Capitulo 21 – Transmissão da Obsessão - Parte 2

No último episódio:

– Kevin fala para Sabrina sobre o estranho comportamento das pessoas da cidade

– Sabrina diz que cada pessoa que ele encontrou tem seu motivo particular para estar assim

– A enfermeira Joy adverte a Kevin sobre continuar com o tratamento do Slowbro

– Kevin, Juliana e Sabrina assistem a luta de exibição de Whitney e Cowboy na reinauguração da rádio

– Uma música hipnótica começa a ser tocada por toda a cidade colocando todos para dormir

– Ladrões começam a saquear a festa comandados pelo DJ da festa do rádio

– Cowboy, Whitney e Kevin, que não caem estão para enfrentar os ladrões.

Continuamos agora com a parte 2 do capitulo Transmissão da Obsessão.

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As nuvens encobriam completamente a lua naquela noite. Alguns estrondos podiam ser escutados, cada vez mais altos, anunciando que uma chuva logo cairia naquela região.

– Por que foi morrer Giovani? - Lamentando-se diante a uma lápide estava Jessie.

A mulher ruiva que por muito tempo fizera parte da Equipe Rocket antes de sua primeira queda, e estava numa grande posição após o seu retorno, chorava a morte de seu líder. Sem ter podido comparecer ao enterro devido a todos saberem que ela era uma ladra, precisou esperar por dias para finalmente conseguir visitar o túmulo que ficava num cemitério de Veridiana.

– Por que não quer que continuemos seu legado? - Jessie estava ajoelhada diante a lápide enquanto chorava.

O Cemitério estava na escuridão. Ela não teria outra forma de visitar o tumulo se não fosse na penumbra da noite. E aos sonos dos trovões que acoavam, ela fazia sua chuva de lagrimas, antecipando a torrente que se aproximava.

Antes de sua morte, Giovanni deu uma última missão a Misty. Pegar dois envelopes que possuíam instruções para o seu pós morte. Um dos envelopes dirigia-se exclusivamente a Misty. Ela deveria pegar suas irmãs e realizar uma última tarefa para ele. A segunda era para a equipe Rocket e seus atuais membros.

– “Sigam com os seus sonhos e se tornem reis dos seus destinos!” - Jessie Gritou. - “A partir de agora a Equipe Rocket não existe mais! Se eu morri como um rocket, significa que todos acabaram seguindo o mesmo caminho de seu rei se a ideologia permanecer. Sigam com os seus sonhos e se tornem reis dos seus destinos. Mas, sem a família Rocket.” -

A instrução era para que a Equipe Rocket fosse dissolvida. Da primeira vez que a Equipe Rocket foi fechada, devido a ação da policia, Giovani não havia se intimidado. Mas havia ficado cauteloso. Aos poucos fora reerguendo-se e preparando o seu retorno. A Equipe Rocket retornava das cinzas com seus mesmos intentos, mas em especial para fazer frente a Estilo de Poder.

Um erro que Giovanni pagou com a própria vida. Giovanni já sentia que tal coisa poderia acontecer e para isso deixou instruções claras para que ninguém tentasse continuar a Equipe Rcoket depois de sua morte, caso viesse a morrer devido as ações da Estilo de Poder. Isso porque se ele morria pelas mãos deles, ele acreditava que todos os demais morreriam.

– Parece que também teve que esperar para visitar o tumulo do chefe. - Uma voz veio da escuridão assustando Jessie.

Ela virou-se rapidamente, mas devido a falta de iluminação, podia ver apenas um par de olhos refletidos. Um par de olhos que brilhava na noite. Um par de olhos de Gato.

– Meowth? - Indagou Jessie incrédula.

O garoto pokemon se aproximou permitindo que mesmo na penumbra pudesse ser visto e reconhecido pela antiga parceira de crimes. De pele beje o felino era realmente um gato chamativo. Principalmente por falar, o que o fazia especial dentro todos os outros pokemons, não apenas entre os de sua espécie, mas também por andar sobre as duas patas, o que o diferenciava sobre os demais.

– Parece que os sonhos de nosso amado chefe foram interrompidos novamente. - Comentou Meowth que caminhava para a lapide.

– Tínhamos que ter previsto que eles saberiam quem era o líder e que uma retaliação como essa aconteceria. - Tentando conter as lagrimas, já que estava na frente de um ex-companheiro, Jessie demonstrava o quanto sentia aquela perda.

– Queria ter podido provar para ele o meu valor enquanto ele ainda estava vivo. - Meowth parecia emocionado. - Queria ter feito como você, reerguido junto a ele a Equipe Rocket, mas questões mais urgentes pediam minha atenção. -

Jessie parou por alguns instantes e olhou em volta. O Som dos trovões estava ficando cada vez mais forte e por isso ela não tinha certeza se havia mais alguém ali. Mas, ela sabia deveria haver mais alguém com aquele pokemon, afinal ele havia sido capturado pelo Caçador das Sombras.

– Se está procurando o Caçador das Smbras, ele não está aqui. - Disse o pokemon subindo na lapide e ficando de pé em cima dela. - Tão pouco fugi ou ele me deixou vir me despedir de meu amado chefe. -

– Oras... - Jessie podia estar abalada, mas aqueles poucos meses como uma das integrantes de elite da nvoa Equipe Rocket havia a feito evoluir. - … Se é uma batalha que você quer, ou alguma informação... - Jessie sacava uma pokebola.

– Eu estou em uma missão especial. Que felizmente me permite fazer algo para salvar Giovanni. - Disse Meowth.

– Missão especial para o Caçador das Sombras? - Jessie franziu o cenho. - Escute. Nada que o Caçador das Sombras possa fazer vai trazer o chefe de volta! - Os olhos de Jessie se encheram de lagrimas. - Ele está morto. Ele não pode ser salvo! -

– E se não podemos salvá-lo. Vamos apenas vingá-lo! -

– Vingá-lo? - Jessie piscou aturdida. - Podemos? - Jessie olhou novamente em volta e sentiu a chuva começar a cair vagarosamente. - Está louco seu pequeno gato dos infernos? Como nós dois podemos enfrentar um Mestre Pokemon como Steven, o Choque Metálico, e a organização da Estilo de Poder? -

– E se estivéssemos enfurecidos? - Perguntou Meowth sendo molhado pela água da chuva.

– Nem que fossemos mil poderíamos fazer frente! - Grita Jessie!

– Que sejamos então... Dez mil! - Gritou Meowth em meio a um relâmpago que clareava todo o cemitério revelando milhares de pessoas ali, vestidas de preto, com os antigos uniformes da Equipe Rocklet.

