Meu Amor Imortal 2 - O Legado escrita por LILIAN oLIVEIRA


Capítulo 63
Capitulo 63 - FIM


Notas iniciais do capítulo

A despedida é uma dor tão suave que te diria Boa Noite até o amanhecer...
Trecho do livro 'Romeu e Julieta' de William Shakespeare



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/314968/chapter/63

( Leah )


Ok, isso está ficando bem complicado. Faz uma semana que eu sei que estou grávida. Uma semana, tentando contar isso para Jason. E nunca me parece a hora certa. Eu queria contar, mas as coisas começaram a ficar loucas. Primeiro, soubemos que Ed e Maki resolveram viajar sem rumo. Logo depois, Jacob e Renesmee foram viajar, deixando Jason no comando da oficina e de La Push. Estávamos nos vendo somente à noite, quando eu não tinha plantão no posto da reserva. Então, a notícia estava ficando sempre pra depois. E eu ainda me sentia nervosa e estranha, esperando algo ruim acontecer. Se acontecesse algo, ele nem precisaria saber, e talvez fosse mais fácil, só um de nós carregar isso.

Aproveitei uma noite de plantão no posto, e fiz um teste, com amostra de sangue que eu mesma me coletei. Eu tinha que tirar a prova. E novamente a confirmação.

Tentei calcular as semanas, mas era impossível sem fazer uma ultra. E para isso, eu precisaria da ajuda de Carlisle. E eu tinha que pedir o quanto antes. Ele e a família já estavam falando em partir de Forks, para outra cidade.

Para me distrair, comecei a pensar em maneiras de como contar a Jason. Imaginei em levá-lo para um jantar romântico. Imaginei falar bem cedo, no café da manhã. Mas nada parecia apropriado. Eu sei que ele deve ficar louco, ou não... Já que ele não está esperando, e disse que isso não importava... A verdade, é que eu não sabia o que fazer. E agora, o tempo começava a pesar. Eu tenho que falar. E sei que ele vai surtar. Ele estava como um doido, correndo para lá e para cá, dando conta de um monte de coisas, que de repente viraram responsabilidade dele.

Eu não queria me tornar mais uma coisa a preocupá-lo.

Eu preciso me acalmar. Isso não deve fazer bem para o bebê, todo esse estresse… Ai meu Deus... Um bebê. Um bebê, meu e do Jason… Como ele vai ser? Um menino? Uma menina? Roupas? Ai meu Deus, eu preciso comprar roupas, um berço, e uma porção de coisas…

Tá... Eu preciso fazer uma lista...

Fechei os olhos. Já estava sentada na mesa da cozinha há umas duas horas. Eu estava dando careta para o suco de laranja, louca por uma xícara de café. Mas eu não posso. Cafeína não faz bem para o bebê. Então, é suco de laranja, com torradas. Os ovos e bacon estavam me enjoando até a morte. Jason tinha saído tão cedo aquele dia, que eu nem tinha visto ele se levantar. Hoje é minha folga. Preciso me preparar. Prometi a mim mesma, que de hoje não iria passar.

Levantei da mesa lavei a pouca louça na pia e subi resignada, as escadas. Abri a porta do antigo quarto do Seth. Encostei na porta, e imaginei que a cama de solteiro do meu irmão iria sair. O armário. A mesa de estudos. Os pôsteres dos carros... Tudo isso vai para a garagem. Ele não vai ficar chateado. Ele tem uma casa linda, agora. É um feliz homem casado, e ainda em lua de mel. Mas mesmo assim, eu mandei uma mensagem para ele.

“Irmãozinho, vou precisar do seu antigo quarto,”

==========================================

( Jason )

Como meu pai consegue?

Eu já estou com dor de cabeça, e nem mesmo consigo lembrar da última vez que tive dor de cabeça.

