O Triângulo Psíquico escrita por Alicia Gayle
Notas iniciais do capítulo
Um dos últimos capítulos!
Enquanto dirigia desconsertada de voltá á CDS, recordei-me que Bryan havia comentado algo sobre Speed se teletransportar, o garoto ia visitar os pais na sua fazenda no Texas todo mês. No momento, ele era o único que podia me ajudar. Eu não tinha um plano exato na cabeça, mas tudo só teria inicio se eu voltasse para á mansão, e não importa aonde eu fosse, eu sempre voltava á ela. Dirigia tão rápido que cheguei em pouco tempo ao meu destino. Estacionei a moto, e outra motocicleta estacionou na frente da casa logo atrás de mim. Reconheci a moto de Tay.
– O que faz aqui? - retirei o capacete.
– Primeiro, os seus sentimentos estão muito claros pra mim, é tão melancólico. Segundo, te impedindo de ser tão burra á ponto de se matar e Terceiro, Ai Caramba você está dirigindo!
– Primeiro, não posso controlar isso. Segundo, eu não vou me matar Taylor. E terceiro, sim caramba estou dirigindo.
Sem deixar mais espaço para conversação, fui em direção á porta, Taylor continuou a me seguir.
– Você pode pelo menos guardar seus pensamentos só para você?
– Sim, logo que eu descobrir como.
Eu segui para a porta e entrei no grande salão de nossa cara. Haviam muitas pessoas transitando pelo lugar, então torci para achar Speed depressa e não esbarrar com Penny, Bryan ou Lúcia. Por alguma razão Taylor continuou me seguindo. Talvez eu precisasse de ajuda, mas eu me recusava a pedir. Fui procurar o garoto ruivo no andar de cima.
– O que estamos procurando?- o garoto indagou.
– Não o quê, mas quem. - olhei em volta. - Espera, nós?
– É, eu e você.- Então agora existia um "nós"?
– Então quem estamos procurando? - ele continuou a fazer perguntas.
– Speed.
– Ah. Por quê?
– Ok, - virei-me para Tay. - Se quer mesmo me ajudar, para de questionar tanto e apenas o procure.
– Quando começou a liderar a sua vida assim? - Ele fez uma piadinha, mas mesmo assim decidi responde-lo.
– Ontem á noite.
Não sei se ele realmente se importava por eu estar histérica atrás de Speed, ou se somente estava curioso, e assim mesmo resolvi permitir que ficasse comigo. Eu não sabia o que iria acontecer quando eu encontrasse Speed, só sabia que Tay ao meu lado podia ser de utilidade. Descemos as escadas novamente e em seguida fui direto á cozinha, o garoto continuava a me acompanhar. Bem, foi onde encontramos Speed, sentado ao balcão devorando com voracidade um enorme sanduíche.
– Speed! - minha voz soou mais animada do que eu gostaria. - Eu preciso falar com você.
– Agora? - ele falou com a boca super cheia. - Mas eu to comendo.
Eu estava vendo que ele estava comendo, pois sua boca estava lotada.
– É importante! Eu preciso de você, agora, por favor? - supliquei.
O garoto pensou por um tempo, e talvez a cara de piedade que pus no rosto tenha ajudado em sua sua decisão de me acompanhar. - Tá, tudo bem. - Ele revirou os olhos, limpou as mãos uma na outra e se levantou. - Venham comigo.
Speed entrou no corredor e abriu a segunda porta á esquerda. A sala estava vazia, só existiam algumas caixas de papelão. Acho que usavam para depósito.
– Pode falar. - disse ele.
– Eu soube que você pode se teletransportar.
– Sim.
– E quanto á outras pessoas?
– Eu nunca tentei antes.
– Bem, é a sua chance.
– Eu não sei o que pode acontecer. Não avancei meus poderes ainda.
– Eu não ligo, posso até explodir em mil pedacinhos, mas eu preciso que você tente.
Ele fez uma pausa, pareceu pensar. - Ok, se é assim, eu posso tentar.
