Era sempre assim, elas e eu também não queríamos nos separar. Quando deu seis horas, Rose e Alice cismaram que iam me arrumar. Estávamos na frente da mina penteadeira e elas discutiam.

– O Florido.

– O de Alça.

Rose queria um vestido florido, e Alice um de Alça branco, segundo ela, minha pele era linda e alças ficariam perfeitas.

– Ei, Ei! Já sei. - Eu disse entrando no closet e saindo com um vestido de alça branco floridinho.

– Isabella! Viva!

– Florido!

– Ta eu sei, sou de mais, mas não aquento mais essa discutição.

– Psiu.

– Hã? Quem fez isso?

– Bella... Aqui.

Corri até a janela, e encontrei um Edward sorridente.

– Ei... Oi.

– Bella já está pronta?

– Quase.

– Hum... Então lhe espero lá na portaria, assim você não se apressa.

– Tudo bem.

Eu disse e entrei.

– Andem logo!

– Ah O blush!

– Batom!

As duas estavam que nem doidas, por mim eu ia sem nada disso, mas neh.

– Linda!

– Como sempre!

– Obrigada meninas.

– Agora vá antes que ele se canse de esperar.

– Tchau.

Não era à toa... Já fazia mais de vinte minutos que estávamos aqui, isso após ele dizer que estava saindo. Eu estava feliz, saber que tudo estava estabilizado, e tudo mais.

Eu estava esperando o elevador quando tudo aconteceu. Tudo começou a girar, cambaleei e antes de apagar, desmaiada no chão ouvi alguém gritar meu nome em desespero.

– Bella!

Rose, Alice, minha mãe talvez, mas isso eu não fiquei para saber, pois tudo ficou escuro e senti uma dor e logo tudo sumiu.

POV Narrador.

Às vezes as coisas acontecem quando menos esperamos.

Isabella estava desmaiada no chão, suas amigas em volta tentando acorda-la, charlote ligando para um medico seus Pais não estavam em casa, e tudo acontecia rápido de mais em volta da pequena menina estirada no chão.

As coisas acontecem quando menos esperamos, mas no fim, tudo melhora de uma forma ou de outra. Afinal o fim, é penas um outro começo.

POV Edward.

Já fazia mais de meia hora que eu esperava Isabella. Eu estava ansiosa, hoje eu realmente contaria pra ela o que sempre senti em relação a ela, quando vi aqueles olhos marejados, manhosa e birrenta pedindo para a mãe leva-la embora, pois não queria entrar na escola, estávamos no quarto ano na época. Ela era manhosa, mas sempre soube que ela era algo mais, como? Quando eu a via lendo, quando eu a via ajudando o senhor Roberts, que sempre ia comprar jornal ajuda-lo a atravessar a rua, e no final saia rindo de algo que ele dizia.

40 minutos.

Droga... E se ela tivesse desistido?!

Sai lá fora para tomar um ar. Vi o porteiro nervoso, o cachorro latindo, um médico apressado, mas não a vi. Levar um fora é péssimo, um furo é pior. Não imaginei que ela fosse fazer isso, pensei que ela havia mudado, ela poderia me ligar, ou até poderia vir aqui me avisar. Mas é a coragem? É realmente. Não.

Fiquei uma hora e pouco esperando, e menos de um minuto para sair daquele lugar. Corri para o meu quarto, e fiz questão de fechar a janela, sem ao menos olhar na direção da janela dela.

Mas não foi impossível ouvir a conversa que vinha daquela janela.

“Hey Meninas alguém foi avisa-lo?”

“Bella me poupe. Agora não é mais o momento”.

“Rose eu te conheço. Alice?”

“Não Bells, não fui. Não devíamos ter dado tanta pressão.”

“Concordo com a Alice” Ouvi Rosalie dizendo

“Hey meninas, eu quis ir. Vocês não têm culpa. Fora que depois dou um jeito de conversar com ele.”

“Bells?” Rosalie chamou-a.

“Sim?” Ela disse com a voz abafada.

“Você vai contar a ele? Quero dizer... sabe...”.

“Rosalie!” Alice falou em um tom com receio.

Eu sei que é feio ouvir conversa alheia, mas não quando diz respeito a mim.

“Não Lice, Rose está certa.”

“Ah Amiga.”

“Não irei dizer. Não quero mais um como estatua vendo o tempo passar e eu aqui. Vocês sabem como é.”

“Swan você sabem que não é bem assim.”

“Chega Alice! Vou dar um jeito, mas não a verdade.”

Isso bastou pra mim, não quero ouvir mais nenhuma coisa. Levantei-me, entrei no banheiro e fui pra de baixo do chuveiro. Não suportava mais aquilo, eu realmente pensei que as coisas fossem diferentes as coisas, mas não.

Como assim... Ela queria me dispensar, mentindo pra mim, não querendo dizer a verdade. Argh. Quem ela pensa que é?!

Eu fiquei ali parado, deixando a água morna relaxar meus músculos, que nada adiantou. Sai do banho e deitei na minha cama, estava calor de mais então fui abrir a janela, que infelizmente e consequentemente olhei a janela, que por varias vezes eu espiava.

Isabella estava abraçada com a mãe, que parecia chorar. Não querendo me intrometer, deitei na minha Cama e logo adormeci.

– Merda! - Exclamei ao ouvir o som do despertador avisando que era cinco da manhã, hoje eu teria que estar às cinco e meia no serviço.

Quando deu 05h30min fui para o serviço, quando deu a hora dos meus quinze minutos de descanso, fugi pro meu local favorito, fui pela escada lateral do prédio, sossegado e abri a porta do terraço, foi impossível não sorrir, o dia estava divino, o horizonte distante, parecia sorridente, uma leve brisa bateu e eu suspirei.

– Eu sabia que ia lhe encontrar aqui.

Uma voz rouca, que eu reconheceria em qualquer lugar falou.

– Isabella.

Virei-me e a encontrei. Ela estava diferente, o cabelo solto, em um roupão lilás, que cobria seu corpo, ela estava pálida e sorriu quando me virei.

– Oi Edward.

Voltei a me virar e encarar o horizonte a minha frente, senti-a se aproximando e se virando, ela encarava a saída e eu o horizonte à frente, de modo que quando olhávamos pro lado nos encarávamos, me perdi naqueles olhos misteriosos, mas na hora tratei de virar o rosto.