“Mas é melhor uma verdade que dói, do que uma mentira que conforta.”

P.O.V’s Ashley.

Dessa vez não acordei do lado de fora da Toca. Ainda bem, porque se não existiria menos Wesleys e Potters no mundo.

Hoje é meu ultimo dia aqui e me peguei pensando no que eu faria o dia todo quando voltasse para casa. Eu gostava daqui, exceto por ter que aturar o Potter.

Mas não dizem que todo paraíso tem um pouco de inferno? Ele é meu inferno.

Com esse pensamento positivo fui me arrumar para o café da manhã acompanhada das minhas colegas de quarto. Tomei meu banho e fiz me higiene pessoal, descendo as escadas em seguida.

- Bom dia. – cumprimentei o pessoal que já estava acordado.

- Bom dia querida. –a senhora Wesley falou maternal vindo me dar um abraço. – Sente-se. – falou para mim e logo em seguida as meninas desceram e se juntaram a nós.

- Fala aê família. – o Fred cumprimentou chegando junto com o resto dos meninos e se sentando. Apenas acenei com a cabeça e me concentrei no meu café.

- Acordaram mais tarde que o comum. – a senhora Wesley falou para eles.

- Nosso sono foi meio que interrompido a noite. – o Potter falou olhando de relance para agente que sorrimos maquiavélicas.

- Mas fora isso dormimos razoavelmente bem. – o Lorcan falou sorrindo. A Lilly deu um suspiro apaixonado. Eu tenho que juntar esses dois.

- Da próxima vez colocamos formigas na cama de vocês. – a Roxy falou baixinho mais eles ouviram porque olharam para ela assustados e ela sorriu doce e bateu na minha mão. Isso nos fez assustadoras.

- Eu achei que você fosse quietinha. Ou quase isso. – o Scorpius falou pra mim e eu levantei uma sobrancelha.

- É. – o Albus concordou. – achei que você faria o estilo estudiosa. – completou e eu suspirei.

- Eu sou estudiosa. Gosto de estudar. É importante. Agora não confunda fragilidade com inocência. Sou frágil, não idiota. – completei tomando um gole do meu café.

- Frágil? – a Roxy repetiu incrédula para mim. Dei um sorriso.

- Sou muito frágil ok? – falei rindo e ela me acompanhou.

- Minha ruiva é um doce. – o Potter falou para mim e eu rolei os olhos.

- Eu. Não. Sou. Sua. Ruiva. Potter. – falei pausadamente e com os dentes cerrados. O pessoal riu.

A vaca loira, vulgo Dominique, agarrou o braço do mentecapto e ficou se esfregando nele. Pouca vergonha. Ela não tinha noção não?

Abaixei meus olhos para a comida afim de não olhar a cena repugnante.

Comemos em silencio até que um som de aparatação se fez ouvir. Nos entreolhamos e nos levantamos todos juntos a caminho do jardim.

Sim. Somos curiosos. Problem?!

Lá eu encontrei a única pessoa que eu não esperava ver.

Audrey.

Seus cabelos castanhos batiam exatamente na cintura. Ela sorria largamente, e se vestia do maior jeito “eu sou gostosa e sei disso”. Essa é minha melhor amiga pessoal.

Quando me viu se sorriso se alargou.

- DIVÔNICA.  – ela berrou correndo até mim.

- FABULOSA. – berrei de volta a abraçando. Eu estava ciente do povo confuso atrás de mim. – O que você ta fazendo aqui garota? – perguntei a ela.

- Eu sabia que você ia acabar entrando em depressão e pedi par vim mais cedo. – ela falou com um sorriso brilhante.

- Como você conseguiu convencer a sua mãe? – perguntei desconfiada.

- Apenas pedi como uma garota educada. – ela respondeu prontamente. Eu rolei os olhos.

- Leia-se, você mentiu. – falei sorrindo e ela riu.

De repente ela olhou de relance atrás de mim e seus olhos castanhos brilharam. – Eu vim parar no paraíso e não sabia? – ela me perguntou baixinho e mordendo o lábio. Vi que ela olhava para os meninos.

Eu ri. – Senti sua falta. – falei a abraçando mais uma vez.

- Eu sei disso. – ela falou jogando o cabelo para trás.

Rolei os olhos. – Como me achou aqui? – perguntei.

- Você falou que ia passar três dias na “Toca”. Eu perguntei aos seus pais onde era e eles me falaram. Deixei as coisas na sua casa e aparatei aqui. Tava louca pra te ver bich. – falou sorrindo para mim.

Alguém pigarreou. Tinha esquecido do povo.

Puxei minha amiga até eles. – Pessoal essa é minha melhor amiga. Audrey. – apresentei.

- E a única razão da vida dela. – ela completou sorrindo. O pessoal riu enquanto eu rolava os olhos.

- Audrey, essas são Rose, Roxy e Lilly, minhas colegas de quarto e mais novas amigas. – apresentei e ela abraçou cada uma. -  Essas são Molly, Luce e Dominique. – falei a ultima com certo nojo.

Ela abraçou Molly e Luce e olhou para a loira de cima a baixo. – Porque eu não gostei de você? – perguntou e eu tentei não rir.

- Porque você é uma idiota. – a Dominique falou sorrindo sarcástica.

- Não mais que você. –a Audrey rebateu sorrindo. – Fica longe do meu caminho. – alertou. Eu amo a minha amiga.

- Voltando... – continuei. – Esses são Hugo, Louis, Teddy e Victorie. – apresentei e ela abraçou cada um de novo. – Esses são Lorcan e Scorpius. – apresentei os dois loiros e ela se apresentou sorrindo.

- O idiota, a praga dos infernos, James Sirius. – apresentei ao mentecapto.

- Então você é o famoso Potter. – ela falou o abraçando. – ele é um gato. – falou para mim e os meninos riram. A olhei com a minha melhor cara entediada.

- Whatever. – falei e ela rolou os olhos castanhos.

- Esse é o Fred II. – apresentei o ultimo. Ele se aproximou dela sorrindo e lhe beijou a mão do mesmo jeito que fez comigo. Ela sorriu brilhantemente para ele.

- Posso fazer uma pergunta? – ele perguntou a ela.

- Pode. – ela respondeu. Essa até eu queria ver.

- Você é tão gostosa assim mesmo ou esta fantasiada de frango com Catupiri? – perguntou sorrindo.

Sabe aquele momento em que faz absoluto silencio em que todo mundo olha para a cara dos outros? Foi bem o que aconteceu.

Para depois caímos na gargalhada.

Cara eu me apoiei na Roxy e ria tanto que saia lagrimas dos olhos e ninguém estava diferente. QUE INFERNO DE CANTADA É ESSA?!

- Você é mais bonito calado. – a Audrey falou delicadamente dando tapinhas carinhosos no rosto do Fred, que sorriu.

- E eu achando que o Potter tinha cantadas horríveis. – falei enquanto ria.

- Você me ofende desse jeito meu lírio. – o Potter falou aparecendo atrás de mim e me abraçando. De onde foi que ele surgiu?! Eu tinha certeza que ele estava perto dos meninos.

- De onde você surgiu capeta? – perguntei com minha delicadeza de sempre e ele riu. – ME SOLTA POTTER. – berrei pra ele saindo do seu abraço.

Senti um friozinho. Tava gostoso lá. O que inferno que tou pensando?!

 - Vejo que suas potentes cordas vocais não mudaram nada ruiva. – a Audrey falou voltando para o meu lado. – Você volta pra casa hoje né? – ela perguntou para mim.

- Sim. – respondi.

- Ótimo. – ela falou com um sorriso. – Agora a diversão começa.