A Chantagem - Clato escrita por Luly


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo gente!



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  Depois que li a mensagem entendi tudo. Cato armou tudo para mim. Ele planejou que eu ia fazer o que ele disse, sabia que ia conseguir e sabia que de algum jeito ficaria presa na sala do diretor e conseguiria me esconder ou não, mas caso conseguisse como aconteceu ele me mandaria à mensagem para ter certeza de que ele iria me encontrasse. Realmente Cato me surpreendeu, nunca imaginaria que ele é tão inteligente a ponto de bolar um plano como esse.

   Quando o sinal da saída bate vou até Cato que esta em seu armário.

   -Você armou pra mim. –o acuso.

   Ele apenas ri.

   -Seu planinho não deu totalmente certo. –digo.

   -Ah é mesmo? –pergunta. –Você não foi pega na sala do diretor com a gravação? Ele não vai ligar para os seus pais falando o que você fez? – fico totalmente sem reação. – Ele não te perdoou por ter sido sua primeira infração?Pelo menos até onde ela sabe. Clove você não imagina como meu plano deu certo. –diz ele fechando a porta do armário. –Você acha que eu fiz tudo isso pra você pegar uma detenção? É obvio que não, uma detenção seria um tipo de alivio pra você. Olha Clove eu realmente pensava que você era mais esperta do que isso.

   Ele começa a andar e eu o sigo.

   -Sabe que eu vou ficar de castigo não? –digo quando consigo voltar a raciocinar direito.

   -Mesmo assim, seus pais não são tão ruins com você, por que no ponto de vista deles você é a certinha da família, mas se eles vissem pelo meu lado não seria assim. –ele ri.

   Meu celular apita. É de minha mãe.

                                                    Clove venha direto para casa.

  

   -Valeu mesmo Cato.

   -Seus pais? –pergunta ele.

   -Sim.

   Ele ri.

  -Entra ai. –diz ele quando chegamos ao seu carro.

  -Não nem pensar. –digo.

  -Se eu fosse você ira querer chegar cedo em casa. –ele abre a porta. –Entra.

  Ele tem razão, quanto mais eu demorar mais meus pais vão se irritar. Eu entro no carro.

  Cato me deixa a um quarteirão de minha casa. Quando entro meus pais estão na sala. O que é estranho como meu pai deveria estar trabalhando.

  -Sente-se. –manda ele.

  Eu me sento no sofá. Ele e minha mãe continuam em pé.

  -Por que fez aquilo? –ele vai direto ao ponto.

  Fico quieta.

  -Clove seu pai vez uma pergunta!

  A porta se abre.

  -Clove por que você não me esperou... o que ta acontecendo. –pergunta meu irmão quando vê meus pais em casa.

  -Jack vá um pouco para o seu quarto. –diz minha mãe gentilmente. –Sua irmã explicara depois.

  -Ok... –diz ele subindo.

  -Agora Clove, por que você fez isso com aquela garota e com o namorado dela?! –minha mãe diz com um tom bem diferente do que ela usou com o meu irmão.

  -Não era o namorado dela! –grito, me arrependo imediatamente.

  -Nunca ouse gritar comigo! –ela também grita. –E isso não faz diferença! Se você gosta desse garoto tem que falar com ele não mostrar para a escola inteira que ela esta traindo o namorado com ele.

  -Eu não gosto do garoto, eu nem ao menos sei quem é. – agora falo em um tom mais baixo.

  -Então por que fez aquilo? –pergunta meu pai, com um tom normal, bem diferente de minha mãe.

  -Eu...eu não queria. –é o único que posso dizer.

  -Clove tem que falar alguma coisa que faça sentido garota! Se você não queria por que você fez?! –minha mãe praticamente berra.-Sou sua mãe sei tudo sobre você então me conte!

  -Você não sabe! –grito me levantando do sofá. –Você não sabe nada! Não sobre mim! Você não sabe nada sobre mim! Você sempre finge ser a mãe perfeita, mas você não é! Nunca vai ser! –uma única lagrima cai de meus olhos. – Você deve ser a mãe menos perfeita do mundo pra não perceber! Você é mãe mais idiota do mundo! Eu odeio você!

  Quando percebo o que disse já é tarde de mais. Minha mãe esta chorando.

  -Eu não quis...

  -Clove vá para o seu quarto. –diz meu pai com uma voz seria.

  -Eu não quis...

  -Agora! –ele grita e eu obedeço.

