. Por exemplo, eu já ouvi falar de três pessoas que tiveram o patrono com o mesmo que o do James. Um cervo. – ela comentou. – Os três eram da família Potter, obviamente.

– Mas o que isso tem a ver com o meu patrono? – questionei.

– Seu patrono e o de Lilly Evans é o mesmo Ash. Ambos uma corsa. Isso te responde algo? – Rose falou sem hesitar.

Meu queixo foi ao chão. Mais uma coincidência entre mim e ela.

– Seu patrono é o feminino do James Sirius Ash, do mesmo modo como o da Lilly era o feminino do James original. Você ama o ‘Sirius’. Simples assim. Você o ama do mesmo modo como ele te ama. – a ruiva falou me olhando como se me desafiasse a negar.

Eu não o fiz.

– Existiu mais alguém com o mesmo patrono que eu? – perguntei querendo acabar logo com o estoque de coisas estranhas para hoje. Rose deu de ombros.

– Só ouvi falar de um... Severus Snape. – falou como se não fosse lá muito importante ou relevante. – Mas isso porque ele amou a Lilly até a morte, mesmo o amor dela sendo destinado a outro. Trágico e triste, eu sei.

Eu também sabia da historia, por isso preferi não comentar.

– Bom, ruiva, não é por nada não, mas... – a Audrey me olhou. – Sua vida é estranha pra caramba! Parece até novela. Cruzes.

– Sou obrigada a concordar. – resmunguei. – Acho melhor irmos para o campo.

– Animada assim pra subir em uma vassoura Ash? – a Rose perguntou risonha enquanto saíamos do dormitório.

– Minha vida anda tão estranha e maluca que subir em cima de uma vassoura esta quase parecendo normal e uma atitude lúcida. Quase. – resmunguei fazendo elas rirem enquanto descíamos as escadas.

– Pronta Ash? – uma Roxy saltitante surgiu ao nosso lado assim que chegamos ao salão comunal dos leões. Meus amigos amavam ver a minha desgraça. Era impressionante.

– Defina pronta. – fiz uma careta e ela riu junto com a Lilly que tinha acabado de chegar.

– Vamos lá. Todo mundo já esta te esperando no campo de Quadribol. Só falta a gente lá. – a baixinha comentou animada.

– Yiiiup. – falei ironicamente saindo pelo buraco do retrato.

Minha mente estava uma bagunça e eu podia sentir os problemas brigando entre si e competindo sobre quem ia acabar me enlouquecendo primeiro.

Em primeiro tinha para me assombrar o fantasma de Lilly Evans. Que Merlin a tenha. Na verdade, não era ela que me incomodava, muito menos o lindo do marido dela ao qual eu já tinha visto uma vez naquele quadro, do mesmo modo como eu havia visto a minha sósia. Ou eu era sósia dela? Não importa. O que me incomodava era a historia entre os dois e como ela sempre parecia ter algo haver comigo. Ou minha historia parecia ter algo haver com a dela.

Isso era confuso.

O lance do patrono só serviu para me deixar, se é que era possível, mais paranoica em relação a essa historia e o modo como o Potter – garoto que eu provavelmente estava gostando para não usar outra palavra – parecia estar no mesmo barco que eu.

O segundo problema era o fato que esses tempos minha vida e meus sentimentos pareciam ter levado um feitiço Confundus. Eu não sabia mais o que pensar em relação a determinadas coisas e determinadas pessoas, principalmente quando se tratava dele.

E em terceiro lugar tinha o fato que eu estava caminhando para a minha provável morte – ou morte de alguém – e estava dispersa demais, paranoica demais em relação aos outros problemas para me focar unicamente nisso.

– Dursley. – ouvi uma voz enjoada cantarolar o meu nome e estaquei no meio do corredor respirando fundo, enquanto as meninas observavam preocupadas, eu me virar para encarar a Dominique.

Só podia ser brincadeira!

Maldita lei de Murphy que dizia claramente que nada é ruim o bastante que não pudesse piorar e meu dia tinha ficado definitivamente pior com isso.

A praga dos infernos estava sumida demais fazia um tempinho, tava na cara que uma hora esse sonho ia embora e ela ia ressurgir como meu próprio capeta pessoal.

Doce perspectiva.

– O que você quer? – silabei sem paciência.