– O que? - Jessie reconhecia alguns, outros nem de longe sabia quem era. Mas, entendia que todos eram ex Rockets que haviam escondido-se pelo mundo voltando as suas antigas identidades, após a queda da Equipe Rocket.

– Se seguiremos os desejos de nosso amado chefe de não mais reerguer a equipe não podemos dizer. Mas, nada nos impede de vingá-lo fazendo aqueles desgraçados sofrerem. - Meowth gritava em plena noite enquanto os 10 mil membros da Equipe Rocket estavam debaixo da chuva que aumentava a cada momento. - Faremos eles pagarem pelo nosso sofrimento! - Meowth ergueu a pata. - Meu sonho é o de vingança! Qual é o seu sonho? -

– Vingança! Vingança! Vingança! - E um coro clamando por vingança tomou conta do cemitério.

<><><><><> Festa de Reinauguração da Rádio Pokemon de Jotho em Quinhão Dourado <><><><><>

– Oito passos! - Cowboy aumentava gradativamente a distância.

O choque dessa vez fez Milktank dar um pequeno passo para trás. Ninguém parecia ter percebido, mas viu que Cowboy sorriu. Whitney também percebeu, mas estranhou que sua pokemon pareceu ficar confusa por alguns instantes antes de se chocar com Tauros.

– Não é distancia para aumentar a força... É para usar outro golpe. - Whitney compreendeu, mas Cowboy já estava a comandar.

Sabrina olhava atenta o resultado. Ela sabia que Cowboy estava era medindo o espaço que tinha para efetuar algum movimento. Ela se perguntava o que ele iria fazer e poque Whitney parecia deixá-lo seguir com suas medições.

– Ai... - Sabrina levou a mão na cabeça sentindo-se um pouco tonta. - Essa sensação de pressão psíquica novamente. -

– Disse algo? - Perguntou Juliana que viu ela pegando um uma pokebola. - O que vai fazer? -

Os olhos de Sabrina estavam frios e ao mesmo tempo questionadores. Kevin parecia não perceber, estando atento a luta, mas Juliana via a mulher liberar, discretamente, para baixo da mesa um pokemon. Era um Abra a faze inicial do Kadabra.

– O que vai fazer? - Juliana insistiu no questionamento de uma forma um pouco mais firme. Chamando a atenção de Kevin.

– Desde que cheguei na cidade, sinto uma pressão psíquica no ar. As vezes ela desaparece, ou fica tão fraca que pouco posso identificá-la. Mas, em alguns momentos, como agora, ela se torna muito forte. - Sabrina olhou em volta. - Eu ignorei-a inicialmente por ter visto a batalha de Kevin e Cowboy, minha atenção acabou sendo desviada. Depois que fui acompanhar vocês ao Centro Pokemon um súbito mal estar tomou conta de mim que adormeci e dormi até tarde. - Sabrina tinha seus olhos brilhando, bem como os do pequeno Abra que havia escondido-se debaixo da mesa. - Quando acordei ficava uma porcaria de voz na minha cabeça dizendo “se arrumar para festa”. A pressão psíquica me mandava me preparar para a festa. Mas, me pareceu loucura dar atenção a isso, já que toda a cidade só falava em festa. -

Kevin e Juliana se olharam e voltaram a olhar para Sabrina que com seus poderes associados ao de Abra varria a cidade em busca de algo que justifica-se o que estava sentindo.

– Estouro da Manada! - A voz de Cowboy sobressaía-se ao momento de tensão dos três que havia parado de prestar atenção na batalha.

– Mas agora... a Pressão é muito grande para ignorar. A porcaria da voz está dizendo... “Durma!”- Sabrina franziu o cenho. - São ondas psíquicas! - Disse Sabrina.

– Durma? - Kevin questionou. - Eu não estou escutando nada. -

– Bem... - Julianadeu um bocejo longo. - Já faz um tempinho que está me dando sono. -

Sabrina parecia ignorar o comentário dos três. Ela havia estreitado os olhos naquele momento. A líder apenas parecia ignorar, pois não apenas escutou sobre o sono de Juliana quanto percebia outras pessoas a bocejarem.

– As ondas psíquicas estão vindo... - Sabrina parou. - … da antena da rádio? - Surpresa Sabrina ameaçou levantar-se, mas fora surpreendida por um grito.

– Atacar! - Grita alguém no meio dos convidados.

O som aumentava de forma assustadora. As pessoas começavam a cair uma a uma. Era como se a música alta estivesse os hipnotizando.

Sabrina rapidamente deixa seu corpo escorregar pela cadeira, fingindo desmaiar junto aos convidados, e puxa Kevin e Julia, cada um com um braço, para caírem no chão junto a ela.

– Rápido colem as cabeças viradas para mim. Não se mexam! Finjam dormir! - Disse ela em meia voz vendo que as expressões de dor e cansaço surgir na face dos dois jovens.

– O que está... - Juliana tenta falar algo, mas Kevin tampa sua boca ao ver que as pessoas da mesa que ele tem visão desmaiam até mesmo de cara nos pratos de comida.

Sabrina faz sinal de silêncio.

Algumas pessoas começaram a cair de suas cadeiras, e outras em pé desabavam fortemente no chão.

– Eu preciso de uns instantes para... - Sabrina para de falar.

Pessoas começam a passar de um lado para o outro. Sabrina tenta espiar e vê que o DJ ainda está de pé e curtindo o som. Mas algo atrapalha sua visão do DJ. Alguém caminhava em meio aos desmaiados.

:: “Kevin, você está usando seus braceletes?” :: De repente Kevin arregala seus olhos. Ele não havia pensado naquilo, mas parecia que a voz de Sabrina vinha em sua mente. Ele olhou para ela que apenas ficou a olhá-lo como quem esperava uma resposta.

– Es.. - Kevin tem sua boca tampada por ela.

:: “Apenas pense na resposta! Estou usando de telepatia para com você, Juliana e Abra. Abra está tentando pegar a frequência psíquica que está causando o sono nas pessoas.”:: Os pensamentos de Juliana e Kevin eram os mesmos. O impacto de escutar a voz de Sabrina em suas cabeças foi grande, mas sentiam uma outra voz falando “Durma” por muito mais tempo e com muito mais força.

:: “Porque não desmaiamos com os outros?”:: Perguntou Juliana em pensamentos enquanto de seus olhos escorriam lágrimas borrando assim sua maquiagem. Assustada e sentindo fortes dores, pelo corpo e na cabeça ela tentava fazer o que Sabrina pedia.

:: “Estou bloqueando a indução que estão enviando para vocês. Mas, é uma indução forte demais. Sem a frequência certa eu ainda não consigo anular completamente. Junior, você está com seus braceletes? ”:: Insistiu Sabrina na pergunta onde teve sua resposta apenas com um acenar de cabeça do primo.

