A Chantagem - Clato escrita por Luly


Capítulo 30
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Juro pra vcs que me explico lá em baixo, já que fiquei cinco meses sem postar imagino que vcs querem me matar logo e ler o capítulo então ai vai
Nos vemos lá embaixo então



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Qual poderia ter sido minha melhor reação? Rir? Gritar com o medico? Falar que ele estava louco e que não deveria ter se formado? Bom, qualquer uma dessas poderia ter sido melhor do que a que eu fiz. Ficar lá sentada, com cara de paisagem com certeza foi a pior opção, e os olhares cúmplices de minha mãe no decorrer da viagem de volta confirmam isso. E meu irmão com aquele sorriso idiota estampado no rosto, então? Isso só podia ser i inferno!

Que tipo de diagnostico foi aquele? “Acho que sua filha só esta apaixonada”, francamente! Como contratam um cara desses? Posso ter comido algo estragado, posso ter pegado uma doença mortal rara, posso estar morrendo nesse mesmo instante, mas não eu nunca, nunca mesmo, estaria apaixonada.

Parei de amaldiçoar o medico quando um pensamento invade minha cabeça, o que minha mãe diria ao meu pai? E aos pais de Cato? Meu estomago embrulha e sinto como se pudesse vomitar a qualquer instante e o vento gelado da noite que entrava pela janela ao meu lado, parecia não estar chegando até mim. E de repente o caminho do hospital até em casa diminuiu uns bons quilômetros, e quando percebo já estávamos na garagem.

Minha mãe e Jack saem antes de mim do carro, como eu não queria encarar o olhar de “me conta tudo” de minha mãe e o olhar de “há-há bom saber” de meu irmão. Meu pai, Cato, Lucy desmaiada, e a mãe de Cato estavam na sala de estar olhando ansiosos para a porta.

Por que não estão na cama seus idiotas?!

Essa é a primeira vez na vida que é Lucy quem faz algo em que eu concordo.

–Esta tudo bem? –pergunta a mãe de Cato.

–Sim, claro. –responde minha mãe rapidamente olhando para mim de relance. –Só alguma coisa que ela comeu.

Sem querer meus olhos correm para Cato, e vejo que ele com certeza não acreditava em minha mãe.

–Já que esta tudo bem é melhor ir dormir não? –diz meu pai. –Já é tarde, e Clove precisa descansar.

Todos, menos Lucy que continuava roncando no sofá, vamos pra cima. Deixo novamente todos irem na frente, Cato anda devagar, e quando percebo somos os únicos que ainda fazemos o trajeto até o quarto.

–Fala. –ele se vira para mim já no corredor de cima.

–Falar o que? –abaixo a cabeça tentando passar por ele, mas ele segura meus ombros me parando em sua frente.

–O que é que aconteceu?

–Eu só comi alguma coisa estragada, não foi nada. –droga, droga, droga, droga!

–Clove, eu comi a mesma coisa que você hoje. –rebate ele cruzando os braços. –E sua mãe não cozinha tão ruim assim.

–Cato.

–Clove. Qual é? Só quero saber se esta tudo bem.

–E desde quando você se interessa?

–Desde... sei lá! Eu só me importo.

–Sim, Cato, esta tudo bem. –digo irritada. –Se não estiver você vai ser o primeiro a saber, ok? Agora me deixa passar.

Ele dá um paço para o lado e sigo em direção de meu quarto, mas sei que ele continuava olhando para mim bem mais perto do que antes, e isso me irritava.

–Olha, o que é que você qu... –antes mesmo que eu termine de me virar ele me beija, mas dessa vez ainda estava em muito choque para retribuir, como meu inconsciente queria, me jogo para trás olhando assustada pra ele. –O que? Achei que me odiasse? Achei que... que você fosse pelo menos um pouco normal.

Ele respira fundo pensativo olhando para mim.

–Sou tão normal quanto você.

–Você esta me confundindo tá legal. –digo abrindo a porta do quarto. –E eu sou bem mais normal do que você! –fecho a porta.

Vai pensar no que te disse sobre James não é? –pergunta ele atrás da porta.

Mordo o lábio.

–Posso começar a achar que esta com ciúmes. –aviso, torcendo para que ele pare.

Espero a resposta por alguns minutos antes que ele retome a falar.

Posso entrar?

–Você é doente.

Se eu admitir isso, posso entrar?

Eu queria que ele entrasse, você não tem ideia de como, mas eu foi pro hospital meio que por culpa dele, e não, eu não estou admitindo que eu realmente estou apaixonada nem que o pensamento que me fez ir para o hospital fosse verdade, eu acho que simplesmente estou...confusa.

