Full Moon escrita por amelia_cullen


Capítulo 24
Capítulo 7 – Cada pedaço de um coração.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, e o tamanho do capítulo, mas vocês ja sabem... Meu tempo é disputado acirradamente entre as minhas tarefas. Ah, se o dia tivesse umas trinta e seis horas... ¬¬
Emfim, está ai. Espero que gostem das novas personagens. Obvio a descrição está pobre, mas é porque esse encontro foi breve, então haverá um trecho de Cap pra cada Colleman.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/31450/chapter/24

 Amélia Cullen

 

Me adiantei bem em tempo de ser puxada em um apertado abraço, por uma Jéssica sorridente, exatamente do jeito que eu me lembrava dela. Sua altura chegava pouco abaixo dos meus ombros. Seus cabelos muito longos, lisos e escuros. Seus olhinhos da cor de uma piscina limpa, me encarando com visível excitação. Sua força extrema (que era aliás o seu dom) em contraste com seu tamanho, - era menor até que Alice! – sendo capaz de levantar um carro com apenas uma das mãos...

Logo em seguida, fui tomada para outros braços. Me virei para encarar Raquel, que sorria alegremente. Ela era mais alta do que eu, causando uma comparação cômica quando estava perto de Jess. Duas esmeraldas em seus olhos, que me observavam com a mesma ternura e compreensão de quase cinquenta anos atrás. Os cabelos castanhos, quase ruivos, lisos em cima e levemente ondulados nas pontas, compridos e vistosos.

Ela se afastou, ainda sorrindo, para dar lugar à tímida Rafaela, que estava mais ao fundo, brincando com uma poça d’água. Rafa tinha o poder de controlar a água, e seu dom parecia ter evoluído muito desde a última vez que a vi em prática. Me encarava como se pedisse desculpas. Eu já nem lembrava mais do que nos fizera brigar da última vez em que nos vimos. Ela parou de frente para mim, seus olhos acinzentados me encarando, seu rosto angelical, esperando por um assentimento para que se aproximasse.

        -Sem ressentimentos?

        -É claro! – eu estendi os braços. Ela veio correndo e me abraçou forte. Seus cabelos loiro mel, em cachos perfeitos, passaram como um borrão. Sua agilidade ainda me surpreendia.

Nêlly foi a que veio por último, de mãos dadas com um garoto que eu não conhecia. A familia pelo jeito tinha ganhado um novo membro. Ela soltou a mão dele e veio ao meu encontro. Das quatro, ela era a única que não tinha a pele pálida como arroz. Sua pele era um pouco mais corada. Os cabelos e olhos de um tom chocolate. Ela me abraçou brevemente e puxou o garoto pela mão para apresentar-me.

        -Morzão, esta é a Amélia. Uma grande amiga, e quase parte da família. – ela disse, mais para mim do que para ele.

        -Mel, este é o André, meu namorado. – ela sorriu para ele. Eu tinha que admitir, ela tinha bom gosto. Era da mesma altura de Nêlly, seus cabelos bagunçados quase da mesma cor do de Edward, apenas um pouco mais claros. Sua pele era um meio termo entre a de Jess e a da Nêlly. Seus olhos de um azul muito escuro, como duas safiras.

        -E ai, Mel. O que tem feito todos esses anos? Cansou do clima de Volterra? – Jess perguntou, socando o meu braço.

        -Eu... espere ai. Como me acharam aqui?

        -A Nêlly viu a Jane, Mel. Depois de quase cinquenta anos, a megera voltou a aparecer nas visões dela. – Raquel parecia perturbada.

Eu me lembrei, naquele momento, do dia em que ajudei Nêlly a fechar suas visões para Jane. Nêlly tinha um dom muito útil, porém muito prejudicial a ela às vezes. Ela era sensitiva. Funcionava mais ou menos como com Alice, só que Nêlly tinha visões do que ocorria no momento. Ela via o tempo presente das pessoas que influenciariam seu futuro. Era um pouco vago às vezes, pelo fato de ela não ter controle sobre elas e de não saber precisamente onde estariam ocorrendo.

Com o tempo, ela aprendeu a controlá-las um pouco. Mesmo que fossem úteis, também causavam muitos danos à ela. Era facilmente afetada pelas visões, ficando presa a elas por tempo excessivo. E Jane ficou sabendo disto; assim, “a megera” como a chamávamos, usava esses lapsos de visão de Nêlly para despistá-la e prender sua atenção. Ela achava que dessa forma me atingiria. Quanto mais Jane tomava decisões que influenciassem no futuro, não só de Nêlly, mas, de todos que ela amava, mais ela a mantinha presa em suas visões. Nós acabamos achando um jeito, naquela época, de fechar essa ligação da mente dela com as ações de Jane.

