Back To Your Heart escrita por Sora Takenouchi Ishida


Capítulo 23
Com Uma Ajudinha dos Meus Amigos


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a todos que leram e comentaram. Esse capitulo é continuação do 21. Espero que gostem,



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Capítulo 23: Com Uma Ajudinha Dos Meus Amigos
Taichi ouviu Yamato falando com sua mãe sobre a Sora e o bebê deles. Ele esperou pacientemente até ele colocar o telefone de volta ao ouvido.
“Sinto muito por isso.” O louro se desculpou. “Eu tenho de ir. O médico quer falar comigo.”
“Certo, você precisa de algo?”
“Não, estou bem.” Yamato sorriu. “Mas obrigado.”
“Você vai ficar bem?”
“Eu não sei. Isso depende do que eles vão me falar. Estou com medo, Taichi.”
“Eu sei, Yamato. Mas eu aposto que nada sério aconteceu, foi só um susto. Ela vai ficar bem logo.”
“Eu realmente espero que sim, mas é difícil ter fé neste momento.”
“Eu imagino.” Taichi disse preocupado. “Mas você precisa ter, por você e por ela.”
“Eu mal estou me aguentando, Taichi. A Sora é meu porto seguro, quem mantém meus pés no chão.”
“Bem, você precisa ser o dela agora.”
“Eu não sei como fazer isso.”
“Yamato!”
Ele olhou ao redor e viu seu pai de cara amarrada. Ele suspirou.
“Eu tenho mesmo de ir. Falo com você mais tarde.”
“Tudo bem. Tchau.”
“Tchau.”
Yamato se levantou e foi para dentro.

Taichi colocou seu telefone no bolso e sentou numa cadeira na cozinha.
“Quem era?” A Sra. Kamiya sentou na frente dele e cortou um pedaço de bolo de laranja.
“Yamato. Ele ligou para me informar sobre a Sora.”
“O que tem ela?”
“Eles brigaram e ela precisava desabafar. Quando saíamos do parque, ela foi atropelada.”
“Ah meu Deus! Ela está bem?”
“Ela estava quando eu fui embora. Mas o Yamato disse que houve algumas complicações, então não tenho certeza. Ele também não sabe muito, ninguém lhe diz nada.” Ele colocou os cotovelos na mesa como apoio para sua cabeça. “Estou preocupado com eles, mãe.”
“Então por que não vai até lá?”
“Eu não sei.” Taichi a olhou e deu de ombros. “Eu preciso pensar em algo para reconquistar a Akiko e eu sinto que preciso apoiar minha melhor amiga também. Estou dividido.”
“Bem, você precisa descobrir o que é mais importante em seu coração neste momento.”
“Não sei dizer. Quanto mais eu demorar para ter a Akiko de volta, menos chances eu tenho. Por outro lado, meus dois melhores amigos precisam de mim.”
“Se eu fosse você, eu apoiaria meus amigos. Eu acho que eles precisariam de mim por perto.”
“É, acho que tem razão.” Ele levantou. “Vou mostrar meu apoio aos meus melhores amigos.”
Yuuko sorriu orgulhosa de seu filho. “Eu sabia que escolheria isso. Diga ao Yamato que sinto muito.”
“Pode deixar. Obrigado, mãe.” Ele a beijou na bochecha e correu para fora.

