Meu Amor Imortal 2 - O Legado escrita por LILIAN oLIVEIRA


Capítulo 62
Capitulo 62 - A BELEZA DO ADEUS


Notas iniciais do capítulo

Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente.
Martha Medeiros



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( Leah.)

1...2...3…4...

–Qual a chance de falhas destas coisas?

Sue olhou para sua filha, que franzia os olhos para os quatro bastões de testes alinhados na pia do banheiro. Sentada na tampa do vaso, esperando que eles mudassem o resultado, como mágica...

–Sabe tão bem quanto eu, que as chances de erro são bem pequenas, Leah... Você é enfermeira.

Sue esperou ela absorver suas palavras. Deixou alguns segundos se passarem, olhando para sua filha, que contorcia as mãos juntas, com o corpo encolhido, ainda encarando os bastões de teste… Sue se abaixa, passando a mão na cabeça de Leah. Sua forte e determinada filha parecia um bichinho assustado. Tão fora de sua pele corajosa, que Sue sabia que coisas terríveis deviam estar passando em seu interior. Sabia que nesse momento, ela tinha voltado a ser uma criança assustada que precisava mais que nunca, de suas palavras e seu conforto.

–Não precisa ficar com medo. Tenha fé, querida. Isso é maravilhoso...

Os olhos de Leah ainda encaravam os bastões, quando gotas de lágrimas começaram a cair de seu rosto. Mas ela as enxuga resignadamente, para encarar sua mãe.

–Eu não posso acreditar. Eu já tinha me conformado, de que isso não era pra mim, mãe... Encarar os olhos que me questionavam quando eu ando pela reserva com Jason, já não me afetavam mais… Eu ainda espero despertar de um sonho torturante, a qualquer momento…

Sue sorri francamente. Se levanta, segurando firme os ombros de Leah, para que ela se recomponha.

–Pode acreditar! Da minha parte, eu sempre acreditei que fosse possível… Em um mundo de vampiros, lobos e outras coisas, que nem podemos imaginar… Onde está a impossibilidade disso acontecer?

–Nunca me permiti ter esperanças…

Leah diz, em um sopro de voz, ainda preocupada em estar fora da realidade.

–Eu as tive por nós duas, querida… Tive todos os dias, e pedia aos espíritos, por isso.

Leah olha para sua mãe, e seus olhos estão transbordando de fé, esperança e coragem… O que é difícil não acreditar que tudo isso e verdade. Que tudo ficaria bem…

–Mãe…

Leah fala, entrelaçando suas mãos e beijando sua testa.

–Vou pra casa… Jason deve estar preocupado. Disse que ia na cidade fazer compras, mas já esta quase escurecendo…

Sue sorri, imaginando a reação daquele homem…

–Vá... E me conte como ele reagiu… Aposto que vai chorar como uma criança...

Leah dá um sorriso fraco, contando para que isso não aconteça. Não ia saber como lidar com ele chorando...



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Na beira da estrada, na saída da aldeia de La Push, na primeira hora do nascer de um novo dia, onde o silêncio reina absoluto. Onde até mesmo os pássaros parecem com preguiça de sair de seus ninhos tão cedo. Em que ondas leves batem, se espreguiçando sobre as pedras. Um rapaz olha o alvorecer, e pensa que há uma certa beleza em dizer adeus.

É o que Maki pensa, olhando o Sol nascer. Ele estava ali, com o capacete em baixo do braço, em cima da sua moto Sportster 883 Roadster. O que ele nunca, nem em sonhos, poderia imaginar que teria algum dia. E o mais incrível, é que ela tinha uma irmã Touring Ultra Classic, que ainda estava parada em sua garagem. Tinha sido um presente muito generoso de Edward Cullen. Ele pensou em recusar e devolvê-las. Já estavam a meses na sua garagem. Mas depois entendeu o que eram. Mas talvez tenha que acabar devolvendo. Já que parecia que o plano de Edward não tinha funcionado muito bem. Devolveria depois. Talvez, se arrumasse um emprego, poderia comprar a dele... Ele tinha aprendido muitas coisas na oficina. Poderia arrumar um emprego e juntar. Mandaria o dinheiro para sua mãe, e pediria para ela entregar a Edward, com um pedido de desculpas por ele não ter conseguido… Respirou resignado a partir, antes que a covardia viesse, e ele daria meia volta, voltando para sua casa e sua cama quente. Ele sorriu quando ouviu o outro motor parando bem atrás dele.