Sabrina explicou que os braceletes estavam bloqueando parte da indução sobre ele. Assim como os brincos de Sabrina estavam fazendo. Ambos de material especial que anulava poderes psíquicos. Mas, o nível da indução estava grande. O que significava que nem mesmo as propriedades do metal que eles carregavam seria o suficiente.

:: “Será que a música que está sendo tocada é do tipo Canção de Ninar de um pokemon?” ::Perguntou Juliana.

:: “É uma hipótese! Mas, se for o caso vou precisar sair daqui para conseguir a frequência certa. Não tem como ficar exposto ao Movimento Canção de Ninar, sem nada que o bloqueie definitivamente. Minha barreira psíquica é apenas paliativa devido a força da indução. Vou teleportar!”:: Sabrina azia sinal para Juliana que iria seguir a ideia da menina.

:: “Certo! Estamos prontos!”:: Kevin Pegou Rapidamente a mão de Sabrina e Juliana

:: “Vocês não vão comigo! Abra só consegue teleportar uma pessoa, ainda mais com essa indução Se ele tentar mais de um pode adormecer no meio do processo e só Deus sabe onde pararíamos. Além disso preciso de vocês para me apoiarem. Os ladrões estão usando algum dispositivo nas mascaras para impedir que sejam atingidos pelo som. O DJ deve estar usando-o também. Kevin, ajude Cowboy e Whitney repassando essa informação e apoiando-os como for necessário. Juliana precisa desligar a energia. Quando ela for desligada a música vai parar e isso vai ajudar-nos.” :: Sabrina continuava em sua telepatia direto a mente dos jovens.

Kevin gritou em sua mente que aquilo era impossível. Nenhum pokemon dele iria ficar de pé. Nem mesmo ele sem que ela permanecesse ali. Mas, Sabrina dizia que ia dar certo e que confiava neles. Chorando Juliana recebeu os brincos de Sabrina para que os brincos diminuíssem a pressão da indução sobre ela e logo ela teleportou-se deixando-os sozinhos debaixo da mesa.

Kevin ainda segurando a mão de Juliana sentiu o momento que Sabrina teleportou-se. A menina apertou a mão dele com força e a expressão de dor e cansaço aumentaram, assim como nele.

– Vai! - Kevin balbuciou empurrando-a para a direção que ele acreditava que ela poderia sair sem ser vista enquanto ele se apoiava na cadeira para se erguer.

O jovem de cabelos loiros olhou em direção a Whitney e Cowboy e cambaleou até eles.

– Deixem.... - kevin gaguejou o que tentava dizer no ouvido deles ao conseguir aproximar-se.

Cowboy e Whitney se viraram dando de cara com Kevin esforçando-se para ficar de pé. Seu semblante mostrava que estava fazendo um grande esforço e sentindo bastante dor.

– O que? - o DJ grita ao microfone ao ver Kevin de pé, mesmo que claramente debilitado. - Mas que palhaçada é essa? O que esse moleque faz aqui e como está resistindo a música? - O DJ praguejou no microfone demonstrando certa preocupação.

– Deixem... comigo. - Respirando de forma ofegante e mal conseguindo ficar de pé Kevin estava com uma pokebola na mão. - Sejam rápidos em conseguir ajuda. - Grita Kevin próximo aos ouvidos deles.

A líder do ginásio local e o treinador de Sinoh estavam surpresos. Não esperavam que mais alguém pudesse estar de pé. De acordo com o DJ apenas quem estava com adrenalina alta estava resistindo. Então porque ele estaria podendo?

– Adrenalina... dispositivo nas mascaras negras... metal raro... -Kevin tentou dizer a eles, mas era impossível com o alto som que continuava a ser tocado.

– Mostre-me que você iria vencer aquela luta que foi interrompida. - Gritou Cowboy enquanto fez gesto para Whitney e os pokemons segui-los. A líder não Deixaria Kevin lutando sozinho, mas toda a cidade estava apreciando de ajuda. Se Kevin dizia que iria fazer algo, ela iria confiar nele. Pelo menos alguns minutos de vantagem eles poderiam conseguir.

O DJ ficou parado olhando aquilo. Viu Kevin falar algo, mas não conseguiu escutar.

– Qual de seus pokemons vai lançar para ver cair no sono de imediato? - DJ fez um pequeno deboche no microfone.

– Só tenho que manter a adrenalina bem alta que somado aos braceletes eu ficarei bem.. - Murmurou Kevin e começou a tentar se mover rapidamente. - Adrenalina. Adrenalina. Adrenalina. -

– Não sei como consegue resistir a indução. Mas, vamos nessa! - DJ fez Machoke correr para cima de Kevin que lançava sua pokebola.

:: “O único pokemon que poderia lutar numa situação como essas é Slowbro. A música ia fazê-lo ficar agitado antes da indução psíquica. No entanto, ele ainda não pode lutar. Se eu não o usá-lo estou frito, mas se o usá-lo ele é quem vai estar frito. Arriscarei tudo nesse maldito movimento.” ::

Kevin sentiu a tensão em sua escolha. Havia tomado uma decisão para arriscar tudo. Se sua escolha falhasse certamente ele iria sair ferido, junto a seu pokemon.

A pokebola de Kevin libertava Flaaffy que aparecia já dormindo sendo lançada contra a parede, pois fora acertada imediatamente por Machoke em uma poderosa investida.

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Enquanto isso Juliana estava a se arrastar pelos cantos do prédio.

– Sabrina disse que eu preciso desligar a energia do prédio. - Ela andava engatinhando, tentando se erguer para andar a cada mesa ou novo apoio que encontrava no caminho, mas, não conseguia se manter muito tempo de pé. Os brincos não conseguiam deixá-la livre da indução. - Só espero não dormir antes disso. - Juliana tentava se manter acordada, mas diferente de Cowboy e Whitney, ela não estava com adrenalina alta, pois não estava numa batalha. Apenas havia se mantido, acordada devido aos poderes psíquicos de Sabrina.

Ela sabia que ou teria de ir até o porão para desligar a energia, o que talvez fosse um esforço muito maior do que ela poderia fazer, ou que poderia desligar do terraço onde estavam. No porão geralmente ficavam toda a caixa de força do prédio. Em cada andar ficava chaves de energia do andar. Seria mais eficiente todo o prédio, mas o andar já bastaria. Ela apenas precisava se arrastar para o outro lado do terraço que ela não conhecia, a parte onde a festa não acontecia.

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– O que me diz disso moleque? - Rindo DJ falava ao microfone enquanto tentava saquear mais coisas em meio dos inconscientes. Não precisava sequer prestar atenção na batalha. Mas, viu faíscas acertarem seu Machoke que cambaleava atordoado.