Yamato se juntou aos seus pais e o Takeru perto da recepção. Ele podia sentir que algo estava errado quando ele examinou os rostos deles.
“Desembucha.” Ele exigiu.
“Depois que você saiu para atender seu telefone, uma mancha de sangue apareceu na roupa da sua esposa, entre suas pernas.”
“Ai Deus!” Ele cobriu sua boca com a mão, em choque. “Ela está bem? E o meu filho?”
“É por isso que estou aqui. Houve algumas complicações com a criança. Nós precisamos fazer uma cesárea para salvar os dois. Nós também teremos de remover o útero e os ovários da Sora. Ela não vai mais poder ter filhos.”
Yamato sentiu que seu mundo estava desmoronando. Takeru e Hiroaki o seguraram pelo braço para mantê-lo firme.
“Eu sei que isso é muito para digerir.” O médico continuou. “Eu só posso imaginar o choque que deve estar sentindo. Mas isso é para salvar sua família. Precisamos que assine um papel nos autorizando a fazer a cirurgia.”
“Yamato.” Natsuko o chamou suavemente quando ele pareceu não reagir. “O tempo é precioso agora. Quanto mais você esperar, pior vai ficar.”
“Você pode…” Ele tentou falar. “Por favor, faça qualquer coisa que puder para salvá-los.”
“Tudo bem. Você pode vê-la se quiser, antes da cirurgia. Vocês também.” O médico se dirigiu à Natsuko, Hiroaki e Takeru e saiu.
Yamato parecia extremamente pálido e estava olhando para o nada. A Sra. Takaishi se aproximou e o abraçou, o que o fez reagir um pouco.
“O que eu faço agora, mãe?” Ele perguntou enquanto a abraçava de volta.
“O que você sempre faz. Apoie a Sora acima de tudo. Ela vai precisar disso.”
“Ela vai me odiar por deixa-los operá-la.”
“Ela não vai, filho. Você acabou de salvar a vida dela. Você salvou a vida do seu filho também. Tenho certeza de que ela vai entender.”
“Você vai vê-la, Yamato?” Takeru disse hesitantemente.
“Sim.” Yamato se afastou de Natsuko. “Eu preciso ver a Sora.”
“Eu quero vê-la também.”
“Takeru, eu acho que devemos esperar seu…”
“Não, tudo bem.” O astronauta interrompeu sua mãe. “Eu prometi que ele poderia vê-la e vou cumprir.”
A Sra. Takaishi sorriu orgulhosamente. “Tudo bem. Hiroaki e eu esperaremos aqui.”
“Não vou demorar.” Ele sorriu.
“Yamato!”
O louro se virou e viu seu melhor amigo correndo em direção a ele e o Takeru.
“Taichi, o que está fazendo aqui?”
“Eu não poderia te deixar sozinho. Você e a Sora são meus melhores amigos, eu não me sentiria bem se não viesse.” O moreno tinha um sorriso no rosto. “Como ela está?”
“Takeru e eu estávamos indo vê-la antes da cirurgia.”
“Cirurgia?”
“É.” Yamato esfregou sua têmpora. “Eles vão fazer uma cesárea para tirar o bebê.”
“O que?”
“Eu explico enquanto formos até lá. Isso é, se você quiser ver a Sora.”
“Sim, é claro!”
Os três amigos se dirigiram ao elevador.

Yamato parou na porta com sua mão na maçaneta. Ele, Takeru e Taichi concordaram que ele deveria ir primeiro, mas agora ele estava inseguro do que encontraria dentro do quarto. A Sora estava acordada? Estava dormindo? Estava brava com ele por permitir que eles removessem seus órgãos reprodutores?
“Yamato, o que houve?” Takeru perguntou.
“Nada. Só estava pensando demais.” Ele colocou um olhar determinado e abriu a porta.