        -Que... estranho – foi tudo o que consegui dizer.

        -Eu não acho. – Nêlly falou, misteriosa.

        -Ela não quer nos dizer exatamente o que viu antes de conversar com você. – Jess concluiu impaciente.

        -Ah, é só por isso que vieram me ver então? – eu brinquei. Jess me abraçou, fazendo um biquinho.

        -Foi você quem nos disse que seria mais seguro agente não se ver, lembra?

        -Muito pouco. Caso “você” não se lembre, eu apaguei a minha memória para proteger vocês de Jane.

Rafa ia protestar, mas Nêlly pediu que silenciasse para dizer:

        -Não vamos discutir mais uma vez de quem é a culpa! – ela olhou reprimindo os comentários da Rafa, antes de se voltar para mim. – Mel, foi um aviso. Jane não sabe que eu pude ver. Ela ainda acha que a ligação se rompeu. Mas eu consegui ver você recuperando a memória e saindo de Volterra. Quando você voltou a ser a Amélia que eu conhecia, eu tornei a ver você em minhas visões. Mas Jane sabia Mel, ela sabia o tempo todo que você os estava enganando! Mas ela nunca contou para Aro. Eu não sei como ela podia esconder dele, mas só ela sabia. E agora, Demetri sabe também. Ela está planejando alguma coisa, eu não sei ao certo, mas ela disse que vem planejando isso desde que voltou da batalha que ocorreu aqui. Ela disse para Demetri que vai usar finalmente o que sabe do seu passado contra você. Eu não sei o que ela pretende. Ela está esperando “o momento certo”, segundo palavras dela, seja ele qual for, é bom que você se cuide.

Ela parou de repente, fechando os olhos. Eu sabia o que significava. Era uma visão. Apenas um segundo depois, ela tornou a abrir os olhos.

        -Mel, ele está aqui. O garoto que você deixou em Chicago está aqui. Como... ele pode estar vivo!!? – ela me sacudiu pelos braços – Nós passamos anos tentando encontrá-lo, e ele... morreu a quase cem anos Mel!

        -Essa é uma longa história. Edward é meu irmão agora.

        -Ele é o que? – as quatro disseram ao mesmo tempo.

        -É filho de Carlisle também. É bom que saibam. Eu tenho uma familia agora.

        -Ok, ok. Você terá tempo para nos explicar todas essas loucuras outra hora. O Masen, ou seja lá que nome ele tenha agora, está nos alcançando.

        -Nós nos vemos de novo Mel, em breve. – ela disse, me abraçando. Tudo foi muito rápido e em questão de segundos, Jess e Rafa me abraçaram rapidamente e saíram. Por último ficou Raquel, que me abraçou demoradamente e foi embora também. Logo depois, Edward me encontrou pelo caminho. Fiquei despreocupada; se Edward tivesse as visto, eu acho que Nêlly saberia. Eu estava muito confusa e extremamente chateada com Edward. Toda essa confusão com Matt e agora com os Colleman voltando para a minha vida, haviam me feito esquecer o quão enfurecida eu estava com Edward. Afinal, se ele não confiava em mim, que era óbvio que era o que estava acontecendo, porque diabos ele fingiu ser meu amigo por tanto tempo? Para me apunhalar pelas costas como faria a um Volturi? Eu devia saber que nunca ia conseguir me livrar do rótulo cobra peçonhenta, imposto pelos anos de convivência com Aro e Jane.

        -Oi mana! – ele falou com a cara mais deslavada do mundo. Eu já não me importava mais se iria magoá-lo. Ia desprender tudo o que estava na minha garganta. Por fim, me segurei um pouco e ignorei-o somente. 

-Ta falando comigo, é?

-Ué, ao que parece, só estamos nós aqui. - Ele tentou parecer inocente. Eu nem me dei o trabalho de responder. Apenas acelerei o passo.

-Desculpe, Amélia. Eu não queria magoar você.

-Não magoou. Me decepcionou.

-Mel... tente entender! – ele implorou assustado.

Aquilo havia passado dos limites. O que é que ele queria que eu entendesse? Percebi que não adiantava mais me esquivar dele. Ele iria ouvir tudo o que me angustiava. Eu queria ouvir da boca dele os motivos para a sua mudança repentina da amizade sólida que parecíamos ter, para a hostilidade e indiferença das últimas horas.

 

(...)


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

=D Espero que as garotas da vida real das personagens tenham gostado.. hehehehe

E ai, gostaram, odiaram?
Deixem-me reviews!!!
Amooo S2 vocês!
BjoooS
CarooL



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Full Moon" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.