OPERA Survivors escrita por Matheus HQD


Capítulo 4
Nós NÃO confiamos em estranhos - Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Larry esta com o dedo gatilho, ele vai atirar? O que ele pretende fazer? E o outro grupo vai fazer o que nessa situação?



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Dia 05 de janeiro de 2013, 15 dias após o Dia-Z, em algum lugar do Brasil, em uma casa de exterior avariado.

— Não me ouviram não? Ou será que eu preciso atirar em alguém pra vocês sacarem? — Falou Larry com a cara seria franzindo a testa e olhando fixamente para o grupo de estranhos.

— Mas o que diabos você ta fazendo Larry? — Perguntou Yan com os olhos quase arregalados para seu amigo.

— Você ta fora de si. — Disse Gohu.

— Eu to fora de mim? EU? To fora de mim? Vocês acabaram de deixar estranhos entrarem na nossa casa armados, e daqui a pouco os errantes vão cercar isso aqui, e EU é que to fora de mim?

— Cara fica frio agente da um jeito nos errantes depois e... — Roger começou a falar, mas foi interrompido por Larry.

— O problema não é SÓ os errantes.

— Certo, certo, dá pra vocês pararem de gritar, agente entendeu cara da arma. — Disse Matheus virando a cabeça para Larry. — Todo mundo faz o que ele disse galera. — Matheus falando colocando a mochila no chão e a 9mm em cima e chutando a mochila para frente, em seguida o facão do cinto chutou-o também.

— Obrigado, e agora pode ir se ferrar... — Disse Matt fechando a cara e jogando a mochila para o lado da de Matheus, agachou e colocou o revólver no chão. — Esse aqui não tem trava é melhor alguém pegar aqui.

— Pega a arma Raquel... — Raquel nada fez... — AGORA!

Raquel só pegou a arma porque estava assustada com Larry, na verdade todos estavam, nenhum deles nunca o viu agir assim.

Laís tirou o arco e flecha das costas e jogou no chão assim como a aljava com as flechas em seguida.

— Inferno... — Dark falou tirando o pente da AK-47, em seguida jogou ambos no chão.

— O machado também Dark. — Falou Matheus ainda parecendo tranquilo.

— Ah, mas que merda quer levar minha cueca também? — Falou Dark nervoso jogando o machado que estava em suas costas no chão.

— Essas são todas as nossas armas, e agora? Larry certo? — Perguntou Matheus encarando o rapaz.

— Agora levantem as mãos, e pessoal revista eles, enquanto eu penso no que fazer com eles.

— Não! Agora já chega Larry, o que diabos é isso que você ta fazendo cara? Você nunca fez esse tipo de coisa, o que ta acontecendo com você? — Perguntou Yan em um tom de voz firme para mostrar a Larry o que ele estava fazendo.

Larry ficou agitado, enfim abaixou a arma, mas continuou olhando para o outro grupo, desceu os degraus pegou a arma de Matheus, a AK-47 de Dark mais a munição e o machado do lado, o arco e a aljava de Laís, e tomou da mão de Raquel o revólver, subiu as escadas de novo, olhou para trás, todos estavam olhando para ele, ele bufou com o nariz e foi para o segundo andar, agora parecia estar tudo menos tenso.

— Com licença gente. — Falou Raquel e correu para as escadas.

— Eu vou com você Raquel.

— Espera Roger, eu acho melhor não, o Larry ta meio estranho dexa só a Raquel ir, talvez ela acalme ele, você talvez só irritasse mais ele.

— É, é bem capaz mesmo. — Roger completou e então Raquel subiu as escadas.

— Bem... Agora que a situação ta melhor; oi, eu sou Goku. Quer dizer... Gohu!

— Eu sou o Roger.

— Meu nome é Yan, a garota que acabou de subir se chama Raquel, e por favor perdoem o comportamento do nosso amigo Larry.

— Humf... — Matt olhou feio em direção a escada e pegou a mochila dele de volta. — Tudo bem... Ah... — Deu uma pausa expirando o ar. — Bem meu nome é Matt.

— Eu sou o toque feminino do grupo, me chamem de Laís. — Ela disse dando um sorriso e uma piscadinha inclinando um pouco a cabeça.

— Matheus, é um prazer conhecê-los.

— Dark... Onde fica o banheiro?

