Back To Your Heart escrita por Sora Takenouchi Ishida


Capítulo 24
Quero Você de Volta


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a todos que comentaram. Espero que gostem desse capítulo.



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Capítulo 24: Quero Você De Volta
Yamato estava fazendo janta para seus filhos. Ele tinha voltado para casa para cuidar deles e deixar os pais de Sora irem ao hospital porque estavam preocupados com ela. Ele fez um lembrete mental de dar mais crédito a sua esposa dali em diante; cuidar de tantas crianças ao mesmo tempo não é fácil.
“Cadê a mamãe?” Aiko perguntou enquanto entrava.
“Ela deve chegar logo.” O astronauta sorriu enquanto respondia. “Por que não espera com o Kouji na sala enquanto eu termino a janta?”
“Por que não me conta que ela está no hospital?”
“O que? Como você sabe?”
“O tio Takeru me falou.”
“Ah.” Yamato secou suas mãos e andou até sua filha. “Eu acho que não tem problema. Sua mãe passou por uma cirurgia para que seu irmão ou irmã pudesse nascer.”
“E você está perdendo isso? Não deveria estar lá quando ele ou ela chegar?”
“Ela não vai só dar a luz, Aiko. Eles também vão remover alguns de seus órgãos e eu não posso estar presente.”
“Mas você estará lá quando ela acordar, certo?”
“Provavelmente, sim.” Ele disse inseguro. “Isso vai depender se eu conseguir achar alguém para ficar com você e seus irmãos.”
“Eu quero ver a mamãe.”
“Eu te levarei quando ela puder receber visitas. Aiko.” Yamato chamou seu nome quando percebeu que ela estava saindo. “Eu quero me desculpar com você.”
A menina parou e se virou, esperando que seu pai continuasse.
“Eu não fui justo com você e não deveria ter sido tão duro com você. Sinto muito.”
“Eu também sinto muito.” Aiko disse em tom de choro. “Eu estava brava e descontei em você.” Ela correu até ele e o abraçou na cintura. “Eu te amo, papai. Desculpa.”
O louro se abaixou e abraçou sua filha. “Eu também te amo, Aiko.”

Palmon parou na porta do banheiro e viu sua parceira se arrumando, pronta para sair.
“Aonde você vai, Mimi?”
“Vou continuar com meu plano. Vou reconquistar o Koushiro.”
“Não deveria esperar ele vir até você agora?”
“Homens como o Koushiro nunca vão atrás das mulheres, Palmon. Não a menos que estejam completamente apaixonados por elas.”
“Esse não é o caso do Koushiro?”
“Sim.” Ela respondeu enquanto colocava sombra lilás nos olhos. “Mas eu não quero arriscar. Vou aproveitar minhas chances. Vou me tornar a Sra. Koushiro Izumi antes que perceba.”
“Qual seu plano agora?”
“Vou levá-lo a uma danceteria. Vamos dançar a noite toda.”
“Eu não acho que é o tipo de encontro que ele gostaria.”
“Esse é o plano. Quero expandir a mente dele, lhe mostrar um mundo diferente.”
“Bem, eu espero que isso não te prejudique e o afaste ainda mais.”
“Não seja tão pessimista, Palmon. Eu tenho tudo sob controle. Vou ligar para a Sora e o Yamato e convidá-los também. Será um encontro duplo.”
“E eu? Vou ter de ficar a noite toda sozinha?”
“Não, é claro que não! Vou ligar para o Jyou e perguntar se você pode ficar lá.”
“Não posso ficar com o Tentomon? Ele vai ficar sozinho também.”
“Acho que sim, não sei.” Mimi deu de ombros. “Mas o Koushiro não pode te ver ou ele vai suspeitar do que planejei.”
“Como vou entrar no apartamento dele?”
“Use sua hera venenosa, mas ninguém pode te ver. Não se esqueça disso.”
“Certo.”