Sora estava impacientemente passando pelos canais quando ela olhou e viu o Yamato entrando. Ela mal conseguiu conter seu sorriso.
“Ainda bem que está aqui! Estou muito entediada.”
O louro se aproximou dela com uma expressão séria no rosto.
“O que houve, Yama?” Ela o observou puxar uma cadeira e sentar ao lado dela.
“Sor, precisamos conversar.” Ele pegou sua mão direita.
“Você está me assustando.”
“Você se lembra do que aconteceu?”
“Do que aconteceu?” Ela levantou uma sobrancelha. “Eu lembro que fui atingida por um carro e depois o Taichi ficou comigo até você chegar.”
“E depois disso?”
“Não me lembro de nada.” Sora desviou o olhar. “Mas alguma coisa me diz que tem algo sério comigo, certo?”
Yamato suspirou e apertou a mão de sua esposa mais forte.
“Você teve um sangramento enquanto eu saí para atender uma ligação. Quando ele estancou, o medico me disse que eles teriam de fazer uma cirurgia de emergência para tirar nosso filho.”
A estilista mordeu seu lábio inferior para conter as lágrimas que caíam dos seus olhos.
“Ainda estou na metade.”
“Eu sei, mas eles vão fazer isso para salvar a vida de vocês dois.” Yamato também estava tendo problemas com as lágrimas. “Tem mais.”
Sora instintivamente colocou sua mão esquerda sobre a barriga que crescia e a acariciou suavemente. Ela apenas interrompeu seu gesto quando o louro colocou sua mão livre sobre a dela.
“Por causa do seu sangramento, eles vão…” Ele apertou os lábios por um momento e então continuou. “Eles vão ter de remover seu útero e ovários. Isso significa que não poderemos mais ter filhos. Mas eu estou feliz com os que temos.” Ele completou com um sorriso.
A mulher continuou olhando para seus pés, tentando processar tudo. As lágrimas continuaram caindo silenciosamente dos olhos dela.
“Sor, eu preciso que você fale comigo.” Ele tentativamente segurou o queixo dela e a forçou a olhar para ele, mas ela se recusou a fazê-lo. “Eu quero que saiba que essa foi uma decisão difícil para tomar.”
“Então você permitiu que eles fizessem a cirurgia? Você pensou em pedir minha opinião?”
“Eu sei que deveria ter perguntado a você primeiro, mas eu não tive escolha. Eu não podia perder nosso bebê. Eu não podia perder você.”
Sora engoliu em seco e depois se virou para encarar o Yamato. Seus olhos estavam vermelhos de chorar, mas ela ainda conseguiu sorrir gentilmente. Isso o fez relaxar e sorrir de volta.
“Eu não entendo por que isso teve de acontecer. Eu não sou uma pessoa ruim, sou?”
“Não, claro que não!” Ele respondeu rapidamente. “Você é uma das pessoas mais maravilhosas que conheço. Você sempre foi, então não duvide de si mesma nem por um momento.”
“O que eu vou fazer agora, Yama?” Ela finalmente o olhou nos olhos. “Eu vou ter de passar meus dias cuidando dos nossos filhos e vir aqui para ficar com nosso recém-nascido. Está ficando muito difícil carregar esse peso sozinha.”
Sora começou a chorar desesperadamente e cobriu o rosto com as mãos. Yamato se levantou e tirou as mãos do rosto dela, abraçando-a apertado. Ele deitou sua cabeça sobre a dela.
“Você não precisa carregá-lo sozinha, Sor. Nós prometemos que ajudaríamos um ao outro quando as coisas ficassem difíceis.”
“Mas você vai embora.”
“Eu não vou. Nunca poderia ir em paz sabendo de tudo o que está passando. Por mais que eu ame meu trabalho, minha família sempre vem primeiro.”
“Não posso te impedir de ir, Yama. Esse é o seu sonho.”
“Essa família também é meu sonho, Sor. Não consigo me lembrar por quanto tempo eu desejei por uma pequena família perfeita. Graças a você, eu consegui realizar isso.”
“Mas eu não quero ficar no seu caminho. Eu deveria ficar ao seu lado, para te ajudar a realizar seus sonhos. Eu tenho ciência de que não sou a esposa perfeita e peço desculpas por isso.”
“Ninguém é perfeito. Você sabe muito bem que eu tenho meus defeitos. Eu não escolhi você para ter uma vida perfeita. Eu escolhi você porque eu te amo. Eu te escolhi porque eu percebi que não poderia mais viver sem você, com suas qualidades e defeitos. Suas imperfeições são o que fazem você perfeita para mim.”
“Yama.” Sora disse em tom emotivo. “Deus, você consegue ser tão doce às vezes! Sempre me pega de surpresa. Eu sinceramente não sei o que faria se não fosse por você. Eu provavelmente teria um trabalho ruim e um casamento infeliz.”
“Bem, fico feliz que te salvei disso.” Ele sorriu sugestivamente. “Tem duas pessoas querendo te ver. Elas já devem estar impacientes.”
“Quem?”
“Você vai ver.” Yamato abriu a porta. “Entrem, rapazes.”
A mulher ouviu seu melhor amigo reclamando e sorriu largamente quando ele entrou, seguido pelo Takeru.
“Olá, Sora.” Ele acenou.
“Taichi! Takeru!”
“Oi, irmã.” Takeru disse com um sorriso largo.
Sora sempre gostava quando ele a chamava de irmã, era algo que unia eles dois. Eles eram muito próximos quando estavam no Mundo Digital, e ele ficou empolgado em saber que ela estava namorando seu irmão. Ele sabia que era só uma questão de tempo até isso acontecer, crianças são muito intuitivas. A estilista sentiu lágrimas formarem no canto dos olhos e as enxugou.
“Sor, você está bem?” Taichi perguntou, olhando por cima do ombro do Yamato.
Os dois irmãos se viraram enquanto Sora balançava a cabeça e sorria.
“Estou bem. Só estou feliz que vocês dois vieram me ver.”
“Por que não viríamos? Nós te amamos, Sora.”
“Isso me deixa mais confiante para encarar minha cirurgia.”
Taichi andou até o lado esquerdo da cama enquanto o Takeru parou perto do Yamato, que estava parado no lado direito. Ele estava segurando a mão da sua esposa.
“Tudo vai ficar bem.” Ele lhe assegurou.
“É, você não vai se livrar de nós tão facilmente.” O moreno disse.
“Pessoal.”
“Você é importante para todos nós, Sora.”
O irmão de Yamato passou por ele e deu um abraço caloroso na sua cunhada. Taichi se inclinou sobre eles e o astronauta fez o mesmo.
“Eu odeio estragar o momento.” Yamato disse depois de se afastar do abraço. “Mas eu já volto. Preciso ligar para os pais da Sora. Eles devem estar morrendo para saber notícias dela e eu quero saber das crianças.”
“Seus pais querem entrar, certo?”
“É verdade! Tinha me esquecido deles.”
“Eu tenho de ir.” Taichi abraçou Sora de novo e sussurrou no ouvido dela. “Tudo vai ficar bem. Apenas tenha fé.”
“Eu terei, obrigada Taichi.” Ela o abraçou de volta.
“Eu te vejo depois, Takeru.” Ele apertou as mãos da pessoa mais jovem do quarto e depois saiu com o Yamato.