– O que? - DJ olha seu pokemon tentando se estabilizar. Ele via que uma corrente elétrica passava pelo seu corpo. Olhando para Flaffy via que ela estava um pouco surrada, mas dormia. - Estática? -

Não havia outra explicação. A pokemon dormia, estando incapaz de defender-se, não poderia ter atacado. A única alternativa era a eletricidade do corpo da pokemon estar criando estática em volta de seu corpo devido ao acumulo de energia.

No entanto, não parecia que havia sido só estática. Machoke não era tão fraco. DJ voltou a suas mesa de som e abaixou um pouco o volume no momento em que via Kevin movimentar sua boca.

– … e Golpe Sonambulo! - Gritou Kevin.

Foi instantâneo. Flaaffy levantou-se e se pôs a correr acertando um Soco do Trovão no pokemon lutador, o lançando contra uma das paredes.

– Golpe sonambulo? - DJ surpreso viu seu Machoke gemer sem forças para seguir batalhando.

Kevin apenas sorriu e tentou explicar, mas era inútil. O DJ pouco conseguia escutá-lo, pois já havia realmentado o volume para tentar fazer Kevin ser mais afetado pela indução. Kevin apenas o escutava devido a ele falar tudo pelo microfone.

Desde a Copa Kanto Kevin procurava uma forma de contornar a sonolência de Mareep, agora evoluída para Flaaffy. Mas, era algo da criação da Pokemon. Algo da personalidade dela, ser preguiçosa e gostar de dormir. Não parecia haver solução para aquilo até que escutou o Professor Carvalho comentando com alguém no VideoPhone sobre o Ataque Sonambulo.

Um movimento feito quando os pokemons estavam adormecidos. Se o pokemon estivesse dormindo ele seria presa fácil para os ataques adversários. Era um caso onde o pokemon receberia os ataques diretamente caso não tivesse feito nada anteriormente para se precaver, enquanto o efeito do sono não passasse. No entanto, alguns pokemons tinham a capacidade de mesmo dormindo continuar escutando seu treinador e efetuar movimentos, mesmo que não fossem precisos ou os esperados.

O Ataque Sonambulo consistia do pokemon efetuar um de seus movimentos enquanto dormia. O ataque seria aleatório, o que muitos consideravam a fraqueza do movimento. Se o pokemon aplicasse um ataque errado ou ineficaz, ao invés de conseguir manter-se na luta, poderia se tornar uma presa ainda mais fácil para o adversário. Para alguns aquilo era idiota de se pensar, afinal o que poderia ser mais fácil de abater do que um pokemon adormecido?

Kevin entendia aquele movimento como uma questão de memória. Pois assim o diário de seu pai dizia. Uma memória muscular ou do subconsciente. Enquanto sonambulo o pokemon poderia realizar o movimento que mais fez, podendo ser em toda a sua vida ou nos últimos tempos, o que seria algo muscular. Mas, também poderia fazer os últimos movimentos que fez enquanto consciente, o que poderia ser subconsciência. Não fazia muita diferença, já que o segredo era sempre estar treinando os movimentos mais necessários para quando o pokemon viesse a dormir.

Fazer Flaaffy aprender aquilo era o problema. Ela não o aprendia naturalmente, mas era uma pokemon apta a aprender. Começou com Kevin conversando com Mareep durante horas enquanto ela estava com sono para que quando dormisse ela identificasse sua voz. Depois escolhendo os golpes que insistiria para ela aprender, Choque do Trovão, o Soco do Trovão que não havia muita utilidade enquanto ela era uma Mareep, e o Super Voz. Na terceira fase falou com Mareep como se fazia cada ataque enquanto ela dormia.

Nunca chegou a ter a oportunidade de testar tal movimento. Parecia cruel fazer a pokemon continuar lutando já que ela queria era dormir. Além disso, um pokemon dormindo não poderia lutar na Copa, conforme as regras da Copa Kanto. Mas, ali a situação era diferente. Ou um pokemon dormindo lutava ou ele apanhava. Ou Flaaffy aplicava o Ataque Sonambulo para lutar contra o inimigo, ou a cidade inteira seria saqueada. OU ela lutava ou Slowbro teria que lutar em seu lugar.

:: “Anda Juliana! Desliga essa música para que eu possa usar mais pokemons. Desliga essa música antes que eu vá parar no mundo dos sonhos! Ou pior... o mundo dos mortos.”:: Kevin gritava em sua mente tentando se manter disperso e em comando.

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Juliana já não conseguia mais se mexer devido a música. Ela havia chegado na caixa de força que ficava no terraço, mas não conseguia ficar de pé para abrir e desativá-la. Era uma porta a ser puxada e uma grande alavanca a ser baixada Juliana já havia conseguido com custo arrastar-se até ali e agora lutava para abrir a porta, mas seu corpo bloqueava o caminho da porta.

:: “Vai Juliana, Só mais um pouquinho... Se vencer a porta e desligar a força você vai poder dormir por um bom tempo... Minha família ficaria envergonhada se eu desistisse agora...”:: Ela tentava se levantar, mas parecia estar grudada ao chão. Seu corpo pesava assim como seus olhos que teimavam e sentirem-se melhor fechados.

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– É algum tipo de sacanagem? - Kevin havia encostado-se em um dos muros. - Três Machockes? -

DJ havia recolhido seu surrado pokemon e libertado três outros pokemons idênticos ao primeiro. Os três pokemons se dividiram em um ir para cima de Kevin que tentava defender-se mantendo uma das mesas da festa a sua frente enquanto ficava encurralado com as costas na parede, os outros dois foram atrás de Flaafy, mas a mesma insistia em usar o Soco do Trovão em tudo que chegasse perto dela.

A pokemon elétrica fazia uma careta a cada soco demonstrando que parecia estar tendo um pesadelo. Em situações normais certamente ela já teria acordado, mas com as induções de sono ela continuava dormindo e sofrendo. Ela socava com tanta vontade e velocidade que já não chegava a parecer a preguiçosa ovelha e muito menos que estava dormindo.

– Só mais um pouco... - Balbuciava Kevin caindo junto a mesa partida pelo Pokemon que preparava-se para agarrá-lo. - Só mais um pouquinho... -

:: “Por favor... eu to contando com você não me decepciona.... Desliga...”:: Kevin esperava que Juliana desligasse o som antes que ele desmaiasse.