–Belo nascer do sol.

Edmond disse, parando a moto bem ao lado de Maki.

–Para guardarmos na memória. É como se La Push estivesse nos dizendo adeus.

Edmond franziu os olhos para o amigo.

–Isso é muito bonito. Assim vai me fazer chorar...

Maki revirou os olhos, negando com a cabeça.

–Não vai ser um mala pelo resto do caminho, vai?

Edmond não respondeu. Apenas ficou encarando o Sol terminar de nascer. Tinha uma expressão distante. Seus olhos se voltaram duros e frios. Depois de minutos assim ,perguntou.

–Por falar nisso... Pra onde exatamente é que vamos?

–A idéia é essa. Não saber.

Maki falou, esboçando um sorriso.

–O que seus pais disseram sobre a viagem?

Makilan perguntou, sem ter resposta.

–Você não disse nada a eles?

Edmond suspirou pesadamente.

–Deixei um bilhete… Na porta da geladeira.

As sobrancelhas de Makilan se franzem e a sua mandíbula enrijece.

–Cara, isso não tá certo… Sua mãe vai ficar furiosa… Confesso que ainda tenho um pouco de medo dela. Ela é bem capaz de pegar a estrada, atrás da gente.

Um sorriso tenso aparece no canto da boca de Edmond.

–Não vai. Não se preocupe. Ela vai entender… E seus pais... O que disseram?

–Meu pai falou que seria bom pra mim. Me afastar um pouco… Minha mãe ficou meio chateada. E eu tive que prometer ligar todo dia. Que eu vou me cuidar. Essas coisas… É isso então, meu irmão... Pé na estrada.

Maki faz o motor ruir e coloca se capacete.

–É... Pé na estrada, amigo.

Edmond falou, colocando o capacete, seguindo a moto de Maki.

E o silêncio da manhã é quebrado ruidosamente pelos motores de duas motos, que começam sua viagem devagar. Mas que logo aceleram, em uma disputa de velocidade.

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A casa estava silenciosa. Renesmee percorreu os quartos de seus filhos. Todos vazios. Mesmo o de Edmond, que tinha dormido ali, desde do casamento de Sarah, estava vazio… Ela desce pela escadas, transpirando a calmaria, com uma ponta de nostalgia dos dias percorridos e crianças, que corriam pela casa. Jacob não estava. Ele saiu cedo para a oficina. Sem o Seth, ele tinha muito que organizar. Renesmee percorre a casa, batendo com os dedos na ponta da mesa, procurando o que fazer. Vai pela sala e chega até a cozinha, percorrendo com os olhos, algo que a ocupe, até se fixar em uma folha de caderno presa com um imã na porta da geladeira.

Reconhece logo a caligrafia perfeita de Edmond. E suas mãos começam a tremer levemente. Ela se senta, prevendo que poderia cair. Pois sentia uma fraqueza nas pernas.

Mãe. Por favor não comece a surtar…

Eu e Makilan decidimos fazer uma viagem explorativa pelo país.

Eu sei. Eu sei... Eu deveria ter avisado. Mas prometo ligar na primeira cidade que pararmos. Te mandarei fotos de cada lugar também, para você se sentir um pouco aqui com a gente.