Não vejo a hora de Seth voltar. Já que o meu pai não tinha dado a menor previsão de volta, eu estou com medo de fazer alguma coisa errada. Mesmo com ajuda dos lobos, nas oficinas, parecia que tudo precisava da palavra final do meu pai. E como ele não estava ali, eu tomo no peito, toda esta loucura...

Não é que os negócios estejam uma bagunça. Mas eu não entendo nada disso, e tive que aprender na marra, ou não seria nada digno de um Black.

Mas quando eu já achava que ia enlouquecer, uma família grande, veio muito a calhar nessa hora. Emmett e Rose vieram dar uma força na parte braçal dos negócios, e Jasper me ajuda com toda a parte burocrática. Até mesmo meus avós vinham, de vez em quando, para me dar apoio. É incrível poder contar com isso. Somos como um bando. Uma força, que pode fazer qualquer coisa, quando nos juntamos. Logo, tudo começou a entrar nos eixos, e eu já podia voltar mais cedo para casa. Eu não estava me sentindo muito presente com Leah. E isso estava me incomodando, porque eu estava sentindo ela estranha e distante. E isso, é uma droga…

Naquela noite, eu ia chegar cedo em casa e fazer uma surpresa. Mas assim que estacionei o carro na frente de casa, percebi que algo estava estranho. A casa estava escura. Nenhuma luz, ou barulho vindo dela. Abri a porta desconfiado, e vi um caminho de pequenas velas no chão. Pelo jeito, eu é que ia ser surpreendido. Já fui me animando, e antes de perceber, já tinha um sorriso bobo na minha cara. Segui as pequenas velas. Mas o que achei estranho, é que elas me levavam para o antigo quarto de Seth, que estava com a porta fechada.

–Lee?

Chamei, sem obter resposta. Mas pude sentir seu cheiro e ouvir a sua respiração.

Abri lentamente a porta, sem ter a menor ideia do que esperar… Uma luz se acendeu, vindo de uma pequena luminária, com cavalinhos dançando na parede, em um jogo de sombras. Uma canção de ninar começou a tocar.

Então meu mundo novamente girou. Meu coração começou a bater tão violentamente, que eu achei que ia explodir em lobo ali, no meio daquele quarto de bebê…

E com os olhos mais brilhantes que eu já vi, Leah sorriu pra mim, e eu comecei acreditar em milagres, pela primeira vez na mina vida. E quando ela veio me abraçando, meu coração se acalmou ao ritmo do dela.

Abracei, levantando-a na minha altura, girando com ela nos meus braços. Nos olhamos, ambos com os olhos cheios de lágrimas, de felicidade.

FIM.

=========================================

Epilogo. Primeira parte.

< Eu estou muito ansiosa : ) . Não sei que roupa vou usar…

< Coloque o vestido verde, que Alice comprou no seu níver ; ) É o melhor…

< Não… Acho ele meio infantil. Quero algo que mostre que eu já sou uma jovem adolescente.

< : 0 Vc só tem dez anos. Vc é uma criança. KKKKK Sua ridícula!!!

< Vc só está com inveja, porque eu vou para segundo ano, e vc ainda está com os garotos que tiram meleca na sua frente e fazem disputa de peidos...kkkkk Me beija, : * Ateara.

< Peça dicas de roupas então, para as novas amigas que vai fazer, e me deixe estudar vampirusca : P

< É o que pretendo, bruxilda : {

Aurora fez uma careta e mandou para amiga, via mensagem, e se enfiou de novo no closet…

Queria que Soy tivesse aqui… Somos como irmãs. Não de verdade. Mas com toda certeza, de coração.

Aurora tirou uma foto dela mesma, em frente ao espelho e mandou para Soy, com a roupa que tinha decidido usar. Não era nada muito extravagante, como sua mãe teria escolhido. Nem nada muito caro, como Alice teria. Algo bem normal. Como, talvez, Bella tivesse escolhido. Não queria chamar atenção. Mas talvez, estivesse simples demais. Não queria passar despercebida. Afinal, queria fazer amigos. Esme tinha dito, que poderia fazer amigos. E até mesmo trazê-los para casa, com uma aviso prévio e claro. Olhou o celular, para ver o que Soy tinha achado.

