A Chantagem - Clato escrita por Luly


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

OI gente desculpa era para eu ter postado ontem, mas eu acabei saindo e cheguei muito tarde e eu ainda tinha que dar uma conferida no capitulo, mas aqui esta.



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Ele continua olhando pra mim estendendo o celular para mim.

Idiota. Idiota. Idiota. Idiota.

  -E ai? –pergunta ele enquanto eu olho sem reação para o celular.

  -Ah... c-como você achou ele? –é a única coisa q eu consigo perguntar agora.

  -Clove da um tempo! –reclama ele. –Fala porque seu celular estava lá?

  -Ah... s-sei lá...-minha voz falha. – Cato deve ter pegado.

  -Dá onde? Da sua mochila? Você nunca deixa o celular lá.

  -O-olha não é nada do que você ta pensando ta bem?

  -Ah não é? –ele pergunta sarcástico. –Então é o que? Seu celular foi voando pra lá?

  -Jack é serio! E-eu...

  -Não precisa explicar. –ele joga o celular em minha cama. –Não hoje, mas agora eu vou ficar de olho em você, e no Cato também. –diz ele. –Vai por mim você não vai querer ficar com aquele cara, ele...

  -Eu sei o que ele é, ok?

  -Não ache que se safou dessa Clove, eu ainda vou te fazer muitas perguntas. –ele sai do quarto.

  Espero um tempo até ter certeza que meu irmão já esta em seu quarto. Pego meu celular e ligo para Fox.

  -Clove? –pergunta ela assim que atende o telefone.

  -Socorro. –conto toda a historia para ela.

  -Na cama dele?!

  -É. –digo me jogando na cama.

  -Não tinha lugar melhor pra você esquecer?

  -Eu sei eu me sinto uma idiota! – coloco a mão na testa. –O que eu faço? Ele vai começar a perceber que eu e Cato estamos tipo mais próximos, e com certeza vai pensar que estamos juntos.

  -Por que você não conta a verdade pra ele?

  -Até parece que você não conhece meu irmão, ele com certeza vai acabar brigando com Cato, daí ele conta todos os segredos, ou parte deles, sei lá agora não faz mais diferença... e ainda por cima meu irmão leva uma surra.

  -Tem razão, então... –ela parece pensar um pouco. –Tenta falar pro Cato, ele vai ter que fazer alguma coisa a respeito.

  -Você pode ter razão.

  -Faz isso agora, ok? –diz ela.

  -Ok. –digo. –Tchau Fox.

  -Beijinho Clove, agente se vê.

  Eu desligo. Vou até a porta e confiro se meu irmão não esta espiando. Como era de esperado não estava.

  Ligo para Cato.

  -Alô? –ele fala do outro lado da linha.

  -Cato?

  -Sim. –ele fala com uma voz meio cansada. –Que fala?

  -Sou eu seu idiota.

  -Clove? O que você quer?

  -Meu irmão achou meu celular na sua cama, e agora esta desconfiado.

  -Peraí, seu irmão acha que pode estar rolando alguma coisa entre agente? –ele ri.

  -Sim. –digo com raiva. –Se esqueceu que meu irmão é idiota, é nesse ponto que ele me lembra você.

  -Olha como fala comigo viu? –ele não ri mais.

  -Esquece isso por um segundo ta legal? Olha meu irmão vai ficar de olho em nós dois, e isso é mais problema pra você do que pra mim não se esqueça disso.

  -Clove! –jogo meu celular longe quando escuto a voz de meu irmão, logo em seguida ele abre a porta. –Amanha você vai comigo pra escola ok?

  -Claro. –digo um pouco rápido de mais.

  -Tava no telefone? –pergunta ele desconfiado.

  -Sim... é que eu tava conversando com uma amiga sobre um... projeto da escola. –minto.

  -Ok, boa noite então.

  -Boa noite, agente se vê amanha né?

  -É. Agora vai dormir ta ficando tarde.

  Ele sai. Eu corro pegar o celular.

  -Alô? –pergunto.

  -Seu irmão? Ouvi a voz dele.

  -Sim, mas e ai o que agente vai fazer?

  -Sei lá, agente não fica muito juntos na escola, então ele provavelmente não vai desconfiar.

  -Mas e depois? Ele deve estar desconfiado de eu sempre chegar tarde em casa.

  -Fala q você e a Fox voltaram a conversar e que você vai pra casa dela, ou vai fazer um trabalho na escola... você é uma boa mentirosa pode inventar alguma coisa.