Não faça isso…

Sei muito bem o que está pensando, neste exato momento. Não é nada disso…

Não é culpa sua. Você não poderia ter feito nada para me impedir. Eu estou fazendo o que meu coração me manda e seguindo o seu conselho de sempre ouvi-lo. Preciso crescer, mãe. Crescer de verdade. Crescer por dentro. De um jeito, que estando ai,tão protegido, eu talvez não conseguiria. Sempre me orgulhei de ser o filho que mais se parece com você. Pelo menos, é o que todo mundo diz. E eu quero muito acreditar que seja verdade... Porque mãe, se eu tiver a metade de sua força e de sua coragem, eu já estou muito satisfeito. Mas no momento, eu não me sinto assim. Não me sinto muito corajoso. Nem mesmo forte… Me sinto uma merda de pessoa. Perder Milley foi pesado demais. Me sinto um fracassado. Fracassei em proteger a mulher que eu amei. Eu tenho que viver com isso pelo resto de minha vida. E isso, pra nós, quer dizer muito e muito tempo… Eu preciso aprender a lidar com isso. Preciso aceitar, ou tentar entender… Eu não sei…

Mãe, eu amo você. Não estou fugindo. Não é uma fuga. É uma tentativa... Me deixe fazer o que eu sei que preciso. Não bamque a super mãe. Não venha atrás de nós. Iria ser muito constrangedor. E Makilan ia ter um ataque de pânico, ao ver você nos perseguindo.

Não venha. Papai precisa de você. Sarah, quando chegar, vai precisar de tê-la ai. Jason já ficou muito tempo sem a sua presença. Eu estarei sempre com saudades. Mas eu a carrego sempre comigo. Por isso, sei que consigo ficar um pouco sem você.

Não preciso dizer mais nada, mãe. Diga ao meu pai que eu o amo... Que ele é, o que eu sempre vou acreditar, que seja um herói. Diga a meus irmãos, que eu sinto eles em cada fibra do meu corpo, e que eu os amo também.

Mais que tudo, mãe, preciso ir, porque amo vocês demais. E vê-los sofrer por mim, me sangra a alma. Preciso voltar a ser o Ed. Preciso por mim. Mas principalmente, por vocês.

Até…

Porque nunca será um adeus para nós…

Edmond.

Renesmee relê a carta, depositando-a na mesa da cozinha, escondendo seu rosto com as mãos. Ela se sente estranhamente cansada.

Era isso, não era? Eles crescem e vão… Saem de seus ninhos e pedem para você não segui-los. Mas que droga ela não ia seguir ninguém. Ela tinha uma vida também. Ela tinha coisas e fazer. Também podia viajar e conhecer o mundo. Ela tinha um delicioso marido, que a levaria para qualquer lugar. Era só pedir.

–Pois muito bem. É isso...

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–Jacob Black?

Jacob reconheceu que ela vinha, assim que seu cheiro chegou até ele… Mas ele teve que engolir uma bola de ar, quando a viu. Tão sensual, em um jeans apertado, com uma camiseta justa e saltos altos, com o cabelo solto, balançando ao vento.

–Nessie.

Ela não acostumava vir na oficina. Mas lá estava a garota dele, deliciosamente o olhando, dentro de um jeans apertado, o deixando em alerta, para qualquer olhar demorado em cima de sua mulher.

Ela veio até ele, abraçando-o.

–Acho que ainda me deve uma lua de mel.

Ela disse, com um sorriso provocativo, beijando o lóbulo da sua orelha. Ele a abraçou, tirando-a dali e a levando para o escritório da oficina. Tinha muitos caras novos na oficina, e ele sentia o olhar deles sobre ela. E mesmo ele, agora sendo um Alpha mais experiente e muito controlado, tinha coisas que nunca iriam mudar.

–Lua de mel, Nessie?

Ele perguntou confuso, batendo e trancando a porta do escritório.

Ela percorreu com os olhos a sala, se certificando que estavam sozinhos.

–Ah, sim senhor, senhor Black... Uma lua de mel.

–Não quer esperar Sarah voltar?

–Não…

–Não?

–Não. Não vou esperar Sarah voltar. Não vou esperar Edmond voltar...

–Edmond voltar?

