Pura Indecisão escrita por Liz
Notas iniciais do capítulo
Eu quero pedir IMENSAS desculpas e sei que nada do que eu disser vai compensar essa demora para postar esse cap. Mas, em minha defesa, quero dizer que vou começar a preparar o último capítulo e que sai essa semana. Mil desculpas, novamente!!
Espero que gostem... Boa leitura!
No capítulo anterior...
- Com licença. - Eduarda bateu na porta.
- Vamos lá para fora, queridos pais. - Fernanda empurrou meu pai e a minha mãe lá para fora. Eduarda sorriu, sem graça.
- Acho que temos muito para conversar. - Ela disse e se sentou na maca, na ponta, perto de meus pés.
- Senta perto de mim. - Eu sorri. Ela ficou em pé, ao meu lado.
- Me explica tudo. Por que saiu num carro com Yuri?
- É uma longa história.
- Eu tenho tempo.
- Eu...
- Thales, me fala.
- Por que quer tanto saber?
- Porque eu... - Ela procurava as palavras certas. - Porque eu queria saber a verdade. - Não era isso que ela queria dizer, mas resolvi prosseguir. - Continue.
- Então, eu terminei com você porque Yuri me chantageou.
- Yuri te chantageou?
- Thales! O Pedro foi preso! - Fernanda entrou no quarto aos berros, chorando.
POV Thales
- Preso?
- Sim, no mesmo horário que você sofreu o acidente.
- Mas como?
- Ele me ligou hoje e disse que não se arrepende de nada porque o "inimigo" - Ela fez as aspas com os dedos com ambas mãos. - dele também foi preso. - Ela chorava cada vez mais.
Esse acidente "veio em uma boa hora". Se Yuri não tivesse me obrigado a entrar naquele carro, eu estaria em uma prisão neste exato momento.
Eduarda abraçou Fernanda e acariciou seus cabelos como se fosse sua mãe.
- Eu vou embora. - Eduarda sorriu e se aproximou de mim.
Eu não conseguia dizer nada. Fiquei trêmulo quando a boca dela tocou minha testa. Eu a vi cumprimentando Fernanda e ela saiu da sala. Ela cumprimentou meus pais, que estavam lá fora, e eu a perdi de vista.
- Não acredito que a deixou ir. - Minha irmã abaixou a cabeça e sentou no sofá.
- Eu também não acredito que fiz isso.
- E não vai atrás dela?
- Por que eu devo ir?
- Porque ela é a mulher da sua vida.
- Então, por que ela não ficou aqui? - Fernanda se calou. Fechei os olhos e não ouvi mais nada. Adormeci.
***
Eu acordei e já estava escuro. Todas as luzes estavam apagadas. Apenas a TV e algumas luzes bem fracas iluminavam o hospital. Eu me sentia muito melhor do que há algumas horas atrás.
Eu podia ver que meu pai estava sentado no sofá, dormindo.
- Pai?
- Thales? - Ele se levantou, assustado. Eu não devia tê-lo acordado. - O que foi? Quer algo?
- O que você tá fazendo aqui, sozinho?
- Nós vamos revezar as noites aqui no hospital até você ficar melhor.
- Entendi.
- Aquela moça ligou pra sua irmã.
- Eduarda?
- Sim.
- E o que ela disse?
- Disse para nós a deixarmos informada sobre sua saúde.
- Ela disse algo a mais?
- Disse que se você estiver bem, ela também vai estar.
- Ah... - Eu sorri, involuntariamente.
- Ela gosta mesmo de você.
- Não sei, pai. Acho que ela está sentindo pena de mim.
- Acho que ela gosta de você.
- E por que acha?
- Hoje de tarde, quando ela saiu dessa sala, ela parecia desapontada.
- Desapontada? E por quê?
- Faça essa pergunta a você mesmo.
Ele sentou novamente no sofá e fechou os olhos.
POV Eduarda
Hoje a tarde, depois de visitar Thales, fui à psicóloga. Meu pai ficou conversando comigo durante o caminho. Eu até estranhei.
- Você está gostando de alguém? - Olhei para ele, duvidosa. Ele só podia estar brincando comigo.
- Não!? - Respondi.
- Eu vi o jeito que você olhou para Thales.
- O que importa é que ele está bem.
- O jeito que ele te olhou também foi bem especial e diferente.
- Você acha?
- Acho.
- E por que está falando disso comigo?
- É que... - Eu o interrompi.
- Você nunca foi de perguntar sobre isso. Por que esse interesse repentino?
- Porque percebi o quanto errei com você até agora.
Eu tinha quase certeza de que ele não queria que eu dissesse para a psicóloga que ele é chato, controlador e carrancudo.
Meu pai foi comigo e eu me senti bem. Ele entrou comigo na consulta e nós falamos sobre nossa vida até hoje. A psicóloga disse que eu não deixarei só de ter medo. Também nasceria uma nova Eduarda em mim. Uma Eduarda que não se ilude por lindos olhos de qualquer um.
***
Nós chegamos em casa e minha mãe estava na cozinha, preparando algo para comer. Eu fui para o meu quarto e deitei em minha cama. Voltei a pensar sobre hoje a tarde. Thales não parecia tão entusiasmado comigo, o que me deixou muito desapontada. Eu pensei em Yuri também. Não desejava nada de ruim para ele, mas gostaria de me afastar depois de tudo o que Thales me contou no hospital.
Eu precisava dele, mas será que ele precisava de mim?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Obrigada por ter lido!
Fique com Deus...
Beeeeeeijos :*