Um Segredo De Uma Vida escrita por Sad Mermaid


Capítulo 3
Tenho que levar um garoto em direção a morte


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo está bom... Enjoy!



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– Gente, preciso contar uma coisa pra vocês... Vocês são os meu únicos amigos verdadeiros até agora, os outros eram mais por causa da popularidade. - nos dizia uma Sophie muito envergonhada - Então, vamos direto ao ponto: tenho disleia e TDAH.

Aquele momento em que eu, Liz e Dave ficamos chocados.

Nós pensávamos que éramos os únicos da escola... Aí agora vem Sophie.

Ela chegou com essa notícia assim que chegamos.


O dia foi normal. Chegando na hora do almoço, Liz, Sophie e Dave ficaram no refeitório enquanto eu ia buscar uma garrafa d'água no armário.

Assim que coloquei a minha senha, alguém tapou minha boca e me puxou pra trás. No começo, pensei que fosse alguma brincadeira idiota, mas depois vi que a coisa era séria.

Estava na sala onde ficam guardados os materiais de limpeza. Estava escuro, e uma pequena luz iluminava o suficiente para que eu pudesse ver dois rostos.

Um deles tinha pele branca e olhos dourados. Isso mesmo, dourados. Já o outro tinha profundos olhos azuis, que pareciam se mover, mas não normalmente, como se ondas estivessem quebrando dentro do olho.

– Acho que você deve nos conhecer... - perguntou o de olhos dourados.

– Não, não conheço.

– Eu disse que a comunicação tinha falhado... E você não acreditou! - o de olhos azuis disse.

– Quieto! - chiou o de olhos dourados. - Demoramos bastante para te encontrar, Cece Jones! Meu nome é Cronos, e o patricinho de olho azul... - ele riu da piada sem graça - Se chama Oceano.

– O que vocês querem comigo? - perguntei.

– Estamos aqui para te dar uma missão. - começou Cronos - Tem um garoto...

– Espera! - eu interrompi - Se o assunto é garotos, procurou a garota errada!

– Fique quieta e escute! Esse garoto se chama Nicholas. Logo você o conhecerá. Não era para ele ter nascido. Isso atrapalhou muito os nossos planos. Você chegará ao lugar em que o garoto está. Nós te guiaremos passo a passo sobre o que fazer. Depois de te explicarmos uma parte do processo, você dará um jeito de sair do tal lugar com o garoto. Mas não, sozinha com ele, leve mais gente para não desconfiarem. Você levará Nicholas para um lugar que diremos depois, e o entregará a nós para matarmos ele!

– Por que eu tenho que fazer isso? - perguntei.

– Porque tem que ser você. É o seu destino. Mas não conte isso para ninguém! - disse Oceano.

– Ah, mais uma coisa: qualquer coisa traiçoeira que aparecer aqui na escola, não te machucará, talvez apenas os seus amigos... - Cronos disse, fazendo um calafrio percorrer minha nuca.

– Não se esqueça que caso falhe, sabemos de sua mãe, seu padrasto, seu cachorro... - disse Oceano, por fim.

Eles desapareceram deixando essa frase solta no ar. De repente, eu estava de volta ao refeitório, exatamente como estava antes, e quando me dei conta, estava dizendo:

– Vou ao meu armário pegar uma garrafa d'água.

Era como se nada tivesse acontecido. Muito estranho.


Na aula, Talula me encarava como se eu fosse o seu lanche. Me olhava como se soubesse da minha conversa com Cronos e Oceano.

Eu não entendi muito bem aquela conversa. Cronos e Oceano são nome de personagens de mitos da mitologia grega. Lembrei disso com o pouco que entendia sobre o assunto. Algo me dizia que não eram mitos...

Na hora da saída, eu, Dave, Liz e Sophie ficamos sozinhos na sala. Ouvimos um barulho estranho, e como a curiosidade foi maior que o medo, resolvemos ver o que era.

Talula estava sozinha no ginásio, falando uma língua que parecia ser muito antiga. Quando vimos que ela estava estressada, resolvemos dar meia volta e ir embora, mas foi tarde demais, ela nos viu.

- O meu lanchinho chegou! - disse ela lambendo os beiços.

- Hã? - perguntou Dave, abobado com a beleza da AC, mas a lerdeza vencia.