– Pra que tudo isso? – a loira forjou uma expressão inocente. – Só queria te desejar boa sorte. – completou com um sorriso de lado.

– Boa sorte? – repeti arqueando as sobrancelhas.

– Sim, você vai subir em uma vassoura não é? – pausa para ela dar uma risada junto com as suas copias que estavam ao seu lado. – Boa sorte Dursley. Posso ter ficado longe de você por um tempo, mas meus sentimentos em relação a você não mudaram. – completou num tom que qualquer pessoa de fora diria que a praga me amava.

– É reciproco. – eu tinha um sorriso de deboche nos lábios.

– Não temos tempo pra isso agora Dominique. – a Audrey cuspiu pra ela. – Fique longe da Ash, ou você amanhece careca.

– Já chega. – Rose entrou no meio da discussão que ia se formar. – Temos que estar no campo Dominique, guarde seu veneno parar depois sim?

– Só uma coisinha... – a veela dos infernos agarrou meu braço me fazendo a encarar fuzilante e pensar se ela não tinha medo de morrer. – Eu vou te fazer pagar e sofrer Dursley pelo simples fato de você ter ousado tirar o James de mim.

– Ele nunca foi seu. – rebati.

– Mas vai ser. – a loira agora tinha um sorriso de lado. – Guarde minhas palavras Ashley... James Sirius Potter vai ser meu, nem que para isso eu tenha que arranca-lo de você, ou você acha que eu não percebi o quão pateticamente apaixonada você esta? – completou num tom meio maldoso, fazendo um biquinho infantil como se debochasse da minha inteligência sobre esse fato.

– Você não acha que esta na hora de deixar a Ashley em paz Dominique? – outra voz surgiu no corredor, dessa vez masculina. Me virei para ver o Rich caminhar na nossa direção rolando os olhos azuis.

– Não se meta Richard. – a loira o encarou. – Você não tem nada a ver com isso.

– Tarde demais. – ele falou simplesmente a encarando de volta e ela bufou soltando meu braço.

– Esta avisada. – a praga falou para mim, antes de sair pelo corredor com as clones perfeitas dela.

– ‘Richard’? – debochei notando que a vadia tinha usado o nome dele, como se ambos fossem íntimos. Rich não se intimidou.

– É o meu nome não é? – ergueu uma sobrancelha.

– Você sabe do que eu estou falando. – falei ficando irritada.

– DR por favor não. – Roxy brincou tentando descontrair, mas ninguém deu atenção.

– A Delacour não é de tão ruim, você sabe. – Rich falou finalmente.

– Delacour? – repeti.

– Um dos sobrenomes dela. – Rose me explicou.

– Ah. – fiz uma cara de quem entendeu antes de encarar novamente o garoto. – “Não é de tão ruim”?! – repeti incrédula. – A garota é um demônio na minha vida, me detesta e você tem coragem de me dizer que ela não é de tão ruim?!

– Não falei bem isso. – Richard explicou pacientemente. – Não estou dizendo que sou amigo dela, nem que gosto dela, ou que ao menos converso com ela! Muito menos que aprovo o que ela faz. Só estou dizendo que como você já deve ter notado, cada um expressa “amor” de um modo. E bom... ela ama o Potter desde pequena, pelo que eu sei. Quem ama Ash... é capaz de cometer loucuras. Talvez ela já tenha ficado obcecada e que foi longe demais, mas, bom... ela sempre tem o amor para culpar.

Eu fiquei em silencio, não concordando com o que ele disse, mas não querendo brigar com ele. Não agora.

– Acho melhor irmos. – a Lilly quebrou o silencio.

– Quer vir ao campo com a gente? – perguntei calmamente ao Sonserino.

– Não vai dar. – ele me lançou um sorriso. – Tenho umas atividades de Runas para fazer na biblioteca. Fica para a próxima. Mas soube que algumas pessoas iam assistir o seu “treino”. – ele realmente fez aspas com a mão.

– Você vai perder a Ash caindo da vassoura. – a Audrey comentou como se tivesse decepcionada.

– Tenho certeza que essa não será a ultima vez que isso vai acontecer. – eu olhei incrédula para o Rich enquanto o mesmo prendia o riso.

– Até você?! – questionei indignada.

