Digimon Beta - E as Cartas Acessórias escrita por Murilo Pitombo


Capítulo 19
A Destruição dos Digivices




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O quarteto composto pelos domadores novatos seguia se deslocando, guiados pela seta vermelha que havia surgido na tela de seus digivices, em busca do quinto integrante. Somente após encontra-lo é que Lucas, Kau, Caio e Júnior saberiam o porquê de terem sido escolhidos.

Júnior seguia por terra, montado nas costas do digimon raposa que possui uma calda metálica idêntica a uma foice. Pelo ar, seguiam o enorme digimon verde com corpo de lagarto, cabeça de girassol e uma dupla de asas em forma de folhas, e o inseto humanoide de grandes olhos laranjas, asas de libélula e poderosas lâminas de aço no lugar dos dedos das mãos.

Os domadores cruzavam a avenida principal de uma enorme cidade do Mundo Digital completamente deserta quando seus aparelhos, semelhantes a celulares, param de exibir a seta vermelha na tela.

Sunflowmon e Stingmon pousam ao lado de Leppamon.

— Conseguiram ver algo lá de cima? – Pergunta o domador que tem a mesma estatura que Davi. Estava montado no digimon raposa de estatura um pouco menor que um cavalo.

— Nada, Júnior! - Responde o garoto careca, que usa óculos de grau, sobre as costas da digimon verde. - Nenhum sinal de vida digimon ou humana por aqui.

— Quero ver quando é que nós vamos achar esse tal Domador Perdido. – Manifesta-se o garoto de cabelo verde e espetado sentado sobre o ombro do digimon inseto humanoide. - Só falta ele para completar nosso grupo.

— “O Quinteto Fantástico”. – Interfere o garoto moreno, malhado e de olhos verdes ao lado de Monodramon e Lucas, sobre as costas de Sunflowmon.

— Original você, hein, Caio.

— Eu não sei o que é pior: - inicia Lucas contendo o riso - Se é você, ou os nomes que você inventa para nosso grupo.

— Há, há, há... – Desdenha, Caio, com ironia.

— Vamos prosseguir com as buscas, pessoal. – Alerta Kau, antes que seus colegas se dispersassem ainda mais. - Só vamos descobrir nossa missão quando a gente o encontrar.

Júnior desce das costas de Leppamon e segue caminhando à frente do grupo.

Lucas, Kau e Caio apressam os passos e passam a caminhar ao lado do garoto mais alto.

Os três digimons no nível Adulto e Monodramon os acompanham mais atrás.

— Já andamos bastante... – Pontua o domador de óculos que tem uma profunda cicatriz no antebraço direito.

O garoto que tem argolas no nariz e orelhas, observava atentamente por todos os lados.

— Deve ter umas duas horas que estamos nessa busca alucinada.

— Por volta disso, Caio! – Responde Júnior.

Instantaneamente, o garoto de braço inteiramente tatuado e cabelo verde se desespera:

— Temos que sair daqui agora! – Diz o garoto enquanto corria na direção do seu digimon.

— O que aconteceu, Cláudio? – Pergunta, preocupado, o garoto moreno de olhos verdes.

— Vocês não reconheceram esse lugar? O digivice nos trouxe até a Zona 27!

— Como é que é? – Exclama, igualmente assustado, o domador de Leppamon.

 

Blaze, Alex e Fernanda estavam com os demais domadores nas palmas das suas mãos. O trio aproveitou do momento de descanso proposto pelo Antônio, logo após o descontrole ocorrido na batalha entre Bruno Pastreli e Luiz Filipe, e furtou todos os digivices.

João estava completamente fora de si. Seus punhos haviam se fechado de tal forma que seus dedos atravessariam a palma da mão a qualquer instante. Seu olhar seguia vidrado no Blaze e no Alex, que sorria com o cinismo que lhe é característico.

Verônica se aproxima do seu namorado, o segura pelo braço e cochicha:

— Fica calmo, João. Não provoca. Eles estão com nossos digivices.

O garoto de barba cerrada caminha na direção do Alex quando, antes que pudesse tocar um só dedo no garoto, Leomon surge rapidamente e se põe à sua frente de espada em punho. João ignora a aproximação do digimon que tem corpo de humano e cabeça de leão, e continua caminhando. O digimon, então, empurra João que cai de costas sobre o tablado branco do campo de batalha.