  Fecho aporta com força. E começo a chorar. Coloco a mão na frente de minha boca para não fazer barulho.

  Por que eu disse aquilo? Nunca tinha gritado com minha mãe, nunca mesmo, nem quando pequena.    

  Escuto alguém batendo na porta.

  -Sai! –grito.

  Meu irmão entra e me abraça.

  -Clove, por favor, me explica. –diz ele.

  Eu continuo chorando.

  -Eu ouvi sua briga com a mamãe. –ele continua me abraçando. – tem haver com aquele tal cara...

  -Não tem cara! –grito. –Nunca teve!

  -Então por que você mentiu?

  -Vai embora! –não quero que ele vá. Quero falar tudo há ele, mas ele com certeza enfrentaria Cato. –Sai!

  Ele para de me abraçar.

  -Ficar escondendo não vai te ajudar em nada sabia?- eu não falo nada e ele sai batendo a porta com força.

  Depois de um tempo consigo me controlar e parar de chorar. Fico sentada em minha cama. Meu irmão me traz o jantar. Ele fica comigo enquanto como, mas não fala nada. Quando termino, ele pega os pratos e leva para baixo e não volta mais. Continuo ali. Sem nada. Sem ninguém.

   Meu celular toca.

   -Alô? –atendo.

   -Como foi? –pergunta Cato.

   -Por que quer saber? –pergunto incrédula.

   -Por que sim. –diz ele.- Até quando vai ficar de castigo?

   -Pelo o que eu disse a eles? Pra sempre.

   -O que aconteceu?

   Por um segundo acreditei que ele se importava, mas daí me lembrou que ele quer saber por quanto tempo não poderei trabalhar para ele, mas mesmo assim eu falo tudo o que aconteceu. Sei que ele só esta fingindo me ajudar, mas isso é melhor do que não falar a ninguém.

   -Ela vai te perdoar. –ele me tranqüiliza.

   -Não vai.- digo com algumas lagrimas escorrendo em meu rosto. –Você não conhece a minha mãe, ela é uma pessoa que demora muito tempo pra perdoar. Pra você ter uma idéia ele brigou com o irmão quando tinha quinze anos e até hoje não o perdoou totalmente.  

   -Sabe quantas vezes eu briguei com a minha mãe?- pergunta ele. –Foi muito mais que uma vez e ela sempre me perdoou. Você é filha dela ela tem que te perdoar.

   -Mas...

   -Mas nada Clove. –ele me interrompe. - Ela já brigou com seu irmão não é?

   -Sim, mas não do mesmo jeito que agente brigou hoje. Meu irmão já fez coisas bem piores do que eu, não entendo por que eles pegaram tão pesado comigo.

   -Eles pegaram pesado com você por que você é a garotinha deles, eles não querem que você fique como seu irmão.

   -Isso é injusto.

   -Mas é a vida. - diz ele. –Eles fizeram isso por que te amam.

  -Não parece.

  -Mas é, eu sei que isso é estranho, mas geralmente os pais só sabem demonstrar que nos amam brigando com agente, isso significa que eles se importam. –nos ficamos um pouco em silencio. –Bom Clove eu acho melhor agente desligar ta ficando tarde.

  -É mesmo, então boa noite.

  -Boa noite.

  Eu desligo e durmo rapidamente.

   As semanas começam a passar rápido. Cato parou um pouco de me fazer coisas que possam me comprometer, a maioria dos meus trabalhos agora são arrumar coisas, fazer sua lição de casa, e outras coisas. Minhas notas começaram a cair, meus pais estão preocupados com isso, falando neles eles meio que já me desculparam pelo que aconteceu com a gravação. Quando eles me perguntavam sobre minhas o porque de minhas notas estavam caindo tanto eu falava que estava com dificuldades com a matéria, mas a verdade era que eu não tinh tempo pra estudar, durante a escola e depois dela Cato simplesmente controlava tudo que eu fazia, obvio que ele não me proibiu de estudar, mas eu praticamente todos os dias tinha que limpar a casa dele, tinha que fazer todas as lições de casa dele e de Marvel, também tinha que fazer trabalhos e projetos da escola para eles, tirando que ele também me usava nos fins de semana, eu tinha que segui-lo em simplesmente todos os lugares, e quando eu chegava em casa já era um milagre eu conseguir fazer os meus deveres de casa. Aquela conversa que tive com ele pelo telefone agora é como se nunca tivesse acontecido.  

   Mas hoje cato me pede para fazer uma coisa que novamente pode me prejudicar.

