Loves Ways escrita por lollyb


Capítulo 15
Recomeço


Notas iniciais do capítulo

O último capítulo do dia, queridos. Prometo que não sumirei de novo. Enquanto isso, vocês tem alguns capitulozinhos para ler. Aproveitem!



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Eliza subia as escadas das masmorras vagarosamente, sendo acompanhada por Serena, que estava um pouco mais à frente, rumo ao Salão Principal para o jantar.

‘-Serena, o que houve ontem?’ – perguntou uma Elizabeth preocupada, lembrando de ter ouvido a colega de quarto correr para o banheiro de madrugada, provavelmente para vomitar – ‘E você vomitou durante a noite.’

‘-Não foi nada, Eliza, você deve ter sonhado com isso.’

‘-Serena, olhe para mim.’ – a loira lançou um olhar duro e penetrante, duvidando da amiga – ‘Eu não sou boba. Você não está bem, disse isso pra mim ontem, e você bebeu muito vinho. O que está acontecendo? Você faltou a todas as aulas de hoje porque estava de ressaca! Isso é ridículo!’

‘-Eu não preciso tomar um sermão, Eliza. Essa é a melhor parte de não ter pais, e não será você que vai me repreender. Eu já lembrei de como tomar um porre é péssimo no dia seguinte, mas essa não foi a primeira vez que isso acontece. Fique tranqüila, Elizabeth, eu não cresci tomando champanhe no natal com a mamãe.’ – Serena soltou tudo de uma vez. Sua cabeça latejava, e inconscientemente queria ferir Eliza, queria que ela parasse de se preocupar com ela, queria mostrar como a vida delas tinha sido diferente até ali, onde se encontravam; e mais do que tudo, queria ter tido aquela vida pacata de Eliza, cercada por mimos e carinhos.

‘-Eu não... er, eu...Serena, eu sei que sua vida não deve ser fácil. Me perdoe, eu tenho pais e família, eu realmente não consigo imaginar como eu viveria sem eles. Mas ainda assim acho que você não deve beber mais, beber não resolve nada.’ – os olhos de Eliza estavam preocupados, esperando a reação da outra, a loira mordia de leve o lábio inferior.

Serena não acreditava. Eliza era mesmo incrível, e tinha uma capacidade de compreensão fora do comum. A morena falara tudo aquilo para irritá-la, queria discutir, brigar, expelir toda a bagunça que ela era por dentro, mas Elizabeth simplesmente tirara a essência daquele comportamento, e a entendia. Isso parecia ser impossível.

‘-Está bem, Eliza, está bem. Minha dor de cabeça faz com que eu me arrependa imenso, não vou tomar outro porre tão cedo. Só não se preocupe desse jeito, tá certo? Não gosto disso.’

‘-Você é minha amiga, Serena, é claro que eu vou me preocupar se as coisas não estiverem certas. É que você não está acostumada à isso.’ – Elizabeth falou docemente, olhando sorridente para a amiga, e abraçando os ombros dela de leve. Serena recuou um pouco do abraço, franzindo o nariz, mas Eliza puxou-a e apertou mais seus ombros.

Elas adentraram o Salão Principal quando quase todos já estavam acomodados em seus devidos lugares, então dirigiram-se rapidamente para a mesa da Sonserina. O feriado de natal estava se aproximando cada vez mais, e com isso a euforia dos alunos aumentava a cada dia, todos discutindo afazeres e fazendo planos.

‘-Você vai ficar no castelo durante o feriado, Serena?’ – perguntou Eliza, limpando a boca no guardanapo branco como uma lady.

‘-Nem tinha pensado nisso ainda. Esqueci que o feriado estava próximo. Mas acho que sim, ou é isso ou voltar para o orfanato.’

‘-Você poderia passar na minha casa... Minha mãe simplesmente te adorou, disse que deu uma palavrinha com você na Ala Hospitalar. Mas você precisaria de uma autorização do orfanato.’

Serena engoliu em seco. Mal sabia Eliza o que as “palavrinhas” de sua mãe significavam.

‘-Quem sabe nas férias então?’ – Serena sorriu amarelo. Não queria ir para lugar algum; não queria deixar hogwats.

A morena continuou a comer vagarosamente sua coxa de frango, devaneando sobre suas possibilidades. Por Merlim, a única coisa que queira mesmo era estar do lado de fora, com o cérebro congelado de tanto frio, só fazendo anjos na neve!

Senhorita Serena,

Sua presença é solicitada em meu escritório o mais urgente possível.

– Severo Snape

Serena surpreendeu-se ao ver o bilhete ser solto por uma coruja das torres bem acima de sua cabeça, no Salão Comunal. O bilhete estava formal demais, mais formal do que qualquer uma das vezes em que o mestre de Poções lhe deixara algo. Era sobre as aulas, decerto, ela faltara a duas aulas do período da manhã e uma à tarde, totalizando três aulas perdidas de Poções.

O único caminho agora era comparecer ao escritório do professor e levar o segundo sermão do dia.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Por hoje, fico por aqui. Espero, de verdade, que tenham gostado.

Beijo, L.