Doce Ironia. escrita por Mrs Prongs


Capítulo 67
O cervo e a corça.


Notas iniciais do capítulo

* Juro Solenemente que não pretendo fazer nada de bom. *

WASSUP?
Heeey minhas amoras e pessegos.
Well... eu deveria pedir desculpas porque eu deveria ter postado quarta, mas eu não postei porque realmente não deu mesmo. Essa autora aqui esta atolada de trabalhos e escrever ta realmente difícil, but, eu gostei desse capitulo e ele realmente ta grandinho pra recompensar vocês.
Não vou enrolar e vou agradecer as RECOMENDAÇÕES perfeitas da:
Gabriela Srt: Nossa... eu realmente fico feliz que goste tanto da historia a ponto de indicar a uma amiga e WOW. Muito obrigada mesmo. Você pode não ter deixado reviews, mas eu sei que você existe e é isso que importa. ♥
Rocker: WOW. Muito obrigada pelos elogios anjo. Serio mesmo? Muito obrigada, você não faz ideia do quanto eu sorri ao ler a sua recomendação. Sim, sua recomendação faz a diferença, porque é sua. Cada recomendação aqui eu amo igualmente porque eu fico feliz ao ver que vocês gostam tanto da historia aponto de recomendar. Thanks ♥
Letycia C: Segunda versão da JK ROWLING? WOW, queria eu ter um terço da criatividade e genialidade daquela mulher. Muito obrigada mesmo amora e eu fico feliz que goste tanto assim da historia ♥
Tem uns reviews que eu ainda não respondi do cap anterior e do antes desse. Me desculpe gente, você devem estar pensando: ah, ela relaxou e tal, mas eu não respondi porque não deu mesmo! Estou atolada de trabalho. Ou eu respondia ou eu postava agora. Enfim, achei que fosse preferir isso. NÃO SE PREOCUPEM porque eu estou indo responder eles AGORA. Só vou levantar dessa cadeira depois que eu responder um por um.
Enfim, não vou enrolar mais e vou deixar vocês lerem. Sobre o capitulo... EU AMEI escreve-lo e espero que vocês gostem dele tanto quanto eu.
Enjoy it.

*Malfeito, feito.*



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" É que por algum motivo inexplicável você sempre me tem, até mesmo quando faz de tudo pra me perder. "



P.O.V’s Ashley.

Eu estava surtando.

Era isso, eu ia ficar completamente maluca, já estava prevendo isso.

Como vocês, provavelmente, já notaram, eu tenho um certo probleminha com as coisas que envolvem as palavrinhas “vassouras” e “voar”. Eu sinceramente achava que estava na hora das pessoas finalmente entenderem isso!

Só que mais uma vez, a culpa de estar nessa enrascada é unicamente minha!

Eu já estava começando a cogitar a hipótese de que o pobre Merlin não tem nada a ver com as catástrofes que acontecem na minha vida e que eu sou azarada mesmo.

– Ashley... você me parece um pouco nervosa. – esse foi um comentário calmo e suave de uma Audrey que bebericava o seu suco. Os olhos dela gritavam que ela se divertia com a minha desgraça.

Estávamos todos no Salão Principal para o almoço e ainda teríamos uma aula de DCAT, antes de irmos ao local onde provavelmente aconteceria a minha morte. Ou a morte de alguém.

– Impressão sua. – falei baixinho.

– Percebe-se. – o Po... Sirius se juntou a falsa seriedade da Audrey enquanto olhava para a minha mão que esmagava sem perceber um bolinho.

– Relaxa Ash. A gente só quer ver o seu desempenho nas aulas que você anda tomando do Fred. – a Lilly falou calmamente.

– Desempenho. – o Fred deu uma risada e parou em seguida ao notar meu olhar feio.

– Sabe, eu tenho certeza que você agora sabe montar perfeitamente em uma vassoura. – quando o Sirius soltou esse comentário me olhando divertido, todo mundo começou a rir.

Não sei se era porque a frase soava meio estranha, ou se porque a ideia de eu ‘montar perfeitamente em uma vassoura’ era realmente patética.