– Até depois sweet. – ele riu me dando um beijo na testa antes de voltar pelo mesmo caminho que veio.

– Vamos lá Ash. – a Roxy me arrastou pelos corredores sem me dar a oportunidade de falar nada.

Andamos rapidamente em direção ao campo de Quadribol e assim que eu cheguei lá deixei que meu queixo fosse ao chão enquanto as meninas prendiam os risos.

TODO o time de Quadribol estava lá, juntamente com a maioria dos setimanistas das quatro casas que estavam sentados na arquibancada. Fora que tinha vários outros alunos que também estavam lá para ver a minha desgraça e que sorriam divertidos para mim. E claro... meus doces e lindos amigos que não perderiam isso por nada.

– Ruiva, que bom que chegou! – o Sirius exclamou sorrindo no meio do campo, onde também estava um Fred divertido e o time de Quadribol dos leões que pareciam querer muito rir da situação.

Oh shit. – foi o que escapou dos meus lábios enquanto eu respirava fundo e atravessava o campo com a Audrey e a Roxy atrás de mim, já que as outras duas foram se sentar na arquibancada para assistir a tragédia de camarote.

– Pronta? – foi o que o Fred me perguntou assim que eu cheguei perto deles.

– Eu realmente tenho que responder a essa pergunta patética? – resmunguei de volta fazendo todo mundo prender o riso.

– Que foi Ash... você não estava tomando aulas com o Fred? – a Audrey perguntou me lançando um sorriso torto. Maldita. – A não ser que você admita a mentira e acabe com essa palhaça nos contando o que vocês conversaram de verdade. Simples.

– Não. – eu ainda tinha meu orgulho ok? Ou pelo menos uma parte dele.

– Ótimo. Ta aqui a vassoura. – o John me entregou a vassoura dele e eu olhei para a mesma pesando as possibilidades e chegando a uma terrível conclusão:

A possibilidade de eu cair de lá de cima e virar um purê é de 99,9%.

Os outros 0,01% é que eu mate alguém durante o processo.

– Merlin, em ajude. – eu sussurrei enquanto todo mundo tomava uma grande distancia de mim e todos os olhares observavam atentamente o que eu faria a seguir.

Percebi que na mão do Sirius estava a vassoura dele e na do Fred também tinha outra vassoura. Eles não me deixariam cair, deixariam? Eu não apostava minha vida nisso.

– Não é tão difícil Ash. – murmurei para mim mesma subindo na vassoura. – Ela sente o seu medo. – eu sentia isso porque parecia que a vassoura me encarava dizendo: “Eu vou te derrubar ruivinha”. – Se concentra que vai dar certo. Pelas calcinhas fio dental de Morgana tem que dar certo.

Ok, além de provavelmente uma futura defunta, eu também estava ficando maluca.

Enquanto todo mundo prendia as risadas, eu dei um pequeno impulso pra cima e travei os olhos com força. Quando os abri estava a dois metros do chão, com meus amigos me olhando com o queixo no chão.

– Até que não é tão complicado. – falei mais para mim mesma e me inclinando um pouquinho pra frente.

Erro mortal.

Um grito escapou dos meus lábios, enquanto a vassoura ganha a velocidade de uma bala, apenas a dois metros do chão. Risos e gritos foram ouvidos.

– PRA CIMA ASH! – ouvi a voz do Fred gritar entre as gargalhadas e eu arregalei os olhos vendo que eu estava perto de bater na arquibancada.

– SOCORRO, EU VOU MORRER! – eu tava desesperada. – COMO É QUE SE CONTROLA ESSA COISA?

– INCLINA PRA CIMA! – outra voz gritou entre as gargalhadas e eu fechei os olhos obedecendo.

Erro maldito.

A velocidade da vassoura ainda era de uma bala, mas ela continuava subindo e subindo... todo mundo não passava mais de pontos e o ar ficava cada vez mais gelado e eu só pensava uma coisa:

Fodeu eu vou morrer.

– SOCORRO! AI MEU MERLIN... – eu gritava desesperada e travei os olhos com força.

Concentra. Gostaria de informar que no meu testamento eu não iria deixar nada para a Audrey, por culpa dela que eu estava morrendo. Também não ia deixar nada para nenhum dos meus amigos. Todos os meus bens (que não eram lá muita coisa) eu iria doar para o Costela, um mendigo que morava na esquina da rua da minha casa. Droga... antes de morrer eu nem tive a oportunidade de mandar a minha avó com cara de cavalo se foder.

