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I get lost under these lights

I get lost in the words I say

Start believing my own lies

Like everything will be ok

Oh, I still dream of simple life

Boy meets girl makes her his wife

But love don't exist when you live like this

That much I know

Yes, I know

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POV’ HERMIONE

–Ai meu Deus que vergonha! –falei baixinho ao chegar às escadas do dormitório.

Infelizmente essa não seria uma noite tranquila, pois após o episódio “Fred Weasley” minha cabeça ficaria martelando 24 horas para tentar fazer qualquer tipo de ligação estúpida entre as atitudes de Fred e o que eu sinto.

Não sei, mas repentinamente me senti atraída por aquele ruivo de olhos verdes.

“ATRAÍDA? SÉRIO! POIS PARECIA QUE ESTAVA EM TRANSE.”

“CLARO QUE NÃO. EU E FRED SOMOS APENAS AMIGOS, E AGORA PARA DE PENSAR BESTEIRA E ME DEIXA DORMIR, SIM?”

Mas o sono não vinha, o dia estava quase raiando quando adormeci.

E o sonho que eu tive foi realmente estranho...

“Eu estava sozinha em um beco escuro, e no fim da rua havia uma pequena luz, brilhante, porém muito pequena. Sai correndo em direção a ela, e repentinamente parei, como se alguém estivesse me puxando. Virei-me e dei de cara com Fred.

Ele estava assustado, seu rosto estava sujo e ensanguentado, ele se desequilibrou e caiu de joelhos.

– Ai meu Deus, Fred! O que aconteceu... Como você ficou assim? Vem, vamos embora.

Segurei-o com toda a força que tinha e me levantei. Confesso que Fred não é lá muito leve, e na metade do caminho eu já estava cansada de leva-lo.

Ele olhou para mim e simplesmente disse:

–Eu... Eu te... – e logo após escorregou de meu abraço e caiu no chão.

Sim, ele estava morto.”

Acordei tonta e suando frio naquela manhã. Estava totalmente desnorteada, mas reparei que uma figura ruiva estava em minha frente me balançando freneticamente. Era ele...

–Mione? Mione? Você está bem? – e para minha infelicidade era apenas a Gina. Comecei a chorar e ela não entendeu o porquê, tentou me acalmar mais nada adiantou. Ela colocou a mão em minha testa rapidamente e depois alarmada disse:

–AI MEU DEUS VOCÊ ESTÁ QUEIMANDO! – e saiu correndo porta a fora. Logo depois voltou com a Professora McGonagall em seu encalço.

Ela fez o mesmo gesto com a mão que Gina fizera e decididamente disse:

­–Srta. Granger, você terá que ir a ala hospitalar imediatamente!

–Ala hospitalar... Por que professora?

Infelizmente a minha resposta foi respondida ao passar pela sala comunal, todos me olhavam piedosos, como se eu tivesse perdido alguém ao algo assim, no começo não entendi muito bem, mas ao passar pelo espelho da sala tive um baita susto.

Havia olheiras muito roxas debaixo de meus olhos, marcas de unhas em minha face, escorria sangue pelo canto de minha boca, meu pijama estava sem uma manga e a calça estava toda rasgada, meu cabelo estava horrível, vários nós haviam se formado e também estava volumoso, até demais. Também acho que havia um elástico de cabelo perdido em seu meio.

Após essa visão torturante tive certeza de que deveria ir para a ala hospitalar, mas minhas pernas não cooperavam. Elas simplesmente pareciam grudadas no chão, como se fossem parte da sala. E então BUM, eu desabei no chão. Todos gritavam e alguns até começaram a chorar.

Foi então que senti. Braços fortes passavam ao redor de minha cintura e por de baixo de minhas pernas, um cheiro estranho, mas bom, adentrou minhas narinas. Era maçã e canela misturado ao cheiro de meu sangue, pois meu nariz também sangrava. Sim, era ele, finalmente era ele, Fred...

POV’ FRED

Quando escutei a algazarra de gritos e berros vindos da sala da torre, tive que me levantar para ver o que havia acontecido.

Estava com uma calça de moletom azul marinho e sem camisa, pois fazia muito calor a noite. Coloquei uma blusa de gola V branca e desci em disparada.

Quando cheguei lá em baixo eu a vi, caída e toda estraçalhada no chão.

Desesperei-me e a única coisa que consegui pensar foi: “NÃO, A MIONE NÃO!” “POR FAVOR, NÃO, TUDO MENOS ELA!”  Sim, sabia que estava sendo ignorante e egoísta de minha parte, mas acho que eu simplesmente não viveria mais se ela morresse.

“COMO É FREDZINHO? APAIXONADO PELA RATA DE BIBLIOTECA? NADA ESPERTO DE SUA PARTE, NÃO ACHA? HAHAHA.”

“POR FAVOR, CONSCIÊNCIA, CALA A SUA MALDITA BOCA!”