< Coloque mais cor aí… O que está fazendo, dentro do closet da tia Bella?

Aurora revirou os olhos, trocando as calças, por uma saia jeans. E a blusa caqui, foi substituída por uma preta, com uma jaqueta e botas de cano longo, que receberia, com toda certeza, um ok de sua mãe…

Tirou mais uma foto, e recebeu carinhas felizes de Soy, junto com várias palminhas, dizendo que esse era o look certo.

Desceu, saltitando, as escadas da casa, esperando ver seu pai. Mas ele não estava ali.

Nem mesmo Esme estava na cozinha. Olhou no celular a hora, e viu que estava muito adiantada. Em sua ansiedade, tinha se arrumando muito antes da hora. Agora, tinha que esperar um pouco.

–Mas onde está todo mundo?

Com os tios Edward e Bella na França, e Alice e Jasper na Índia, a casa estava mais vazia. Mas era estranho estar sozinha… Àquela hora, Carlisle estaria no hospital. Esme e mamãe tinham ido caçar. Mas deveriam estar de volta, há uma hora atrás. Aurora pensou meio desanimada .



Aurora olhou pela janela. Como sempre, estava um dia horrível, com aquela fina chuva e a neblina. O clima típico de Forks. Embaçou o vidro da janela, com o ar, e escreveu seu nome nele, com letras de forma, bem pequenas com coração e flores .

Estava distraída nisso, quando ouviu notas alheias do piano, vindo da sala de música. Tentou aguçar os sentidos, e tudo que pode sentir, foi o cheiro de hortelã. Parecia com o cheiro de tio Edward. Mas não exatamente. Era diferente e distinto. Um pouco mais forte e menos suave. Havia também, outro cheiro. Um bem perigoso. O cheiro de sangue humano. Aurora ficou congelada por alguns segundos. Mas não pôde permanecer assim por muito tempo. As notas alheias, logo se transformaram em uma melodia. Uma música conhecida. Só que ela não lembrava o nome. Mas havia algo de hipnotizante ali.

Sem perceber, suas pernas a levaram ali, e a música parou, para logo virarem, de novo, notas soltas e sem sentido…

Aurora sorriu, sem saber o porque. Não sabia quem era. Talvez, um dos amigos de sua família. Seja quem for, parecia alguém melancólico e tristonho. Aurora não pôde ver seu rosto quando chegou na sala de música. Só observou uma cabeça baixa, de frente ao piano. Se encostou no batente da porta e cruzou os braços.

–Vai tocar de novo, ou vai apenas maltratar esse pobre piano?

Um vampiro. Era claro que era .Aurora não o conhecia.

Ele soltou mais algumas notas aleatórias, antes de olhar para ela. Era como se estivesse exitante, ou pensando no que dizer. Tinha o pego de surpresa. Ela podia fazer isso. Ser silenciosa, como uma pena ao vento. Ela pode melhorar com o tempo, é o que diz Carlisle.

Ele a encarava agora. Não parecia surpreso em ver uma humana ali. Ou era isso que ela deveria parecer. Será que ela o conhecia? Ele não se parece com nenhum amigo de Carlisle.

–Quem é você, estranho?

Aurora perguntou, caminhando em direção ao piano.

O Vampiro se levantou. Vestia calças jeans, com uma blusa já bem gasta. Tinha o cabelo muito preto, que contrastava com a pele muito pálida. Era alto e magro. Mas o que mais prendia atenção de Aurora, foram os olhos dele, que eram de um vermelho vivo, como uma pedra de rubi. Fascinantes e perturbadores.

Vampiros de olhos vermelhos são perigosos. Deveria fugir dali. Mas porquê seus instintos não a obrigavam a sair correndo?

–Não achei que tivesse alguem em casa.