- Exatamente o que você ouviu meu bem.

Ela começou a se transformar. Seus belos olhos castanhos haviam se transformados em olhos vermelhos, suas pernas eram muito medonhas: uma era como se fosse de cavalo e a outra era feita de bronze. Em sua boca começaram a crescer presas como de vampiros.

- Não sabia que existia vampiros. - disse Sophie.

- Ah! Claro que não! Vampiros são uma versão moderna e inexistente de nós! Eu sou uma empousai, mas pode me chamar de empousa. - disse Talula.

Ela avançou em direção a Dave, que estava babando pela empousa. Ele não via aquelas pernas medonhas?

Me joguei em sua frente enquanto Liz e Sophie tiravam Dave de trás, tirando-o do transe.

- Cece Jones! Não atrapalhe o meu lanche, já que não a machucarei! Caso o contrário terei que desobedecer a ordem de meus chefes e matá-la também...

Um pensamento me ocorreu: "Ah, mais uma coisa: qualquer coisa traiçoeira que aparecer aqui na escola, não te machucará, talvez apenas os seus amigos..." A voz de Cronos ecoava em minha cabeça.

Alguma coisa me dizia que os chefes de Talula eram Cronos e Oceano, e eles não queriam que ela me matasse.

- Você não machucará meus amigos! - eu disse.

- Nossa, que fofo! Você tem o mesmo defeito fatal que o seu irmão! Deve ser de família! - disse ela debochada. Enquanto isso, Sophie, Dave e Liz tentavam se esconder, já que a atenção de Talula estava tode em mim.

- Eu não tenho irmãos! - eu disse grossa.

- Coitadinha! Ainda não sabe da verdade!

Esse comentário foi o suficiente para me destrair e ela vir pra cima de mim.

- Olha só, não sei o que você é, mas dá para nos deixar em paz? - disse enquanto me desviava dela. O que foi um erro, pois quando eu disse nos deixar ela se lembrou dos meus amigos, e se voltou contra eles.

Eles começaram a correr que nem loucos pela escola. enquanto ela quase "abocanhava" Sophie, gritei:

- Acho que você gostaria de ter a honra de me matar primeiro.

- Não costumamos matar meninas, mas vocês três realmente parecem muito apetitosas! - ela respondeu vindo em direção a mim.

Liz balbuciava algo. Acho que era um plano. Ela me dizia para atrair Talula para a sala de História, onde tinham algumas espadas gregas e romanas como exposição.

Eu fingia que estava fugindo de Talula enquano ela avançava. Acho que eu não fingia, eu realmente estava fugindo dela.

Ela não percebeu o que estávamos fazendo até que entramos na sala. Dave quebrou o vidro e pegou as espadas. A minha parecia ser de bronze. Talula soltou uma gargalhada:

- Coitadinhos de vocês! Só o bronze celestial pode me matar!

Nunca tinha ouvido falar de bronze celestial, e minha espada era de bronze comum, acho. Mesmo assim eu, Dave e Liz fomos pra cima dela. Sophie estava abaixada em um canto da sala, com os olhos arregalados, traumatizada. Provavelmente morta de medo.

Parti pra cima de Talula que desviou fácil, como se conhecesse os movimentos. Liz e Dave conseguiam apenas arranhá-la, mas não adiantava nada. Acho que as espadas deles eram de prata.

- Como eu disse: só posso ser morta pelo bronze celestial!

Ela se distraíu dando uma gargalhada, o tempo suficiente para eu enfiar a espada bem em seu coração, se é que aquela coisa tinha coração. Ela se dissolveu em uma nuvem de pó.

Só depois vimos o estrago que tínhamos feito. Provavelmente no dia seguinte deduziriam que tinha sido a gente, os mais problemáticos da escola, e nos expulsariam.


Depois de conseguirmos convencer Sophie de que a empousa tinha morrido, fomos em diração a saída da escola.

No corredor principal, vemos uma figura sentada em um dos bancos. No começo, pensei que fosse a empousa novamente, mas logo pude destinguir a pessoa que comia enchilada de queijo: Andrew.

Quando nos viu, ele arregalou os olhos e disse:

- O que estão fazendo aqui?

- Sei que é difícil de acreditar, mas acabamos de matar Talula, a empousa.









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Notas finais do capítulo

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