Ao ver seu domador ser atacado, Betamon revida:

— Choque Elétrico.

Um poderoso raio elétrico avança na direção de Leomon, que usa sua espada para repelir a técnica.

Carlos e Verônica correm até o domador e o ajudam a ficar de pé.

— Antes de qualquer coisa eu queria explicar o que, de fato, está acontecendo. – Manifesta-se Blaze. - Minha única intenção sempre foi e sempre será desmascarar os Domadores Beta. Por causa deles vários domadores sofreram, estiveram à beira da morte e perderam suas vidas. Arquitetamos o roubo dos digivices bem antes. Só esperamos o momento certo para isso acontecer. E eis que Antônio nos presenteou com uma brilhante ideia: uma pausa. O momento em que o grupo maior se dissolveria em outros menores. A maioria resolveu cochilar; outros aproveitaram para mergulhar em um rio. Fernanda até nos questionou se era realmente necessário roubar o digivice de todos vocês. Eu e Alex fomos categóricos ao afirmar que sim. Até porque, se muitos dos que estão aqui presentes estivessem com seus digivices em mãos, iriam nos atacar nesse exato momento e nós não teríamos essa conversa tão...

— Cala a boca, Blaze! – Esbraveja Antônio totalmente fora de si. - Tua voz me irrita. Você rouba nossos digivices e agora quer se justificar e dar uma de sincero? Vá catar coquinho!

— Você, Antônio, é um dos domadores que eu mais odeio, apesar de não ser Beta. Você e Guilherme. Dois puxa-sacos da pior espécie.

— Se arrependimento matasse... Floramon ajudou tanto o verme do teu digimon enquanto você estava sumido e é assim que você retribui?

— “Fazer o bem sem olhar a quem”, Guilherme. Nunca ouviu essa máxima?

— Betamon, vamos partir para o ataque!

O digimon de barbatana laranja se prepara para atacar.

Blaze, Alex e Fernanda sorriem com a atitude de João.

— Betamon, use sua Barbatana Cortador.

Betamon salta e começa girar, tornando sua barbatana uma poderosa lâmina.

— Evolua, Guilmon!

Após a ordem dada pelo seu domador, o pequeno tiranossauro vermelho evolui para o nível Adulto, tornando-se um tiranossauro muito parecido com Guilmon, a não ser pela presença da crina branca que descia pelo seu pescoço.

Betamon girava a toda velocidade pelo ar quando Growmon faz a garra da lateral do seu braço direito acumular energia, atacando-o. Com o golpe, o digimon de João voa sobre o grupo de domadores e cai no chão, parando de girar e ficando de pé.

— Chama Extrema!

As labaredas de fogo oriundas da boca do tiranossauro avançam na direção dos humanos e demais digimons, que rapidamente saem da rota da técnica saltando, correndo ou se jogando no chão.

Betamon espera a técnica se aproximar para então, após saltar o mais alto que conseguia, retirar a barbatana laranja das costas e a lançar como um bumerangue.

A barbatana segue girando até atingir Growmon na cabeça, deixando-o tonto.

— Muito bem, Betamon! – Vibra João.

O digimon réptil de corpo redondo toca o chão e segundos após sua barbatana retorna, fixando-se no lugar onde estava.

— GALERA! – Grita o líder dos Domadores Beta para os demais. - Vamos atacar, todos juntos, Growmon e Leomon! Vamos força-los a devolverem nossos digivices.

Os domadores corriam na direção dos seus digimons quando uma esfera de energia negra com núcleo esverdeado, do tamanho de uma bola de basquete, explode na frente deles. O impacto é tão poderoso que os garotos e os digimons são lançados ao chão em direções opostas.

— CAIO! – Grita o pequeno dragão de asas presas ao antebraço e poderosas garras.

— Eu estou bem, Monodramon!

Sunflowmon, Stingmon e Leppamon rapidamente se aproximam dos garotos, fazendo um círculo ao redor deles.

— Como que eu não percebi antes...

— Isso não é hora para lamentações, Júnior. – Interfere o garoto de braço inteiramente tatuado e argolas no nariz e orelhas. – Estamos juntos nessa!

— Passamos por mal bocados na última vez que estivemos aqui. – Inicia Caio, relembrando o que ocorreu a alguns meses.

 

Kudamon e Lalamon perdiam bits pelos diversos ferimentos espalhados pelo corpo. Estavam desacordados e caídos no asfalto da larga avenida arborizada.