Kevin observava Machoke voltar sem nada fazer com ele. Se sua mente funcionasse naquele momento ele perceberia a diferença de um vilão normal para um da Estilo de Poder. Ele olhou para DJ. Ele parecia familiar. Lembrava um pouco CB-888 JOW. Mas, aquele estava com uma barba mal feita, sem os penduricalhos normais e uma roupa preta com um gorro. Não eram as roupas que o treinador que gostava de holofotes usaria, certamente a musica já começava a lhe fazer sonhar acordado.

– Está tentando ganhar tempo para alguém desligar o som? - Riu o DJ recolhendo o Machoque que atacava a Kevin e liberando um pokemon voador, Fearow. - Mas não vai funcionar. -

– Como é? - Kevin não entendeu.

– Machokes, usem o terremoto no prédio. Vamos destruir tudo antes de ir. -

:: “Eu confio em você! Eu sei que você pode fazer isso! Eu sei que você consegue! Vamos Juliana!” :: Gritava Kevin em pensamento.

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Pelas ruas, tudo era calmaria, com exceção da forte musica que tocava por toda a cidade. Parecia que nas outras festas a mesma estratégia estava ocorrendo. Os ladrões corriam tentando se reagrupar, cada equipe que atuava em uma festa chegava correndo, trazendo consigo sacolas abarrotadas do saque feito.

– Socorro! Socorro! Me ajudem! Ai meus Deus!! - Upi berrava insistentemente. - Ei cara tira essa mão daí! Ainda não te dei permissão de me tocar assim! - Upi era segurado com força nos combros de um dos ladrões que não conseguia fazê-lo ficar quieto e precisava sempre estar suspendendo novamente o cara para os ombros.

– Por que essa bicha não dorme? - Pergunta um dos assaltantes.

– Bicha é sua vida! - Gritou Upi.

– Deve estar já sobre efeito das ondas psíquicas, mas deve ser mais resistente. Ela nem diz coisa com coisa. -Diz o terceiro parando já encontrando dois outros companheiros de saque.

– Acho que é por causa dos Hormônios sabem. - Comentou Upi. - Meu médico disse que minha taxa de hormônios afeta meu temperamento e todo o meu sistema... - Upi para por um instante. - Já mandei tirar a mão daí!!! - Upi tagarelava com sua voz irritante.

– Vocês foram seguidos. - Um dos que esperavam os demais apontava para Cowboy e Whitney que chegavam correndo com Tauros e Milktank. Eles pareciam cansados e já cedendo aos efeitos da hipinose. Manter a adrenalina alta era um meio de bloquear os efeitos, mas parecia que não poderiam manter a adrenalina alta para sempre.

– Vamos combatê-los. Logo eles caem. - Todos começavam a sacar duas pokebolas cada um, no entanto foram surpreendidos por uma cantoria que se sobressaia ao som dos ladrões e chamas que os acertavam no meio da noite.

– Preparou! Ajeitou... Pedalou robinho!! Pedalou rabinho!! Pedala Robinho!!!! - A voz gritava em com batidas ritmadas enquanto chamas atacavam aos 5 ladrões.

– Que isso? Whitney e Cowboy se assustam com as chamas.

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Juliana havia conseguido abrir a porta e estava caída diante da alavanca. A alavanca a pouco mais de um perto de distancia do chão parecia extremamente distante para a menina que estava caída no chão, sem conseguir se mover, travando uma grande luta apenas para manter seus olhos abertos.

:: “Desculpa Kevin, não dá. Eu não aguento mais. Sei que você e sua prima foram legais comigo me trazendo para a festa e me ajudando quando me meti em confusão... Mas... Não sou heroína... eu queria tanto poder ajudá-lo... me perdoa... ”:: Juliana fecha os olhos sem conseguir reabri-los novamente.

Lembranças:

– Será que posso saber o nome de minha parceira ao menos? - Pergunta Kevin sorrindo.

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– Juliana, precisa trabalhar comigo. - Diz Kevin surpreso com o comando que a menina tinha ordenado.

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– Bom trabalho Chicorita! - Dizia Kevin observando sua pokemon.

Chicorita abaixava Tododile que estava inconsciente. Juliana caída no chão assustada só consegue pegar seu pokemon nos braços, que lhe era entregue pelos chicotes de cipó da pokemon planta de Kevin. A menina estava atordoada com o acontecido, e a expressão de medo e angustia tomaram conta da fúria que era presente em sua face anteriormente. Fora o primeiro momento que Kevin via uma expressão diferente no rosto da menina que sabia, não iria mudar tão repentinamente.

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– Não tem importância. Se tivéssemos ganhado as insígnias você não ia ter continuado irritada e Cowboy não teria como por a culpa em você por ter estressado Whitney. - Sorrindo. - você tinha seus motivos. -

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– Eu confio em você! Eu sei que você pode fazer isso! Eu sei que você consegue! - A voz de Kevin ressoava sem que ela pudesse visualizá-lo nas lembranças como nas outras cenas.

Fim das Lembranças.

Os olhos de Juliana se abriam lentamente após alguns minutos fechados. Ela despertava ainda em meio a todo o barulho que ocorria.

– Eu... - Ela começava a forçar os músculos numa tentativa de levantar-se. - … não posso... - Juliana joga o corpo para cima e estica os braços. - … falhar com ele... - O corpo dela praticamente voou para cima, assim como seus cabelos. Seu corpo caiu sobre a alavanca. O peso do corpo da menina fez a alavanca se mover para baixo.

Juliana caia de lado no chão vendo as luzes do prédio se apagarem e a alta música ser interrompida. Ela sorria diante ao silêncio e fechava seus olhos adormecendo, mesmo com a interrupção da musica.

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Os machokes iam realizar o movimento terremoto quando foram surpreendidos pelo desligar das luzes e interrupção do som. Acabaram sendo surpreendidos por Flaaffy que efetuava, mais uma vez o ataque sonambulo que se convertia em onda do trovão.

Kevin estava deitado no chão quando viu que tudo se apagou e se silenciou. Ouviu o grito dos Machokes sendo acertados por uma descarga elétrica.

– Parou.... - Kevin balbuciou. - Parou! - Ele tentou Gritar animando-se, mas sentia que seu corpo estava completamente pesado, como se nada tivesse mudado.

– Eu avisei seu mané. Não tem como nos parar só desligando a música. Ainda mais apenas do andar! Vai ter que destruir a antena. - Diz DJ recolhendo a todos os pokemons, menos seu Fearow que ele já montava.

– Como é? - Pela primeira vez Kevin tinha certeza que estava sendo escutado.