Ele disse, de forma tranquila, sem nem tentar disfarçar aqueles olhos de sangue.

–Acho que não deveria estar aqui.

Ele sorriu, sem mostrar os dentes.

–Por que acha isso, Aurora?

A garota, antes, toda segura de si, vacilou e arregalou os olhos castanhos. Alec não escondeu o sorriso que brotou no canto da boca.

–Estou em clara desvantagem. Já que não sei quem é o músico estranho, em minha casa.

Ela tinha crescido de forma assombrosa. Tinha incríveis olhos castanhos e cabelos cor de mel. Sua pele era como a dos Quileutes. Mas tinha um cheiro refrescante de glicínia, que ele já havia sentido antes. Só não conseguiu lembrar de onde…

Ela tinha algo mais. Um silêncio em cada movimento, quase imperceptível. É como uma gata silenciosa, jovem e fresca. O cheiro do seu sangue era tentador. E Alec estava certo em ter se alimentado antes de chegar até Forks. A tentação de estar perto dessa garota seria demais para a sede dele, se não estivesse controlada. Mesmo assim, se manteria distante, só por precaução.

–Ficou mudo, músico vampiro?

–Não, garota hibrida. Não estou mudo. Estou avaliando você.

–Me avaliando? Por que? É professor? Só professores avaliam.

–Não é verdade. Predadores como nós, sempre avaliam. Avaliam cada passo... Cada movimento… Cada respiração...

–Só se estiverem caçando… E se estiver caçando nesta área, deve ser um vampiro muito burro e desavisado…

Alec sorriu abertamente. Ela tem coragem. Estava dando um claro aviso para ele. E não demostrava nem uma grama de medo.

–Alec?

A voz de Esme encheu a sala, e logo ela e Rosalie estavam ao lado de Aurora. Rosalie, abraçando sua filha, e Esme indo cumprimentar Alec.

–Querido, por que não nos disse que viria? Jason vai ficar doido, quando souber que está aqui…

Rosalie olhou para Alec desconfiada. Mas logo o cumprimentou amavelmente, quando percebeu que Aurora estava bem, e olhava para ele, com clara curiosidade.

–Então esse é Alec Volturi. O grande herói... Claro que sei das histórias dele. A família não se cansa de falar nele. Jason, principalmente. Mas por que ele não tinha dito logo, e ficou fazendo todo aquele joguinho misterioso?

Por alguma razão, Aurora começava a se aborrecer com ele, e com toda a atenção que ele começava a receber. Até seu pai o recebeu, como se ele fosse algum herói que voltava do exílio. Mas que droga... Mas não é que é isso mesmo...

Em menos de uma hora, a casa dos Cullen estava lotada. Todo mundo estava ali, para ver o cara. O que fez com que Aurora ficasse mais aborrecida ainda...

Quando achou que já estava cheia, pegou as chaves do carro e sacudiu para seu pai.

–Escola... Se lembra?

Com uma cara de culpado, ele largou todos lá, e desceu com ela para a garagem, para pegar o carro e levá-la para a escola. Mas antes de Aurora sair, ela deu mas uma boa olhada no herói de guerra. Ele estava cercado, e sendo sufocado por todos os seus parentes. Também estava Billy no colo. O filho de Jason e Leah. Jason contava, todo animado, mais uma das travessuras do pequeno. Aurora começava a descer as escadas, para a garagem. Mas parou, quando ele desviou a atenção de Jason para ela, e fez um aceno com a cabeça. Ela, sem entender o porquê, ficou nervosa com isso, e sentiu sua pele queimar e pinicar. Desceu o restante da escadas correndo, e literalmente, voou para dentro do carro, junto com seu pai, para a escola, que era o acontecimento mais emocionante até então, na sua pacata existência.

Talvez, não tão mais emocionante. Porque havia algo muito mais agora. Havia olhos vermelhos como jóias preciosas, que deixavam ela muito nervosa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!