“Uau, eu não acredito no que acabou de me dizer!” Hikari disse pasma. “Por causa disso tudo a Sora está no hospital?”
“Isso mesmo.” Takeru disse calmamente. “Eu fui vê-la e ela está bem. Agora só precisamos esperar que a cirurgia termine. Eu não queria que meu sobrinho ou sobrinha chegasse tão inesperadamente, sabe?”
“Sinto muito, Takeru.” A mulher o abraçou. “Eu queria que isso não tivesse acontecido com a Sora, ela não merece. Como o Yamato está lidando com tudo?”
“Ele está um caco, é claro. O mundo dele de repente desabou. Ele está tentando ser forte, mas eu sei que no fundo ele está arrasado. E eu não sei como ajudá-lo.”
“Você já está ajudando-o, Takeru. Pode não achar que é o bastante, mas apoiá-lo significa muito, confie em mim. Não há nada mais que possa fazer a não ser rezar que tudo corra bem.”
“Eu sei, mas ainda dói vê-lo desse jeito.”
“É só uma situação temporária, não seja tão duro com si mesmo. É a segunda gravidez dela em menos de dois anos. Talvez esse seja o corpo dela falando que não aguenta outro bebê, quem sabe?”
“Talvez tenha razão.” Takeru suspirou. “Impressiona-me como eles conseguem cuidar de tantas crianças. Eu mal consigo tomar conta do Yamazaki.”
“Está dizendo que não quer outro filho?” Hikari disse sugestivamente.
“Com você, eu definitivamente consideraria.” Ele se aproximou dela e colocou seus braços ao redor de sua cintura. “Está pensando nisso?”
“Talvez. Ver a Sora grávida, e a Mimi também por um tempo, meio que me fez querer engravidar de novo. Além disso, acho que um irmão ou irmã será bom para o Yamazaki.”
“Acredito que podemos resolver isso.”
“Tem certeza?”
“Sim, por que não? Podemos lhe dar um irmão ou irmã. E podemos começar agora mesmo se quiser.”
Takeru fechou o espaço entre eles e a beijou apaixonadamente. Ele então a levou até o quarto dele e fechou a porta.

Koushiro estava saindo do Instituto Japonês de Tecnologia falando com alguém quando Mimi esbarrou nele e caiu.
“Sinto muito.” Ele ofereceu uma mão sem saber quem era.
“Tudo bem, Koushiro.”
“Mimi? O que está fazendo aqui?”
“Vim te ver.” Ela se levantou e ajeitou o vestido preto que parava nos joelhos. “Eu sei que não me quer por perto neste momento, mas não pude resistir. Eu amo você, Koushiro.”
“Mimi, por favor.”
“Eu estava errada. Queria poder voltar atrás e desfazer tudo, mas não posso. Eu quero que saiba que o Taichi não significa mais nada para mim. Ele é só um amigo. Eu sei que você ainda sente algo por mim. Vamos nos dar outra chance. Prometo que não vou te desapontar de novo.”
“Eu não sei, Mimi. Ainda estou superando o que aconteceu.”
“Vamos sair.”
“O que?”
“Vamos sair.” Ela repetiu com um sorriso. “Quero te mostrar que pode me dar outra chance.”
“Não tenho certeza se isso vai funcionar.”
“Confie em mim, vai sim.” Ela o pegou pela mão e correu pela rua.
“Espere, aonde vamos?”
“Numa danceteria. Por que acha que estou vestida assim?”
“Eu nem tenho roupas adequadas para estes lugares.”
“Você está ótimo.” Mimi o olhou de cima a baixo.
Koushiro suspirou e sorriu com satisfação. Ele tinha de admitir que adorava quando a Mimi o surpreendia.

“Então pensou no seu plano para reconquistar a Akiko?” Agumon perguntou.
“Não.” Taichi suspirou. “Estava tão preocupado com a Sora que deixei todo o resto de lado. Eu não vejo meu filho há dias e nem percebi. Sou o pior pai do mundo.”
“Não diga isso. Você é um ótimo pai para o Takato.”
“Agumon.” O rosto do homem suavizou e ele sorriu.
“Eu já vi o jeito que é com ele. Não sei de muita coisa, mas eu não acho que você é um pai ruim.”
“Ele deve estar muito chateado comigo. A Akiko também.”
“Então mude isso, Taichi. Vá ver seu filho e lhe mostre que você o ama.”
“Mas como? A Akiko não me quer por perto.”
“É uma ótima oportunidade para atingir seu objetivo principal.”
Taichi olhou para seu parceiro, totalmente confuso. Ele estava assimilando as palavras de Agumon e um sorriso apareceu em seu rosto quando ele as entendeu.
“Você acha que isso vai me ajudar com a Akiko?”
“Isso mesmo.” Ele assentiu.
“Isso pode funcionar. Obrigado, Agumon.” Ele pegou seus pertences e saiu.