“Você demorou a nos chamar.” Taichi disse enquanto ele e o Yamato seguiam de volta até a recepção.
“Sinto muito. Eu tinha de contar à Sora a notícia antes de você e o Takeru entrarem.”
“Como ela reagiu?”
“Ela chorou muito, obviamente.” O louro olhou para baixo. “Mas ela entendeu minha decisão, eu acho.”
“Se eu não te conhecesse tão bem, diria que ainda está se culpando.”
Yamato não respondeu e o embaixador respirou fundo.
“Isso não é culpa sua, Yamato. Eu te disse antes. Se for culpa de alguém, deveria ser minha porque eu não consegui puxá-la de volta.”
“É, mas isso não teria acontecido se não tivéssemos brigado.”
“Quer parar de se colocar para baixo ou eu vou ter de te bater?” Taichi olhou para o seu melhor amigo. “Tenho certeza de que a Sora não te culpa, então por que está fazendo isso? Já aconteceu, você precisa aceitar.”
“Tem razão.” O louro disse bem baixo. “Ela me perguntou se tudo isso tinha acontecido porque ela era uma pessoa ruim. Isso partiu meu coração.”
“O que? Ela realmente pensa isso?”
Yamato assentiu. “Eu disse que não era por causa dela, eu fiquei surpreso em saber que ela pensou mesmo nisso.”
“Bem, eu não.” O moreno olhou para ele, que levantou uma sobrancelha. “Não é tão diferente do que você pensaria.”
“O que?”
“Qual é, Yamato. Todos sabem que você e a Sora pensam igual.”
“Eu não.” Yamato disse nervosamente. “Não é assim o tempo todo.”
“Certo.”
“Não é!”
“Se você diz.” Eles chegaram à recepção. “Tudo bem, eu preciso ir. Ligue se precisar de algo.”
“Pode deixar.” Yamato apertou a mão de Taichi e ele saiu.
“Yamato.”
Ele se virou e viu seus pais vindo em sua direção.
“Vocês podem ver a Sora agora. Desculpe por ter demorado muito para voltar. Eu tive de falar a notícia para ela e depois o Taichi e o Takeru ficaram com ela.”
“Como ela reagiu?”
“Ela chorou, como esperado. Nós choramos, na verdade. Não consigo acreditar que isso teve de acontecer com ela.”
“Todos nós não acreditamos, filho. É a vida, temos de aceitar isso.”
“Sim.” Yamato olhou para o telefone em sua mão. “Bem, eu tenho de avisar os pais da Sora sobre a cirurgia dela. O quarto dela é o 303, terceiro andar. Encontro vocês lá.”
“Certo.”
Natsuko e Hiroaki seguiram ao elevador enquanto seu filho se dirigia para fora.