–O que quer aqui?

Conversar.

Ele me dava dor de cabeça as vezes, mas por um estranho motivo eu abro a porta e encontro ele olhando para o chão. Ele levanta a cabeça sem acreditar muito que eu realmente tinha aberto a porta.

–Sem surpresas, ta bom? –digo.

Cato esconde um sorriso e assente com a cabeça.

–Então, não vai me falar o que aconteceu? –ele pergunta novamente quando fecho a porta.

–Achei que sua preocupação fosse sobre James. –comento dando de ombros. Continuo parada em frente a porta.

–Também é sobre você.

Ele olha diretamente em meus olhos, mas pra mim é praticamente impossível encara-lo por muito tempo. E se fosse verdade, e se, nem que só um pouquinho, eu sentisse alguma coisa por ele, o que ele faria se descobrisse? Riria, provavelmente, mas por que ele me beijou? Por que fala tanto sobre James.

–Clove? –chama ele.

–O que? –pergunto balançando levemente a cabeça.

–Ficou desligada por uns cinco minutos. –diz ele. –Tudo bem?

–Claro, claro, tanto faz.

Saio de frente da porta e vou me sentar na cama, minhas pernas já estavam doloridas e eu já estaria se não fosse Cato.

–Fala logo, o que quer? –pergunto.

–Só quero saber o que aconteceu, Clove. E quero a verdade.

–Eu só... –a verdade?Há-há, nunca. –Só me senti mal, chamei minha mãe e fui pro hospital, isso nunca aconteceu com você?

–E o que foi que o medico falou? –ele levanta a sobrancelha ignorando a pergunta.

Que eu estava apaixonada, mas o dia em que eu falar isso pra você, daí sim eu vou estar louca.

–Nada de muito concreto. –vejo que ele não estava satisfeito. –O clima.

Ele ri.

–Olha se não quer acreditar na verdade, não enche o saco, ok? –Cato para de ri e olha para mim meio hesitante.

–Desculpa. –diz. –Só achei que a Clove fuhrman não fosse tão sensível a ponto de se sentir mal pelo clima.

–Posso ser mais sensível do que você imagina, sabia? –reviro os olhos e percebo alguma lagrimas quase me obrigando a deixa-las cair.

Ah, hoje não.

–Achei que não iria viver pra ver você admitindo isso.

Olho para ele, confusa.

Cato anda para mais perto de mim e se joelha a alguns centímetros da cama, olhando diretamente para mim.

–Por que sempre diz que não sente nada? Por que sempre age como se por algum motivo fosse superior as pessoas que sentem?

Eu faço isso?Ele também faz isso!

–Por que não me responde isso também? –ele desvia o olhar para o chão.

–É melhor você dormir. –diz ele finalmente, se levantando.

–Ei! Não. –digo levantando e segurando seu braço, dessa vez sou eu quem o encara. –Não. Você fica até me responder.

Um sorriso se forma em seu rosto.

–Sabe que eu não vou responder.

–Então você fica.

Sim, senhora e senhores eu disse mesmo aquilo.

–Tudo bem.

Parabéns Cato, você é mais esperto do que eu pensava.

Fecho os olhos com forma, mas mesmo assim podia ver seu sorriso estampado em minha mente.

E no final ele conseguiu mesmo o que queria, se era isso que ele queria. Dormir em uma poltrona muito desconfortável enquanto eu dormia na cama de costas para ele.

...

Acordo com meu celular tocando seu toque irritando. Meus olhos se abrem e vejo que Cato continuava ali, preso em um sono tão profundo que nem meu celular foi capaz de acorda-lo. Vejo o identificador de chamadas. Era James.

Respiro fundo antes de ter coragem de atender.

–Alô? –atendo.

–Clo, sou eu. –diz James. –Não te acordei, não é.

Me acordou sim animal, você sempre me acorda!

–Não,não. –respondo com a voz mais simpática que consigo fazer. –Tudo bem?

–Sim, tudo. Que bom escutar sua voz. –esse comentário me irritou mais do que qualquer coisa,por quê? Por isso sempre é uma mentira. –Eu estava pensando em a gente sair hoje, o que acha? Talvez vir aqui em casa, pra gente, sei lá, fazer alguma coisa.

Meus olhos pousam no Cato adormecido na poltrona do quarto, e involuntariamente eu sorrio.

Sua escrota!

–Na verdade, meus pais já estavam planejam alguma coisa pra hoje fazer hoje, foi mal. –minto. Mas meus pais provavelmente planejaram alguma coisa pra fazermos hoje.