– Cala a boca Sirius! – eu ralhei jogando o pãozinho deformado que eu tinha em mãos, nele.

De repente, o silencio mortal caiu sobre a nossa roda de amigos que tinham os olhos arregalados e o Sirius prendeu o riso. Então eu me dei conta que tinha lhe chamado pelo nome pela primeira vez na frente dos nossos amigos e pressionei meus lábios numa linha fina enquanto me sentia ficar vermelha.

– Sirius... o que? – essa foi uma Audrey tão confusa que beirava ao histerismo.

– É o segundo nome dele não é? – questionei pateticamente e baixinho.

– Oh, meu Merlin... Eu acho melhor a gente te levar num enfermaria! – a Roxy veio até mim preocupada, ou fingindo preocupação, e colocando a mão na minha testa.

– Ash, você andou fumando pó de flúor? – esse foi um Fred risonho.

– James, você drogou a Ashley?! – essa foi uma Rose incrédula.

– Ei, eu não fiz nada. – o Sirius sorria.

– Porque tanto alarme? – perguntei afastando as mãos da Ashley e agora do John da minha testa. – Eu só o chamei pelo nome.

Então todo mundo me olhou como se eu fosse um ET, menos o Sirius que apenas sorriu. Acho que foi a forma natural como eu disparei a frase.

– Eu vim parar em um mundo paralelo? – a Audrey deu um tapa no próprio rosto, como se tentasse se fazer acordar de um sonho.

– Porque você o chamou de Sirius e não de James? – uma Rose confusa perguntou e miseravelmente eu me senti corar mais um pouco.

– Porque... sim. – resmunguei depois de um tempo.

– Porque sim não é...

– Não venha me falar que ‘porque sim não é resposta’ porque é sim! – disparei para a ruiva.

– Não, não é. – ela revidou cruzando os braços.

– Porque? – desafiei.

– Porque não. – Rose retrucou sem perceber que tinha caído na minha armadilha.

– Porque não também não é resposta. – agora eu tinha um sorriso vencedor no rosto e todo mundo prendeu a risada ao ver que eu tinha ganhado da Rose e isso nunca havia acontecido. Nenhuma alma viva havia conseguido esse feito.

– Mas... – ela tentou confusa.

– Exatamente. – a cortei jogando um pãozinho na boca e ela bufou irritada enquanto todo mundo ria.

– Ok, parem de irritar a ruiva, ela só me chamou pelo nome. – o Sirius falou depois que conseguiu parar de rir.

– Por falar nisso... – me virei para encarar os olhos castanhos-esverdeados dele. – Eu também tenho um nome. Você deveria começar a usa-lo.

– Dispenso. Prefiro te chamar de ‘ruiva’ ou ‘lírio’. – o bocó tinha aquele maldito sorriso torto que dessa vez beirava a malicia nos lábios naturalmente rosados.

Rolei os olhos e preferi não responder.

– Temos aula de que agora Ash? – a Audrey me perguntou. Como sempre. Faria algum mal se ela decorasse o maldito horário?

– DCAT. – respondi prontamente.

– Arg, boa sorte pra vocês. – Roxy resmungou enquanto se levantava junto com o povo que era da sua turma.

– Com o Pietro como professor... vamos precisar mesmo. – a fabulosa falou de volta enquanto só a gente do sétimo ano permanecia sentado.

Pietro era um cara... rígido. Era gordinho, meio careca com apenas alguns fios brancos na cabeça e seus olhos era num tom negro que intimidava. Nosso professor de DCAT não era o tipo de homem que tolerava brincadeiras.

– Acho melhor irmos logo. – o Sirius se levantou e me estendeu a mão para me ajudar a fazer o mesmo. Hesitei um momento, mas logo dei um suspiro derrotado e o deixei me ajudar.

– É. Melhor mesmo. – a Audrey encarava a cena com um olhar torto enquanto o garoto ao meu lado pegava a minha bolsa e colocava sobre o seu ombro. – Senhor, eu to enlouquecendo? – ela continuou se perguntando baixinho. O Fred riu e pegou a bolsa dela fazendo o mesmo que o Sirius fez.