Yamato conseguiu colocar todos os seus filhos no carro e dirigiu até o hospital. Ele colocou os gêmeos no carrinho e se dirigiu a entrada com Aiko e Kouji. Eles encontraram os pais de Sora na área da recepção.
“A Sora já saiu da cirurgia?” Ele perguntou enquanto parava o carrinho dos gêmeos próximo.
Toshiko balançou a cabeça em negação e o louro abaixou a cabeça.
“Entendi.”
“Estou começando a me preocupar com ela. Está demorando mais do que pensei.”
“Temos de ser pacientes, Toshiko. Eles estão provavelmente esperando ela acordar primeiro.”
“Papai, estou com sono.” Kouji puxou a calça de seu pai com uma mão e esfregou os olhos com a outra.
Yamato se abaixou para pegar seu filho e gentilmente mexeu no cabelo dele até a criança cair no sono. Ele sentou numa cadeira e Aiko veio sentar ao lado dele. Ela descansou a cabeça em seu braço e ele a envolveu com ele, puxando-a para perto. Logo ela também estava dormindo. Uma sensação quente preencheu o coração do astronauta enquanto ele olhava do Kouji para a Aiko. Eles eram difíceis de lidar às vezes, mas tê-los tão perto fazia tudo valer a pena. Momentos assim o lembravam por que ele amava ser pai e o quanto ele sentia falta disso quando ele tinha de sair em missão.
Ele disse aos seus sogros para voltar para casa e descansar um pouco e eles gentilmente se ofereceram para tomar conta da Ayumi e do Masanori, o que ele aceitou agradecidamente. Quando o médico veio atualizá-lo sobre a Sora, ele estava incapaz de se mover por causa das crianças dormindo.
“Como está a Sora, doutor?”
“Está bem. A cirurgia foi um sucesso; ela deve acordar há qualquer momento.”
“E quanto ao bebê?”
“Parabéns, você tem uma menininha saudável.”
“É uma menina?” Yamato repetiu, com um largo sorriso no rosto. “Podemos vê-la?”
“Claro, mas infelizmente não poderão segurá-la ainda porque ela é muito pequena e prematura.”
“Certo.” Ele disse um pouco triste. Ele moveu o braço que estava ao redor da Aiko e gentilmente a balançou. “Aiko, acorde. Vamos ver sua irmãzinha recém-nascida.”

Takeru colocou seus braços ao redor de Hikari enquanto deitava no lado vazio da cama. Ela olhou em seus olhos azuis com um sorriso no rosto.
“Isso foi incrível.”
“Você acha que funcionou?” Ela mordeu o lábio inferior.
“Nós temos de esperar algumas semanas para termos certeza. Você não quer que funcione?”
“Quero. Mas o Yamazaki ainda é tão pequeno, nem tem um ano. Eu deveria estar planejando o primeiro aniversário dele e não concebendo um irmão ou irmã para ele.”
“Mas você mesma disse que ver a Sora grávida fez você querer o mesmo.”
“Eu sei, Takeru.” Ela sentou, sentindo frustrada. “E eu ainda quero, mas agora acho que é muito cedo.”
“O que quer que aconteça, vamos encarar juntos como sempre fazemos.”
Hikari sorriu fracamente enquanto ele colocava a mão em seu ombro. “Obrigada.”

Koushiro já estava muito entediado e ele estava na danceteria por apenas uma hora. Mimi se aproximou dele logo depois de ele sentar. Suas bochechas estavam vermelhas por causa do calor.
“O que aconteceu? Essa música é ótima.”
“Estou cansado e irritado, Mimi. Estamos dançando sem parar desde que chegamos aqui. Eu trabalhei o dia todo; só queria ter uma noite relaxante.”
“Humpf.” Ela resmungou e sentou perto dele. “Você é sem graça.”
“É, sou sim. Você sempre soube disso e mesmo assim quis ficar comigo.”
“Eu queria usar toda oportunidade que poderia ter para te reconquistar, Koushiro. Eu achei que se te mostrasse uma parte do meu mundo, isso ajudaria.”
“Bem, não ajudou. Será preciso um pouco mais de esforço para conseguir o que quer. Se você conseguir o que quer.”
“Eu não sei mais o que fazer.” Ela choramingou. “Você já me puniu o bastante. Por que não pode simplesmente deixar para lá?”
“Porque estou saindo com outra mulher!” Koushiro gritou, fazendo algumas pessoas olharem para ele e Mimi. “Pronto, falei.”
Mimi sentiu como se alguém tivesse a esfaqueado. Ela cobriu a boca com a mão enquanto seus olhos enchiam de lágrimas. Ela rapidamente se levantou e correu para fora. O homem ruivo suspirou e se xingou mentalmente enquanto ia atrás dela.

