OPERA Survivors escrita por Matheus HQD


Capítulo 9
Não ha tempo para luto - Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

E aqui temos mais um capítulo, seria bom se eu conseguisse manter novamente o ritmo de um por semana, quem sabe agora com as ferias da facu chegando. Aproveitem



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16 dias após o Dia-Z, em um shopping no Brasil é preciso que algumas perdas sejam superadas imediatamente.

O grupo precisou superar a perda do amigo rapidamente, não havia tempo para lamentações, o som de disparos atraiu os zumbis de dentro do shopping que não foram vistos e os do estacionamento do lado de fora.

Yan foi o primeiro a quebrar o silencio entre os sobreviventes:

— Ju...

— Júlia. — A garota percebeu que ele não lembrava seu nome.

— Júlia. Você já esta aqui a algum tempo não? Sabe de alguma forma de sair que não seja por onde viemos?

A garota abaixou o olhar como se seus olhos assim como sua mente estivessem procurando algum lugar e em alguns segundos ela arregalou os olhos e voltou seu rosto a Yan.

— Passando pela praça de alimentação tem uma porta para os funcionários. Acredito que ela leve a parte de trás do shopping por onde os caminhões faziam entregas.

Yan ficou em silencio e todos voltaram seus olhares para ele. Ele carregava um olhar pensativo parecido com o de Júlia momentos atrás, ele estava a ponto de dizer algo quando Matheus tomou a frente.

— Parece um bom plano não Yan? E é a nossa melhor chance, se tiverem que pegar alguma coisa ainda peguem agora tudo que parecer útil. Quero todos de volta aqui em cinco minutos.

Yan consentiu com a cabeça e em seguida todos correram para buscar alguma coisa. Laís foi até Raquel e colocou uma mão sobre o seu ombro, a jovem secava as lagrimas e chamou Laís para acompanha-la.

Todos se separaram e Matheus e Yan ficaram sozinho juntos ao corpo de Roger, Yan se aproximou de Matheus e novamente antes de dizer uma palavra o outro tomou a voz.

— Eu sei com o que você esta preocupado Yan. O shopping pareceu ter sido fechado às pressas; por isso muitas lojas estavam abertas assim como as portas da frente, você teme que os funcionários possam ter fugido pelos fundos, então podem ainda ter muitos “deles” lá. — Ele disse sem nem virar o olhar para Yan

— Você pensou o mesmo que eu... Mas se pensou isso porque não contou a todos como eu pretendia fazer?

— Porque ambos sabemos que essa é a melhor chance de sairmos daqui. — Ele virou o rosto para Yan. — E sabemos que isso pode deixar todos apreensivos e talvez gere uma discussão de por onde devemos sair. Na melhor das hipóteses cada um faria o que acha melhor, ficar aqui, sair pelos fundos ou pela porta da frente. Na pior...

— Demorarmos demais e os zumbis já se aglomeraram em ambas as saídas.

Os dois se encararam por algum tempo, quase que em um dialogo mental de porque contar ou não. Yan decidiu falar e dessa vez não foi interrompido por Matheus.

— Olha desde antes de encontrarmos aquela casa nos sempre tomamos as decisões em grupo, não existe um líder, democraticamente tomamos decisõ... — Matheus agora o interrompeu no meio da frase.

— Então diga a todos. Eu não vou correr o risco de deixar todos discutindo tempos que ser rápidos aqui.

Yan se calou e desviou seu olhar como se cedesse nesta batalha. E ali os dois ficaram até os sobreviventes voltaram, o que não demorou muito. Assim que todos estavam de voltas Júlia fez uma pergunta:

— Daqui a pouco vai anoitecer. Por que não passamos a noite aqui.

Laís prontamente respondeu a pergunta enquanto arrumava suas flechas na aljava, neste momento todos perceberam que sua aljava estava cheia. Antes ela só tinha 5 flechas em um estado não muito bom, agora trazia flechas novas, encontradas por Raquel na loja de artigos esportivos.

— Zumbis são como ratos. Se você vê um deles em algum lugar é capaz de ter mais nove escondidos. Quando um acha comida os outros percebem isso vem atrás de comida também. Se você tem dez zumbis em um lugar e outros dez percebem logo tem vinte deles querendo um pedacinho do “queijo”.

