OPERA Survivors escrita por Matheus HQD


Capítulo 16
Epilogo


Notas iniciais do capítulo

A história tem um fim, assim como todas as histórias devem ter, mas o muno continua girando e os mortos-vivos ainda perambulam atras de novas presas.



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EPILOGO

Os maias previam o fim do mundo para o dia 21 de dezembro de 2012. Eles estavam certos, só não sabiam que o mundo acabaria com os mortos despertando e atacando outras pessoas.

Um grupo de pessoas, um grupo de sobreviventes, foram capazes de resistir ao exercito de mortos-vivos que caminhavam pelas ruas, e lutaram com toda a garra e energia que tinham para viver e chegar em um misterioso objetivo conhecido como CASA.

Alguns tinham ouvido falar no radio, outros não, houveram discussões, brigas, e até perdas até todos encontrarem um sinal de que aquele lugar realmente existia.

Mas antes de encontrarem esse sinal dois membros do grupo se sacrificaram para que os outros tivessem uma chance de sobreviver. Um deles acabou sendo mordido por um zumbi. O outro lutou, lutou, e lutou até não poder mais, estava sendo sufocado por dezenas de infectados que tentavam devora-lo. Mas ele não se deixava ser mordido, até quando já estava quase deitado no chão ele matava as criaturas e se esquivava dos dentes.

Até que um som alto pode ser envolvido, o rapaz lutando pela vida viu feixes de luz passando entre os zumbis que tentavam come-lo. E uma força tão forte quanto a gravidade jogou ele e os mortos para bem longe.

O rapaz estava tonto, a visão embaçada, quando se recompôs matou um zumbi que se arrastava até ele. Olhando ao redor ele percebeu vários corpos de desmortos, totalmente carbonizados e com partes do corpo faltando, alguns olhavam para ele e batiam com os dentes, nem mexer mais nenhuma parte do corpo.

Ao tentar se levantar se deu conta das queimaduras de segundo grau superficial no braço esquerdo e de primeiro grau no direito. As pernas foram parcialmente protegidas pela calça, estavam um pouco machucadas, mas ele poderia andar; andar e lutar.

***

Dia 9 de janeiro de 2013, 19 dias após o Dia-Z, em alguma cidade do Brasil, um homem anda sozinhos nas ruas praticamente vazias debaixo do sol de meio-dia. O cavaleiro solitário anda com um machado em uma das mãos, os braços enrolados em algum papel-higiênico velho e desgasto, ele sente fome e sede, mas não vai parar agora, alguns infectados estão atrás dele, ainda distantes, seguindo-o, esperando um momento de fraqueza como urubus, mas estes gostam da carne viva.

O homem para quando ouve um som familiar, mas que não pensava que iria escutar por um tempo, ficou até surpreso, era o som de um motor de carro, e pelo som não era um carro pequeno. Ele olhou se virou e pode ver.

Uma caminhonete 4x4 atropelou e jogou longe os zumbis que estavam atrás dele, a caminhonete ia em alta velocidade para derrubar os mortos, mas depois começou a desacelerar ao se aproximar do homem errante na rua, desacelerou até a caminhonete preta parar do lado do rapaz.

— Quer uma carona amigo?

Perguntou a voz masculina vinda de dentro da caminhonete. Em seguida a porta do passageiro foi aberta e um homem de pele levemente bronzeada, cabelo curto e liso pode ser visto. Ele tinha em mãos um revolver cromado de prata.

O homem do machado o encarou com olhos duros, ele não era burro de enfrentar chumbo com um machado, mas queria bater a cabeça daquele cara no volante do carro, somente para ele aprender que não se deve ameaçar um lunático.

— Você tem alguma arma com você ai?

Ele respondeu com a cabeça que não.

— Você parece estar machucado, e parece fraco, tem comida ou água com você?

Ele não respondeu, só olhou fixamente em seus olhos.

— Vamos sobe ai, deixa seu machado no banco de trás e senta aqui do meu lado.

E assim ele fez, ainda pensando se não devia aproveitar para cravar o machado naquele cara, ou cortar a mão dele fora, a mesma que segurava a arma, porem no fundo ele sabia que aquele cara era uma boa pessoa, ele sempre foi bom em dizer, o caráter de uma pessoa só pelo olhar, e aquele cara tinha um olhar bom, lembrava o do amigo que ele havia perdido.

Eles seguiram calados dentro do carro por uns 10 minutos, o passageiro depois de entrar ficou olhando pela janela quase o tempo todo, mas sem tirar a concentração da arma que o homem ainda tinha na mão. Até que o motorista resolveu quebrar o gelo e começou a falar.

— Sabe, eu sei que você é boa pessoa, parece um pouquinho maluco e durão, eu consigo... Sei lá... Sentir as pessoas, ler uma pessoa por como ela se comporta, age e até fala, e você é bem caladão, mas parece um cara legal.

Sem querer o homem sorriu, ele realmente lembrava o amigo que ele perdera a pouco, pois quando se encontraram ninguém confiava ou queria ele por perto, mas aquele rapaz negro de cabelos raspados soube que ele era louco, mas boa pessoa no fundo.

— Olha eu vou guardar a arma aqui agora. — O motorista disse colocando a arma no coldre na cintura do lado esquerdo, ele acreditava que aquele cara era boa pessoa mas não baixaria a guarda até confiar naquela pessoa. — E então... Você também deve estar indo pra CASA não é verdade? digo por que eu to te observando a um tempo, e você parece um errante andando mas eu não acho que você estava andando a esmo, você seguia uma direção.

O homem apenas consentiu com a cabeça sem dizer nada.

— Pois é... Bem já que estamos indo juntos será que eu posso saber pelo menos o seu nome?

Alguns segundos se passaram sem resposta, até que ele decidiu responder.

— Pode me chamar de Dark.

— Dark? Ok então... Enfim, você pode me chamar de Trajano.

E os dois seguiram naquela caminhonete por um tempo, até que saíram da cidade, os mortos-vivos que se aproximavam eram atropelados ou empurrados pelo veiculo, eles entravam numa grande rodovia que tinha algum grande outdoor perto, ainda não conseguiam ler, mas estavam se aproximando dele. E foi quando Dark se lembrou de algo que ouviu antes do mundo mudar “todo começa tem um fim, mas todo fim cria um começo”.


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Notas finais do capítulo

Espero que todos tenham gostado dessa história. E obrigado por ter lido até o fim. Mas não baixe sua guarda os mortos-vivos podem aparecer a qualquer momento.