   -Achei que íamos parar de fazer essas coisas. –digo.

   -Eu nunca disse isso, só dei um tempo pra que as coisas com a gravação de Delly esfriassem um pouco, e já esfriaram.

   -Mesmo assim se eu for pega irei ficar de detenção, e meus pais vão simplesmente me matar, e como espera que eu faça isso sozinha?Nem sei onde fica isso.

   -Você tem que fazer sozinha. –ele parece pensativo.

  -Cato eu não consigo. –digo. - Não por que eu não quero fazer, e a propósito eu não quero, mas mesmo que eu quisesse não iria conseguir fazer, não sozinha.

  -Ok, ok, me encontra atrás da quadra depois que a sua aula começar.

   É o que eu faço, peço para o professor para e ir ao banheiro e encontro com Cato atrás da quadra.

   Nós até a secretaria novamente. Não há ninguém então entramos rapidamente.

   -Posso perguntar de novo por que você quer tanto fazer isso? –fala.

   -Por que sim, senão eu vou me ferrar nesse semestre.

   Nós entramos em uma sala. Há varias provas, papeis e computadores.

   -Ta bom você procura as provas e eu vou ver no sistema. –diz ele indo até um dos computadores.

   Eu começo a procurar as provas deles. Isso simplesmente poderá demorar uma eternidade, a muitos outros alunos nessa escola.

   Depois de muito tempo procurando eu acho que nenhum de nós teve sucesso.

   -Precisamos ir no escritório dele. –diz Cato se levantando.

   -O que?

   -Todos os programas aqui têm senha, e a da sala dele não deve ter. Vamos.

   Sou obrigada a segui-lo. Graças a Deus a sala dele está vazia. Cato começa a fuçar no computador dele. Eu fico perto da porta para ver se o diretor esta vindo.

   -Quase. –diz ele.

  Escuto a voz do diretor.

  -Cato ele esta vindo. –digo começando a entrar em pânico.

  -Droga.

  Ele se levanta e vem até mim. A maçaneta começa a virar. Cato abre a porta de um dos armários e me impura para dentro. O armário é muito pequeno e ele não cabe, mas ele nem tenta só fecha a porta.

  -O que o senhor faz aqui?- pergunta o diretor.

  -Ah...

  -Estava mexendo em meu computador? –acho que ele vê no que Cato estava mexendo. –Estava tentando alterar sua nota?!

  -Bom senhor, eu não estava tentando alterar minha nota eu só estava vendo...

  -Chega Cato, sente-se. - agora que Cato saio da frente do armário consigo ver algumas coisas pela fresta das portas.

  Vejo o diretor com o telefone. Com certeza ligando para os pais de Cato. Depois de uma meia hora falando com seus pais ele finalmente começa a brigar com Cato, depois de muito blá blá blá, ele finalmente fala que Cato vai ficar uma semana de detenção e que seus pais o colocariam de castigo. Depois de tudo isso ele volta pra sala e o diretor continua ali. Sinto meu celular vibrar no meu bolso, agora fico feliz em telo colocado no silencioso. A mensagem é de Cato.

                              Não saia daí ok. Depois eu dou um jeito de te tirar daí.

  Legal agora vou ter que ficar encolhida dentro desse armário minúsculo esperando Cato vir me ajudar.  Mas não tenho outro jeito de sair. O diretor fica na sala pelo resto do dia.

  A aula acaba e nada de Cato, só daí eu me lembro que ele pegou detenção. Quando finalmente o diretor sai da sala vejo um das únicas chances que terei de sair daqui. Mas ele não fica fora por muito tempo, e quando ele entra de novo vejo que ele começa a vir em direção do armário onde eu me escondo. Meu coração acelera a cada passo que ele dá. Quando ele abre a porta um alivio instantâneo toma conta de mim quando vejo seu rosto. Cato conseguiu afinal. A primeira coisa que faço é abrasá-lo, faço isso pois posso estar querendo matá-lo agora prefiro ele ao diretor que simplesmente iria me matar.

  -Eu odeio você. –sussurro.

  -Também odeio você pequena. –diz ele rindo e me soltando. –Agora vamos, ele pode voltar a qualquer minuto.

  Nos corremos até o estacionamento e entramos no carro dele. Riamos um pouco. Cato ri por que de alguma forma acha graça, já eu rio de alivio.            


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Notas finais do capítulo

Muito obrigada a Karol Sales pela minha terceira recomendação! e também a todos vocês que estão lendo! Beijos!