Taichi suavemente bateu na porta da Akiko e pacientemente esperou ela abrir. Ele se sentiu estranho por fazer isso em seu próprio apartamento. Ele se apoiou na parede e um largo sorriso apareceu em seu rosto quando viu seu menininho.
“Olá, pequeno.”
“Papai!” Takato exclamou e correu até seu pai. “Senti sua falta.”
“Eu também senti a sua.” O embaixador disse enquanto abraçava seu filho. “Como você está?”
“Estou bem. Eu fui ao parque com a minha sala hoje.”
“Sério? Foi divertido?”
“Sim.” Ele disse com um sorriso. “Eu brinquei bastante.”
“Fico feliz em ouvir isso.” Taichi bagunçou o cabelo dele.
“Takato, quantas vezes vou ter de dizer que não pode abrir a porta para…” Akiko apareceu na cozinha. “…estranhos.”
“Mamãe, o papai está aqui!”
“Estou vendo, querido. O que está fazendo aqui, Taichi?”
“Eu queria ver meu filho.” Ele respondeu enquanto se levantava; seus olhos fixos em sua esposa. “Estava com saudade dele.”
“Eu não quero que venha sem me avisar primeiro, entendeu?”
“Ele também é meu filho, Akiko. Não preciso pedir permissão quando quiser vê-lo.”
“Você perdeu esse direito quando decidiu jogar fora tudo o que tínhamos.”
“Eu amo você!” Ele gritou. “Por que não pode ver isso?”
“Certo.” Akiko disse duramente. “Porque beijar sua ex na casa do namorado dela é uma prova de que me ama. Tenha bom senso, Taichi!”
“Não significou nada! Eu a empurrei assim que percebi o que estava fazendo.”
“Quanta consideração! Quanto tempo demorou? Cinco, dez minutos?”
“Eu quero ficar com você, Akiko.”
“Será preciso mais do que um buquê de flores para me reconquistar.”
“Eu sei, e vou dar o meu melhor para conseguir isso.”
“Vá embora, Taichi.” A mulher disse sem mostrar qualquer emoção em seu rosto.
“Eu quero que o papai fique.” Takato puxou o vestido de Akiko.
“Hoje não, querido.”
“Por quê?”
“É muito complicado para você. Vamos dizer que seu pai precisa pensar em algumas coisas que ele fez.”
“Não se preocupe, pequeno.” Taichi disse, fazendo Akiko e Takato olharem para ele. “Eu voltarei logo e nós vamos passar o fim de semana inteiro juntos.”
“Você promete?” O rosto da criança brilhou de felicidade. “Podemos ir ao parque?”
“Podemos fazer o que quiser.” O embaixador se ajoelhou e abriu os braços com um sorriso no rosto. “Papai tem de ir.”
Takato correu até ele e o abraçou. “Eu te amo, papai.”
“Eu também te amo, filho.”