Lhe dei um sorriso. Me pus de frente dele. Eu não fazia ideia de mais nada. O que iria acontecer? Acho que nem os Deus poderiam me dizer. Fiquei esperando as instruções de Speed.
– Espera! - Taylor que até então havia ficado calado, se pronunciou. - Eu irei com você.
– Não, é algo que não envolve você. Já ajudou o bastante.
– Você não vai me fazer mudar de ideia, Annabeth.
Eu bufei irritada. Eu não tinha tempo para discutir com Taylor. Virei-me para Speed. - Queremos ir para Sanit Ville, U.S.A.
Ele consentiu e se concentrou. Fechando bem os olhos, ele levantou as suas mãos e segurou as nossas. Eu pude sentir a energia atravessar os dedos dele e nos tocar. De repente, tudo a nossa volta não passava de um borrão, girando e girando... Meus pés haviam ficado leves, eu já não tocava mais o chão, mas eu logo toquei o chão, pena que com a bunda.
Resmunguei de dor. Minha visão estava turva, mas aos poucos comecei a reconhecer o lugar. A rua, os postes, as árvores, com certeza era Saint Ville. Fiquei contente em estar ali novamente, de certa forma. Levantei, ainda tonta, limpando a roupa. Lembrei de algo, ou melhor, alguém, Tay.
– Taylor?
– Estou aqui. - disse a voz que vinha de baixo, ele se levantou e veio ao meu lado. - Isso foi muito louco.
– Funcionou.
– E agora?
Pensei um pouco. Realmente, e agora? Eu não tinha certeza se chegaria a Saint Ville, o plano era esse e depois não sabia mais de nada. Peguei o telefone no bolso e liguei para Justin. Fiquei tensa ao ouvir a voz da mulher.
– Quer negociar ou o quê Annabeth?
– Onde você está? - fui direta.
– Assim o jogo não tem a minima graça.- ela riu e continuou a falar. - Quem está ai com você? Aposto que não te deixariam vir sozinha.
– Ninguém sabe que estou aqui.
– Então está sozinha?
– Estou com um amigo.
– Bryan?
– Não.
– Venha até o balcão da rua 26. – ela desligou.
– Quem era Annabeth? - indagou. - Eu não estou entendo nada.
– Eles estão na outra rua. comecei a me dirigir até lá.
– Eles quem? - ele tentou me acompanhar.
– A Ordem. - parei que ele pudesse entender o quão seria era a situação, e depois voltei a andar. - Sequestraram o meu... grande amigo. E isso é minha culpa. Preciso concertar isso, é uma das poucas coisas que posso corrigir.
O lugar não era longe, ficava precisamente na próxima rua á minha. Assim que entrei na rua avistei o galpão vazio, segui até ele, onde abri a porta rangente. A luz invadiu ao lugar, se chocando com a escuridão. Dei um pulo de susto ao ouvir meu celular tocar. Com certeza, eles já sabiam que eu estava ali.
– Oh droga! - sussurrei. - Alo?
– Annabeth, onde você está?
– Bryan?
– É, sou eu. Cade você? Estou aqui em Saint Ville.
– Como descobriu que...– pensei. - Speed contou?!
– Sim, contou e nos teletransportou pra cá?
– "Nos"?
– Lúcia está comigo. Ela insistiu em me ajudar.
– Seja o que for que vocês queiram fazer, fiquem por ai mesmo.
– Annabeth, só queremos ajudar você!
– Não há nada em que você possa ajudar.
– Eu posso sentir que há.
– Taylor está me ajudando.
– Então, eu não sirvo mais?
Respirei fundo. - Vá embora Bryan.– desliguei. -
Eu não queria manda-lo embora, mas tudo que eu não precisava era mais gente envolvida naquela loucura.Se eu não dissesse para ele ir, ele não iria. Eu precisava fazer algo para recuperar a vida de Bryan e faz-lo me esquecer, para que então fosse feliz, mesmo que isso significasse perde-lo.
– Por que o mandou embora se não era isso que queria fazer? - indagou Tay.
– Eu estou concertando as coisas, e isso inclui a vida dele. - limpei a garganta. - Vamos!
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