– Não mesmo. Acho que as coisas estão indo pro lugar agora. Finalmente. – se o bocó do Fred queria que eu não escutasse isso, foi totalmente fail.

– Cala a boca Fred. – disparei para o ruivo rolando os olhos. – Eu posso levar a minha bolsa Sirius. – acrescentei para o menino de olhos castanhos esverdeados.

– Eu faço questão. – ele deu um sorriso torto e sexy.

– Podemos ir? Me sinto um castiçal. – o John reclamou.

– Vamos embora Longbotton. – baguncei o cabelo dele e todos nós saímos rindo dali, apesar que a frase que o John tinha dito, havia me deixado meio desconfortável.

– Você esta bem? – a voz do Sirius me tirou dos pensamentos e vi que ele caminhava ao meu lado enquanto o Fred, a Audrey e o John estavam um pouco mais a frente.

– Porque não estaria? – respondi com outra pergunta.

– Você me parece meio... dispersa. – ele me olhava como se soubesse exatamente o que se passava na minha cabeça. Era invasivo.

– Impressão sua. – falei no tom mais calmo que eu podia.

– Casalzinho... acho melhor adiantar se não quisermos encrenca com o senhor TPM. – Fred cantarolou lá da frente.

– Vá se ferrar Weasley. – disparei pra ele que riu.

– Vamos lá ruiva. – o Sirius passou um braço pela minha cintura e me fez acelerar os passos.

– É Dursley Potter. – resmunguei sabendo que isso não ia mudar nada e estranhamente consciente do seu braço a minha volta.

– Só vai ser Dursley Potter quando nos casarmos. – ele brincou e eu lhe olhei irritada.

– Potter! – ralhei.

– Desculpa, força do habito. – o Sirius falou rindo. – Continue me chamando de Sirius ok?

– Você vai me chamar de Dursley? Ou até mesmo... de Ashley? – questionei.

– Não mesmo. – ele falou piscando pra mim na mesma hora que chegamos na sala de DCAT.

– Estão atrasados. – o professor Pietro exclamou assim que pisamos os pés lá dentro. Todos os setimanistas já estavam lá e bom... essa aula todas as quatro casas fariam juntas. O motivo eu não sei.

– Desculpe. – nos cinco pedimos juntos.

– Tomem seus lugares e que isso não aconteça novamente. – o professor falou rígido e eu tratei logo de entrar junto com os outros e sobre o olhar de todos.

Nós fomos nos juntar com os Grifinórios e, assim que eu o fiz, olhei para o lado onde os Sonserinos estavam e vi o Rich me observando atentamente. Sorri pra ele que retribuiu com um fraco, porem sincero sorriso.

– Bom, agora que os atrasados chegaram... – Pietro fez uma pausa para nos olhar enfezado. – Quero que me sigam. A aula hoje será pratica. – completou e sussurros animados romperam enquanto acompanhávamos o professor para fora da sala.

– Hey Ash. – o Rich passou por mim e me deu um abraço.

– Hey Rich. – o cumprimentei de volta enquanto via o Sirius ao meu lado fazer uma careta.

– Miller. – disse simplesmente.

– Potter. – o outro falou do mesmo modo e depois disso nós três apenas seguimos o professor em silencio. Um silencio desconfortável pra falar a verdade.

Assim que entramos com o resto das pessoas em uma sala junto com o professor, eu deixei uma baixa exclamação surpresa sair dos meu lábios. Não fui a única. A sala que iriamos treinar era simplesmente imensa. E tinha vários pufes encostados nas paredes e um teto alto.

– Sentem-se. – o professor indicou os pufes e nós tratamos logo de obedecer. O Rich acenou para a gente e foi se sentar junto com a sua casa enquanto eu fui me sentar com meus amigos.

– Tenso hein? – a fabulosa brincou baixinho comigo e olhou para o Miller do outro lado da sala. Eu sabia ao que ela se referia, por isso rolei os olhos e dei um tapa em sua cabeça.