Yamato e uma Aiko sonolenta seguiram o médico até a UTI neonatal; Kouji ainda dormia pacificamente no ombro dele, roncando suavemente de vez em quando e a menina esfregava os olhos com sua mão livre para se manter acordada. O medico parou em frente a uma janela de vidro e apontou para uma bebê enrolada num cobertor rosa, usando minúsculas touca e luvas de lã listradas rosa e brancas. Ela era linda, mas tão frágil. O astronauta de repente quis muito segurar aquela preciosidade em seus braços. Ele estava parado em frente a sua filha e nem podia segurá-la. Ele suavemente chacoalhou seu filho para acordá-lo.
“Vamos, filho. Acorde. Quer ver sua irmã?”
“Aiko?” Ele perguntou meio dormindo.
“Não, Kouji.” Yamato riu um pouco. “Sua nova irmã.”
O menino esfregou os olhos e olhou para a janela de vidro. Aiko estava parada ao lado de seu pai.
“Qual deles é ela?” Ela perguntou, ansiosa para conhecer o mais novo membro da família.
“Essa aqui.” O astronauta apontou para um bebê no centro-esquerdo da sala.
“Ela é tão linda!” A menina guinchou. “Ela é igualzinha a mamãe.”
“Sim, é sim.” Ele disse orgulhosamente.
“Papai, posso segurá-la?”
“Não, querida. Ela é prematura; ainda não está totalmente formada.”
“O que é prematura?”
Yamato não conseguiu conter um sorriso e lembrou-se de sua mãe lhe dizendo que a Aiko estava prestes a entrar na fase em que as crianças perguntam tudo.
“É quando um bebê chega antes dos nove meses necessários para que se desenvolva com sucesso.”
“Ohhh.” Ela olhou para sua irmã novamente. “Então ela é menor que os bebês normais?”
“Isso mesmo.”
“Ela vai para casa com a gente?”
“Acho que não. Ela precisa ganhar peso e tamanho. Acho que ela ficará aqui por um tempo.”
Aiko não tentou esconder seu desconforto com a situação. Yamato olhou para ela e percebeu que ela ficou observando a bebê intensamente.
“Não se preocupe.” Ele colocou uma mão em seu ombro, fazendo-a pular com seu toque. “Esse é o melhor lugar que ela pode estar neste momento.”
“Eu sei. Mas ela vai ficar sozinha até podermos levá-la para casa.”
“Ainda podemos vir visitá-la, ela não estará sozinha. Haverá muitos outros bebês com ela.”
“Sr. Ishida.” Uma enfermeira veio até ele. “Sua esposa está acordada e perguntando por você.”
“Ótimo, obrigado.” Ele sorriu.
“Papai, você acha que a mamãe já a viu?”
“Provavelmente sim. Eles devem ter a deixado segurá-la antes de levá-la.” Yamato sentiu uma dor de culpa em seu peito por perder este momento pela terceira vez em menos de um ano. “Vamos, vamos ver sua mãe.”

Koushiro saiu da danceteria e encontrou Mimi sentada num banco com as mãos no rosto. Quando ele se aproximou, ele pôde ouvir seus soluços silenciosos e ver as manchas que as lágrimas deixaram em seu rosto.
“Mimi, eu sinto muito.”
“Eu entendi. Eu mereço tudo o que está fazendo. Mas nem em um milhão de anos eu imaginaria que estaria saindo com outra mulher.”
“Eu não deveria ter te contado daquele jeito.” Ele se sentou ao lado dela. “Você teve boas intenções quando me trouxe aqui e eu estraguei sua noite.”
“Está tudo bem.” Ela finalmente tirou as mãos do rosto, mas ainda se recusou a olhar para ele. “Eu deveria ter percebido e escutado a Palmon. E agora todas as minhas chances de te reconquistar estão arruinadas.”
“Você não pode mesmo me culpar por seguir em frente, pode? Eu tentei tudo que pude para você confiar em mim e você recusou.”
“Eu estava errada, tá bom?” Ela choramingou, olhando para ele. “Eu não sabia como lidar com isso. Eu deveria ter te ouvido e deixado você me ajudar. E agora eu tenho de viver com o fato de que te perdi para sempre.”
“Mimi, não fique assim.” Koushiro tocou seu ombro e ela se surpreendeu com o ato dele. “Você vai seguir em frente também.”
“Eu não quero seguir em frente. Só quero você.”
Algo nos olhos dela prendeu sua atenção. Ele não pôde deixar de notar que eles continham mais emoção do que ele tinha percebido. Ele desviou sua atenção deles e observou o rosto dela por inteiro. Bem, mais especificamente para os lábios dela. Eles estavam mais cheios que o normal, e ele achou que talvez fosse por causa do batom que ela usava. Ele lentamente os tocou e, antes que percebesse, a beijou apaixonadamente, permitindo que suas línguas se envolvessem numa dança. Quando ele percebeu o que estava fazendo, ele se afastou dela.
“Desculpe. Isso não é justo com você ou a Naru.”
“O que? Naru Furuhata?”


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