O Triângulo Psíquico escrita por Alicia Gayle


Capítulo 5
Bem-vinda




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Uma coisa era certa, Lúcia me irritava muito, só pelo fato de estar respirando. Tomei meu banho num banheiro requintado, desfrutei da banheira de água quente e troquei de roupa, quando meu Iphone tocou. Demorei um pouco para entender como aceitar a chamada e dei graças a Deus por ninguém estar lá para rir da minha cara.

– Alô?

– Annabeth, é você?

– Sim, quem está falando?

–Sou eu, Justin. Você está bem?

– Oi, eu estou bem e você? – disse animada, circulando pelo quarto. –

– Estou só um pouco preocupado com você.

– Não se preocupe, estou em Londres baby.

– Isso é bem a sua cara. – ele riu. –

Imaginei que ele estivesse na janela de casa, de frente a minha janela sorrindo, enquanto nos falávamos pelo telefone como idiotas, como era antes. Antes de tudo...

– Estou com saudades sua.

– Também estou. De verdade, de como as coisas eram antes. – alguém bateu a porta. – Já vou! – gritei, afastando o telefone da boca. –

– Problemas?

– Não, é uma festa de boas-vindas. Tenho que ir, entende?

– Claro, se diverte e se cuida!

– Ok, pode deixar. Tchau, tchau. – desliguei. –

Era como se fosse outra vida, muito diferente de antes. Em que eu sentia que tentava encaixar Justin, mesmo sem ter onde. Abri a porta .

– Estão todos esperando você. – Bryan estava encostado na porta. –

– Por mim? - arregalei os olhos. -

– É, você sabe, a nova atração do circo.

– A exposição de anormalidade?

– Quase isso. – sorri e fechei a porta. – Vamos lá.

Começamos a andar.

– Estou nervosa, pode andar devagar, pra demorarmos a chegar?

– Ok, teimosa. – andamos no mesmo ritmo. – Então, você gostou de Lúcia?

Demorei uma certa quantidade de tempo a responder.

– Me ouviu?

– Sim.

– Sim, você me ouviu ou sim, gostou de Lúcia?

– É eu te ouvi. – ele riu. –

– Olha, ela meio difícil no começo, mas depois você vai sentir menos vontade de socar a cara dela.

– Deus te ouça.

– Com quem estava falando no quarto?

– Está dando uma de meu pai de novo?

– Não teimosa, só quero saber se você é tão louca a ponto de falar sozinha no quarto.

– Eu falo sozinha. – rimos. – Mas era o Justin no telefone.

Bryan bufou. – Não conversamos sobre isso?

– Não pode me pedir para esquecer a minha antiga vida assim.

– Eu sei, desculpe.

– Ok. – observei meus próprios passos. –

– Bom, é aqui, atrás dessa porta, o salão de festa.

– Eu não quero entrar. – falei rápido. –

– Está tudo bem, são apenas as pessoas da central, nossos amigos, os informantes do governo secreto e a Legião amigável de humanos.

– Isso não ajudou em nada. – fiquei muito nervosa. – Eu tropeço com frequência, isso eu tropeçar lá, oh meu Deus.

– Aqui. – ele me estendeu a mão. – Segure a minha mão. Não vou deixar você tropeçar e se tropeçar, caia e finja estar em coma. – sorri e segurei sua mão. –

Bryan empurrou a porta dupla de madeira, permitindo que a luz do salão nos iluminasse, segurei a mão dele com mais força, ele retribuiu. Ajeitei a calda do meu vestido bege, que ia até o joelho, onde brilhava nas pontas.

– Fique calma. – ele sussurrou. –

– Estou tentando. – estávamos no meio da escada. –

– A propósito, você está muito linda.

– Obrigada. – sussurrei de volta. –

Chegamos ao fim da escadaria, e eu senti meus joelhos tremerem. Lúcia me serrou os olhos, enquanto Penny vinha em minha direção.

– Annabeth, você está encantadora

– Obrigada Penny. – corei. –

– Agora, se nos dê licença, - pediu a Bryan. -Tem algumas pessoas que eu quero que você conheça Annabeth. – a acompanhei. –

Andamos o salão inteiro, conhecendo e cumprimentando pessoas. Tentei similar a quantidade de rostos novos na minha cabeça, depois de ter conhecido mais de 50 pessoas, pude respirar um pouco perto de uma janela enorme com uma vista cativante.

– Então, um amigo tem direito a uma dança com você ou apenas os ministros e líderes sociais. – Bryan falou atrás de mim. –

– Por sorte você fica bem de Smoking, pode dançar comigo.

– Como sei que você é teimosa, vou pedir, deixe-me conduzir.

– Tentarei. – ele pós a mão na minha cintura e segurou a minha mão. Deixei que ele me conduzisse – Você até que dança bem.

– Você também. – ele riu, levantei a sobrancelha. -

– Sim, claro, pra quem confunde direito e esquerdo na dança e passou 3 anos parada até que estou bem. – apoiei a mão no ombro dele, até segurar o pescoço. –

– Nada modesta.

– Odeio falsa modéstia. – ele sorriu e me girou pela ponta dos dedos, quando conclui o giro, segurou minha cintura novamente. – Sabe, pode ser apenas impressão, mais quase posso sentir facas me atravessando quando Lúcia me olha. – ela nos observava sentadas. –

– Esperava que vocês virassem amigas.

– Sério? Tipo, sua ex-namorada e eu?

– Porque não?

– Realmente, por que não, afinal você só terminou com ela pra me procurar.

– Foi escolha minha.

– Séria mais fácil se fosse uma obrigação.

– Não gosto quando você fala como se tivesse acabado com a minha vida.

– Não foi o que eu fiz?

– Antes eu estava adormecido, vivendo por viver. – ele baixou a voz. – Como você adormeceu por três anos, você me fez viver. – sussurrou no meu ouvido. – Obrigada Anna!

– Eu gosto quando me chama de Anna, mas ninguém nunca me chama.

– É uma pena, Anna. – sorri e apoiei minha cabeça em seu ombro. –

– É a minha vez agora. – paramos de dançar, olhei para Lúcia. – É minha vez de dançar com Bryan.

– É claro, fique à vontade.

Saí do salão, para uma área aberta da mansão, o Jardim interno. Sentei no banco branco de frente ao jardim. Fiquei ali, sem fazer nada, apenas respirando o ar puro.


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