Blues Moon escrita por Alekz Fergues


Capítulo 16
Compasso - Complexos




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"Então todo o mundo é símbolo e magia?
Se calhar é... E por que não há de ser?"
Fernando Pessoa

COMPASSO

“Quando inspira um ser o mundo expira, e quando expira o mundo inspira. Um diálogo com o silêncio, a mente voa pelos ares, a vida é o assopro.”

Complexos

Foi uma longa conversa que teve durante aquela noite os dois, algumas coisas ficaram claras para Hector que se via no meio de um mar cheio de eventos. Sara lhe explicara que ela muitas vezes estava próximo dele, e a causa pressuposta seria a lua cheia, ainda mais com a música que toca em seus instrumentos, pois vibram pelo o ar, as ondas alcançam lugares inimagináveis. Os sentimentos que ele tem em si seria um grande potencial também, para ela era normal acontecer estes fenômenos, porém, isso vem de pessoas ligadas com espíritos da natureza, pessoas treinadas e preparadas em certo locais, onde se chamam de invisíveis para os terrenos mundanos. Claro que tudo que ela deixou claro era apenas o começo, ainda repetiu que a vida de um homem é apenas o começo, não a única que ele tem, mas todo passado conta assim como as do futuro.

Ainda revelou que aquele processo que ela fez foi para equilibrar as emoções dele, trouxe o aquário portando uma água característica que veio do Reino de Niksa, e que aqueles dois peixes seriam seus vigilantes - pois àqueles que sabem, as emoções despertam os elementais - o cuidado da vida não está somente fisicamente. Na mente de Hector levava a conclusão que aquilo deveria de certa forma estar ligado aos sonhos, mas que lugar era aquele qual foi não sabia, nem tinha noção do que seja. A respeito dos vigilantes a tratou que estariam em alerta se algum mal aparecesse, pois fenômenos assim atraem muitas coisas, ainda no seu caso que era diferenciado, ele até comentou “enfrentando o lado negro da força” num tom de brincadeira. Comentou para a sílfide sobre o que ele tinha pesquisado temas sobre tal coisa, que eram estudos interessantes concordou ela, mas muito longe ainda para concluir; apenas na superfície do um imenso mar está qualquer conhecimento terreno, muitos conteúdos caem coisas desnecessárias e de foco desvairado, além daqueles que são apenas invenções.

Quase perto de ir embora, ele entendeu o porquê dela não ficar muito tempo, precisava acostumar com a presença dela, por ser uma força Elemental, aquilo poderia lhe causar instabilidade, e levar a loucura, no caso de elementais do ar, ele poderia ficar mais inspirado ou ficar maluco mesmo. Em sua despedida o pombo saiu primeiro para fora voando pela sacada, o vento invadiu a sala suavemente, como se envolvesse ela recuando, e se tornasse invisível. Ele não soubera mesmo qual seria o perigo que ela comentava de estar presente ao seu redor, nem os motivos que a movia para chegar até a ele, e cada coisa gerava mais dúvidas, se acreditaria que tudo isso fosse real, ou a ilusão é tão grande dos psicóticos que isto seja tão natural como olharem para qualquer coisa ao seu redor e ainda duvidar da sua realidade, tudo é questionável em sua conclusão, nenhuma verdade está absoluta.

Percebera que depois da presença dela ele mantivera pensativo e inspirado, será que naqueles momentos de pensamentos longes e vagos ela realmente estivesse próximo dali? Estranhou quando olhou a mesinha, do aquário, qual foi a ligação de Elaine com aquário, realidade dúbia de ser crer dissera ele ao ar. Pelo menos ele sentia mais leve, com pouco menos de medo, o anseio ainda é presente, seu olhar ainda estava vago até a hora de dormir. Quem já passou por isso deve saber, quantas pessoas no mundo alegam ter vistos tantas coisas, tantas maravilha, é um absurdo, para crer em certas coisas tem preço, sabe ele muito bem disso quando indaga sobre essas questões, duvidaria dele mesmo a qualquer instante, sabe que a mentira é a arma mais fácil de ser usada.

Desta noite em sua cama, só lembraria o vago sonho de quem deixou apenas um beijo no passado, não qualquer beijo, mas este sendo único que sentira, confundia com suas lembranças tornando-o parte dos seus sonhos, acordou com o barulho da sua irmã chegando, era cedo ainda para ele que dormiu tarde numa noite exótica, pela frente teria sua semana com novos trabalhos que estariam para receber em breve. Em suas lembranças ainda marcam, outras palavras da sílfide, que o próximo encontro aconteceria somente na próxima lua cheia, um mês para esperar praticamente, mas no meio desse caminho teria algo que deixaria ele perplexo novamente.


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