– Desde que a torre ficou restaurada, nos infiltramos! Estamos enviando ondas psíquicas por esta antena por dias. Precisávamos de tempo e paz para arquitetar nosso plano, e para tanto usamos a torre para enviar ondas psíquicas pela cidade, deixando-os alienados. - O DJ encarou Kevin e Flaaffy. - Em outras palavras, as ondas tinham a função de deixá-los fissurados pelo que eles sentiam no momento. Tornar as pessoas obcecadas! Se sentiam raiva, viravam agressivos. Se sentiam amor... era uma melação só. Se todos a sua voltava estavam como sono, dormiriam junto dos demais. Se ficam irritados eram uma pilha de estresse! -

– O estresse da cidade... - Kevin havia conseguido se segurar em uma mesa e ia libertar todos os seus pokemons de uma vez.

– A música era hipnotizante. Fazendo assim as pessoas dormirem. Ela foi enviada também pela antena e todos da cidade dormem, porém o que acontece é que mesmo a musica tendo parado, as ondas psíquicas agora estão a prendê-los em transe. As onas psíquicas continuam a ser transmitidas, porque a antena continua funcionando. Você precisa desligar a antena, que está ligada na chave geral do prédio, ou destruí-la. - Rindo DJ matinha-se em cima de seu Fearow.

– Eles não vão conseguir acordar sem que a antena pare de emanar as ondas. - DJ deu uma pequena pausa nos risos ao ver Kevin cambalear e cair com força ao lado de sua pokemon, sem chances de conseguir libertar os demais. - Mesmo que a antena seja destruída ainda levará algum tempo para que todos possam se recuperar e nisso já estaremos curtindo a nossa vitória. - DJ viu Kevin se esforçar para pegar os pokemons em seus braceletes. - Todos os que foram expostos a elas durante esse período são afetados. Mesmo que não tenha conseguido escutar a musica, aquele que tiver sido pego pelas ondas psíquicas emitidas pela antena durante a última semana, não vai conseguir resistir e vai dormir de imediato. É indução. O que o ambiente estiver oferecendo ele abserverá e ficará obsecado por isso. No momento a maioria em sua volta dorme. Principalmente aqueles que pisamos enquanto estavamos lutando. -

Kevin continuava a tentar pegar suas pokebolas. Era verdade que as pessoas do terraço agora estavam algumas machucadas devido a luta, mas naquele momento ele não podia fazer muito.

– Aposto que recuperou seus pokemons no Centro Pokemon, não é? Se eles saíram da pokebola irão todos adormecer. Mas, tente a sorte. Adorarei roubá-los também! -

Kevin parou de tentar pegar as pokebolas do bracelete. Todos os pokemons havia saído da pokebola para serem avaliados. Percebendo que poderia perder os pokemons passou a tentar alcançar a pokebola de Flaafy para recolhê-la e evitar o pior. Os braceletes estariam protegendo-o contra roubo. Mas ele estava completamente aturdido e cansado. Movimentar-se era difícil.

– Perdeu garotinho! - Com um movimento rápido Fearow abaixava e agarrava Flaaffy com as garras de suas patas.

Kevin arregalou os olhos. Não poderia fazer nada. Ele gritava, mas parecia em vão.

– Ataque Sonambulo! Ataque Sonambulo! Ataque Sonambulo! - Gritava Kevin repetidas vezes afim de que Flaaffy escutasse-o.

O pokemon alado recebeu uma forte descarga elétrica do Choque do Trovão que vinha da adormecida ovelha que usava de seu ataque sonambulo. Gritando, mas parecendo resistir, o pokemon alado continuava a alçar voo enquanto recebia. O DJ também era eletrocutado junto ao pokemon alado e começava a deixar cair o saque que havia feito.

Um clarão começou a acontecer em meio as patas de Fearow. O que era um brilho azulado do choque tornou-se um brilho branco que foi tomando forma e aumentado e se tornando cada vez mais pesado. A Descarga elétrica parou e um gripo pode ser escutado abaixo de Fearow.

– Impossível! - Em uníssono DJ e Kevin não acreditavam no que tinha acontecido.

Flaaffy em meio ao ataque sonambulo havia evoluído. Todo a lá de seu corpo de desapareceu e não parecia ser mais uma ovelha. Mantendo a forma bípede com uma calda mais alongada onde havia uma esfera na ponta. Ficando com cerca de mais de um metro e meio de altura, seus braços se alongaram e o corpo ganhou um tom amarelado com traços pretos. Sendo a pele revestida de pelos macios que aumentavam a macies e a estática conforme a quantidade de eletricidade no seu corpo. Com espécie de chifres redondos na cabeça, ele lembra uma espécie de dragão bípede para alguns, apesar de não ser.

Fearow saltou o pokemon enquanto DJ gritava comando para que se afastasse do prédio com velocidade.

– Ampharos! - Murmurou que respirou fundo. - Estica bem os braços, concentre suas energias nas mãos .. E o resto você já sabe! Detona antena! - falando o mais rápido e forte que podia Kevin viu sua pokemon cair no chão do terraço e olhá-lo confirmando que havia entendido, com apenas um gesto de cabeça;

O pokemon concentrou a Esfera Elétrica lançando-a e explodindo-a em faíscas elétricas. Sorrindo a pokemon voltou-se para Kevin, mas ele estava com os olhos fechados a dormir.

Olhando par aos lados Ampharos pareceu dar de ombros ao perceber que era a única acordada. Sentou-se ao lado de Kevin e fechou os olhos adormecendo ao lado do treinador.

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Whitney e Cowboy estavam caídos e já haviam recolhido seus pokemons que não estavam mais em condições de batalhar. Mesmo depois que Milktank recuperou a ela e a Tauros, os efeitos da transmissão continuavam e logo acabaram caindo no sono.

No entanto, a batalha havia terminado com a derrota de onze ladrões que estavam todos amarrados e colocados próximo a entrada da cidade, local onde eles havia combinado de se encontrar.

– Essa foi uma noite agitada. - dançando no ritmo das musicas que tocavam em seu fone de ouvido Music da Poke-Music parecia conferir os negros que os assaltantes levavam com o saque da noite.

– Como vocês não são afetados pelas ondas? - Perguntou Cowboy sentado no chão começando a sentir a sonolência e a cabeça a latejar.

– Da mesma forma que eles. - Music apontou para os ladrões.- Na mascara deles havia um sistema de áudio que tocava uma música numa frequência que anulava a música hipnótica e as ondas psíquicas. - Music mostrou a mascara e o dispositivo. - Quando nosso equipamento de som começou a tocar uma música diferente da que estávamos tentando passar, entramos em contato uns com os outros. Quando percebemos que era uma intromissão da antena o ataque explodiu e nós explodimos nossos aparelhos. -

Cowboy olhou para o lado. A líder já dormia.