– Hoje iremos partir para outro nível em magia. – o Pietro chamou a atenção da turma. – Por isso, gostaria que todos, sem exceção, prestassem atenção, já que a magia que iremos praticar hoje é de um nível muito elevado. Nem todo mundo consegue conjura-lo e muito menos é fácil de faze-lo.

Todo mundo prestava atenção atentamente. Ele podia ser um chato, mas o homem era inteligente.

– Quem aqui já ouviu falar do feitiço do Patrono? – o professor continuou.

Varias mãos se ergueram, inclusive a minha. Obvio que eu sabia o que era.

– Sim. – Pietro falou passando os olhos por todas as mãos levantadas. – Esse feitiço foi bastante popular e utilizado principalmente na época da segunda guerra bruxa onde era crucial saber realiza-lo. Mas alguém pode me dizer... pra que serve esse feitiço? Senhor Potter? – se dirigiu ao Sirius. – Creio que o senhor deva saber.

– É uma força de energia positiva, muito difícil de ser conjurada, que nos protege e é usada principalmente para repelir dementadores. – ele respondeu prontamente.

– Senhor Weasley... pode me dizer como se conjura? – o professor se dirigiu ao Fred.

– Para ser conjurada, você tem que pensar em uma lembrança. Mas não qualquer lembrança... uma lembrança realmente feliz. – o ruivo falou calmamente.

– Mais alguém pode me dizer uma característica do patrono? Senhorita Dursley? – se referiu a mim.

– Cada patrono tem uma forma diferente de acordo com o seu conjurador. – respondi a sua pergunta.

– Excelente. – o professor bateu palmas para a gente. – Creio que seja meio impossível, mas alguém aqui sabe conjura-lo?

Para minha surpresa o Sirius e o Fred ergueram as mãos recebendo um olhar impressionado do professor.

– Ora, isso é uma surpresa. – Pietro exclamou. – Como aprenderam essa magia?

– Não foi tão difícil. – era impressão minha ou o Sirius estava constrangido?

– Tio Harry nos ensinou. – Fred completou.

– Claro. O Grande Harry Potter, não é a toa que saibam. Ele deve ter sido um ótimo professor. – Pietro falou pensativo. – Senhor Weasley... poderia ir ao meio e conjurar o seu patrono?

– Claro. – o ruivo deu um sorriso de lado se levantou e postando no meio da sala. Ele ergueu a varinha e se concentrou, abrindo um leve sorriso em seguida. – Expecto Patrono – disse simplesmente e eu observei um enorme cão sair da ponta de sua varinha e deslizar em uma luz prateada pela sala.

Todos nós acompanhávamos o trajeto com olhares impressionados e eu vi o Sirius dar um leve risada e piscar para o Fred que retribuiu. Provavelmente uma piada interna.

Quando o enorme cão desapareceu, todos nós aplaudimos o ruivo que foi novamente se sentar em seu lugar.

– Excelente. – o professor ainda aplaudia. Ele estava feliz hoje, só podia. – Creio que depois disso, podemos começar. Todos de pé no centro da sala.

Ele não precisou falar duas vezes que todos os alunos já estavam lá, ansiosos para aprender particularmente esse feitiço. Inclusive eu.

– Senhor Potter e Senhor Weasley, ao meu lado sim? Creio que possam me ajudar. – Pietro falou para os dois garotos que assentiram e se colocaram ao lado dele. – Ótimo, turma, quero que vocês peguem suas varinhas. Andem, rápido! – ordenou para a gente.

Tratei logo de pegar a minha, assim como a Audrey e nos colocarmos postas.

– Quero que todos vocês repitam comigo... Expecto Patrono. – o professor falou calmamente, e o coro de dezenas de estudantes repetindo o feitiço foi ouvido. – Novamente... Expecto Patrono. – insistiu.

Não sei quanto tempo ficamos nisso, mas aquilo já estava enchendo o saco.

– Quero que vocês entendam que para conjurar esse feitiço vocês tem que lembrar de uma lembrança realmente feliz. – Pietro chamou a atenção da turma novamente. – A melhor lembrança que vocês tiverem. Não espero que ninguém consiga de primeira, mas... tentem. Pensem em uma lembrança feliz e conjure o feitiço.

