Pansy On

–Ah, Simas. –disse passando meus dedos pelo seu cabelo – Você fica lindo de uniforme. Mas aposto que fica melhor sem.

Sim. Já estava começando a por o meu “plano” em ação. Já que a querida Granger me tirou do sério. Onde já se viu? Me chamar de vadia, e dizer que eu “dou” para todos.

–Hermione? –Harry apareceu atrás de mim- O que você está fazendo?

Era só o que me faltava. O Potter. Havia esquecido completamente de sua existência. Sem duvida iria ficar do lado da Hermione. Afinal, eu era apenas a garota presa no corpo da melhor amiguinha dele.

–Dá licença?- Simas disse sem despregar seus olhos de mim –Estamos no meio de uma... coisa.

Harry me puxou para longe, ignorando totalmente o que Simas disse. Mal educado. Nunca devem ter ensinado para ele que não se interrompe o flerte dos outros. Poderia ter fisgado minha primeira vítima.

–Pare. Hermione me contou sobre a briga de vocês. –Harry falava totalmente sério –Isso é ridículo. Vocês vão se destruir.

–Correção. Eu vou destruir ela. –falei firmemente- Diga a ela para se preparar.

Saí cheia de atitude do corredor, em direção a sala da aula de feitiços. Fiz questão de rebolar bastante. Isso atrai (e muito) os olhares para as bundas. Precisava usar todas minhas armas para poder fazer os homens olharem para essa tábua, que nem de “corpo” pode ser chamada.

***

–Têm gente que não se toca que dá para ver a bunda inteira com certas saias. –Gina falou alto- Se é que aquilo se chama saia.

–Do que mais se poderia chamar? –Luna disse curiosa.

Adorava ver Gina revoltada. Enquanto ela acha que está me ofendendo, eu me divirto com a revanche da Mione. Eu era uma ótima soldada de guerras. Estava vencendo duas batalhas ao mesmo tempo. Merecia um prêmio (soldados ganham prêmio?).

–Sei lá. –disse Gina mais alto dessa vez – Só sei que aquilo não devia ser chamado de saia.

Ignorei. Segurando o riso.

–Aquilo não deveria ser chamado de saia! –ela repetiu outra vez, ainda mais alto.

–Amor, a carapuça já serviu. –falei calmamente – Devia tentar uma dessas. Quem sabe assim você “potteria” pegar alguém.

–Gina Weasley e Pansy Parkinson parem de falar – O professor resmungou.

Ela ficou vermelha de vergonha, mas não foi por mandarem a gente parar de falar. Harry, que estava bem do meu lado, não percebeu a indireta. Mas as Parvati e Padma perceberam, e caíram na risada.

Harry era tão lerdo como uma lesma. Eu ainda havia enfatizado o “Potter” no meio da palavra. Mas não importava, afinal, a carapuça havia servido direitinho.

Hermione on

Andava pelos corredores rumo ao salão comunal. Ao contrário do que muitos devem estar pensando, eu não estou furiosa.

Obviamente, Pansy e eu estávamos apenas exaltadas, não é? Tudo aquilo era ridículo. Brigas entre nós duas eram extremamente comuns, tínhamos ideais totalmente diferentes.

Admito. Posso ter pego um pouco pesado demais com aquela história de que ela dá para todo mundo. Mas não seria por isso que iriamos apenas destruir uma a imagem da outra. Afinal, não éramos animais irracionais, e sim bruxas cultas (pelo menos, eu sou).

–E aí, Parkinson? –Draco falou com um sorriso no rosto.

Como ele era lindo. Nunca havia reparado nisso antes. Era uma pena que fosse um grande idiota.

–Tudo beleza. –falei tentando parecer natural e provocante, já que era sempre assim que Pansy soava– Novidades?

Draco desmanchou o sorriso e botou as mão no bolso. Parecia terrivelmente nervoso e confuso.

–Sabe o que é... eu acho que eu estou afim de convidar uma garota para o baile. –ele falava sério - Só que ela não me curte muito.

Meu santo Merlim! O baile. Eu sou uma idiota mesmo. Esqueci completamente dele. Não era todo ano que Hogwarts dava um baile daqueles.

Lembro-me claramente do meu último (e único) baile. Eu havia ido com o homem mais cobiçado entre as mulheres. Porém, o romance não deu muito certo.

Apenas rezava para poder voltar ao meu corpo rápido. Mas a paz estava tão longe de ser encontrada.

Voltando ao assunto de crise de dúvida masculina que era uma piada. Já que o Draco era garoto mais galinha e pegador do colégio estava com problemas com mulher? Achei que todas garotas deviam querer ir ao baile com ele.

–Aonde eu entro nessa história? –perguntei curiosa.

–Você é muito amiga dela. Pensei que me ajudasse a poder conquistá-la. –ele falou com aquele olhar de cachorro abandonado – Só você poderia fazer isso.

Bufei com a proposta. Mas deduzi que Pansy iria o ajudar.

–Ajudo. –disse contra a minha vontade- Mas quem é a azarada?

Ele riu. Parece que eu consigo ser agressiva e divertida ao mesmo tempo. Ponto para mim.

–É a... –ele hesitou, mas conclui a frase- Daphne.

Nossa. Isso era ridículo. Daphne não era tão bonita assim! Até eu consigo ser mais bonita que ela. Esperava muito mais da garota que roubaria o coração do encantador de mulheres mais conhecido de Hogwarts.

–Fechou. –disse, tentando conter a minha preocupação.

Agora ferrou. Como eu iria fazer ele se apaixonar por ela, sendo que eu mal a conheço?

***

Entrei no salão comunal da Sonserina ainda surtando e sem ideias para que Draco conseguisse conquistar Daphne.

–Vem cá – Astoria (irmã mais nova de Daphne), chamou.

Sentei no círculo que formavam no chão. Me deparei com muitos rostos desconhecidos. Apenas reconhecida Crabbe, Goyle, Daphne e sua irmã.

–Então, Pansy... –um garoto não identificado falou- Você é “coleguinha” da Hermione agora, não é?

Gelei. Não sabia se respondia sim, ou se dizia não. Ambos levariam a caminhos totalmente diferentes. Mas decidi falar a coisa mais esperta que poderia imaginar, e não responder nada definitivo.

–Por quê? –sim, eu sou um gênio.

–Digamos que ela tem estado bem atraente hoje. –ele respondeu- Espero que essa nova “Granger” seja definitiva. Dá até para tolerar ela ser sangue-ruim.

Mas que porr... EPA. Não preciso ser chula que nem ela nos meus pensamentos.

–Realmente, aquela garota tem usado roupas bem curtinhas. –Astoria falou- Devia entrar para uma “Playboy” de tabuas com enchimento.

EI! Eu não sou uma tabua com enchimento. Roupas curtas? Hoje? Mas... NÃO ACREDITO! Ela realmente agiu como ela disse.

–Astoria, menos querida. Muito menos. O peito dela pode não ser enorme, mas aquela bunda... – Crabbe disse.

Nunca imaginei Crabbe ou Goyle como pervertidos. Sempre pensei que fossem duas antas loucas por comer.

–Estou pensando em pegar ela. – o garoto desconhecido tornou a falar- Seria fácil. Ela ficou já com dois em um dia.

Eu iria estrangular a Parkinson.