OPERA Survivors escrita por Matheus HQD


Capítulo 6
Vamos para um lugar seguro - Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Os sobreviventes já sabem sobre CASA, mas o que vão fazer agora? obviamente eles querem ir pra CASA, mas eles vão se unir até lá? ou cada grupo vai seguir seu caminho para chegar lá?



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Dia 06 de janeiro de 2013, 16 dias após o Dia-Z, em algum lugar do Brasil, em uma casa com pessoas se preparando para partir.

— Muito bem hora de ir estão prontos? — Matheus perguntou enquanto arrumava a mochila.

— Quase. — Respondeu Dark olhando para a escada.

O outro grupo estava no segundo andar se preparando para partir, depois que todos estavam prontos eles se dirigiram ao primeiro andar onde o outro grupo os aguardava, eles levaram suas próprias armas, e as armas do outro grupo também, Raquel entregou o arco, aljava e as flechas a Laís, Yan entregou a arma a Matheus, Gohu o revólver a Matt, Roger a AK-47 a Dark, Larry foi o ultimo a chegar e ficou encarando Dark.

— Eu não sei cadê seu machado. — Larry falou com um olhar de quem pede desculpas mas mantem a cara seria como se não ligasse para se desculpado.

Dark não disse nada, só virou de costas e andou até o sofá abaixou-se e tirou o machado lá de baixo.

Você...? Você pegou isso durante a noite?! — Agora Larry tinha um espanto no olhar. — Mas... Mas como?

— Isso não importa. — Dark disse com uma expressão seria. — Eu disse que queria meu machado. — Completou Dark com um pequeno sorriso de canto de boca.

Larry agora ficou com um olhar frio, encarava Dark com o mesmo olhar do dia anterior, Yan cortou o clima pesado puxando assunto com o outro grupo.

— Então, vamos indo?

— Vamos sim, olha só, nos já tínhamos planejado passar no shopping que tem lá na frente, estamos quase sem munição e suprimentos, vocês podem ir lá com a gente ou podem seguir direto quando pararmos lá. — Matt disse ajeitando o revólver na cintura.

— Até lá nos decidimos. — Yan respondeu.

— Todos prontos? — Matheus perguntou.

— Sim. — Todos responderam quase em uníssono.

Os zumbis já tinham se espalhando durante a madrugada, poucos ainda estavam no pequeno quintal gramado, Yan abriu a porta da casa, Laís foi a primeira a sair, em um movimento rápido levantou o arco já com uma flecha em mãos, fechou o olho esquerdo e mirou na cabeça de um dos errantes, assim que atirou a flecha, essa perfurou a parte de trás da nunca do morto-vivo, a ponta da flecha chegou a aparecer no meio da testa, e o corpo da criatura caiu, Gohu saiu da casa em seguida segurando algumas facas, e com muita destreza as jogava em direção aos mortos-vivos, com muita precisão acertava cada uma das facas nas cabeças deles, Dark saiu da casa empunhando seu machado, cada vez que movia seus braços zumbis eram decepados ou tinham seus cérebros atingidos pelo machado, Matheus tirou da cintura na parte das costas um facão de abrir trilhas, tomando coragem Matheus enfrentava os zumbis no cara-a-cara, esquivando-se ou empurrando os braços do desmorto e cravando o facão nos olhos, entre eles ou na testa, Yan chegou usando pé de cabra e com ele esmagava muitos crânios; depois de cerca de uma dúzia de zumbis mortos por estes cinco, os outros saíram da casa e fecharam a porta, atravessaram o portão e ganharam as ruas. Muito tempo passou, “talvez até horas já” pensava Raquel não suportando aquele gelo, mesmo matando um errante ou outro pelo caminho o silencio era imperante ali, a jovem então se cansou de todos ficarem tão calados.

— Então gente? O que vocês faziam antes disso começar?

— Eu comecei a estudar direito, mas depois de um tempo não tava tendo dinheiro pra faculdade, tranquei os estudos e arrumei um serviço como seguranças depois vieram os mortos. — Matt respondeu a pergunta de Raquel amistosamente.

— E você Laís? — Ela perguntou olhando para a colega.

— Eu? Bem eu estava trabalhando como veterinária, sempre gostei de animais e trabalhava perto de casa.

— Espera e como você é tão boa com esse arco? — Perguntou Roger

— Ah, é que meu pai gostava de caçar, ele preferia o arco a qualquer arma, e ele me ensinou a usar, quando fiz dezoito, ele me deu esse arco de caça, nessa época eu já tinha me apaixonado pelos animais e não caçava mais, não por esporte, as vezes a gente brigava por isso. Mas eu caçava com ele em ocasiões especiais, tipo quando a gente ia acampar e nos mesmos íamos buscar o almoço.

— Entendo... — Disse a jovem depois de escutar. — E você Matheus?

— Eu trabalhava como designer gráfico e computação, as empresas me pediam para criar seus sites, logo-tipos, esse tipo de coisa, e eu sempre jogava partidas de Paint-Ball com meus amigos, acabei tomando gosto por armas também.

