A Usurpadora-Paola Bracho Sempre Volta. escrita por Helena Hepburn


Capítulo 2
Telegrama.


Notas iniciais do capítulo

Definitivamente, não gosto de publicar mais que um cap em um só dia, mas eu tinha que publicar esse.
Tentei deixar ahistória um pouco mais lenta, então espero que gostem.
Espero ansiosamente por reviews ^^



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Paulina P.O.V

Afirmo, e reafirmo se necessário, como aquela era uma situação conflitante, de um lado estava no mais divino êxtase, um pequeno embrião se desenvolvia em meu útero, mas algo me apertava o coração. Parecia estar sendo posta contra a parede, e algo me dilacerava interiormente, mas nada disso poderia me deixar mal, eu tinha de contar isso para todos.

– Fernando, poderia ir um pouco mais rápido?- Perguntei, e ele automaticamente acelerou um pouco, não muito, já que a polícia patrulhava por ali.

Meus cabelos morenos se despenteavam um pouco, com a leve brisa que entrava lentamente pelo pequeno espaço que eu deixara aberto na janela do carro. Tentei abaixá-la por completa, mas emperrou e, para não atrapalhar Fernando, já tão perto da mansão, deixa daquele jeito mesmo.

A vista era, de fato, muito bela, exceto por um simples motivo, se apertasse bem os olhos poderia ver o cemitério, o cemitério onde Paola morrera.

Paola, Paola, Paola” Esse nome parecia me perseguir, cada letra que o formava me dava raiva e medo. Medo? De quê? Nem eu sabia, e rezava para que o corpo inerte dele permanecesse a uma boa distância de mim, pelo menos os sete palmos que separavam aquele monstro do resto do mundo deveriam ser respeitados, inquestionavelmente respeitados.

Monstro? Eu acabara de chamar minha própria irmã de monstro? Afinal eu, de alguma forma, teria virado um monstro também?

Dúvidas me atormentavam a cabeça, e só havia uma certeza, de que dali a pouco tempo haveria mais um autêntico Bracho.

– Senhora Bracho, chegamos. – Falou Fernando, fazendo com que me acordasse de um transe.

E de fato estávamos em frente à magnífica mansão Bracho, reformada dois meses depois da morte de P... dela.

Todas as portas tinham sido pintadas de um vermelho muito belo, escolhido por Lizete, já Carlinhos se pôs no direito de escolher a cor das cortinas, e agora todas elas era de um azul vivo.

Entrei calma na mansão, mas vovó Piedade já estava sentada em uma cadeira de madeira, um tanto quanto velha, mas que lhe fazia lembrar-se do falecido marido.

– Como foi com o Dr. Gomez? – Perguntou, mas minha resposta era mais do que previsível e já me puxou para um abraço longo e demorado, me pedindo para que lhe mostrasse o resultado do exame.

Estava lá, em letras negras levemente desbotadas nas bordas, que em cerca de poucos meses eu teria um belo bebê.

Ela não se demorou para irromper outro abraço, sendo este interrompido por Carlinhos e Lizete que entraram correndo na sala.

– Mãezinha, mãezinha que bom que voltou!- Falaram em uníssono.

Abracei os dois, perto deles meu sorriso ficava ainda maior.

– Tenho uma novidade para contar, crianças. - Falei sorrindo, sendo questionado com muitos “O quê?” das crianças. – Vocês vão ter um irmãozinho!

Ambas sorriram também, a ideia de ter mais alguém para brincar era muito tentadora.

Depois de mais umas tantas perguntas, sobre se seria menina ou menino eu pude subir para meu quarto, onde Lalínha limpava a cabeceira.

Essa obviamente também ficou feliz com a notícia, e me entregou um pequeno telegrama que chegara endereçada a mim.

Hesitei em abri o envelope, que tinha escrito meu nome com letras vermelhas “Paulina Martins Bracho”.

– A senhora Paola parece ter deixado alguns hábitos de herança... – Sorriu Lalínha, maliciosa, fuzilei-a com o olhar. Mas, fatidicamente, apenas Paola costumava receber aquilo de seus amantes.

Por sorte pouco passava de um envelope enviado por Leda para que nos encontrássemos em seu apartamento, agora que voltara de Montecarlo.

Montecarlo, onde Paola sofreu o acidente assim que virei a Usurpadora. Argh! Agora tudo me lembrava minha irmã gêmea.

E a sensação voltou ao meu peito, ecoando a gargalhada de Paola em minha mente.



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Notas finais do capítulo

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