Eu continuava subindo, e subindo, na velocidade que eu só enxergava borrões. O ar estava muito mais frio, e eu já sentia o ar pesando. Sabia que quanto mais alto ficava, menos oxigênio tinha.

– ASHLEY, SOLTA A VASSOURA! – uma voz gritou parecendo perto. O QUE? Eu ainda não era suicida.

– VOCÊ PIROU?! – gritei de volta.

– RUIVA SOLTA A VASSOURA AGORA! PODE CONFIAR! – outra voz gritou.

A voz conhecida, e o modo como pronunciou “ruiva” eu já sabia exatamente quem era.

“Sempre vou estar lá para te pegar.”

Com essa lembrança, eu travei os olhos e soltei a vassoura, perdendo o ar, ao me ver caindo e caindo... droga. Vai ver eu não deveria confiar tanto assim em vozes roucas e sexys.

Quando eu já tinha quase certeza que iria morrer, eu perdi novamente o folego, mas foi ao sentir um feitiço se chocar comigo, me fazendo... desacelerar? E em seguida alguém me agarrar.

Eu estava ofegante, mal conseguia respirar direito e estava absolutamente apavorada. Os braços de quem tinha me segurado, estravam protetoramente ao meu redor, como se assim nada no mundo fosse capaz de me derrubar, e eu não ousei olhar para o lado sabendo que ainda estávamos a dezenas de metros do chão.

O cheiro... o perfume... era tão familiar. Um soluço baixo escapou dos meus lábios enquanto eu me agarrei a blusa dele, com lagrimas escorrendo. Eu estava assustada, com medo. A sensação era horrível.

– Esta tudo bem. – a voz do Sirius sussurrou roucamente enquanto ele afagava os meus cabelos. Eu balancei a cabeça me negando a levantar o olhar. – Olha para mim. Estar tudo bem. Eu te peguei pequena, tinha prometido não tinha? Jamais te deixarei cair.

Com isso, eu me senti obrigada a levantar meus olhos vermelhos do choro e encontrar suas orbes castanhos-esverdeadas me olhando de perto com preocupação e suavidade.

– Esta tudo bem. – ele repetiu vendo que eu estava tensa e me recusava a olhar para o lado.

Respirei fundo contra o meu medo infantil e me segurei mais fortemente nele enquanto desviava meu olhar e minha boca se entreabria. Eu estava apavorada demais para notar antes, mas agora quando já me sentia segura, eu pude notar o quanto a vista daqui de cima era... deslumbrante.

Ainda estávamos a bons metros do chão, mas as pessoas não eram mais só pontinhos. Daqui dava para ver os jardins do castelo, o lago negro... Hogwarts era linda.

Um suspiro suave escapou dos meu lábios e eu voltei meu olhar para o dele que agora me observava com um genuíno sorriso.

– Obrigada. – foi a única coisa que eu disse.

– Sempre estarei aqui para você. – isso com certeza foi melhor que um “de nada”.

De repente eu me tornei consciente da distancia que estávamos. Da minha mão que repousava suavemente no seu peito, dos seus braços fortes em volta de mim me abraçando protetoramente. Dos seus cabelos castanhos que caiam sobre os seus lindos olhos que tinham a cor mais intrigante e perfeita que eu já tinha visto. Eu podia passar horas contando os tons de verde e castanho nos olhos dele. Ele era lindo. Seus lábios naturalmente vermelhos que estavam curvados em um sorriso sem nenhuma segunda intenção, enquanto seus olhos pareciam também querer gravar o meu rosto do mesmo modo como eu parecia querer gravar o dele.

Então ele ergueu uma mão e tirou uma das mechas ruivas do meu cabelo que caia pelos meus olhos e foi nessa hora que eu fiz algo que eu com certeza poderia me arrepender depois.

Mas que eu não me arrependia no momento.

No ar, a metros do chão, em cima de uma vassoura, o que era cenário dos meus piores medos, e com a vista mais linda que qualquer um poderia ter de Hogwarts, eu me inclinei para frente, colando os meus lábios com os dele.


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