— Legal. — Raquel falando dando um sorriso.

Laís parou um segundo e atirou uma flecha na cabeça de um zumbi um pouco mais a frente, voltou a continuar junto com o grupo, quando passou pelo corpo morto pegou a flecha de volta, ela sempre recolhia as flechas já que flechas são raríssimas, agora foi Gohu que andando jogou uma faca que acertou a nuca de um dos zumbis que caiu, depois foi só pegar a faca de volta assim como Laís, Matheus seguia do lado direito do grupo único agora, até agora não matará nem um zumbi desde que começaram a caminhada, Dark ia atrás cuidando da retaguarda, os zumbis que seguiam o grupo e chegavam perto ele cuidava, ele decapitou um zumbi e cravou o machado na cabeça de outro até agora, Yan seguia do lado esquerdo e já tinha esmagado a cabeça de um zumbi.

Todos caminhavam durante quase cinco horas, matando zumbis que surgiam pelo caminho, até acharem um posto de gasolina restaurante.

— Eu queria muito achar um carro que não está quebrado. — Falou Matt olhando para os pés cansados de andar na estrada.

— É isso é muito raro de se achar. — Yan respondeu olhando para um carro que estava tombado e amassado na estrada, as marcas de sangue seco pela rua próximo ao veiculo já eram quase parte do cenário de todos os bairros.

— A gente tinha dado muita sorte de achar aquele carro bonitinho, funcionando direitinho. — Laís afirmou triste lembrando que não tinham mais aquele carro. — Enfim agora vamos parar um pouco ali né?

— Acho melhor fazermos isso mesmo. — Roger disse.

O restaurante estava vazio, e não estava tão avariado quanto outros lugares da cidade, só algumas mesas viradas e cadeira caídas, Matheus e Gohu foram até a cozinha, os poucos enlatados que encontraram dividiram entre os grupos, já que eles não sabiam, se, ou até quando ficariam jutos.

Depois de 30 minutos todos já tinham se alimentado e descansado para outra caminhada; e assim retornaram a estrada, eles andaram por mais quatro horas, e finalmente avistaram o shopping, um shopping grande, bonito, mostrando como o ser humano é capaz de criar lindas coisas, olhando para o shopping era capaz de se esquecer de que o mundo esta um caos, claro que você pode se esquecer, desde que você não olhe para o estacionamento ao redor, um estacionamento cheio de morte, ou melhor, mortos, mortos que ainda caminhavam lentamente e se arrastavam como doentes ou feridos.

Claro que o estacionamento não impediria os sobreviventes de chegarem ao shopping, um grupo já tinha decidido se unir ao outro para chegar ao shopping, ao menos até entrarem e possivelmente, continuarem seguindo juntos. Após pularem a grande cerca, estavam no estacionamento, eles andavam lentamente matando um a um os zumbis, mas infelizmente alguns os virão e se amontoaram bem no caminho deles.

— Droga tem muitos, eu vou atirar. — Larry falou já apontando o rifle, mas antes que ele atirasse Dark tomou a frente do grupo.

Dark começou a mexer os ombros, em seguida veio uma risada baixa, sem se virar esticou o braço esquerdo segurando a AK-47, para trás e Matheus a segurou.

— Droga ele ta surtando de novo. — Matt falou e todos do outro grupo o olhavam intrigado, depois voltaram o olhar para Dark que continuava rindo e brandeava o seu machado.

Se eles pudessem ver a feição de Dark estariam assustados, seus olhos arregalados, com um sorriso diabólico, e rindo loucamente.

— Isso vai ser interessante. — Dark falou agora com uma cara seria, mas permanecia com o sorriso no rosto.

Dark começou a correr muito rapidamente, e sem errar nenhum corte, decapitava ou cravava seu machado no crânio dos zumbis, seus movimentos pareciam uma dança violenta e sangrenta, quase duas dúzias de mortos-vivos ficaram mortos-mortos graças a um só homem.

Depois que todos os zumbis estavam mortos Dark ainda acertava o machado neles só por diversão, agora que nenhum deles se mexia ele olhou para eles no chão com os olhos arregalados, o rosto e roupa cheios de sangue, e o mesmo sorriso diabólico no rosto, depois ele deu uma gargalhada, e voltou a ficar serio, olhou para trás por cima do ombro esquerdo e falou:

— A festa já acabou. Vão ficar ai parados ou nós vamos entrar? — Perguntou Dark agora com a feição seria e se dirigindo para a entrada do shopping.

Os outros correram em direção a Dark tomando cuidado para não tropeçar nos corpos, nem escorregarem no sangue, todos alcançaram Dark, Matheus devolveu a ele sua AK-47, pisando no tapete de entrada do shopping as porta se abriram automaticamente, e eles entraram.


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Notas finais do capítulo

Os grupos, agora unidos, chegaram ao shopping, será que o shopping é mesmo um lugar que parece ter sido mantido depois do apocalipse? Ou não se deve julgar o livro pela capa? Será que os sobreviventes são os únicos ali dentro?