– Você deve estar achando que era mais fácil só desligar, mas preferimos explodir para que eles não pudessem usá-los para continuar com o plano e o estrondo nos deixou surdos, por um período o suficiente, para podermos hackear a música e a frequência que eles usavam para bloquear a indução. Depois compartilhamos a musica e ficamos escutando-a. -

Cowboy deu um sorriso. Os membros da Poke-Music eram realmente muito espertos. Ele adoraria enfrentá-los, mas o combate ficaria para quando ele acordasse.

– Meu herói! - Upi saltava de um lado par ao outro ao lado de Music tento chamar a atenção dele. - Não se faça de rogado que você já foi no meu programa. -

Music tentava ignorar a falação enquanto tentava entender se tudo aquilo não passou de um saque muito bem elaborado. Mas, virou-se assustado em direção a rádio, pois escutava uma grande explosão ocorrendo.

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– Ai... dor de cabeça. - Diz Kevin que acordava meio lentamente. - Devo ter bebido todas a noite passada... Hum.. eu não bebo... - Kevin chegava a estar com dificuldades de raciocinar.

Abrindo os olhos lentamente ele olhou em volta. Estava no Centro pokemon, pelo menos lembrava um dos quartos dos centros. Estava a meia penumbra e não conseguia perceber muita coisa em volta. Sentiu o atrito do lençol que o cobria com sua pele. Então percebeu que estava apenas de cueca.

Girando a cabeça para o lado esquerdo, já que parecia ter dormido a noite toda de barriga para cima e do lado direito havia uma parede, viu suas roupas da outra noite, bem sujas, no chão.

– Eu devo ter feito algo bem vergonhoso. - Kevin tentou se lembrar de algo, mas a cabeça insistia em não deixar-lhe pensar. - Vou me levantar e... - Kevin ergueu um pouco a cabeça e sentiu o corpo inteiro reclamar. Resolveu ficar ali parado durante algum tempo até que as cosias clareassem em sua mente.

Olhando para suas roupas novamente percebeu que havia um vestido junto a elas. Ele estranhou mas lembrou-se do vestido. Era muito parecido com o que Juliana usava na festa da rádio. Subindo um pouco a visão que ia se acostumando com a penumbra percebeu Juliana deitada na cama ao lado.

:: “ Mas... o que ela esta fazendo no meu quarto? Ou será que é o quarto dela? Se o vestido dela está no chão ela também está... Ai meu Deus!”:: Kevin tentou se levantar novamente, mas sentiu que seu corpo não responderia aos seus comandos com tanta facilidade. Chegou a gemer com a tentativa.

– Onde... onde eu... - Juliana acordava na cama ao lado e parecia estar pior que o Kevin. Na certa ela deveria ter acordado com os gemidos de dor de Kevin. - Por que estou só de roupas intimas? -

– Bom dia! Eu acho que é bom você não se mexer muito. - A voz de Kevin soava pelo quarto. - Vai doer o corpo inteiro. - Diz Kevin de sua cama olhando ela despertar.

– O que? - Assustada com a voz do garoto, ainda mais por perceber que por baixo dos lençóis não lhe havia muita roupa ela tentou mover-se tentando encolher-se. Mas, o corpo não respondeu rapidamente – Aii.. - gemendo ela percebia que as palavras de Kevin faziam algum sentindo. - Tem razão. - O que foi que aconteceu? Eu não lembro de muita coisa... - Esticando a cabeça para o lado para tentar encontrar Kevin viu seu vestido no chão além de sujo havia rasgado.

Desesperada ergueu o olhar e conseguiu perceber Kevin deitado no outro canto.

– Ei! Não me olha desse jeito logo de manhã. - Kevin defendia-se rapidamente. - Não fui eu quem fez isso, e muito menos quem te trocou... opa.. quem foi que me trocou? -

– Eu acho que eu tenho idade suficiente para trocar a roupa de dois adolescentes com 14 anos ou menos, não? - Sabrina entrava no quarto. O Abrir da porta deixava a claridade entrar o fazendo as vistas dos dois arderem.

– Ai que vergonha! - Juliana cobria o rosto com o lençol.

– Adolescentes. - Sabrina estava séria. Não esboçava sorriso ou tão pouco sinal de amizade. - Poderes psíquicos com quem está dormindo é mais fácil do que imagina. Vocês fizeram tudo sozinhos, apenas não os induzi a colocar pijamas porque estava com uma cidade inteira para cuidar. Diz Sabrina puxando uma cadeira e sentando-se de frente para as duas camas.

– Uma cidade inteira para cuidar? - Kevin olhou para a prima sem entender muita coisa. - Essas roupas? Já sei! A festa da rádio e os assaltantes! - Kevin lembrava de tudo num estalo.

– Isso a festa! - Juliana também recordava naquele momento de tudo o que haviam passado. Ela retirava o lençol da cabeça e o abraçava cobrindo o corpo. - Ai... cada movimento dói. -

– A maioria que está acordando está com dificuldade de se lembrar do que ocorreu. - Comentou Sabrina. - Na verdade a maioria nem sabe o que os atingiu. Acho que como vocês ficaram mais tempo acordados tem mais do que recordar. -

– Bem... eu não lembro de muita coisa... Eu consegui desligar a força? - Pergunta Juliana.

– Sim! - Disse Kevin. - E foi bem na hora! Obrigado, mesmo! Eles iam destruir o prédio, mas o apagão e a interrupção da música o fez querer recuar mais rapidamente. -

– Realmente a música era um tipo de Canção de Ninar. - Comentou Sabrina. - Mas, não era só a música. Mas mesmo que ela cessasse, as ondas psíquicas continuavam a ser transmitidas pela antena. Ainda bem que destruiram a antena. Isso fez as ondas cessarem. Fizeram um bom trabalho.-

Kevin sorriu seguido de Juliana. Para Juliana saber que conseguiu fazer sua parte, mesmo que fosse apenas desligar a força, era algo diferente. Mas, para Kevin, ouvir Sabrina o elogiando era algo realmente único.

– Fora a dor que todo mundo na cidade está sentindo. As coisas acabaram bem. Uma equipe chamada Poke-Music que estava tocando nas outras festas não desmaiaram e acabaram detendo os ladrões das outras festas, e ajudando a deter os que fugiam da festa da radio. -

– Então eles estavam mesmo por aqui! - Kevin lembrava-se do momento que pensou ter visto um dos gêmeos. - Mas, me diz uma coisa que eu fiquei curioso. Os pokemons deles não usavam mascaras nem dispositivos, como os pokemons estavam sem ser afetados? -

– Eu não sei. - Diz Sabrina. - De fato o DJ e os demais ladrões usavam um dispositivo para anular a frequencia psiquica e sonora. Assim eles não eram atingidos. O dispositivo é muito bom por sinal, porque aguenta sobrecarga de energia. -

– Realmente ele foi acertado pelo choque do trovão e permaneceu funcionando. - Lembrava Kevin da sua luta. - Meu Deus... e minha Ampharos? -

– Está dormindo como um anjo. - Diz Sabrina. - Agora... Os pokemons pareciam estar com uma barreira psíquica. Entorno deles. Ao menos os ladrões. A pokemusic permanecia perto dos pokemons para que os dispositivos de musica que eles carregavam pudessem ser escutados por seus pokemons. -

Kevin parou indicando que não estava se sentindo bem. Era informação demais e não havia muito mais que ele fosse querer entender. Ampharos estava bem e agora era um pokemon de ultimo nível. A cidade estava a salvo e não havia resposta para os pokemons dos ladrões não serem afetados, a não ser uma barreira psiquica.

