O Triângulo Psíquico escrita por Alicia Gayle


Capítulo 7
Indistinta




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/314541/chapter/7

Segui Bryan até o quarto, que era bem normal, uma cama no meio do quarto e abaixo de uma janela, banheiro, um sofá e tv de 39 polegadas.

– Belo quarto. – fui entrando. –

– Fique a vontade. – ele disse abrindo a porta do guarda-roupa. –

Tirei o casaco. – Parece um sofá confortável. – observei o sofá de 3 lugares. –

– Toma! – Bryan me jogou uma roupa, agarrei a no ar. – Vai ficar boa em você.

Desdobrei a camisa cinza e grande, e li as palavras nela escritas.

– Sério que você tem uma camisa com “ I’m sexy” escrito?

– Por quê? Eu não sou sexy? – pôs as mãos na cintura. –

Gargalhei. – Vou fingir que é uma pergunta retórica.

– Haha engraçadinha.

Fui ao banheiro e troquei de roupa. Soltei o cabelo preto e passei uma água no rosto, então voltei para o quarto e me deparei com Bryan deitada no sofá.

– O que é isso? Roubou minha cama?

– Eu adoro o sofá. – ele sorriu. –

– Vou contar de um até três para você sair dai. – me aproximei. – 1... 2... – ele permaneceu imóvel. - ...3. Muito bem, você quem pediu!

Levitei uma almofada que estava na cama até as minhas mãos.

– Ultima chance.

– Não sairei daqui.

– Aargh. – reclamei. –

Acertei a almofada várias vezes nele, apesar dele desviar de algumas almofadadas. Mas não estava o machucando, tinha músculo demais ali para garantir isso, ele estava sem camisa, não pude deixar de notar.

– É o melhor que consegue? – ele segurou a minha almofada e me puxou, de modo que encachei minhas pernas na cintura dele. – Acho que venci.

– Ainda não! – tentei levantar, mas Bryan segurou minhas costas e impôs contra o peito dele. –

– E agora?

– Acho... – nossos rostos estavam próximos demais. -... Que você venceu.

Bryan pós a mão na minha nuca, me levando até sua boca, então finalmente me beijou. Retribui. Minhas mãos repousavam no seu peitoral. Eu não conseguia pensar em muitas coisas, apenas em como aquele beijo tinha poder e em como o corpo dele estava quente, ou talvez eu estivesse em chamas.

Ele acompanhou a mão pela minha espinha, até chegar a perna, então me equilibrou melhor no colo dele. Enrosquei minha mão em seus cabelos pretos, foi quando ouvimos o meu celular tocar, estava na minha bolsa. Parei de beija-lo.

– Não, não atenda! – Bryan falou meio roco. –

– Eu preciso atender. – no fundo, eu sabia que era o Justin. –

Bryan bufou e jogou o corpo para trás, encostando a cabeça no sofá, acho que ele também sabia que era Justin. Levantei e fui até a minha bolsa, peguei o celular e atendi enfim.

– Alo? – apenas ouvia chiados. – Alo? – pus a mão no pescoço. –

– Annabeth... – foi como um ruído. –

– Quem é? – ninguém respondeu. – Quem está falando? – ficou mudo então, chamada finalizada. -

– Anna. – Bryan ainda estava no sofá. – Quem era?

– Eu não sei. – chequei o número, mas estava restrito. –

Joguei meu celular na cama e sentei no sofá ao lado de Bryan. Não tinha clima para voltar a beija-lo, apesar de eu querer muito, achei melhor agir naturalmente,

– Eu ainda vou dormir no sofá! – falei firme. –

– Aqui só cabe um.

– Então sugiro que você saia.

– Nem pensar. – eu deitei pro outro lado. –

Bryan segurou o meu pé.

– Você tem pés gelados.

– Já me disseram muito isso. – então começou a massagear meu pé direito. – Bryan.

– O que?

– Você também sentiu isso.

– Isso o que Anna?

– Isso, quando me beijou, sei lá, uma energia.

– Senti. – continuou a massagear. – É como se nos ligássemos na tomada, o corpo todo enche de energia.

– É exatamente isso.

– Você está com sono?

– Não, eu... – o bocejo que dei me entregou. – Só um pouco.

Sei que Bryan falou mais alguma coisa, mas não me lembro bem do que, adormeci. Abri metade de um dos olhos pois senti meu corpo balançar, ai eu percebi que Bryan estava me levando no colo até a cama.

Me forcei a não rir, por que achei o momento perfeito, sem precisar fazer nenhum grande esforço. Em seguida, peguei no sono novamente e entrei um estranho sonho.