O tiranossauro de pele azul e listras laranjas pelo corpo é atingido no peito por uma esfera de energia negra com o núcleo esverdeado, explodindo logo em seguida. Allomon é lançado de costas contra um gigantesco prédio, desmaia e regride, tornando-se um pequeno dragão roxo.

— MONODRAMON!!! – Grita Caio, desesperado.

O garoto moreno de olhos verdes faz menção de ir até o seu pequeno digimon quando é impedido por Júnior e Lucas.

Kau seguia olhando ao redor de maneira frenética. Precisava descobrir de onde vinham essas poderosas técnicas.

A pequena lagarta sobre o seu ombro resolve saltar no chão.

— Chegou a minha hora, Kau!

— Não, Wormmon! Já tentamos outras vezes e não conseguimos. É muito arriscado.

— Eu preciso tentar. Não posso deixar que vocês se machuquem.

— KAU!

Rapidamente o garoto de cabelos verdes e espetados se vira na direção dos seus amigos e nota que outra esfera de energia avançava de encontro ao seu grupo.

O pequeno digimon lagarta enrola-se ao redor do próprio corpo e segue girando como um rolo compressor, passando pelo seu domador e pelos demais, e indo de encontro a poderosa energia.

— NÃO, WORMMON!

O digivice na mão do garoto brilha intensamente.

O digimon desenrola-se por completo e salta, instantes antes de ser atingido, quando é envolto por um casulo de luz e cresce assustadoramente, adquirindo aparência humanoide com grandes olhos de inseto no pequeno rosto e asas de libélula.

Stingmon é atingindo pela esfera de energia, sendo lançado pelo ar a uma enorme distância.

Kau rastreava informações sobre a evolução de Wormmon quando percebe que o mesmo atingido.

— STINGMON!

O digimon humanoide rapidamente para no ar, interrompendo a trajetória que seu corpo fazia. Ao olhar na direção em que a esfera de energia havia surgido, nota que outra técnica avançava de encontro aos humanos. Sem titubear, Stingmon mergulha num rápido voo e consegue retirar o seu domador e Caio do local, levando-os para o topo de um prédio próximo.

— Você precisa salvar os outros! – Adverte Kau assim que seu digimon o deixa no terraço.

— Deixa comigo...

 

— CAIO!

O chamado de Monodramon o faz retornar à realidade.

— O que foi?

— Esse não é o momento de ficar distraído.

— O que a gente vai fazer? – Questiona o garoto alto de cabelos castanhos.

Uma bola de energia é lançada contra Stingmon, que explode. Logo em seguida, outras duas esferas atingem Leppamon e Sunflowmon, respectivamente.

— Vamos bater em retirada. – Finaliza Júnior respondendo a própria pergunta.

— Fugir? – Pergunta Caio sem entender.

— É claro!

Rapidamente, Caio, Monodramon e Lucas sobem nas costas da Sunflowmon, que logo levanta voo. Kau seguia mais atrás sendo carregado pelo Stingmon, enquanto Júnior seguia por terra com seu digimon raposa. Os digimons demonstravam grandes sinais de cansaço e perdiam bits pelas diversas feridas em seus corpos.

Uma bola de energia repentinamente surge e atinge Júnior e Leppamon, que são lançados contra um outdoor. Domador e digimon caem no chão inconscientes. O digimon Adulto retorna ao nível Novato, tornando-se um pequeno furão de pelagem branca e anel dourado logo abaixo da cabeça, ao redor do comprido corpo.

— Eles foram atingidos! – Avisa Kau. - Precisamos descer para ajudar.

Sunflowmon e Stingmon seguiam pousando atentamente, quando uma esfera de energia atinge o digimon inseto pelas costas, derrubando-o juntamente com o seu domador. Stingmon abraça Kau para que ele não se machucasse com a queda. Após tocar o chão com forte impacto, o digimon acaba regredindo para Wormmon. Ambos permanecem desacordados.

— E agora, o que a gente faz? – Pergunta Lucas descendo das costas de Sunflowmon.

— Monô, você consegue evoluir?

— Ainda não, Caio.

— Sunflowmon, atenção redobrada. Qualquer movimentação suspeita ataque!

Sunflowmon dava cobertura enquanto Caio, Lucas e Monodramon socorriam os demais.