Kevin relaxou em seu lugar.

– Então todos foram capturados e nada foi roubado? - Questionou Juliana chamando a atenção de Kevin.

Sabrina não disse nada. Ficou calada um tempo como se decidisse se falaria algo ou não. Mas, não parecia que aquilo poderia fazer diferença na recuperação deles e logo eles saberiam.

– Eram 12 assaltantes ao todo. Atacaram as cinco festas. - Sabrina parecia escolher as palavras. - Onze foram capturados pela Poke-Music, Cowboy e Whitney. Quando cheguei com algumas oficiais Janes, após a explosão da antena, o DJ da rádio apareceu voando num Fearow. Ele usou o tornado para elevar as sacolas da pilhagem e escolheu uma que parecia ter sido escolhida a esmo, a principio. Só que a pouco descobri que nelas estavam os pokemons não roubados de Soledá. -

– Como é? - Piscando os olhos assustado Kevin tentava entender aquela informação.

– Desconfio que o alvo desde o inicio fora apenas aqueles pokemons. - Respirando com calma Sabrina contava o que havia descoberto. - Soledá possuía 20 pokemons. Sendo que 6 já haviam sido roubados pela Estilo de Poder no dia de seu assassinato. Agora os 14 restantes estavam aqui. A rádio possuía 7 e estava para organizar um torneio para doá-los. Enquanto os outros sete eram de uma familiar de Soledá que iria ficar com eles. -

Kevin cerrou os punhos. Sentia dor ao fazer isso, mas ignorava-a diante da situação. Ele havia deixado DJ fugir e por isso os pokemons haviam sido roubados. Se ele tivesse aguentado mais um pouco e comandado Ampharos para o ataque contra ele, ele não teria fugido. Mas, se o tivesse feito, possivelmente o ladrão estaria moroto, pois teria despencado daquela altura. Também bão teria tido forças para destruir a antena, já que desmaiara no meio do comando.

– A policia vai interrogar os capturados e certamente acharão o que fugiu. -Disse Juliana.

– Só se puderem fazer sessão espirita. - Disse Sabrina.

– Como assim? - Kevin se assustou. - Não me diga que o DJ matou os companheiros? - Kevin ficou petrificado por dentro com a possibilidade de sua suspeita estar certa. Kevin estava sentindo-se culpado pelos Pokemons roubados. Mas, se o DJ tivesse matado os companheiros, seria culpa de Kevin.

A cabeça do jovem rodou antes que Sabrina conseguisse responder. Não faria sentido DJ matá-los, já que ele não matou a Kevin quando teve chance. Não parecia que ele era do tipo assassino. Por outro lado, ele pretendia destruir o prédio da rádio matando a todos.

– Não. Ele fugiu assim que obteve os sacos das pokebolas. - Sabrina parecia pensativa. - Trancamos os 11 na delegacia. Mas, duas horas depois, ouvíamos gritos enquanto ajudávamos as pessoas desmaiadas. Todos estavam em suas celas, mortos. Sem sinal de arrobamento, sem sinal de que eles se mataram. Nada. -

– Será que o DJ voltou e os matou? - Perguntou Kevin ainda temeroso.

– Duas oficiais o perseguiam quando isso aconteceu. Mas, acabaram o perdendo-o. - Sabrina meneou com a cabeça. - E temos certeza que não era uma ilusão, ou que ele as despistou com poderes psíquicos pois meu Abra foi junto para garantir que nenhum truque psico fosse usado novamente. -

Kevin assentiu devagar com a cabeça assim como Juliana. Os dois jovens ficaram calados tentando evitar se agitarem tanto quanto queriam. Havia conseguido fazer a parte deles no salvamento a cidade, mas sentiam a dor daquela decisão.

Sabrina se levantou com calma. Ela já apresentava sinais de cansaço. Fechando a porta atrás de si enquanto deixava os dois sozinhos para se recuperarem a líder foi buscar um canto para ela descansar.

O silêncio se fez no quarto e Kevin fechou os olhos para ir descansando. Mas, foi surpreendido pela voz de Juliana.

– Obrigada. - Diizia a menina.

Kevin abriu os olhos procurando quem mais estaria no quarto. Mas, viu que permanecia sozinho e Juliana estava com o rosto virado para ele, olhando-o.

– Obrigado? - Kevin não entendeu. - Pelo que? -

– Bem... - Envergonhada a menina desviou o olhar, sentindo um pouco de dor ao movimentar a cabeça, mas ainda assim terminou o movimento passando a olhar para o teto. - Obrigada por confiar em mim. - Disse ela agradecendo a penumbra para que Kevin não a percebesse corada. -Achei que não ia conseguir... cheguei a dormir antes de desligar a força, mas sonhei com você e todas as vezes que você me deu força e foi paciente comigo, até com você dizendo que eu podia fazer. Que confiava em mim. - Ela deu um pequeno sorriso que logo tentou esconder preocupada que Kevin pudesse ver mesmo na penumbra. - Mesmo que tenha sido só um sonho. Obrigada. -

Kevin ficou lembrando da batalha e do momento em que suplicava em mente que ela andasse logo, dizendo que confiava nela e que ela podia.

– De nada! -

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Eu temi que DJ tivesse matado seus companheiros. Por algum tempo me senti totalmente responsável pelas mortes, mas depois de um tempo eu comecei a entender que não foi DJ que os matou. Ele poderia ter feito o mesmo comigo e não o fez. Ele quis detonar a torre, mas parecia um ato inconsequente do qual ele se arrependeu, afinal a antena ia para vala e com isso todo o esquema dele.

Os acontecimentos daquele dia iriam me acompanhar para sempre, ainda mais se eu pensar que durante a minha luta as pessoas desmaiadas no terraço se machucaram. Ainda mais quando penso que as pessoas no terraço que se machucaram vinham me agradecer por tê-las ajudado sendo tão corajoso.

Eu era muito inconsequente. Mas a população é muito burra!