Pura Indecisão escrita por Liz


Capítulo 4
Capítulo 4 - Tome cuidado com quem você enfrenta


Notas iniciais do capítulo

Deixem comentários, por favor!! Boa leitura! (:



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No capítulo anterior...

– Ei! Eduarda! - Era o Thales.

– O que foi, Thales? Já não bastou a confusão que você me meteu na diretoria hoje?

– Como você tem coragem de dizer isso? Dei um soco no meu irmão por sua causa!

– O Pedro não presta, como tem coragem de chamá-lo de irmão?

– Acha que está certa? - Abaixei a cabeça. Me senti humilhada com aquelas palavras. - Amigos a gente não escolhe, Eduarda. Só espero que você tenha noção da besteira que está dizendo para mim.


POV Eduarda

Meu celular havia começado a tocar.

– Alô?

Eduarda?

– Sim, pai?

Não vou poder ir te buscar, filha.

Ah, tudo bem. - Eu já estou acostumada mesmo.

Estou atropelado aqui no trabalho. Jogaram um monte de coisas para eu e a mamãe fazermos.

– Está tudo bem, pai.

Mais tarde a gente se vê, filhota.

Está bem, pai.

Te amo, meu anjo. Fica com Deus.

Antes que eu pudesse responder, ele desligou. Pelo visto ele estava mesmo ocupado por lá.

Fui andando para casa, até que senti uma mão segurando em meu braço.

– Ei! - Eu disse. Olhei para trás e era Pedro. Eles estava com expressão mais que nervosa. - O que você quer? - Eu disse, um pouco amedrontada.

– Por que você não banca a espertinha agora que somos só nós dois? - Silenciei. Eu estava com medo do que ele podia fazer. Ele começou a amarrar minhas mãos.


POV Thales

Eu estava indo embora para casa, bem distraído, ouvindo Nirvana. Até que avistei um homem amedontrando uma moça. Cheguei mais perto e vi que era Pedro e Eduarda. Ele estava amarrando as mãos dela.

– Ei, Pedro!

– Veio me atrapalhar de novo? - Ele disse, gritando e segurando Eduarda no nó que havia feio em seus pulsos com uma corda.

– Pedro, solta ela. - A Eduarda chorava.

– Vai defender essa idiota? Vai defender essa menina metida a rebelde, vai?

– Pedro, para!

– Então, me bate de novo! - Ele gritava. Eu respirei um fundo. - Pelo visto, vocês se merecem. - Ele jogou Eduarda no chão. Ela havia machucado a maçã do rosto com a queda.

Dei um soco em Pedro. Ele deu alguns passos para trás e levou a mão até o rosto.

– Eu não vou descontar em você porque sei que está enfeitiçado. - Ele chutou a barriga de Eduarda. Ela gritou e começou a chorar.

– Você é um doente! - Segurei na gola da blusa dele. - Vai embora daqui! Antes que eu te mate!

– Não te reconheço mais, Thales.

– Acha que eu vou deixar você bater nela? Numa menina, Pedro?

Ele tirou minhas mãos da blusa dele e saiu andando.

– Eduarda? - Me abaixei em direção a ela e a desamarrei.

– Tha... les... - Ela estava sem ar, devido ao chute.

– Vamos, vou te levar pra casa. - Eu a peguei no colo.

– Não... - Ela sussurrou.

– Vamos. Você precisa se recuperar.

Eu a peguei no colo e carreguei nossas mochilas no ombro.

***

– Tem alguém na sua casa? - Nós estávamos no portão do prédio dela. Ela balançou a cabeça negativamente.

– Então, eu vou cuidar de você. Se importa? - Ela balançou a cabeça negativamente, de novo, e com receio.

O porteiro abriu o portão para nós.

– Estou acompanhando Eduarda. Ela estava passando um pouco mal.

– Está bem. Entre, entre! - Ele parecia querer se livrar de nós rapidamente.

– Ignore. - A Eduarda disse.

Entramos no elevador.

– Pode me por no chão. - Ela já conseguia falar direito, mas ainda não tinha muitas forças.

– Não. Nem pensar em fazer esforço.

– Eu tô bem.

– Não, não está.

Chegamos ao andar dela.

– Meu apartamento é aquele. - Ela apontou para uma porta e pediu sua bolsa. Ela tirou uma chave e abriu a porta. - Fique à vontade. - Ela disse, com ingenuidade, e sorriu.

Eu a coloquei no sofá e me sentei no braço deste.

– Não é melhor ligar para os seus pais para avisá-los que estou aqui?

– Não. Eles não vão atender.

– Mas...

– Eles vão chegar tarde. Relaxa, Thales. - Ela se virou de barriga para cima. - Ah, vou pegar algo para a gente comer.

– Não, eu pego! Me diga o que você quer que eu pego.

– Por que você tá fazendo isso?

– Isso o quê?

– Me ajudando?

– E por que não ajudaria? - Olhei para ela e sorri.

– É que eu fui tão ignorante com você até agora.

– Mas eu entendo seus motivos.

– Mas, Thales, - Ela tentou se sentar. Ela soltou um gemido de dor. Eu a ajudei. - eu nunca fui gentil com você.

– Eu fico grato apenas ao ver o seu sorriso, Eduarda. - Ela sorriu. - Estou grato, agora. - Rimos.