Então todos os setimanistas começaram a se concentrar tentando achar na sua mente, a sua melhor lembrança feliz.

Expecto Patrono. – a Audrey falou ao meu lado com um minúsculo sorriso e da ponta da sua varinha surgiu uma... cadela?! WTF?!

Todo mundo se virou para ver o patrono da fabulosa deslizar pela sala e assim que o mesmo sumiu, aplausos surgiram, inclusive de um professor extremamente surpreso.

– Excelente senhorita Stuart. – parabenizou e eu apenas sorri impressionada para a minha melhor amiga. – 50 pontos para a Grifinória pelo grande feito. De primeira, quem diria! Pode se juntar ao senhor Weasley e ao senhor Potter. – acrescentou.

A fabulosa foi se postar ao lado dos dois garotos que sorriram para ela e em seguida vi ela e o Fred trocarem um olhar cheio de significados.

– Todos concentrados... vamos tentar novamente. – o professor falou.

Pessoas concentradas e falando o feitiço surgiram e todos os lados, mas ninguém conseguiu que nenhum feitiço saísse da varinha. O professor e os ‘ajudantes’ foram auxiliar aqueles que não conseguiram e eu me concentrei tentando achar uma lembrança feliz.

Algo me veio a mente, então eu fechei os olhos.

“- Como você consegue ser tão... – parei a frase tentando achar um adjetivo.

– Fabulosa? – ela chutou.

– Eu ia falar tarada. – respondi e ela gargalhou.

– É um dom querida. É um dom. – ela falou ainda rindo e eu a acompanhei.

– Estou com saudades. –falei para ela.

– Eu também ruiva. Sabe, esse estilo meloso não combina com a gente. – ela decretou.

– Pode crer. – falei rindo e me levantando da cama. – Você não pode vim mais cedo para Londres? – perguntei a ela.

– Posso tentar. – falou suspirando. – Sei que você sente falta da minha pessoa lindíssima, fabulosa, perfeita... – ela começou.

– Modesta. – acrescentei rolando os olhos.

– ... e modesta também, claro. – ela concluiu e eu sabia que ela tinha um sorriso largo no rosto.

– Claro Audrey. Não tem nada que me faça mais falta do que a sua ilustríssima presença.”

Lembrando de uma das muitas cenas de amizade entre mim e a fabulosa eu dei um leve sorriso, achando a lembrança alegre o suficiente.

Expecto Patrono. – falei claramente e apenas um fio prateado saiu da minha varinha, mas foi o suficiente para todo mundo me olhar.

– Pelo visto a lembrança não foi feliz o suficiente senhorita. – Pietro falou com um sorriso leve. – Senhor Potter, porque não a ajuda? – acrescentou para o Sirius que apenas sorriu e assentiu vindo ao meu encontro.

– Com problemas ruiva? – perguntou brincando.

– Só quero acertar fazer essa merda de feitiço. – falei rolando os olhos.

– Não é tão difícil, só... pense em algo que te faz feliz. – ele me olhava nos olhos. – Algo que é capaz de mexer com você e te fazer sentir a verdadeira felicidade. Pense em momentos que no fundo você não desejou mais nada.

E foi olhando nos seus olhos castanhos esverdeados que uma enxurrada de lembranças invadiram a minha mente.

“- Gina Potter. – uma ruiva se apresentou pra mim sorrindo. – Esses são meus filhos, Lilly – uma ruiva saltitante veio até mim e me abraçou. – Albus. – um moreno de olhos verdes, um mini Harry, sorriu largamente para mim e eu retribui. – e James Sirius. – apontou para o garoto “bonito mais idiota”.

Ele se levantou sorrindo torto, veio até mim e me abraçou. Ele cheirava bem, retribui o abraço sem empolgação.

– Você é linda sabia? – ele perguntou ainda me abraçando. Me separei dele rolando os olhos.

– Isso não cola comigo Potter.”