— Segue pelo corredor aqui, a porta a direita. — Disse Yan apontando em direção ao corredor ao lado da escada, Dark saiu em falar nada.

— Serio o nome dele é Dark? — Perguntou Roger com uma cara de “Que mãe desnaturada”.

— Não... Bem eu acho que não, ele é meio estranho, vocês virão que ele é caladão, mesmo nós sabemos pouco sobre ele, se seu nome é mesmo Dark e o que ele fazia antes do mundo mudar só ele sabe. — Matheus falou respondendo a pergunta de Roger.

— Mas ele é uma boa pessoa. — Disse Laís tentado dar uma moral ao integrante do grupo.

— Menos quando ele surta... — Sussurrou Matt, só Gohu percebeu que ele sussurrou algo, mas resolveu não chamar atenção por conta disso.

— Que coincidência vocês passarem por aqui na hora certa não? — Falou Yan fazendo um gesto com a cabeça, todos olharam em direção a janela e havia um braço de zumbi entrando pela fresta entre as tabuas de janela de madeira.

— Na verdade não foi coincidência, isso ai é seguro? — Perguntou Matheus olhando para o braço que invadia a casa.

— É sim. A casa já estava reforçada quando chegamos, e passamos por uma situação parecida, achamos a casa e no outro dia fizemos uma busca por suprimentos, alguns errantes nos seguiram até aqui e a parte da frente ficou cercada, mas eles não entraram. — Falou Roger também olhando para o braço do zumbi.

Pararam de olhar quando ouviram passos vindo, todos agora se viraram para as escadas, de onde aos poucos veio surgindo uma garota andando calmamente, Raquel desceu até o primeiro andar e falou:

— Oi gente, Larry ta mais calmo agora, ele conversou um pouco comigo, peço que não o odeiem, ele é legal. A é e sou a Raquel pra vocês saberem.

Agora Larry apareceu, desceu as escadas com a cabeça baixa olhando para o canto, levantou a cabeça e olhou para os estranhos.

— Foi mal, eu perdi a cabeça, eu sou Larry. — Larry falou com um tom mais ríspido do que queria, mas agora falou devagar, com um tom de voz mais baixo.

— Eu quero meu machado. — Larry deu um salto para o lado ouvindo aquela voz atrás dele, e olhou para Dark com uma cara de medo. — Por Deus cara que susto.

— Eu quero meu machado... — Dark repetiu.

— Olha, eu guardei a arma de vocês lá em cima, nós deixamos nossas armas lá no armário e acho melhor deixar a de vocês lá também, já que não vamos precisar delas aqui.

— Talvez eu precise. — Dark falou em tom ameaçador franzindo a testa para Larry.

— Eu acho que não... — Larry falou sem tirar os olhos de Dark, um silencio tomou conta do lugar, nem o som dos zumbis lá fora rompeu o momento.

— Então... — Matheus tentou quebrar o gelo. — Podemos usar sua cozinha, agente não come desde manhã.

— Ah claro, é só seguir até o fim do corredor. — Yan disse apontando com a cabeça para o mesmo corredor que Dark voltou do banheiro.

— Vocês têm comida ai? — Perguntou Gohu.

— Temos um pouco nas mochilas. — Matt respondeu começando a andar em direção a cozinha.

Laís foi em seguida, Matheus, e por ultimo Dark que continuava trocando olhares mortais com Larry enquanto seus amigos iam à cozinha, só depois que todos chegaram lá ele foi.

Já na cozinha Matheus e Matt abriam suas mochilas.

— Ainda tem maçã? — Perguntou Dark

Matt tirou uma da mochila e jogou na direção de Dark que agarrou-a.

— Só tenho mais uma aqui, aproveite, porque essa aqui é minha.

Laís olhava na mochila dos dois amigos para decidir o que comer, quando se virou pra trás e notou que alguém se escondeu rápido.

— Matheus me da uma dessas barras de cereal, por favor? — Laís falou e então se aproximou de Matheus e cochichou em seu ouvido. — Aquele Larry ta nos vigiando.

— Laís não me provoque desse jeito garota. — Matheus falou agarrando Laís com o braço direito e virando-a de frente para ele, então ele abraço-a e sussurrou em seu ouvido. — Ele está olhando agora?

— Ah é? Então eu vou... — Laís falou isso em voz alta depois começou a cochichar no ouvido de Matheus, ela entendeu o jogo. — Esta, sabe, eu até gostei dos outros, mas vou dormir com um olho aberto por causa desse.

