Pura Indecisão escrita por Liz


Capítulo 13
Capítulo 13 - Sem meu amor, sem nada...


Notas iniciais do capítulo

Eu queria pedir desculpas por não ter escrito antes :C
Em minha defesa: eu fui viajar na quinta à noite. Eu tentei atualizar desde quarta e, por algum motivo, não consegui...
Então, se caso acontecer mais uma vez de eu demorar a atualizar, é porque aconteceu alguma coisa, mas logo eu atualizarei, novamente, por mais que demore. E não será intencional, rs.
Eu fiz um capítulo bem caprichado e espero que gostem :3
Eu também queria agradecer a LINDA recomendação da Bruna Mendes! Não sabe o quanto me deixam feliz essas coisas! Estou até mais inspirada para escrever, rs. Obrigada MESMO!!
Boa leituraaaa :B



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No capítulo anterior...

Acho que Fernanda era a única amiga de verdade que eu tinha. Eduarda também era, mas eu a perdi. Era algo perdido que eu tinha que recuperar. Só não sabia como.

POV Thales

Depois de conversar com a Fernanda, ontem, eu dormi. Consegui dormir até o despertador tocar. Era hora de ir pra escola. Me arrumei e fiquei esperando a Fernanda na sala. Logo, ela veio também e se sentou do meu lado.

- Bom dia. - Ela sorriu.

- Bom dia. O pai já acordou?

- Já. Ouvi ele conversando com a mãe.

- Sobre o quê?

- Não deu pra ouvir. - Ela respirou fundo e ficou com a expressão séria. - Você tá preparado para encarar Eduarda depois do que você viu, ontem?

- Não, mas eu vou arranjar um jeito de tê-la de volta.

- Então, quer dizer que alguém a tirou de você? - Fernanda sorriu, vitoriosa.

- Sim. Satisfeita com a descoberta? - Me irritei.

- Só quero te ajudar. - Ela respirou fundo. - Me diz quem é, Thales. 

- Não posso.

- Eu paro de falar com Pedro e Yuri se me contar. - Pensei em contar, mas sei bem que Fernanda não conseguiria cumprir a promessa.

- Não adianta insistir. Não vou te falar.

Escutamos meus pais vindo até a sala e silenciamos.

- Vamos, crianças? - Minha mãe disse, com um sorriso enorme no rosto.

***

Cheguei na escola e fiquei apoiado no mesmo lugar de sempre. Fernanda estava conversando com as amigas dela. De repente, vi Yuri chegando na escola com Eduarda. Fingi não me importar, mas aquilo me doeu demais. Eles passaram em minha frente. Yuri sorria e Eduarda deu uma simples olhada. Yuri desviou o olhar e segurou a mão dela, que logo desviou o olhar também. A minha vontade era de bater muito nele. E o que ela pensa que está fazendo? Me ofende e no dia seguinte já está com outro? 

POV Eduarda

Nós já havíamos saído do "campo de visão" de Thales e paramos de andar. 

- Não sei se foi certo o que fizemos na frente dele. - Soltei a mão de Yuri.

- É certo que gosto de você, Eduarda.

- Eu não te conheço direito, Yuri.

- Você não entende. Foi amor a primeira vista.

Ver aquele garoto falando tão apaixonadamente era de deixar qualquer uma aos pés dele, mas eu estava muito dividida e não o conhecia direito. Yuri era um rapaz educado, bonito, simpático e tudo mais, mas ainda não sei se ele finge ser assim ou se foi criado assim. Ele havia ido me buscar na portaria de casa e fomos a pé para a escola.

- Vamos pra sala. - Fui na frente.

Entramos na sala de aula. Eu sentei no fundo e ele veio logo atrás de mim. O sinal havia batido e logo o professor entrou na aula. 

***

Nós descemos até o intervalo. No meio do caminho, nas escadas que vinham antes do pátio, avistei Thales meio que se escondendo. Ele gesticulou para eu me afastar de Yuri por um tempo. Eu não queria, mas ele insistiu muito. Resolvi fazer o que ele sugeriu porque, de repente, ele ia me explicar a palhaçada que ele havia feito.

- Você pode descer na frente? Esqueci uma coisa na sala e vou ter que ir ao banheiro depois disso. - Eu disse para Yuri

- Tudo bem, mas não demore. - Ele ameaçou selar nossos lábios, mas virei o rosto e ele beijou minha bochecha.

Quando eu não pude mais ver Yuri, senti alguém me puxar pelo braço e, praticamente, me arrastar até a biblioteca. Era Thales, obviamente. Ele me levou até o meio das prateleiras, numa parte bem vazia. 

- Me solta! - Ele me soltou.

- Você disse que me amava e já tá com ele. - Ele sussurrava.

- Você disse que me amava e terminou comigo. - Lhe lancei um olhar desafiador. Ele silenciou. - O que você quer?

- Eu preciso lhe dizer uma coisa, Eduarda.

- Diga, então.

- Na verdade, não queria dizer.

- Você tá querendo me enrolar! - Eu ia embora, mas ele puxou meu braço e me beijou.

Era um beijo desesperado. Eu não podia soltá-lo. Eu não conseguia soltá-lo. Eu apertava seu corpo contra mim e o beijava com a mesma vontade e intensidade que ele me beijava. Ele direcionou seus lábios para meu pescoço. Aquilo me deixou arrepiada e com vontade de tê-lo apenas para mim. 

- Por que saiu com Yuri? - Ele disse, olhando em meus olhos.

- Porque você me deixou. - Abaixei a cabeça.

- Eu não sai com nenhuma garota.

- Sei. - Eu ia indo embora.

- Namore com qualquer pessoa, mas não com más companhias, por favor.

Eu o olhei e sorri. Saí da biblioteca, meio envergonhada, mas senti que, de certa forma, ainda podia voltar com Thales.

Desci até o refeitório e lá estava Yuri, à minha espera. Me sentei à frente dele.

- Por que demorou tanto?

- Tinha fila no banheiro.

- Entendi.

O resto do intervalo foi silêncio. Apenas troquei olhares com Thales. Era como se nunca tivéssemos conversado. O sinal bateu. Subimos para a sala e nada foi diferente.

POV Thales

Eduarda estava andando muito com Yuri. Apesar de nosso encontro na biblioteca hoje, acho que perdi o amor da minha vida. Fui para a sala de aula e esperei o sinal bater. Antes disso, Yuri entrou na sala e veio em minha direção. Eu estava sentado na última cadeira da fileira do canto da porta. Ele se sentou em minha frente e respirou fundo.

- O que você quer? - Resolvi acabar com aquele mistério dele.

- Eduarda estava muito diferente no intervalo e sei que é algo com você. Falou com ela hoje, não foi? - Abaixei a cabeça e não respondi. - Não quero que você entre em contato com ela de jeito nenhum. Deu pra entender?

- Quem você pensa que é pra falar desse jeito comigo?

- Entenda isso como você quiser, mas, mais uma dessas, já sabe que terá que arcar com as consequências. - Ele saiu da sala.

Eu tive vontade de quebrar tudo o que estava em minha frente.

O sinal havia batido e o professor entrou na sala. Os alunos entraram aos poucos. Quando todos entraram, o professor fechou a porta e se posicionou à frente da mesa.

- Bom dia. - Ele disse e sequer nos deixou responder. - Na próxima semana, teremos as provas. 

Ele se levantou e passou pela sala distribuindo calendários de prova. Eu não estudaria para nenhuma. Sem Eduarda, sem forças, sem estudos, sem fome, sem nada...


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ter lido!
Fique com Deus...
Beeeeeijos :*



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