— Entendi. — Disse Júlia já se sentindo uma inútil no novo grupo.

Gohu percebeu isso e deu um sorriso de apoio a garota ruiva, em seguida entregou a ela uma faca “Não vi você com nenhuma arma” sussurrou ele para a garota, ele parecia ter notado que a garota esse tempo todo foi protegia por Roney.

O som de um vidro quebrando surpreendeu a todos. E se aproximando da sacada do segundo andar os sobreviventes viram que um zumbi muito gordo havia tropeçado e quebrado uma das vitrines de loja no primeiro andar. E além dele já devia haver ao menos duas ou três dúzias de zumbis por ali.

— Vamos? — Perguntou Matt já saindo de perto da sacada.

Larry estava checando sua mochila, talvez procurando algo, alguns pensavam, e então ele fechou a mochila e falou:

— Contei aqui o que eu tenho, e não sei vocês, mas acho que seria uma boa ideia pegarmos qualquer coisa que de pra levar da praça de alimentação.

Yan e Matheus se olharam e consentiram com a cabeça quase que ao mesmo tempo, e assim todos deixaram aquele local dando uma ultima olhada no corpo coberto do amigo morto.

A praça de alimentação estava uma bagunça com varias mesas e cadeiras viradas e pelo chão algumas marcas de sapatos deixadas com sangue. Rapidamente os sobreviventes foram procurando alguns alimentos. Júlia dizia a eles onde ela já havia procurado e não havia nada o que acelerava o processo de busca. Ainda sim o que mais acelerava os sobreviventes era a angustia de sair daquele lugar sabendo que logo anoiteceria. Era difícil acreditar que tantas coisas aconteceram em um único dia.

Em fim todos estavam de frente para as portas.
SOMENTE | PARA
PESSOAL | AUTORIZADO


Gohu e Dark estavam cada uma com uma mão sobre a porta, Yan e Matheus se olharam e ambos voltaram o olhar para a porta, e foi quando Yan disse com decisão em sua voz.

— ABRAM!

Gohu e Dark empurraram a porta dupla, o ar pútrido entrou na praça de alimentação, os sobreviventes ficaram nauseados por um segundo, aquele lugar fechado agravou o cheiro de morte. A dois metros da porta um zumbi olhou para os sobreviventes e grunhiu como um animal antes do momento em que uma flecha cravar em seus dentes superiores e para no meio de seu céu da boa.

— Porcaria. — Sussurrou Laís antes de lançar outra flecha e esta atravessou o nariz do morto-vivo até atingir seu cérebro.

Ao cair o zumbi os sobreviventes puderam ver aquele corredor largo que levava outro porta dupla semiaberta do outro lado. E por mais que o lugar estivesse com as paredes sujas de sangue e com alguns ossos com pedaços de carne espalhado, não parecia haver mais nada de perigoso ali.

Dark entrou primeiro e retirou as flechas de Laís do zumbi, a flecha que havia cravado na boca do zumbi foi difícil de tirar e parecia estar inutilizável para ser lançada para perfurar.

— Pobre coitado, ele só que um retrato na parede, e não usar mais no cabelo essa rede. — Disse Matheus em um ritmo e depois dando uma risada curta.

Todos acharam que ele só havia comentado pelo zumbi estar usando um uniforme de lanchonete. Somente Matt e Júlia também deram uma risadinha entendendo a referencia a uma musica da banda Pedra Letícia.

Atravessaram o corredor tentando segurar a respiração, assim que todos chegaram na próxima porta mais uma vez Matt e Dark se preparam e esperaram Yan dizer para poderem abrir. E após a palavra ser dita as portas foram abertas. “Abre de sésamo” pensou Raquel enquanto os últimos raios de sol entravam no corredor e o cheiro diminuía.

— Olhem, o sol já esta se pondo. — Disse Júlia apontando e por um segundo vislumbrando o céu alaranjado com nuvens turvas pintando o horizonte do céu se ponto entre algumas construções a distancia.

— Pois é. E olhem. — Sussurrou Dark apontando com sua arma para a rua a frente do grupo.

Os sobreviventes perceberam os zumbis ali fora, porem estes não os perceberam. Ainda não.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Comentem ae o que estão gostando e o que estão destetando com todas as suas forças de sobrevivente.