  -Não sou uma boa mentirosa! –faço esforço para não gritar.

  -Não mesmo?

  Por que ele sempre faz isso? Sim eu sou uma boa mentirosa por que não admito isso? Talvez por que não quero que ele continue me vencendo em tudo. Talvez seja por que eu realmente eu não seja. Mas afinal quem se importa com essa droga agora!

  -Tanto faz! –ele ri.

  -Clove quando você vai admitir isso? –pergunta ele ainda rindo.

  Eu desligo. Não estou a fim de discutir com Cato hoje.

  Me troco e vou me deitar.

  No dia seguinte meu irmão me acorda. Eu me arrumo e vou para o carro. Nenhum de nós fala nada no trajeto todo.

  Na escola fico ao lado de meu irmão esperando o sinal bater.Quando isso acontece nós simplesmente nos afastamos e vamos em direção a sala. Minha primeira aula é de Matemática. Não consigo entender nem um misero calculo que ele passou hoje, e isso é ruim por que minha nota em matemática é a pior, e o ano já esta acabando se eu não me sair bem na ultima prova tenho uma grande chance de reprovar.

  Quando o sinal finalmente toca e pego minhas coisas e vou em direção da porta.

  -Clove pode esperar um minuto por favor. –pede o professor.

  -Ah claro. –legal o que eu fiz agora?

  Vou até a mesa dele quando todos os alunos já saíram.

  -Algum problema? –pergunto.

  -Bom senhorita, suas notas estão muito baixas na minha. –diz ele. –Então quero que faça alguns trabalhos extras. –ele procura alguma coisa dentro da gaveta. –Aqui esta. –ele entrega algumas folhas para mim. –Faça todos até a segunda feira.

  -Ta bom. –digo pegando as folhas e saindo.

  Dou uma olhada nas folhas e sei que provavelmente vou ficar fazendo elas pelo resto da vida. Não por que é muita coisa o que não é, mas por que eu simplesmente não tenha a mínima idéia de como ao menos começar qualquer um deles.

  A aula acaba e encontro com meu irmão enquanto vou até a biblioteca.

  -Finalmente te achei. –diz ele. –Vamos.

  -Eu tenho que fazer uns trabalhos de matemática. –digo.

  -Clove...

  -É serio! Olha minha nota esta baixa em matemática eu preciso fazer isso.

  Ele olha pra mim por um tempo.

  -Ta bom,mas não demore. –ele vai embora e eu continuo indo até a biblioteca.

  Vou até uma das únicas mesas que não estejam ocupadas e começo.

  -Clove? –levanto a cabeça e vejo Cato de pé na frente da mesa. –O que você esta fazendo aqui? Vamos.

  -Eu não posso. –digo mostrando a ele as folhas.

  -Legal. –diz ele irônico. –Não demora ta legal.

  -Silêncio! –pede a bibliotecária.

  -Desculpa. –fala ele se sentando.

  Eu faço força para não rir muito alto.

  -Isso não tem graça. –diz ele.

  -Você quer ser expulso da biblioteca rapazinho?

  -Não senhora.

  -Então fique quieto. –diz a bibliotecária voltando ao sua mesa.

  -Sim senhora.

  Novamente faço força pra não rir. Cato só me ignora e coloca o fone de ouvido. Eu continuo tentando fazer os cálculos.

  Com o tempo a biblioteca começa a ficar vazia. Não consigo nem fazer a metade das folhas e já deve ter se passado algumas horas desde que comecei.

  -Chega. –digo jogando o lápis na mesa. Cato tira os fones.

  -O que foi? –pergunta ele.

  -Chega, eu não consigo fazer isso. Pra mim isso não passa de uma mistura sem sentido de letras e números estúpidos.

  Ele da minha risadinha e vem até meu lado.

  -Deixa eu ver isso. –ele puxa as folhas. –É isso que você não consegue fazer? Meu isso é muito fácil.

  -Pra você. –digo irritada.

  -Olha aqui. –diz ele pegando uma cadeira e se sentando ao meu lado. Ele coloca o lápis em minha mão e começa a me explicar.

  -Ainda não faz sentido. –digo quando ele termina.

  Ele pega minha mão e me faz escrever algumas coisas na folha.

  -Entendeu agora? –pergunta ele.

  -Entendi. –digo animada. –Como você conseguiu? –pergunto, olhando para ele, só daí percebo como nós dois estamos próximos.

  -É fácil, mas sinceramente ensinar você é meio difícil. –diz ele se sentando direito na cadeira.