Outra energia negra de núcleo esverdeado avança, rente ao chão, na direção da Sunflowmon, que rapidamente faz o seu rosto brilhar e disparar uma imensa energia amarela. A técnica da digimon girassol, apesar de poderosa, não surte o efeito desejado e ela é atingida, ficando atordoada. Em seguida, outras duas esferas atingem-na, levando-a a regredir.

Lucas vê a cena e tenta correr até a pequena Lalamon, quando é impedido pelo garoto moreno musculoso, que o segura pelo braço e corre no sentido contrário.

— Eu tenho que ajudar Lalamon!

— Se ficarmos aqui, nós não ajudaremos ninguém!

Os garotos e o pequeno dragão corriam em direção a loja de conveniência de um posto de gasolina quando uma esfera atinge o estabelecimento, causando uma gigantesca explosão. Com o impacto, o trio é lançado a metros de distância do local onde estavam.

Caio tentava se levantar quando percebe que todo o esforço seria em vão. Suas vistas estavam embaçadas. O garoto lentamente movimenta a cabeça para o lado direito e percebe que Monodramon e Lucas estavam desacordados. Ao olhar para a esquerda, nota que uma silhueta humana, de cor alaranjada, se afastava do local. “Só pode ser o garoto que tanto procuramos”. Caio tenta chama-lo, mas é em vão. Não possuía mais controle algum sobre sua voz. Sua visão seguia desfocando até escurecer por completo.

 

— Chama Extrema!

Growmon dispara contra Betamon, que revida com um potente jato de água. Com a força das chamas, a água evapora e o digimon do João é atingido pelas labaredas do inimigo.

— BETAMON!!! – Diz João correndo até seu digimon, que estava debilitado.

Terriermon, Plotmon, Kokabuterimon e Floramon avançam na direção do tiranossauro.

— Vocês ainda teimam em lutar? – Questiona Blaze, sorrindo.

O digimon de grandes orelhas corre a toda velocidade ao redor do Growmon, que não consegue acompanhá-lo com os olhos. Após um enorme salto, Terriermon atinge os olhos do rival com uma rajada de pequenas esferas de energia na cor verde.

Growmon se irrita e tenta atingi-lo com sua “Lâmina de Plasma” e antes que pudesse desferir o golpe, Kokabuterimon usa o seu “Laço do Besouro” e prende a pata do tiranossauro.

O pequeno labrador de calda e orelhas vermelhas se aproxima do Betamon e lambe seus ferimentos, recuperando-o instantaneamente.

— Obrigado, Labramon! – Diz Betamon concentrando uma forte carga de energia elétrica em seu corpo. - Choque Elétrico.

A intensa rajada de energia atinge Growmon, que urra de dor.

O pequeno cachorrinho de pelúcia atinge a traseira de um dos joelhos do tiranossauro com o seu “Soco Pequeno”, levando-o a cair ajoelhado sobre o tablado.

— Sementes Explosivas. – Brada a digimon que possui um botão de flor revestindo sua cabeça como um capacete, lançando, pelas flores que substituem suas mãos, uma rajada de pequenas esferas de energia no inimigo.

— Precisamos de vocês! – Diz Igor aos domadores que não concordaram com o pedido de ajuda feito anteriormente pelo João.

— Não podemos tomar partido nessa briga! – Diz Victor, domador do Agumon.

— Eles deixaram claro que só roubaram nossos digivices por que acreditaram que nós fossemos ajudar vocês. – Completa o garoto de voz rouca. – Não podemos pender para nenhum dos lados. Não por agora!

— Se vocês, Pastreli, fazem isso com o intuito de reaverem seus aparelhos, podem esperar sentados! Temos plena certeza de que aquele trio não os devolverão tão cedo.

Growmon seguia tentando atingir um dos seus golpes nos seis digimons Novato que o atacavam, mas eles conseguiam ser mais rápidos e dar cobertura uns aos outros.

— Growmon! – Grita o garoto corpulento preocupado. - Vocês dois façam alguma coisa. Essa briga não é somente minha!

Solarmon olha para Fernanda, que se abaixa acariciando-a, fazendo com que seu digivice brilhasse intensamente. A digimon engrenagem laranja é envolta por um casulo de luz, ascende ao céu e cresce assustadoramente. Ao se dissipar, o casulo revela a presença de um enorme dirigível com dois braços mecânicos, um compartimento para o transporte de pessoas, duas hélices e dois tubos cilíndricos, além de uma lança e dois olhos na sua parte frontal.

