O Triângulo Psíquico escrita por Alicia Gayle
Uma coisa era certa, Lúcia me irritava muito, só pelo fato de estar respirando. Tomei meu banho num banheiro requintado, desfrutei da banheira de água quente e troquei de roupa, quando meu Iphone tocou. Demorei um pouco para entender como aceitar a chamada e dei graças a Deus por ninguém estar lá para rir da minha cara.
– Alô?
– Annabeth, é você?
– Sim, quem está falando?
–Sou eu, Justin. Você está bem?
– Oi, eu estou bem e você? – disse animada, circulando pelo quarto. –
– Estou só um pouco preocupado com você.
– Não se preocupe, estou em Londres baby.
– Isso é bem a sua cara. – ele riu. –
Imaginei que ele estivesse na janela de casa, de frente a minha janela sorrindo, enquanto nos falávamos pelo telefone como idiotas, como era antes. Antes de tudo...
– Estou com saudades sua.
– Também estou. De verdade, de como as coisas eram antes. – alguém bateu a porta. – Já vou! – gritei, afastando o telefone da boca. –
– Problemas?
– Não, é uma festa de boas-vindas. Tenho que ir, entende?
– Claro, se diverte e se cuida!
– Ok, pode deixar. Tchau, tchau. – desliguei. –
Era como se fosse outra vida, muito diferente de antes. Em que eu sentia que tentava encaixar Justin, mesmo sem ter onde. Abri a porta .
– Estão todos esperando você. – Bryan estava encostado na porta. –
– Por mim? - arregalei os olhos. -
– É, você sabe, a nova atração do circo.
– A exposição de anormalidade?
– Quase isso. – sorri e fechei a porta. – Vamos lá.
Começamos a andar.
– Estou nervosa, pode andar devagar, pra demorarmos a chegar?
– Ok, teimosa. – andamos no mesmo ritmo. – Então, você gostou de Lúcia?
Demorei uma certa quantidade de tempo a responder.
– Me ouviu?
– Sim.
– Sim, você me ouviu ou sim, gostou de Lúcia?
– É eu te ouvi. – ele riu. –
– Olha, ela meio difícil no começo, mas depois você vai sentir menos vontade de socar a cara dela.
– Deus te ouça.
– Com quem estava falando no quarto?
– Está dando uma de meu pai de novo?
– Não teimosa, só quero saber se você é tão louca a ponto de falar sozinha no quarto.
– Eu falo sozinha. – rimos. – Mas era o Justin no telefone.
Bryan bufou. – Não conversamos sobre isso?
– Não pode me pedir para esquecer a minha antiga vida assim.
– Eu sei, desculpe.
– Ok. – observei meus próprios passos. –
– Bom, é aqui, atrás dessa porta, o salão de festa.
– Eu não quero entrar. – falei rápido. –
– Está tudo bem, são apenas as pessoas da central, nossos amigos, os informantes do governo secreto e a Legião amigável de humanos.
– Isso não ajudou em nada. – fiquei muito nervosa. – Eu tropeço com frequência, isso eu tropeçar lá, oh meu Deus.
– Aqui. – ele me estendeu a mão. – Segure a minha mão. Não vou deixar você tropeçar e se tropeçar, caia e finja estar em coma. – sorri e segurei sua mão. –
Bryan empurrou a porta dupla de madeira, permitindo que a luz do salão nos iluminasse, segurei a mão dele com mais força, ele retribuiu. Ajeitei a calda do meu vestido bege, que ia até o joelho, onde brilhava nas pontas.
– Fique calma. – ele sussurrou. –
– Estou tentando. – estávamos no meio da escada. –
– A propósito, você está muito linda.
– Obrigada. – sussurrei de volta. –
Chegamos ao fim da escadaria, e eu senti meus joelhos tremerem. Lúcia me serrou os olhos, enquanto Penny vinha em minha direção.
– Annabeth, você está encantadora
– Obrigada Penny. – corei. –
– Agora, se nos dê licença, - pediu a Bryan. -Tem algumas pessoas que eu quero que você conheça Annabeth. – a acompanhei. –
Andamos o salão inteiro, conhecendo e cumprimentando pessoas. Tentei similar a quantidade de rostos novos na minha cabeça, depois de ter conhecido mais de 50 pessoas, pude respirar um pouco perto de uma janela enorme com uma vista cativante.
– Então, um amigo tem direito a uma dança com você ou apenas os ministros e líderes sociais. – Bryan falou atrás de mim. –
– Por sorte você fica bem de Smoking, pode dançar comigo.
– Como sei que você é teimosa, vou pedir, deixe-me conduzir.
– Tentarei. – ele pós a mão na minha cintura e segurou a minha mão. Deixei que ele me conduzisse – Você até que dança bem.
– Você também. – ele riu, levantei a sobrancelha. -
– Sim, claro, pra quem confunde direito e esquerdo na dança e passou 3 anos parada até que estou bem. – apoiei a mão no ombro dele, até segurar o pescoço. –
– Nada modesta.
– Odeio falsa modéstia. – ele sorriu e me girou pela ponta dos dedos, quando conclui o giro, segurou minha cintura novamente. – Sabe, pode ser apenas impressão, mais quase posso sentir facas me atravessando quando Lúcia me olha. – ela nos observava sentadas. –
– Esperava que vocês virassem amigas.
– Sério? Tipo, sua ex-namorada e eu?
– Porque não?
– Realmente, por que não, afinal você só terminou com ela pra me procurar.
– Foi escolha minha.
– Séria mais fácil se fosse uma obrigação.
– Não gosto quando você fala como se tivesse acabado com a minha vida.
– Não foi o que eu fiz?
– Antes eu estava adormecido, vivendo por viver. – ele baixou a voz. – Como você adormeceu por três anos, você me fez viver. – sussurrou no meu ouvido. – Obrigada Anna!
– Eu gosto quando me chama de Anna, mas ninguém nunca me chama.
– É uma pena, Anna. – sorri e apoiei minha cabeça em seu ombro. –
– É a minha vez agora. – paramos de dançar, olhei para Lúcia. – É minha vez de dançar com Bryan.
– É claro, fique à vontade.
Saí do salão, para uma área aberta da mansão, o Jardim interno. Sentei no banco branco de frente ao jardim. Fiquei ali, sem fazer nada, apenas respirando o ar puro.
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