“Estou com medo, Takeru.” Sora disse sem olhá-lo.
“Com medo de que?”
“De não conseguir.”
“O que?” Takeru a olhou confuso. “De não sobreviver à cirurgia?”
“Sim.”
“Você não pode pensar assim!” Ele falou alto. “Não pode nos deixar, precisamos de você.”
“Eu também preciso de vocês.”
“Então por que diabos está sendo tão pessimista com isso?”
“Takeru.”
“Eu sei que as coisas estão difíceis e o Yamato é idiota às vezes, mas ele realmente te ama, Sor. Ele ficaria arrasado sem você.”
Sora abaixou sua cabeça. “Eu sei.”
“Não consigo acreditar que está desistindo assim. Você costumava lutar até o fim.”
“Ele te contou o que eu preciso fazer?”
“O médico disse.” Takeru foi pego de surpresa. “Mas isso é só outro motivo para lutar mais bravamente. É da sua vida que estamos falando. Eu me recuso a te perder, Sora.”
A mulher levantou a cabeça e olhou para seu cunhado; preocupação e choque estavam estampados em todo seu rosto.

Yamato retornou dez minutos depois. Ele sorriu quando abriu a porta e viu seus pais e o Takeru conversando alegremente com a Sora.
“Yama!” Ela exclamou quando o viu.
“Oi.” Seu sorriso aumentou enquanto se aproximava dela. “Você está bem?”
“Estou muito melhor agora. Mas também estou entediada.”
“Eu imagino. Não há muito para se fazer.”
“É.”
Takeru pegou o braço de seu irmão. “Precisamos conversar.”
“O que está havendo, Takeru?”
“Acho que a Sora está depressiva.”
“Bem, ela acabou de descobrir que nosso bebê está chegando mais cedo do que esperávamos.”
“Não, quero dizer… ela tem medo de não conseguir passar pela cirurgia.”
“O que?”
“Acho que você deveria falar com ela.”
“Vou falar. Obrigado.” Yamato colocou sua mão no ombro do seu irmão e sorriu. Ele então andou em direção à Sora.
“Você falou para meus pais sobre minha cirurgia?”
“Sim, falei. Eles estão muito preocupados com você. Você tem certeza de que está bem, Sor?”
“Por que não estaria?”
“Fiquei sabendo que você está achando que não vai resistir à cirurgia.”
A estilista olhou para o Takeru, que desviou o olhar.
“Temos de admitir que há uma possibilidade.”
“Não, não há.” Ele disse firmemente. “Você vai voltar cem por cento saudável. E não se atreva a pensar o contrário. Eu preciso que você volte, Sor.”
“Yama.”
“Está vendo, Sora?” Takeru finalmente falou. “Eu disse que nos recusamos a te deixar.”
“Exatamente.” Yamato sentou ao lado dela e pegou sua mão. “Todos nós queremos que você volte. Você precisa ser mais forte pelas crianças.”
“Certo.” Ela sorriu. “Eu vou voltar para você e pelas nossas crianças.”
“Essa é minha mulher.” Ele disse com um sorriso.
“Sora, você está pronta?” A enfermeira perguntou enquanto entrava. “Você segurará seu filho logo.”
“Sim.” Sora respondeu, desviando o olhar. “Não do jeito que eu gostaria, afinal.”
“Sor.”
“Desculpe.”
“Tudo bem. Eu sei que isso não é fácil para você. Você voltará logo.”
“Esperarei por você.”
Yamato a beijou rapidamente antes de a enfermeira a levar.


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