“- Eu estou falando serio, eu vou fazer o teste e entrar para o time. Vou fazer você engolir a sua provocação. – completei apontando malignamente uma colher para ele.

Acho que vou ter que adotar colheres como minhas armas mortais.

– Você não sabe voar ruiva. – ele falou parecendo se divertir com a minha irritação.

– Não importa. Amanhã eu vou fazer o teste e entrar para o time. Como artilheira. – completei.

– Duvido. – ele disse calmamente. Nunca. Duvide. De. Mim.

– Quer apostar? – questionei e me arrependi um segundo depois quando vi o seu sorriso maroto. Eu tava tão ferrada.

– Feito.”


“- Eu não quero que você me beije porque é obrigada ruiva. Quando você me beijar eu que seja porque você quer e por mais nada. Não quero que me beije por causa de uma aposta.”


“– Pra mim, é amor, quando a pessoa te pergunta “o que é o amor?” e em vez de você achar uma definição, você lembra de uma pessoa.”


“- Lírio. – sussurrei admirada vendo a linda flor a minha frente. Nunca tinha visto um lírio tão belo. Ele parecia reluzir. A beleza era intensa.”


“- Porque eu tenho medo de perder as coisas que são importantes para mim Ashley. E você é a coisa mais importante que eu tenho. – ele disse olhando nos meus olhos.”


“- O James esta enraizado aí. – ela apontou para o meu coração. – Porque você pensa nele o tempo todo. Porque ele é o único que com uma frase é capaz de te tirar do serio. Porque ele é o único que te faz... sentir como nenhum outro. Porque por mais que aparecem outros garotos mais calmos, com jeitinho de príncipe, nenhum vai se comparar a ele, porque você vai tratar de estar sempre comparando os dois e o modo como são diferentes. Porque, por mais que negue, você sempre vai procurar nos outros algo que você só vai achar nele.”


“– Mas qual é a sua definição de amor Ashley?

Talvez essa pergunta fosse realmente retorica, porque sem esperar resposta Hermione se levantou e saiu da torre de astronomia me deixando sozinha com uma Audrey que me olhava impassível.

Mas nada disso me importou, porque assim que ele fez a ultima pergunta algo veio imediatamente a minha mente.

Olhos castanhos-esverdeados.”


Ainda olhando nos olhos dele eu ergui a minha varinha.

Expecto Patrono. – o feitiço escapou dos meus lábios e no mesmo momento algo irrompeu da minha varinha e correu pelo amplo cômodo.

Aquilo era uma... corsa?

Todo mundo tinha parado o que estava fazendo para ver o meu patrono deslizar pela sala. O professor observava impressionado, o Fred tinha um olhar surpreso, como se realmente tivesse ficado chocado com algo e o Potter ao meu lado tinha uma cara estranha.

– Algum problema? – perguntei baixinho a ele enquanto ainda observa o meu patrono.

Ele não me respondeu, apenas puxou a sua varinha.

Expecto Patrono. – falou também e eu fiquei com o queixo no chão ao ver um cervo irromper da sua varinha e se juntar a minha corsa já conjurada.

Eu ofeguei minimamente ao ver, os dois patronos conjurados, meio que colarem uma cabeça na outra, como se fizessem um carinho. Perdi completamente a concentração e observei a minha corsa sumir, em seguida o cervo dele também.

Ninguém falou nada pro um tempo, mas eu via alguns cochichos e exclamações de algumas pessoas. E até uns olhares impressionados. Eu não conseguia encontrar os olhos do Potter que eu sabia estar fixos em mim.

– Bom, creio que terminamos por hoje. – um professor balançando minimamente a cabeça com um sorriso esperto nos lábios. – Estão liberados. – completou.

– Encontro vocês no campo. – falei sem olhar para o Potter e peguei as minhas coisas saindo rapidamente dali, ainda sobre o olhar de todo mundo. Ouvi o Sirius gritar meu nome, mas ignorei.

Precisava colocar minha cabeça no lugar, organizar meus sentimentos, mas tinha receio de saber exatamente o que eu estava sentindo.

Nunca rezei tanto pra estar errada.


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