— Ah eu gostei disso, mas seria melhor se eu... — Daquele ponto de vista Larry não podia ver a mochila de Matheus, e Matheus sabia muito bem disso enquanto falava tirava uma faca da mochila, depois de falar em voz alta e pegar a faca voltou a sussurrar no ouvido de Laís. — Toma você é melhor com isso, fica esperta... Qualquer coisa estranha não se contenha de fincar isso no coração dele.

— Ah isso sim foi uma coisa que eu gostei de ouvir. — Ela respondeu em voz alta e sorrindo.

Matheus voltou a cochichar:

— Hei eu não devia tipo... Te beijar agora?

— Não exagera né — Respondeu Laís cochichando e dando dois tapinhas nas costas dele.

— Ah não... Foi só pra checar sabe?... Pelo teatrinho. — Concluiu ainda em sussurro.

Laís deu uma risada baixa e beijou a bochecha de Matheus, ele a soltou e foi procurar uma barra de cereal na mochila, entregou a Laís e pegou uma pra ele, Matt e Dark estavam paralisados, Matt com a mão dentro da mochila e Dark na primeira mordida da maçã ainda, os dois olhavam para Matheus e Laís, logo em seguida se olharam e depois voltaram o olhar para o 2 que acabaram de fazer uma cena um tanto quanto estranha.

— Que foi agente faz isso o tempo todo né gata? — Matheus falou dando uma risada para disfarçar.

— É... Quer dizer... Claro, tigrão.

— É que geralmente agente espera vocês dormirem. — Matheus falou dando um sorriso.

Laís girou a cabeça para Matheus com os olhos arregalados e disfarçando o rosto em um sorriso:

— É mesmo? — Ela perguntou.

— Qualé? Eles merecem saber a verdade. — Disse Matheus contendo a risada, e pensando, “Hoje ela me joga nos zumbis, mas a cara dela ta muito engraçada, queria tirar uma foto”.

Depois disso Larry parou de espiar os estranhos e voltou para o se grupo, Roger e Raquel não estavam lá, assim que Larry chegou Roger desceu as escadas falando:

— Acabei de dar uma olhada da janela lá de cima, eles cercaram a casa, acho melhor dormirmos todos lá em cima, eu sei que a porta com a estante e as janelas fortificadas são ambos bem resistentes, mas nunca se sabe.

— E a Raquel? — Perguntou Larry.

— Ficou lá, voltou a ler o livro.

— Hum... Enfim acho que os estranhos devem ficar aqui em baixo.

— Mas e se... — Roger começou a falar, mas foi interrompido por Larry.

— Você mesmo disse, são resistentes eles vão ficar bem.

— Bem, agora podemos voltar ao jogo? — Gohu perguntou sentando na cadeira que estava antes de todo o alvoroço, e segurando o baralho.

— Vão embaralhando as cartas, eu já volto. — Yan falou enquanto se direcionava para a cozinha.

Larry não sabia o que ele foi fazer lá, mas já estava farto de se envolver em assuntos dos estranhos então andou até a mesa e levantou sua cadeira que tinha deixado cair quando correu para o quarto quando Raquel os chamou.

Todos se alimentavam na cozinha quando Yan chegou à cozinha.

— Hã, Matheus né? Então quando eu disse que foi coincidência vocês passarem aqui na hora certo você disse que não, do que você estava falando? Destino?

— Não. — Matheus falou enquanto mastigava um pedaço da segunda barra de cereal que comia, então engoliu. — Desculpe. Não, não falava de destino, longe disso, há quanto tempo estão aqui?

— Uma semana, por quê?

— E desde então vocês não ouviram o radio?

— Não? Por quê? — Agora Yan estava mesmo intrigado.

— Ah cara, e eu pensei que vocês estavam aqui há uns dois ou três dias, pensei que vocês estavam indo pra lá.

— Pra lá onde? —Yan já estava aflito e confuso.

— Cara. Pensei que vocês estavam indo pra CASA.


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Notas finais do capítulo

Larry não esta nada feliz com estranhos na casa, e o outro grupo também não gosta muito de Larry, e o que é seria CASA? Vocês também podem encontrar essa Fanfic no meu blog, lá postarei esta e outras fics que criar. E comentem galera, digam o que acharam.