  -Há há há muito engraçado. –digo irônica.

  -Agora termina logo essa droga.

  Eu milagrosamente consigo terminar.

  -Vamos. –diz ele.

  Nós vamos até seu carro e ele me leva pra casa.

  -Minha casa. –digo.

  -Não quero arriscar hoje. –diz ele, mas tem alguma coisa em que eu não acredito. –Amanha você volta a trabalhar.

  Eu saio do carro. E ele começa a sair.

  -Perai Cato!- digo. Ele para o carro e abre a janela.

  -O que?

  -Obrigada por me ajudar.

  -Não foi nada , e se eu não fizesse isso ainda estaríamos naquela biblioteca. –diz ele. Eu rio porque sei que é verdade. –Agente se vê Clove.

  Ele vai embora e eu vou para minha casa.

  -Terminou? –é a primeira coisa que meu irmão me pergunta quando chego.

  -Sim. Desculpa a demora não sou boa em matemática.

  -Eu sei disso. –ele ri, eu também.

  Depois disso eu vou para o meu quarto e ligo para Fox. Nós ficamos conversando até tarde. Falamos sobre tudo que aconteceu hoje e sobre muitas outras coisas. É sempre assim comigo e Fox, sempre tem algum assunto.

  -E pro que acha isso? –pergunta ele depois que eu falo que acho que Cato esta estranho.

  -Eu não sei, tem dias que ele esta tipo diferente, não sei como explicar.

  -Nossa Clo eu acho que você esta ficando muito tempo com ele.

  -E eu tenho outra escolha, mas não é por isso.

  -É por que então?

  -Eu sei lá, é que ele me trata de uma forma diferente as vezes.

  -Diferente como? –ela agora parece estar um milhão de vezes mais curiosas do que antes.

  -A tem dias que ele parece super irritado comigo, mas outros que... sei lá.- não sei como explicar como Cato é, ou como ele me trata as vezes.

  -Ele deve estar tipo cansado de você. –diz Fox com animação na voz. –E isso é bom, ele pode te dispensar e você pode ter novamente uma vida totalmente sem Cato.

  -Sabe que isso é impossível, Cato nunca vai cansar disso.

  -Talvez, mas ele nunca deu valor as coisas que ele tem, e tecnicamente você tipo que é dele agora.

  -Não sou não!

  -Você não me entendeu, eu quis dizer que Cato não dá nada pra você, e alguma hora vai enjoar de te usar.

  -Não sei não Fox, é de Cato que estamos falando e ele sempre me odiou.

  -Por que? –pergunta Fox.

  -Por que o que?

  -Por que vocês dois se odeiam tanto?

  -Eu não sei. –digo só agora parando pra pensar nisso. –Eu acho que nós nunca fomos um com a cara do outro.

  -Mais é serio eu te conheço desde sempre,e nunca me lembro o por que de vocês se odiarem tanto.

  -Eu também não me lembro... na verdade eu nem me lembro quando eu conheci ele, mas do que isso importa?

  -Tem razão. –diz ela. –Clove minha mãe ta me mandando desligar.

  -Ok beijos.

  -Beijos Clove.

  Nós desligamos. Só agora percebo que alguém me mandou uma mensagem.

  É de Al. O garoto que me deu uma bolada aquele dia.

         Oi Clove, eu te mandei a mensagem por que nunca consigo fala com você, mas em fim

     Eu vou dar uma festa sexta feira e queria te convidar. Espero que possa vir.

   A primeira coisa que vem na minha cabeça é como as pessoas sempre conseguem meu numero. A segunda é por que Al me convidou. Ele nunca fala comigo, deve ser provavelmente por causa da bolada que ele me deu aquele dia.

   Vejo que já são meia noite. Então deixo pra trás essa historia de festa, depois eu dessido se vou ou não. Me arrumo e vou deitar.

  Enquanto não consigo dormir volto0 a pensar no motivo que fez eu e Cato nos odiarmos tanto. Mas realmente não consigo me lembrar. Parece que foi a tanto tempo.  Mas não pode ter sido, foi no máximo quando eu entrei no ensino médio, e isso não faz muito tempo.

   -Esquece isso. –digo a mim mesma.

   Depois de mais alguns minutos consigo cair no sono.


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Notas finais do capítulo

Quero agradecer a todos que estão lendo, aos que favoritaram e recomendaram, fico muito feliz em saber que vocês estão gostando da historia. Muito obrigada mesmo. Beijos até o próximo capitulo!