— Explosão de Zeppelin.

Blimpmon dispara raios laser nos digimons do nível Novato, derrubando-os um por um.

O besouro mecânico de Antônio não resiste e acaba regredindo, tornando-se um digimon que lembra um espermatozoide, com pelagem marrom. À primeira vista, não possuía face e nem olhos, o segmento maior e mais redondo do seu corpo era inteiramente revestido por uma espécie de couro da mesma cor que sua calda.

O garoto de braços e pernas fortes nota que, aos poucos, o couro seguia se abrindo como uma flor a desabrochar, revelando a presença de um rosto com traços felinos.

— Leomon, esmague o digimon de Antônio. – Ordena o garoto de olhos rasgados. - Melhor dizendo, faça picadinho dele!

Leomon ergue sua espada na direção de Frimon, que enche os olhos de lágrimas ao ver que seria exterminado naquele exato momento. O digimon leão humanoide ergue sua espada.

— KOKA! – Grita o garoto de braços e pernas fortes correndo na direção do seu digimon.

O digimon baixava sua espada, na tentativa de disferir um poderoso golpe, quando Terriermon, mesmo machucado, usa sua incrível velocidade e salva o pequeno digimon.

A espada de Leomon toca o tablado da Arena e causa uma grande destruição.

O digimon de Carlos leva o pequeno digimon até Antônio.

— Koka, você vai ficar bem. – Diz o garoto segurando-o em seus braços.

— Eu me chamo Frimon, Tonho. Mas pode continuar me chamando de Koka!

— Vocês não sabem a hora de admitir que são fracos e que não podem conosco. – Diz o garoto de olhos verdes tranquilamente.

— Por isso, faremos algo bom para vocês. – Completa Alex. - Para alguns de vocês.

— João, Verônica e Carlos devem ficar aqui! Os demais irão para casa mais cedo.

— Nunca! – Brada o mais novo dos domadores. - Queremos nossos digivices de volta.

— Parem de frescura! – Retruca o garoto de voz rouca. - Não temos culpa da rixa de vocês.

— E por que vocês rejeitaram minha presença mais cedo? Só por que eu cheguei acompanhada dos garotos vocês me excluíram achando que eu estava apoiando eles. Vocês não têm moral para falar de injustiça.

— Vocês não irão receber seus digivices de volta. – Diz Alex, sorrindo. - Vamos destruir todos os aparelhos.

Os domadores não acreditam no que escutam e uma grande discussão se inicia.

— Por que você ta fazendo isso? Lembre-se de nossa amizade. Eu, você, Matheus, Albert...

— Você não entende, Victor, que eu estou lutando justamente por causa dos nossos amigos? Lopmon se foi, guri... Albert ficou arrasado com o que aconteceu. Onde eles estão, agora? Os dois desapareceram! Não querem mais dar as caras por aqui.

— Em nome de nossa amizade. Por tudo o que passamos juntos. Devolva nossos aparelhos.

— Você se tornou amigo deles. Não confio mais em ti, Victor.

— Growmon, Leomon e Blimpmon, – ordena Blaze - destruam esses digivices.

Todos os digimon Novatos avançam no trio de digimons no nível Adulto. Tentomon e Patamon avançam no enorme dirigível que planava sobre a Arena. Leomon e Growmon disferia socos e chutes nos pequenos digimons que conjuravam técnicas e avançavam sobre eles numa irracional tentativa de imobilizá-los.

Os domadores observavam tudo aquilo com sentimento e impotência. Seus pequenos digimons eram os únicos que poderiam detê-los.

Tentomon e Patamon se preparavam para atacar Blimpmon, quando a enorme digimons consegue derrubá-los com uma forte estocada.

Growmon e Leomon consegue dar um basta no ataque dos digimons com um golpe de calda e um poderoso chute, respectivamente.

— ATAQUE AGORA!

— Punho do Rei das Feras. – Grita Leomon lançando uma poderosa energia, com formato de uma cabeça de Leão, a partir do seu punho direito.

— Chama Extrema. – Ruge Growmon lançando labaredas de fogo pela boca.

— Bombas de Hélio. – Brada Blimpmon lançando dois torpedos incolores.

As técnicas atingem os digivices que estavam jogados no chão.

Uma ofuscante explosão acontece, levando todos os presentes a protegerem os olhos.

 

Continua...


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