– Eu ainda não entendo... - Eu a interrompi e sentei ao seu lado. Passei a mão em seu rosto.

– Você não precisa entender.

– Eu só posso estar doida.

– Por quê? - Eu sorri, confuso.

– Porque eu te conheci hoje e já te trouxe pra casa. Só na minha cabeça, mesmo.

– Quer que eu vá embora?

Ela me olhou e pensou bem.

– Ah, seu bobo. - Ela riu e bateu na minha perna. Acho que isso foi um não.

– É muito sério isso, Duda. Eu gosto de você.

– Vou te contar uma coisa... - Aquele machucado no rosto a deixou com ar de fragilidade.

– Antes disso, precisamos fazer um curativo no seu rosto e temos que ir a um hospital para ver se quebrou algo com o chute que aquele... - Respirei fundo.

– Não precisa. - Ela encostou sua mão no meu ombro e sorriu. - Eu te juro que estou bem.

– Quanto ao curativo, é necessário.

– Meus pais vão me matar.

– Por quê?

– Porque vão achar que me meti em briga.

– Mas se meteu mesmo. Com esse seu jeito desafiador. Como consegue responder alguém que nem conhece? Sem saber do que é capaz?

– Eu... Eu não sabia que ele era assim, Thales.

– Não se envolva mais com ninguém sem antes perguntar para mim, tá?

– Tá bom. - Ela disse, olhando para baixo.

– Onde tem algum curativo?

– Eu pego.

– Não, fica aí e me diz onde tá.

– Ah, para de besteira. - Ela se levantou e eu me levantei junto.

Ela se desequilibrou e eu a segurei. Eu estava com meus braços envolta de sua cintura. Ela ficou com a expressão séria e eu senti uma enorme vontade de tomá-la em meus braços e lhe encher de beijos.

– Você acharia estranho se eu quisesse te beijar agora, não acharia? - Ela disse, sorrindo.

– Acharia, mas eu iria gostar.

O celular dela começou a tocar.

– Como sempre, algo para estragar. - Eu disse e a coloquei no sofá. Ela apenas riu e atendeu o telefone.

– Alô? Pai? Cheguei sim. Estou bem, fique calmo. Quem? - Eu fiquei curioso. - Ah, infeliz. Não foi nada demais, pai. Ele é um louco. Sim, ele se chama Thales e veio cuidar de mim. Tá bom, pai. Tchau. Você também.

– O que foi?

– Alguém viu a briga entre mim e Pedro e ligou para o meu pai.

– Ele não disse que foi?

– Não porque ele disse que alguém informou a diretoria, que ligou para ele.

– Nossa, que confusão. Seu pai ficou bravo?

– Ele ficou preocupado e não gostou de você ter vindo aqui.

– Ele disse o que?

– Ele não disse muita coisa porque sabe que não poderia me deixar sozinha nesse estado que estou. Mas eu já tô bem.

– Entendi. Mesmo que seu pai não me deixasse ficar aqui, eu ficaria. Apenas para cuidar de você.

– Você é um verdadeiro cavalheiro.

– Obrigada, milady. - Brinquei. Nós rimos.

– Você quer ver tv?

– Com você? Claro! Mas precisa comer algo.

– Pode ser pipoca?

– Pode ser sim.

– Vou fazer.

– Nada disso.

– Me deixa ir com você pelo menos.

– Tá bom. - Eu coloquei seu braço do outro lado do meu ombro, segurei sua mão e coloquei a outra mão na cintura dela.

Ao chegarmos na cozinha, eu a coloquei em uma cadeira e coloquei um saco de pipoca no micro-ondas.

– Que cheiro bom! - Ela parecia uma criança falando isto.

– Ótimo! - Eu sorri.

Retirei a pipoca, depois de pronta, do micro-ondas e coloquei tudo num pote.

Eu levei Eduarda para a sala do mesmo jeito que fomos para a cozinha, enquanto ela levava o pote de pipoca em uma mão.

– Me espera pra comer.

– Seu besta.

Nós sorrimos um para o outro. Coloquei-a no sofá e sentei neste, logo em seguida. A casa da Eduarda era bem arrumada e sofisticada. Não chegava a ter muito, muito, muito luxo, mas tinha alguns móveis caros.

Ela foi mudando de canal até que achou um filme chamado Sorte No Amor.

– Esse filme é bom! - Ela disse.

– Então, vamos assistir.

Ficamos atentos ao filme e comendo a pipoca. Até que percebi que a Eduarda estava me observando.

– O que foi?

– Lembra que eu ia te contar uma coisa?

– O quê? - Eu sorri.

– Eu não gostava que me chamassem de Duda.

– E por que não me disse antes? Eu te chamei assim várias vezes.

– É por isso que eu não gostava.

– O que quer dizer? - Sorri, com leve tom de malícia.

– Que quando você me chamou de Duda, eu gostei. - Ela sorriu e abaixou a cabeça.

Toquei seu rosto e ela se aproximou de mim. Eu pude sentir seu doce cheiro.

– Thales... - Ela sussurrou.

Aquilo foi a deixa para poder sentir seus lábios nos meus.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ter lido! Volte sempre :3 não esqueça de comentar, please!!!



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