–É… Ele viajou… Mas não vou esperar. Estou sempre esperando alguém voltar. Alguém casar. Alguem dar uma satisfação para a mãe… O que eles pensam? Que eu não tenho o que fazer? Tenho uma vida também...

Jacob esconde o riso, porque sabe que vai se meter em confusão, se ela o pegar rindo.

–O que está acontecendo, Nessie? O que está aborrecendo você, de verdade?

–No momento, o fato de eu ter que me explicar a você… Eu e você merecemos uma lua de mel bem demorada. Dois meses, no mínimo. No Tahiti, Cancun , qualquer lugar com bastante Sol e calor… Em que eu possa exibir meu lindo e forte marido, por ai.

Jacob a abraçou por trás beijando-a no ombro.

–Sabe que eu vou com você pra qualquer lugar, Nessie. Eu só quero que me diga o que está acontecendo.

–Me sinto cansada… Me sinto sem rumo, Jake. Tínhamos sempre grandes espectativas na vida. Sempre vivendo em tenção, pelos Volturi. Por Jason voltar. Depois Edmond fica fora. Sarah casa. E nós nos envolvemos tanto, e agora que tudo parece entrar num rumo em que não podemos fazer nada além esperar... Eu me sinto vazia e sem utilidade, Jake. E isso é horrível e frustrante...

Ela fala nervosamente, atropelando as palavras. Agitada.

–Shiii, shiii. Calma, amor. Isso é bom. Isso é uma coisa boa. Sinal que fizemos tudo o que podíamos e eles estão por conta própria agora. É maravilhoso. Não é vazio. Só precisa ter outras espectativas.

Jacob a vira, para que ela olhe em seus olhos. A segura pelo rosto, para que ela sinta a verdade em cada uma de suas palavras.

–Ei... Somos nós Nessie. Eu e você. Nosso caminho até aqui foi difícil. Mas chegamos, e eu tenho muito orgulho da minha família. E eu quero muito uma lua de mel. Podemos ir par Tahiti. Eu quero ver esse corpo perfeito, dentro daqueles seus biquines, que me deixam maluco. Eu quero tudo com você, meu amor. Quero todas as coisas loucas desse mundo.

Jacob a beija com uma suavidade muito sensual, empurrando-a para a mesa. A levanta, colocando-a sentada ali. Empurra coisas que estão sobre a mesa, no chão. Depois disso, só há uma urgência nativa em Renesmee, onde suas mãos procuram pelo peito de Jacob, levantando a camisa e acariciando com a língua, cada parte dele que ela pode alcançar. Mas ela também pôde sentir a força de seu desejo. Respirava com dificuldade. Suas mãos vão para debaixo de sua blusa, a arrancando impaciente e a beijando com uma urgência absurda e cheia de emoção. Cada parte dele se incendeia num calor que vai até ela, a contorcendo. Deixando-a em agonia dolorosa. Suas mãos seguram um de seios, e ela não se controla e o morde, sugando um pouco dele. Necessitada de cada parte dele. Ela ouve seu rosnado e suas mãos abrindo seu jeans, descendo ele. Deixando ela somente com a roupa de baixo. Ele a deita sobre a mesa, terminando de tirar sua calça. Sua calcinha segue o mesmo destino, e sua mão começa aquela deliciosa tortura. Quando a sente tão molhada e inchada, Jacob sussurra seu nome, como num rugido. Ela se contorce, se agarrando a ele, descendo as alças do sutiã, para deixá-lo tão louco, quanto ela já estava. O efeito é instantâneo, e ele suga-os um por um, no mesmo instante em que sua mão abre os botões de sua calça, e ela toca seu membro. O que a faz soltar um gemido quente. -Coloque dentro de você amor.

Ele pede de forma urgente brutal em seu desejo, a fazendo ofegar e obedecer. Ambos gemem e se beijam, para abafar o som do insuportável prazer que os consomem. Nessie arqueia o quadril, para receber ele todo. Então ele começa o ritmo, sempre lento e torturante, para depois destruí-la em pedaços de prazer.




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Notas finais do capítulo

Saudades grande ...