Estava em pé em uma floresta sombria e nebulosa, alguém surgiu do nada de trás de uma das árvores, foi quando percebi que aquilo era um sonho.

– Quem é você? – minha voz ecoou. –

A sombra ainda não tinha rosto, mas pude ver que era um homem, permaneceu quieto.

– Qual o seu nome? – ele sussurrou algo quem não entendi. – É você que tem me chamado? – acenou positivamente. –

– Meu nome é Taylor. – saiu da escuridão. –

A pele meio bronzeada refletiu a luz, o cabelo loiro também brilhava. Mas eu estava sentindo dor, uma dor interior, como se tivesse arrancado um pedaço meu. Despertei do sono, buscando ar, a dor havia aliviado, senti uma leve quentura escorrer pelo meu nariz, coloquei a mão nele, sangue!

Corri para o banheiro e vi no reflexo o meu nariz ensanguentado, lavei o rosto, sem entender o motivo do sangue. Voltei enfim ao quarto, ainda assustada, Bryan permanecia dormindo. Alguém bateu a porta, eu abri.

– O que faz ai? – Lúcia falou surpresa. –

– O que houve com você ontem a noite? Deixou-me do lado de fora.

– Ops desculpe, devo ter dormido profundamente. – serrei os olhos para ela. – Mas, pelo visto você não perdeu tempo, não é?

– Não que seja da sua conta, por que não é, mas dormi muito bem, se era isso que você queria saber.

– Você andou cheirando cocaína demais.

– O que?

– Seu nariz está sangrando.

– Tenho que ir. – ia fecha a porta, mas Lúcia impediu com a mão. –

– Avise a Bryan para estar na arena em meia hora.

– Tá. – fechei a porta. –

Lavei o meu nariz novamente e fiquei curiosa para saber o motivo do sangramento, com certeza não era cocaína. Fui até Bryan. Ele dormiu como uma criança, jogado no sofá, de boca aberta e com a cabeça apoiada na mão, eu tive até pena de acorda-lo.

– Hey Bryan! – o chacoalhei delicadamente. – Bryan!

– Han? – murmurou de olhos fechados. –

– Bryan acorda! – abriu os olhos e olhou para mim, sorriu. –

– Bom dia! – ele se espreguiçou. –

– Bom dia. Lúcia veio aqui, disse que você tem que estar em meio hora numa tal de arena.

– Hoje tem arena? – não pareceu perguntar para mim. –

Levantou-se.

– Rápido temos que correr.

Depois que Bryan tomou banho, eu tomei, então descemos até a cozinha que era enorme, toda de inox.

– Aqui. – Bryan me jogou uma maça. – Coma rápido!

Praticamente engoli a maçã, Bryan saiu me puxando até um porta, abriu, era um armário, pegou um pacote plástico com roupas.

– Afinal, o que é essa arena?

– Você verá. – retirou um dos pacotes do armário. – Toma, vai servir em você.

Troquei-me no banheiro da porta ao lado. Calça preta, porém flexível, uma camiseta com as inicias “CDS” escrito, e um casaco preto por cima. Nunca vesti tanto preto. Saí do banheiro, Bryan já havia trocado de roupa, que era praticamente igual a minha.

Bryan em observou da cabeça aos pés. –Ficou gata, agora vamos! – me puxou pela mão. -

Dobramos dois corredores e então saímos pela porta dos fundos, que dava para uma enorme área verde, com muitas árvores e relevo. Foi quando vi duas enormes arquibancadas, não lotadas, havia um grande espaço entre elas.

– Ah então essa é a arena.

Penny se aproximou de nós.

– Annabeth, Bryan! – nos abraçou levemente. – Estão prontos?

– Não sei se é uma boa ideia Anna participar.

– Não se preocupe Bryan, ninguém vai pegar pesado com ela. – sorriu, eu estava boiando. – Pode deixar, cuidei de tudo.

Penny deu passos a frente.

– Vem comigo. – a segui, enquanto caminhávamos pela arena. –

– O que vai acontecer?

– Todo mês acontecem os jogos da arena, é dividido entre dois grupos de três pessoas, o A e o B, o objetivo é pegar a bandeira do adversário, que são de cor amarela ou azul, quem pegar a bandeira do outro primeiro, vence. É totalmente permitido usar os seus poderes para isso, você entendeu? – assenti assustada. – Alguma pergunta?

– Quais as chances de eu morrer?

– São mínimas, - sorriu, me apavorei. – Agora se junte ao seu grupo. – ela acenou para duas pessoas. – Esses são Michael e Bella. – apontou para um garoto branquelo e uma negra linda com cabelos presos. –

– Olá! – disse perplexa. -


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
continua...