–Que pena. –sua voz não estava tão desapontada quanto eu esperava. –Me ligue quando chegar então, quem sabe ainda da tempo pra fazermos alguma coisa.

–Ok.

–Até mais, amor.

Paraliso por alguns instantes. Desde quando ele me chama assim. Não me de termos virado namorados sérios.

–Até mais. –digo com a voz desconfiada desligando o celular.

Deixo o celular ao lado da cama. E começo a racionar um pouco, e chega a uma grande conclusão: Garotos são idiotas.

Desabo na cama com um suspiro. Escuto Cato acordar. Não olho para ele.

–Bom dia. –diz ele ainda com voz de sono.

–Não entendo porque as pessoas falam isso. –sento-me bruscamente e olho para ele incrédula, não só com ele, mas com o resto do mundo. –Por que bom? O dia nunca começa de forma boa! Pra começo de conversa nem é bom acordar.

Ele me olha como se eu fosse uma completa maluca.

–Aconteceu alguma coisa, Clove?

–Novamente você se importa?

–Me importava ontem, por que não ia me importar agora?

Olho para ele querendo gritar como ele conseguia ser fofo as vezes. Mas como isso podia ser verdade? Cato fofo? Era isso que as garotas do colégio queriam dizer? Ele as tratava assim também?

Rio.

–Clove, o que foi que você tomou? –pergunta ele.

Balanço a cabeça.

–Não é melhor sairmos daqui? –pergunto finalmente. –Não seria legal se meu irmão entrasse e visse agente.

Lembro da conversa que os dois tiveram no restaurante no dia em que James apareceu.

Cato parece se lembrar daquilo também já que levantou rapidamente assentindo com a cabeça.

–Tem razão.

Saímos do quarto e eu não sei direito para onde eu poderia ir.A sala? Todos passavam por ali quando acordavam. A cozinha? É pra onde todos iam, e não queriam ver ninguém tirando Cato. E isso era mais estranho de admitir do que eu esperava. Não queria ficar com todo o resto. Não queria pensar em James. Não queria pensar em nada que pudesse me machucar, o que seria difícil já que sinto que tudo pode me machucar agora.

–Cato. –ele já estava um pouco a frente de mim, quase chagando nas escadas, mas para ao me escutar.

–O que foi? –pergunta ele se virando para olhar para mim.

E uma vontade extrema me invada. As frases daquela noite voltam a minha cabeça. Seus olhos parecia conseguir enxergar tudo o que eu tinha medo que ele visse.

–Você disse... disse pra eu não esquecer do que eu sou, do que você é. –engulo em seco. –O que quis dizer? Exatamente.

Ele sobe o primeiro degrau que tinha decido e volta para mais perto de mim.

–Lembra do que eu te perguntei noite passado, não é? –assinto. –E sabe por que eu sabia daquilo? –ele espera minha resposta e sabe que não diria nada. –Porque você foi real naquela noite, eu sabia que você tinha um coração, e sabia que bem lá no fundo sentia alguma coisa de verdade por mim.

Meu raciocínio parece funcionar de repente.

–E você também. –isso saiu quase como um sussurro.

Eu olho para ele, seu rosto era uma mistura de raiva, confusão e dor.

–Eu gosto de você Clove. Não sei exatamente de que jeito, mas gosto de você.


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Notas finais do capítulo

OKok vamos a explicação...
Como já disse a todos q me mandaram MP's e como eu escrevi em meu perfil, o culpado foi o bloqueio criativo. Sim, sim é ele o maldito. E tipo de uns tempos pra cá fui ganhando varios leitores e comecei a ficar com medo de o que eu viesse a escrever não ficasse a altura do que todos esperavam, tanto nessa como em outras fic's. Queria ter certeza que as historias ficariam realmente boas, então resolvi me afastar um pouco do site para conseguir pensar melhor em todas elas, sinto não ter avisado, mas foi uma decisão mt repentina e eu ainda tinha quase reprovei em matemática no ano passado além de ter ficado em ciências também, então precisava mesmo de um tempo pra estudar se não a coisa ficaria feia pra mim.
Parece que mts pessoas estão com medo de que eu abandone a fic, mas não. Serio mesmo não teria como deixar essa mesmo que eu quisesse... não vou abandonar vcs tão cedo assim ahsuahsaush.

Agora vamos aos clichês...
Gostaram?? Amaram?? Ainda querem me matar?? Odiaram??
Não deixem de comentar!!
ps: me avisem se tiver algum erro de ortografia ;)
BJSSS